sexta-feira, abril 21, 2006

Tratamento de resíduos perigosos

O Procurador-Geral da República, Souto Moura, revelou esta sexta-feira que a investigação do Ministério Público (MP) ao caso do «envelope 9», que envolveu escutas telefónicas a altas figuras do Estado, está «praticamente feita».

«Houve um incidente que subiu ao Tribunal da Relação, mas que já está resolvido», afirmou Souto Moura, sublinhando que «neste momento estão reunidas todas as condições para que o juíz designe a abertura dos computadores [ao jornal 24 horas que divulgou a notícia]».
«Logo que isso seja feito, a investigação está praticamente feita», reforçou o Procurador-Geral da República não querendo avançar quanto tempo demorará até ser terminada.
Souto Moura reitera o impensável: — em vez de apurar como e por ordem de quem é que tais elementos foram parar ao processo, decide apurar como é que tal noticia foi parar ao jornal.

Souto Moura nada investigou, mas alega que a investigação está “ praticamente feita”. A criminalização dos jornalistas pela violação do segredo de justiça parece estar para breve.

Se assim acontecer, e não for demitido (independentemente do tempo de mandato que lhe resta), será, porque o governo não possui uma política de tratamento de resíduos perigosos.
Jorge Matos

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

4 comentários:

  1. estou sem palavras perante a desfacatez e a impunidade que cobre este personagem da nossa "Justiça".

    Num país a sério o homem já teria sido demitido e afastado de qualquer hipótese de desempenhar cargos públicos, além que estaria também soterrado sob processos e mais processos...

    Por cá.

    Fica no cargo.

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  2. Será tão dificil perceber que o Souto Moura sabe tanto do que se passa à sua volta, como nós?!?

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  3. Se é burro devia ser demitido; se é lacrau, devia ser demitido. A mim parece-me que é mais um lacrau a desempenhar um exímio papel de burro.

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  4. Engano ele não é um lacrau, é algo muito pior é um Souto Moura

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