domingo, fevereiro 17, 2008

Cortina de Fumo

 Cortina de fumo

Todos vimos o rapidíssimo romance entre o Sinistro Sarkozy e a modelo Carla Bruni e eu não pude deixar de me lembrar do concurso " A Bela e o Mestre" que há uns tempos poluiu a nossa televisão. Foram capas de todos os jornais durante semanas e casaram há poucos dias no Eliseu, sob o olhar de todas as câmaras. Em paralelo a este romance, um outro se desenrolou, o da ratificação do Tratado de Lisboa no Parlamento Francês. Num país que já uma vez tinha dito não a este mesmo tratado só com um nome diferente, embalado pelos sonhos do amor presidencial, ninguém se levantou em protesto contra esta atitude totalmente antidemocrática de não respeitar aquela que tinha sido a vontade popular. Sob a cortina de fumo do seu casamento fez calmamente passar uma medida que, noutra situação, poderia criar grandes problemas e protestos. Foi realmente um mestre e os seus patrões do Clube Bilderberg devem estar satisfeitíssimos com a sua habilidade. Agora, todos já fazem apostas de qual será a sua próxima magia quando for necessário passar leis antipopulares como a da segurança social, diminuição de pensões ou aumento da idade de reforma. Para um vão ser a transmissões em directo da cama do casal, para outros um novo divórcio e o regresso aos braços da ex-mulher.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

5 comentários:

  1. caro Kaos: o assunto tratado europeu está longe de estar acabado...
    aqui ou na França.

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  2. Maria, Maria onde estás? Em terras de França? E tens pão? E Vinho?
    JSerra

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  3. Talvez...volta tás perdoado!
    Kaos
    Tenho emoldurado algumas imagens tuas...obg

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  4. Eh, eh... Muito bom 'post'.
    Quanto às transmissões em directo da cama do casal, não me parece, corria-se o risco de o Sarkozy não conseguir levantar... os níveis de audiência, e a Carla ter de procurar outros apoios "políticos".
    A segunda hipótese parece-me mais ao jeito dos romances de cordel em que se está a transformar a política.

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  5. Pequena correcção ao apache. A politica não se está a transformar em romance de cordel. Já o é

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