segunda-feira, janeiro 23, 2006

Mais uma de Luis Delgado


Razões para a vitória segundo Luís Delgado
1. Os portugueses queriam resolver as eleições à primeira volta, e isso acontecia desde Setembro/Outubro, quando se definiu o quadro das candidaturas. Com isso acabou-se o ciclo infernal de três eleições em menos de um ano.
2. Os portugueses, face à crise e às dificuldades, queriam um Presidente activo, conhecedor, competente e experiente, que ajudasse o país a andar para a frente. Essa decisão estava tomada há muitos meses.
3. Os portugueses estão fartos de crises, e queriam em Belém um factor de esperança e confiança, que trabalhasse com o Governo, este ou outro, para pôr o país a funcionar. Essa opção estava assimilada deste Setembro, e foi-se consolidando com o agravamento da situação económica interna.
4. Os portugueses estavam fartos da politiquice, e nesse sentido favoreceram quem nunca entrou no jogo dos ataques directos e pessoais, como foi o caso de Cavaco e Alegre.
5. Os portugueses refizeram na sua cabeça a história de Cavaco como PM, e reconheceram em foram os melhores dez anos de Portugal desde o 25 de Abril. Isso era certo há muito tempo.
Por tudo isto, e muito mais, Cavaco Silva foi eleito à primeira volta, por merecimento próprio e incontestado. Agora é vida nova.
in "Diário Digital 23.01.06"

Para Luis Delgado já tinha ganho em Setembro. Mas, se reparararmos a maioria dos Portugueses que foram votar não escolheram o Cavaco. Basta juntar os votos brancos (votos de protesto) para isso ser uma realidade. Foi uma vitória que se foi consolidando tanto que passou dos 62% para os 50%.
Se ele soubesse ler, aconselhava-o a dar uma vista de olhos à constituição, documento que Cavaco tem de prometer cumprir. O presidente não trabalha com o governo e não lhe cabe a ele pôr o país a funcionar. Essa é tarefa para aqueles a quem os portugueses deram, também em eleições, essa responsabilidade.
Não foram os portugueses que refizeram na sua cabeça a história de Cavaco como PM, mas sim a comunicação social que o andou a fazer durante vários anos. O “limpar” da imagem do cavaco era algo que se percebia claramente. Se assim não fosse o Guterres nunca teria ganho as eleições quando as pessoas resolveram acabar com o cavaquismo que estava a destruir Portugal. O que Cavaco Silva fez foi aproveitar uma conjuntura económica favorável e o dinheiro recebido em grande quantidade da União Europeia para esbanjar tudo em betão e alcatrão. Será que alguém pode indicar quais os investimentos em sectores produtivos que tenham servido para enriquecer o país? Será que ainda alguém se lembra do estado da economia quando o grande professor “fugiu”. Muitas vezes a história não é aquilo que realmente aconteceu, mas sim aquilo que alguns resolveram fazer dela quando a reescreveram.
Cavaco Silva foi eleito à primeira volta numa campanha que levou anos a preparar. Cavaco Silva foi eleito à primeira volta porque beneficiou da pouca memória dos portugueses que não conseguiram distinguir entre a realidade e a imagem que lhes foi vendida. Afinal ainda temos bons publicitários em Portugal.
Cavaco não é um homem tão sério como nos andaram a vender e é capaz de pisar tudo e todos para atingir os seus objectivos. Para aparecer como o bom da fita não se coibiu de atacar o líder do seu próprio partido. Para ser eleito não teve qualquer pejo em mentir nem em dizer que ia fazer o que não tem poderes para fazer e mostrar ser aquilo que não é.

1 comentário:

  1. Este tipo é tão mau e servilista que até dá gozo ouvi-lo só para ver até onde é que ele é capaz de descer para apanhar as poias que caiam do PSD. Mais fiel que um molosso, Indestino Delgado dá sempre algum gozo de ver...

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