terça-feira, setembro 19, 2006

Uma Maria Antonieta à Portuguesa

Continuo sem saber quais os conhecimentos e capacidades de Paulo Portas para falar sobre arte. O seu programa “O estado da arte” e agora a responsabilidade de comentador de Literatura e cinema, no novo Sol, até hoje não me responderam a essa questão. Depois de há alguns meses o ter visto falar sobre Maria Antonieta, venho agora reencontrar o mesmo assunto, abordado da mesma maneira, logo no primeiro raio do “Sol”. Para estreia, merecia lago de mais original.
Pelo menos neste artigo não voltou a afirmar que o terror na história se iniciou com a Revolução Francesa como da primeira vez que nos contou esta história. Bastou-lhe o ridículo de o ter dito uma vez.
O que se mantêm imutável é o seu “ódio” à ideia de esquerda e o seu nojo pelo “povo”, grande culpado de muitos dos males da História.
“…onde terminam as hordas em tumulto e as multidões em marcha. Terminam invariavelmente, em novas tiranias e maiores terrores. Qualquer bom liberal – qualquer bom conservador – é um céptico sobre revoluções: deve evitá-las se puder, preveni-las se souber, contê-las se outro remédio não houver. Eu sou tão pouco revolucionário que nem sequer aprecio contra-revoluções.”
Compreende-se que esta seja a sua visão sobre revolução. É que um “povo” só se revolta quando as suas condições de vida e de liberdade atingiram pontos em que é impossível aguentar mais. Não explica as formas como devem os bons (os liberais e os conservadores) evitar, prevenir ou conter esse aborrecimento chamado revolução. Poderão e deverão utilizar a censura, a prisão, a tortura e até a morte para as evitar?
Já agora gostaria que ele também nos elucidasse sobre o seu pensamento sobre “Golpes de Estado” como aconteceu no Chile e em tantos outros países do mundo.
.
PS: Só uma nota de rodapé para dizer que, mesmo com gente como o Paulo Portas, podemos sempre aprender alguma coisa. Neste caso, foi de que Maria Antonieta, para além de inteligente q.b. era também ecológica. Realmente uma afirmação de nos fazer perder a cabeça. A Maria Antonieta que o diga.
.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

11 comentários:

  1. Pois como não venho há uns dias vou andar para trás para não perder pitada.

    Beijosssssssss

    ResponderEliminar
  2. Ha ha ha, excelente. Nada a dizer.

    ResponderEliminar
  3. Muito bom! Agora virou crítico de arte, realmente este Portas é um verdadeiro camaleão, como aquele da música do Boy George...
    Um Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Tuché:
    Espero que te divirtas
    bjos

    ResponderEliminar
  5. Eric:
    Bem vindo e um abraço

    ResponderEliminar
  6. Outsider:
    Não é só na parte do camaleão que é parecido com o Boy George, segundo ouvi dizer :)
    abraço

    ResponderEliminar
  7. luikku:
    Se~m a revolução podia ir sempre visitar o seu irmão Miguel ao Tarrafal quando fosse se férias a Cabo Verde.
    abraço

    ResponderEliminar
  8. Uma pérola da sapiência. Ainda vamos aprender muito com ele.:D))))


    BeijInha


    Fantástico!

    ResponderEliminar
  9. Inha:
    Eu aprendo todos os dias. Basta pensar o contrário do que ele diz
    bjos

    ResponderEliminar
  10. Excelente! Tanto texto como imagem.
    Parabéns!
    jinhos

    ResponderEliminar