quarta-feira, outubro 17, 2007

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Vi hoje imagens do Ministro Rui Pereira, o das polícias, a tentar justificar a ida de dois PSP´s a um sindicato para recolher informações. Eu, que tanto pugno pela liberdade, gostava verdadeiramente que tudo aquilo não tivesse passado de um excesso de zelo de um qualquer funcionário, até queria verdadeiramente acreditar nisso. Preferia que todo este barulho não passasse de um aproveitamento de uma situação infeliz. O resultado do inquérito, embora “naif” no conteúdo, com a segurança do Engenheiro a pedir informações à PSD da Guarda e esta enviar dois guardas, á paisana, recolher informações e estes terem ido aquele sindicato por ser o mais próximo da esquadra, até o poderia aceitar na forma e esperar que em notas internas garantissem que não mais sucederiam “incómodos” destes para o governo. O Ministro falou e estragou tudo. Quando o ouvi falar que a ida da polícia ao sindicato, se prendia com o pedido de manifestação não ter sido feito com a antecedência necessária, mostrou logo que afinal o resultado do inquérito não era mesmo nada “naif”. Ainda tentou mostrar que tal actuação policial tinha como finalidade proteger os próprios manifestantes, mas perante as perguntas insistentes dos deputados, acabou por deixar sair a besta quando reagiu mais asperamente e quase a gritar afirmou veemente que tudo só tinha acontecido porque os prazos não tinham sido respeitados e a lei não tinha sido cumprida.
Agora fiquei mais preocupado sobretudo quando já fala em modificar a actual lei das manifestações e duvido que seja para melhor.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

9 comentários:

  1. Mas nem tal excesso de zelo contribuiu para que a recepção à comitiva governamental liderada pelo 1ºministro tivesse sido tão «aplaudida» como se pode ver em filme divulgado no youtube.

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  2. Parece que este ministro já está a aprender com o seu chefe Sócretino, quando se dirigem ao publico a gritar, ou a falar num tom de voz mais alto, para que quem o ouvir pense que ele tem razão e que os outros é que não o deixam trabalhar. Uma atitude que revela muito bem a sua veia manipuladora e a forma mais arrogante e intimidatória de governar. Diga-se de passagem, e usando um pouco de psicologia,que só usa este tipo de táctica(ou discurso) quem tem algo a esconder, ou seja a melhor defesa é o ataque.

    Flyonthegarden

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  3. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou esta terça-feira que o Governo pretende elaborar um manual que fixe as normas para a polícia se informar sobre manifestações e actuar durante a sua realização.

    Segundo noticia a Lusa, o anúncio foi feito no Parlamento, onde o ministro foi ouvido durante três horas sobre o episódio deslocação de dois agentes da PSP a um sindicato da Covilhã, objecto de um relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).

    Por outro lado, questionado pelos jornalistas à saída da audição sobre a lei sobre o direito de manifestação, de 1974, Rui Pereira considerou que «pode carecer de actualização» e acrescentou que «o Governo está disponível, se for caso disso, para rever a lei» e que «a questão vai ser ponderada».

    http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=866730&div_id=291

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  4. Deste lado não devem vir lágrimas de crocodilo, como aconteceu hoje com o Sr. Silva, ao tomar conhecimento dos dados do INE de 2005, que indicam 1/5 da população Portuguesa como pobre.

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  5. SENTENÇA INUSITADA DE UM JUIZ, POETA E REALISTA
    Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).
    O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha, ex-promotor de justiça,
    concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas
    e ter perguntado ao delegado: "Desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?"
    O magistrado lavrou então sua sentença em versos:

    No dia cinco de outubro
    Do ano ainda fluente
    Em Carmo da Cachoeira
    Terra de boa gente
    Ocorreu um fato inédito
    Que me deixou descontente.

    O jovem Alceu da Costa
    Conhecido por "Rolinha"
    Aproveitando a madrugada
    Resolveu sair da linha
    Subtraindo de outrem
    Duas saborosas galinhas.

    Apanhando um saco plástico
    Que ali mesmo encontrou
    O agente muito esperto
    Escondeu o que furtou
    Deixando o local do crime
    Da maneira como entrou.

    O senhor Gabriel Osório
    Homem de muito tato
    Notando que havia sido
    A vítima do grave ato
    Procurou a autoridade
    Para relatar-lhe o fato.

    Ante a notícia do crime
    A polícia diligente
    Tomou as dores de Osório
    E formou seu contingente
    Um cabo e dois soldados
    E quem sabe até um tenente.

    Assim é que o aparato
    Da Polícia Militar
    Atendendo a ordem expressa
    Do Delegado titular
    Não pensou em outra coisa
    Senão em capturar.

    E depois de algum trabalho
    O larápio foi encontrado
    Num bar foi capturado
    Não esboçou reação
    Sendo conduzido então
    À frente do Delegado.

    Perguntado pelo furto
    Que havia cometido
    Respondeu Alceu da Costa
    Bastante extrovertido
    Desde quando furto é crime
    Neste Brasil de bandidos?

    Ante tão forte argumento
    Calou-se o delegado
    Mas por dever do seu cargo
    O flagrante foi lavrado
    Recolhendo à cadeia
    Aquele pobre coitado.

    E hoje passado um mês
    De ocorrida a prisão
    Chega-me às mãos o inquérito
    Que me parte o coração
    Solto ou deixo preso
    Esse mísero ladrão?

    Soltá-lo é decisão
    Que a nossa lei refuta
    Pois todos sabem que a lei
    É prá pobre, preto e puta...
    Por isso peço a Deus
    Que norteie minha conduta.

    É muito justa a lição
    Do pai destas Alterosas.
    Não deve ficar na prisão
    Quem furtou duas penosas,
    Se lá também não estão presos
    Pessoas bem mais charmosas.

    Afinal não é tão grave
    Aquilo que Alceu fez
    Pois nunca foi do governo
    Nem seqüestrou o Martinez
    E muito menos do gás
    Participou alguma vez.

    Desta forma é que concedo
    A esse homem da simplória
    Com base no CPP
    Liberdade provisória
    Para que volte para casa
    E passe a viver na glória.

    Se virar homem honesto
    E sair dessa sua trilha
    Permaneça em Cachoeira
    Ao lado de sua família
    Devendo, se ao contrário,
    Mudar-se para Brasília!

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  6. Se tudo foi feito dentro das normas, então porquê fazer novas normas? Para aperfeiçoar e aprofundar os métodos?
    Estes casos que vêm à notícia são preocupantes porque indiciam que muitos outros haverá e que não são notícia. Este governo é um perigo para a liberdade, já o provou. Nenhum militante socialista amante da liberdade guardará de consciência tranquila o seu cartão na carteira.

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  7. Se a manifestação foi anunciada dentro do prazo, era legal. Se não, era ilegal e teria sido proibida.
    O que é que os polícias iam lá fazer em qualquer caso?
    Acham que estamos a dormir...

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  8. Eu ouvi nessa audição o ministro dizer que a Lei era de 74, quase a dar a entender que era um resto do Salazarismo, mas não é nada.

    Já teve revisões até de Constitucionalidade em 1996.

    Aos professores até lhes bastava anunciar a greve na comunicação social cinco dias antes (§5, nº1).

    Eles querem é torná-la salazarista ou pior ainda.

    Volta, Salazar, estás perdoado. Ao menos tu pensavas em Portugal... mal, mas pensavas.

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  9. amigo, para quando um blog sobre a influencia e perturbaçao maçónia em Portugal?
    Rui pereira maçon,ex resposavel pelo sis...


    investiga
    ;)

    são eles que puxam os cordelinhos todos...

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