sábado, fevereiro 16, 2008

Batota

 Jogo desleal

«Em Agosto de 2004, a Estoril-Sol enviou um extenso documento ao então ministro do Turismo, Telmo Correia, no qual sugeriu uma alteração cirúrgica ao artigo 27 da Lei do Jogo que regulava a reversibilidade obrigatória dos edifícios e equipamentos dos casinos para o Estado. Segundo o documento, a que o Expresso teve acesso a empresa considerou que a tal alteração seria inócua às demais concessões e "também totalmente imperceptível quer pela simultaneidade da sua publicação com as demais alterações de artigos do mesmo Decreto-lei, quer pela sua formulação genérica e abstracta, insusceptível de ser interpretada como relacionável com a clarificação da situação concreta". Ou seja, o Casino de Lisboa. A filosofia da proposta acabou por ser acolhida em Dezembro de 2004, quando o governo de Santana Lopes aprovou uma alteração à Lei do Jogo. Recorde-se que, de acordo com a lei anterior, os edifícios e equipamentos dos casinos revertiam para o Estado no final do contrato, mesmo que tivessem sido adquiridos pelo concessionário.» PDF do documento [AQUI]. In “Expresso

Não fico espantado com a notícia. Pelo lado dos casinos todos ouvimos o Assis Ferreira afirmar em directo na televisão, na presença de uma sala cheia e na cara do fundamentalista Director Geral da Saúde que não ia cumprir a lei do tabaco e que não tinha medo de ninguém. Pelos vistos está habituado a fazer as suas próprias leis da forma que mais lhes convenha. Se falarmos do Governo do Santana Lopes, então nada mais natural, sobretudo quando falamos de ministros da área CDS. Cada tiro cada melro, cada cavadela sua minhoca parece ser o resultados dos meses que passaram sentados nos ministérios. Sob a capa da honestidade, da rectidão, da eficiência, da bondade, dos convictos discursos do Paulo Porta, está uma lama fétida de corrupção, compadrios e negociatas. Fica o recorde, ainda não foi homologado e publicado pelo Livro Guinness dos Recordes, do Partido que, com menos pastas e tempo, conseguiu fazer mais aldrabices, num governo.
Um pouco mais a sério, se propor a redacção para o texto de uma lei para benefício próprio, tendo a lata de explicar as razões pelas quais ninguém vai descobrir as verdadeiras intenção dela, de como o golpe as dissimula na perfeição, não é prova suficiente para condenar alguém por trafico de influencias, o que será?

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

4 comentários:

  1. Isto não vai lá com palmadinhas nas costas,esta gente é mesmo má na sua natureza de gula.Têm que ser corridos à paulada.Não vivemos um Estado de Direito,mas sim num estado de Direita.Ainda agora ouvi o paneleiro do PP a defender esta pouca vergonha,a bater na mesma tecla.Não há ninguém que lhe diga:Vai pra choldra,rabo!?

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  2. No boneco,só faltam mesmo as cigarrilhas...

    1 Abraço e bom FDS!

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  3. Agora percebem a novidade de um tal ministro do turismo, como está à vista, espécie de cano de esgoto para estes arranjinhos e o mais que se preparava a fazer o chico portas, assim despojando o património público para o dar aos ricos, os bandido, grandes ladrões e sacanas esses de cds hipócritas.

    Portas, o tal do beijo ao roomsfede, rais o parta!

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  4. E não há ninguém com tomates que engavete esses gajos?

    Num país a sério esses e outros f. da p. já estavam nas berlengas a ver as gaivotas aos quadradinhos.

    Abraço

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