segunda-feira, janeiro 16, 2006

Vamos ao "Shopping centare"


A Direcção-geral da Empresa (DGE) deu autorização à abertutra de seis novos centros comerciais em Portugal, tendo já sido emitidas as respectivas licenças.
Os seis Shoppings terão uma área bruta locável (ABL) total de 82,8 mil m2.

O novo licenciamento comercial já deu os primeiros frutos. Até 12 de Janeiro deram entrada mais de 500 pedidos de autorização para novos projectos comerciais.
Destes, 200 receberam «luz verde» das cinco Direcções Regionais de Economia.

Portugal vai contar com 25 novos projectos comerciais até ao final de 2007, entre centros comerciais, outlets e retail parks, segundo um estudo da consultora Cushman & Wakefield/Healey & Baker.

A afluência média de visitantes aos centros comerciais em Portugal registou um aumento de 10,40%, na última semana de 2005 , face ao período homólogo, segundo revela o índice Footfall, feito pela associação espanhola de centros comerciais.
O índice Footfall é realizado em quatro países, onde para além de Portugal estão a Suiça, Itália e Espanha, e lança um registo comparativo interanual, da afluência aos centros comerciais. Assim, os valores de subida de 10,4% em Portugal devem comparar-se com os retrocessos de 6% em Espanha, 1,4% na Suiça e menos 2,2% em Itália.
In Agencia Financeira”

É assim a crise em Portugal. Os nossos empresários investem preferencialmente no comércio. Com a economia portuguesa mais baseada no consumo do que na produção dos próprios bens de consumo como se pode esperar o fim da crise. Como se pode aumentar as exportações se na realidade nada temos para vender. Quanto a nós povinho deste país trocámos os velhos passeios à zona saloia pela saloiada dos passeios ao "shopping centare" como diz ali o Sr. do café.

1 comentário:

  1. Quanto mais toleram e motivam o desenfreado consumismo, mais cresce o endividamento das famílias e dos bancos (que vão buscar o dinheiro para os empréstimos ao estrangeiro). Queremos um país de consumidores ou de produtores? O modelo vigente, assente no Consumo, premeia quem consuma e castiga aqueles que por via do desemprego ou da doença são afastados dessa vertente...

    Estes novos espaços deviam ser impedidos. Vão levar ainda a mais desemprego por fecho do pequeno comércio em troca de centenas de ordenados mínimos e de lucros chorudos para alguns (poucos).

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