Ontem, o Ministério da Cultura assinou mais um protocolo com privados. O BES vai gerir um fundo de 83 milhões de euros para projectos audiovisuais. O objectivo é apoiar empresas desta área que possam projectar a imagem de Portugal, tornar-se sustentáveis, criar emprego...
No fundo, tudo questões económicas. Porque sabe que quando se fala em economia, finanças e lucro os agentes culturais se arrepiam, o secretário de Estado da Cultura veio logo dizer que nem todos os filmes ou produções apoiadas precisam de ter salas cheias. Podem receber apoios simplesmente pela qualidade ou importância.
No entanto, o princípio está lançado. Ter um banco a orientar o dinheiro que vem dos cofres do Estado é uma garantia de boa gestão. E é no mínimo curioso que tenha sido um Governo socialista - tradicionalmente os mais generosos no assistencialismo à cultura - a iniciar este caminho.
Este é também mais um prenúncio de uma mudança de que há muito a cultura necessita: a entrada dos privados nesta área. Numa altura de cortes orçamentais, em que o pão é sempre mais prioritário do que o circo, é importante que os privados assumam esta responsabilidade.
Editorial DN
No fundo, tudo questões económicas. Porque sabe que quando se fala em economia, finanças e lucro os agentes culturais se arrepiam, o secretário de Estado da Cultura veio logo dizer que nem todos os filmes ou produções apoiadas precisam de ter salas cheias. Podem receber apoios simplesmente pela qualidade ou importância.
No entanto, o princípio está lançado. Ter um banco a orientar o dinheiro que vem dos cofres do Estado é uma garantia de boa gestão. E é no mínimo curioso que tenha sido um Governo socialista - tradicionalmente os mais generosos no assistencialismo à cultura - a iniciar este caminho.
Este é também mais um prenúncio de uma mudança de que há muito a cultura necessita: a entrada dos privados nesta área. Numa altura de cortes orçamentais, em que o pão é sempre mais prioritário do que o circo, é importante que os privados assumam esta responsabilidade.
Editorial DN
Coloquei aqui toda a parte do Editorial do DN de ontem, porque foi o único local onde encontrei a noticia. Li aqui que o Ministério da Cultura tinha dado a escolha dos artistas do circo da. Digo isto porque quando alguém compara a cultura a um circo faz-me pensar que ele poderá ser o palhaço da companhia. Mas isso não importa, porque custa-me entender que seja um Banco privado a gerir o dinheiro do estado. Sempre ouvi dizer que o objectivo do trabalho dos privados é produzir lucro e quando se trata da Banca de produzir muito lucro. Como disse custa-me a entender que seja um banco privado a gerir a cultura neste país. Será que ainda vamos acabar por ver o Ministério da Cultura transferido para a Sede do BES, o das Finanças para a do BCP, dos Negócios Estrangeiros para o BPI, da Economia para o Santander, para acabar com o a Associação Nacional de Bancos a mudar-se para S. Bento. Afinal é o PIB desta gente que sustenta o liberalismo em que vivemos para os enriquecer. Com isto também a cultura passa a ser só um negócio, é dado mais um passo no controlo daquilo a que temos o direito de ter acesso. Também a cultura terá de passar pelo crivo dos senhores deste mundo novo que querem instituir.
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Kaos mas não admira, porque o BES está em tudo o que tem a ver com o poder e com algumas das maiores currupções deste País, não quer dizer que os outros não estejam mas o BES tá lá sempre.
ResponderEliminarPortucale...diz-te alguma coisa?
Bjinhos
Mas afinal para que é que precisamos de "Ministério da Cultura"
ResponderEliminarA ultima frase diz tudo e resume a anormalidade vigente.
ResponderEliminarJinhos
Penso que o melhor comentário que se possa fazer é ... não comentar.
ResponderEliminarContudo, gostava de saber qual o significado que o governo tem para CULTURA (?).
xcharissa
Mas então!?!?! Tinha de ser o BES?
ResponderEliminarE a Caixa Geral de Depósitos não é o banco do Estado?
Porquê o BES? A troco de quê?
Sim! Que o dinheiro lá parado nos cofres deles vai render uma nota preta, fora as comissões que, evidentemente, irão cobrar pela "gestão" do fundo.
Este país precisa é de uma bomba.