sexta-feira, março 31, 2006

A política do Papa e o Papa da política

Bento XVI desafiou hoje os dirigentes do Partido Popular Europeu (PPE – democratas-cristãos) a promoverem um combate político contra o laicismo, que considerou uma cultura em expansão pela Europa.Recebendo no Vaticano os participantes de um Congresso promovido pelo PPE, o Papa considerou que “com o vosso apoio, a herança cristã pode contribuir de forma significativa para a derrota de uma cultura que já está largamente espalhada pela Europa e que relega a manifestação da convicção religiosa para a esfera do privado e do subjectivo”.
Em declarações dadas na quinta-feira, dez dias antes das eleições gerais na Itália, criticou o casamento entre homossexuais e o aborto e disse que a Igreja Católica tinha o direito de dar sua opinião a respeito de assuntos políticos espinhosos.

Com o aproximar das eleições em Itália a Igreja corre no apoio a Berlusconi. Apoiada em séculos de partilha do poder a Igreja mostra uma vez mais a face carcomida do seu fundamentalismo.

4 comentários:

  1. «Sou o Jesus Cristo da política, sou uma vítima paciente, que aguenta tudo e se sacrifica por todos».
    Sílvio Berlusconi

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  2. Berlusconi é mais que o fascistoide e que o omnipresente magnata da televisão que construiu um império com métodos no mínimo suspeitos (dove vengano tutti questi soldi? pergunta Nanni Moreti no seu último filme).
    Berlusconi é um personagem nefasto da política italiana. É o homem (e o político) das piadolas, dos dislates, que combate sozinho um mundo que, por boas razões, o persegue- tipo Grande Ditador grunho.

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  3. O "Papa Ratz" está apenas a ser coerente consigo próprio... Está a ser justo à memória do rapazinho das Juventudes Hitlerianas que guarnecia uma anti-aérea sobre uma fábrica onde trabalhavam escravos judeus e que espalhava barreira anti-tanque na Hungria ocupada pelos nazis.

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  4. Deixo só uma pergunta: É esta a igreja que Jesus ansiava?, ou esta é a igreja que dá jeito a certos humanos?

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