Los Angeles - A execução do hispânico Michael Morales, que estava prevista para às 0h01 desta terça-feira (horário local), foi adiada depois que os dois anestesistas designados para acompanhar o processo negaram sua participação alegando razões de ética médica, informou o jornal Los Angeles Times.
Os anestesistas se defenderam dizendo que "qualquer intervenção médica no procedimento de uma execução vai contra a ética e o juramento de Hipócrates". Uma passagem do juramento diz que o médico deve "aplicar os tratamentos para ajudar os doentes conforme sua habilidade e sua capacidade, e jamais usá-los para causar dano ou malefício."
Os médicos se negaram a cumprir a ordem do juiz Jeremy Fogel do tribunal federal do distrito, que previa a possível intervenção dos anestesistas caso o réu sentisse dor ou recuperasse a consciência durante o processo de execução.
A ordem do juiz obriga a que pelo menos um anestesista esteja presente na câmara de execuções para comprovar que o réu está inconsciente antes que a mistura mortal faça efeito.
Os anestesistas se defenderam dizendo que "qualquer intervenção médica no procedimento de uma execução vai contra a ética e o juramento de Hipócrates". Uma passagem do juramento diz que o médico deve "aplicar os tratamentos para ajudar os doentes conforme sua habilidade e sua capacidade, e jamais usá-los para causar dano ou malefício."
Os médicos se negaram a cumprir a ordem do juiz Jeremy Fogel do tribunal federal do distrito, que previa a possível intervenção dos anestesistas caso o réu sentisse dor ou recuperasse a consciência durante o processo de execução.
A ordem do juiz obriga a que pelo menos um anestesista esteja presente na câmara de execuções para comprovar que o réu está inconsciente antes que a mistura mortal faça efeito.
Se todos os médicos do mundo tivessem a coragem e a consciência profissional destes dois anestesistas seria uma profunda machadada na absurda lei que defende a pena de morte. Só quero deixar aqui a minha admiração a estes dois profissionais que não abdicaram da sua consciência em nome de uma justiça desumana.
Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos.
Victor Hugo, 1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo)
Também eu sou contra a existência da pena de morte. Abria algumas excepções para gente como o Bush que mandam matar mulheres e crianças inocentes bem longe de sua casa, como acontece no Iraque
ResponderEliminarOra toma! Mais uma chapada na frolha insensível de Bush e outros que nos EUA a defendem e executam. Por vezes, basta um pequeno bater de asas de uma borboleta para alterar uma realidade muito maior... Será que esta recusa terá algumas consequências? Duvido... Dado o imenso grau de boçalidade do americano médio (ao fim ao cabo elegeram Buxo duas vezes, não foi?)
ResponderEliminarAmen
ResponderEliminarPena de morte em Portugal
ResponderEliminarAbolida para crimes políticos em 1852 (artigo 16º do Acto Adicional à Carta Constitucional de 5 de Julho, sancionado por D. Maria II).
Abolida para crimes civis em 1867 no reinado de D. Luís. Abolida para todos os crimes, excepto por traição durante a guerra em Julho em 1867 (Lei de 1 de Julho de 1867). A proposta partiu do ministro da Justiça Augusto César Barjona de Freitas, sendo submetida à discussão na Câmara dos Deputados. Transitou depois à Câmara dos Pares, onde foi aprovada. Mas a pena de morte continuava no Código de Justiça Militar. Em 1874, quando o soldado de infantaria nº 2, António Coelho, assassinou o alferes Palma e Brito, levantou-se grande discussão sobre a pena a aplicar.
Abolição para todos os crimes, incluindo os militares em 1911. Readmitida a pena de morte para crimes de traição em tempo de guerra, em 1916. Abolição total em 1976.