Ouvi poucos comentários aos discursos que o Novo líder do PSD, Luis Filipe Menezes, fez durante Congresso, talvez por estarem todos mais interessados no que Santana Lopes tinha o para dizer. Bem tentou ele fazer barulho, aparecer, fazer-se notar, mas os holofotes pareciam sempre estar apontados para outro lado. Atirou em todos os sentidos, talvez tentando acertar em alguma coisa que tivesse impacto, deu carta branca para que a Madeira e os Açores possam exigir a autonomia que desejarem, propôs, não uma revisão da Constituição, mas que esta fosse rasgada e feita uma nova. Mais poderes para o Presidente, dando-lhe a possibilidade de veto definitivo sobre qualquer lei. Acabar com o Tribunal Constitucional, privatizar tudo aquilo que são responsabilidades do Estado, como seja a Saúde, a Educação, Segurança Social e bens essenciais como a água. Se uma destas propostas tivesse sido feita por qualquer outro português, teria sido considerada como uma bomba e seria assunto de discussão em centenas de programas, debates e comentários. O que ele disse dito pelo Santana Lopes, pelo próprio Marques Mendes (mesmo depois de morto e enterrado politicamente), pelo Pacheco Pereira ou pelo Professor Martelo, pelo Paulo Portas ou pelo emplastro era o fim do mundo. Vindo dele, ninguém ligou, ninguém chegou sequer a fazer uma pequena observação sobre o assunto. É grave, porque as propostas que fez são graves e, queiram ou não queiram, considerem-no populista ou maluco, a verdade é que ele é, neste momento, o líder do maior partido da oposição, do partido de alterne ao poder Socretino. É grave, porque se até um Santana Lopes chegou a Primeiro-ministro sem saber como, imaginem, que numa conjugação de nefastos destinos também este o consegue?
Há que pôr um travão nesta gente, há que, no mínimo tentar que não nos retirem o pouco que ainda nos resta daquela manhã de Abril. Temos de ter cuidado porque esta gente pode andar a dizer disparates só para chamar a atenção, mas neste país parece que há quem goste muito de palhaços e este parece ser um bem grande.
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
Salud manito!
ResponderEliminarEstoi seguro que poderei ser un berdadeiro palhaço visivel ou no..
Estoi seguro que poderei dizer, bai tudo abaixo..
eheheheheh
don't care about clowns
tambem não exageremos, se o gajo chegar a 1º ministro a raça humana acaba em termos de credibilidade.
ResponderEliminarninguem comenta porque o pessoal já não pode com tanta demagogia.
mais kilos dessa coisa lá pró radar.
Nacionalizar por nacionalizar, aproveitem a onda para nacionalizar em primeiro lugar, os impostos!
ResponderEliminar"Acabar com o Tribunal Constitucional"
ResponderEliminarOlha que isto não é verdade. Eu ouvi bem o que ele disse e concordo 100%.
O que ele disse é que o Tribunal Constitucional deveria ser uma parte do Supremo Tribunal e constituída por magistrados de topo de carreira e não com é hoje por mero critério político. Até temos meros advogados como juízes e isso é uma grossa palhaçada.
A opção do LFM é bem mais isenta e separadora dos poderes político do de fiscalização da acção legislativa e seria um maior garante de honestidade e de seriedade no nosso sistema.
Outra coisa sensata que ele disse é que não faz sentido o Presidente da República (neste sistema semi-presidencialista que é o nosso) vetar decisões no âmbito da defesa nacional e dos negócios estrangeiros, para o qual tem poderes, e depois a Assembleia da República fazer tábua rasa e aprovar na mesma. Das duas ou o Presidente não tem direito de veto ou o mesmo é para respeitar.