segunda-feira, fevereiro 18, 2008

As inquietações de Luis Filipe Menezes

 As preocupações do gaiato

«"Sou a única pessoa nesta dialéctica de confronto político democrático em Portugal que não esteve no Governo nos últimos dez anos" mas "sou solidário" com os alvos das suspeições, afirmou Luís Filipe Menezes. "Confio muito na justiça portuguesa", disse, estranhando as suspeitas que têm sido levantadas sobre matérias como a "adjudicação do SIRESP, os casos Portucale, Casino Lisboa, submarinos e sobreiros cortados aqui e acolá". No último ano e meio, "ouvi falar de histórias retroactivamente de um período circunscrito da democracia portuguesa" mas "até agora não vi nenhum membro desses Governos do PSD, apesar de todas essas notícias, ser constituído arguido ou levado a tribunal". Na sua maioria, estas suspeitas não passam da "fase incipiente de inquérito" mas "são demasiados inquéritos em cima de Governos do PSD", estranhou Menezes.»
In “RTP

É o que acontece quando o líder do PSD tenta pensar, fica muito confuso. Pior mesmo é depois quando fala e nos delicia as conclusões desses pensamentos. Porque será que há tantos inquéritos sobre gente que participou no governo dos Santana Lopes? Não será porque aquilo foi um regabofe em que era ver quem comia a melhor fatia do bolo? Então os elementos do CDS foram uma coisa linda. O Gaiato Menezes “confia muito na Justiça portuguesa”, certamente muito mais que os próprios portugueses que compreendem perfeitamente porque não está essa gente toda na barra do tribunal. Não estão acusados porque neste país, as leis, os buracos nas leis, as investigações, os constantes erros processuais, os intermináveis julgamentos, tudo isto contribui para que a culpa morra sempre solteira. Já alguma vez se viu um politico ser acusado e condenado por trafulhices num governo?
O Engenheiro afirma estar a ser perseguido por um jornal, o Gaiato, pelos visto, por tudo e por todos.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

2 comentários:

  1. Um processo não tão mediático, mas também reportado na altura nos meios de comunicação social e com ligações ao governo do Santana Lopes, foi a atribuição dos quase 1500 fogos de habitação social dos Bairro dos Lóios e das Amendoeiras, em Chelas, Lisboa à Fundação D. Pedro IV.

    Essa atribuição do respectivo património foi então realizada pelo IGAPHE (Hoje inexistente, devido à criação do IHRU), no governo de gestão do Santana Lopes, quando a Assembleia da República detinha já somente funções administrativas.

    Posteriormente e devido a protestos dos respectivos moradores e investigações do jornalista José António Cerejo do "Público", veio-se a descobrir que a mesma Fundação havia sido indicada para ser extinta em 2000, no seguimento de um relatório da então Inspecção Geral da Segurança Social, que indicava que a Fundação se desviava dos seus fins sociais, em proveito dos seus dirigentes.

    E a extinção somente não aconteceu em 2000, porque o relatório que propunha a extinção foi ignorado pelo então Inspector da Segurança Social, o Juiz Simões de Almeida, que tinha ligações ao PS e que viria mais tarde a ser nomeado Secretário de Estado da Segurança Social por Paulo Pedroso.

    Os moradores dos Bairros dos Lóios e das Amendoeiras, apresentaram várias quixas no ministério público contra a mesma Fundação, que tem vindo a receber verbas de vários governos e que de acordo com o mesmo relatório, são canalizadas para os negócios imobiliários do seu presidente, Vasco do Canto Moniz.

    Presentemente, desde que a Fundação deixou de gerir os fogos de habitação social dos Bairros dos Lóios e das Amendoeiras, devido aos protestos dos moradores, a comunicação social, deixou de falar sobre a Fundação D. Pedro IV.

    De acordo com a investigação do jornal "Pùblico", personalidades políticas passaram pela mesma Fundação, entre as quais, Bagão Félix.

    Apesar das queixas dos moradores no ministério público, o que é certo que é parece que no mesmo ministério público, não se vislumbra uma verdadeira investigação a esta Fundação D. Pedro IV.

    Uma inacção, no mínimo estranha para uma Fundação com tantas ilegalidades cometidas.

    Embora, não se tenha falado o suficiente da Fundação D. Pedro IV, ela representa seguramente, um dos maiores casos de suspeição de promiscuidade entre o Estado e interesses particulares, em diferentes governos, culminando posteriormente com o governo do Durão Barroso e posteriormente do Santana Lopes.

    Fundação Intocável

    Fundação Intocável?

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  2. E eu, que não estive nos governos dos últimos dez anos, sou solidário com a corrupção, a tramóia e todos os jeitos de benfeitoria em que entraram, bem, os meus correligionários de partido e desonestidade e não pretendo mudar seja o que for, isto é, se lá for parar ao governo, a política será a mesma, se não melhor, a de roubar e roubar e me aproveitar da ocasião...

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