terça-feira, agosto 28, 2007

Um catavento sem Norte

Braço-direito de Pedro Santana Lopes, Rui Gomes da Silva acusou, o actual líder do partido, Marques Mendes, «o arauto da credibilidade e da coerência», de ser «verdadeiramente um catavento que muda de opinião e de convicções». «É preciso ter lata para dizer que lançou as directas no PSD, ele que sempre se opôs. Só as aceitou porque tacticamente lhe davam jeito», afirma Gomes da Silva, que, sobre as quotas, recorda o que actual líder defendeu na moção e proposta de alteração dos estatutos que apresentou no congresso de Viseu - «o exercício dos direitos de eleger e ser eleito depende do pagamento actualizado das quotas, o que poderá ser feito até ao momento do exercício desses mesmos direitos». «Isto é defender o contrário do que defende agora. Porque o actual sistema de quota é um regime injusto e um convite à fraude».

Como eu gosto de ver esta gente a falar uns dos outros. Custa a acreditar que depois do que esta gente diz passar-se, dentro dos próprios partidos, ainda votem e confiem neles para governar o país. Põem a possibilidade de fraudes, chama-se incoerentes uns aos outros e mostram que, pela ânsia do poder, são capazes de tudo. Não há moral, projectos políticos ou ideias, só frases soltas e golpes baixos. Com gente desta a ser a alternativa à governação do Sócrates estamos bem tramados, mas que numa coisa o famigerado Rui Gomes tem razão; O Pequeno Mendes é mesmo um catavento. Só assim se consegue entender que sempre se conseguiu aguentar-se como numero dois do PSD, independentemente de quem era o líder e a sua oposição ao governo é feita de acordo com os casos políticos que vão acontecendo e não por ideias e convicções. Pior, este é um catavento sem norte.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

5 comentários:

  1. Os nossos grandes "empresários" (ex-porteiros, ex-guarda-costas, ex-pugilistas), criação destes senhores, já se começaram a matar uns aos outros.
    Estes para já, enquanto puderem encomendar, só se insultam.
    Se temos 50 anos de atraso em relação à Europa, dá ideia que em relação aos EUA temos 80.

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  2. Todos bons rapazes... e não precisam de exemplos de outras latitudes para se mostrarem no seu melhor. A propósito de exemplos de outras latitudes, fiquei bastante elucidado com a reportagem publicada na última «Visão» sobre os políticos italianos.
    Dos estudos realizados, tem-se verificado que os nossos cidadãos são aqueles que na velha Europa menos estão atentos às notícias. Penso que um maior interesse no que se passa no nosso quintal ajudaria a uma maior consciência da cidadania e não se estaria permanentemente a incorrer em erro aquando das eleições, pois também muito temos contribuido para o actual estado das coisas.Não basta dizer «não dou para esse peditório», tudo passa por uma consciência colectiva (penso eu de que)...

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  3. Pedro Barbosa:
    Há gente que bem se pode matar uma à outra que não fazem cá grande falta. Estes vão vivendo com as suas trafulhices em busca do poder. Quanto ao atraso tenho algumas duvidas. Por lá também as águas são muito turvas, basta lembrar a eleição do Bush
    abraço

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  4. Sarcastico:
    Não te esqueças que somos bombardeados com mentiras diariamente nas televisões e yemos um povo com uma enorme iliteracia. Comem aquilo que lhes dizem sem questionar e assim fazem com que estes poderes estabelecidos não se sintam ameaçados. Só mesmo pela luta diária e constante se pode chegar a algum lugar.
    abraço

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  5. Quem é que dá credibilidade a esta gente?

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