quarta-feira, abril 02, 2008

Como é óbvio pelas razões que são conhecidas

 Amarelo

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) francês, Bernard Kouchner, disse esta terça-feira que os 27 deverão convidar muito em breve Dalai Lama para ir a Bruxelas, depois de terem apelado ao diálogo da China com o líder espiritual tibetano.
O governo chinês aconselhou a União Europeia (UE) a não apoiar Dalai Lama reiterando a sua posição de que qualquer encontro com vista a apoiar o líder tibetano representa um apoio a actividades separatistas.


Em Setembro dos ano passado, quando da visita do Dalai lama a Portugal, ouvimos o seguinte: «Oficialmente, Dalai Lama não é recebido por responsáveis do Governo português, como é óbvio», declarou a jornalistas o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado. Instado por que razão considerava óbvia a recusa, respondeu: «Pelas razões que são conhecidas».

Será que é agora que o Luís Amado nos vai explicar o que na altura era tão obvio não receber o Dalai Lama por considerar que os negócios valem mais que os direitos humanos? Sendo o Luís Amado um admirador do Imperialismo Americano, (tão admirador quer aceita que manter a mentira da não passagem dos voos da CIA por Portugal quando isso já é evidente para todos), irá afrontar a China ou continuar a olhar para o lado porque é “obvio pelas razões conhecidas”?
Gostem ou não gostem, a China é governada por uma ditadura que oprime, prende, tortura e mata quem internamente contesta o regime. (Há uns tempo surgiu por aí um site da Internete onde era possível testar se o nosso blog podia ser visto na China. O meu podia, mas no dia seguinte a ter feito um post sobre o Tibete passei a ser “persona non grata” e o meu blog entrou na lista dos locais que os chineses não podiam visitar). Gostem ou não gostem o imperialismo Americano é responsável por muitos milhões de mortes de inocentes um pouco por todo o mundo com a sua politica militarista e de controlo económico. Gostem ou não gostem eu não gosto desta gente, gostem ou não gostem não vou deixar de apontar o dedo aos seus crimes, sejam eles feitos sobre um chinês, um monge Budista, um Iraquiano, um Afegão ou um Palestiniano. Gostem ou não gostem, não gosto do Luís Amado e da posição cobarde que Portugal tem assumido, tanto para a ditadura chinesa como para o terrorismo Americano. Gostem ou não gostem vou continuar a dizer aquilo em que acredito .

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

12 comentários:

  1. Mais pessoas assim e isto vai ao lugar.

    Na mouche, Kaos! Como dizia o poeta, "não há machado que corte a raiz ao pensamento"... mas também não há um raio que os parta.

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  2. Anónimo2/4/08 20:43

    Este gajo é um palhaceco.

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  3. Anónimo2/4/08 23:15

    Que pena, Kaos! A sua vontade em se destacar dos comunistas (pelo menos dos do PCP, partido que, como afirmei noutro sítio, nunca apontou o socialismo chinês como modelo), essa sua vontade está a torná-lo num fanático anti-comunista armado dum moralismo judaico-cristão caracteristicamente de direita. Com uma desvantagem para si: os tipos assumidamente de direita não têm medo de ser confundidos com os comunistas. Por isso, usam, por vezes, da razão e da verdade para argumentar - mas partindo de um ângulo e de pressupostos completamente opostos aos da esquerda.
    Acalme-se. Também há pessoas honestas que não são do PCP, não tenha medo. Mas, se continuar assim, a utilidade dos seus comentários e dos seus (excelentes) trabalhos gráficos para a construção de um mundo mais justo será tanta como a de uma qualquer manifestação do PNR.

    P.S.: espero que a sua vontade de defender a "livre expressão de ideias" seja tolerante ao meu modestíssimo, mas sincero e preocupado, comentário. Afinal, não estamos na China (lol).

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  4. Anónimo2/4/08 23:36

    Gostem ou não gostem, também acho que o tal de lalai lama é um bom hipócrita, paraita e tiranóide, pior que osw dons iortigas da alta idade média, quando todo o bonzo era um escravo. E agora este esperto sabe como o Aznar, como ò Pacheco, divisionistas quanto fascistas, que o que importa é ter o mais poderoso pelas costas, quais states, Cia & C.ª, com os evangélicos de lá todos à volta.

    Que nem faltará a ganância à Nato de levar os sucessores de Busha ao tecto do mundo.

    E até faz pena ver um gajo assim inteligente como o Kaos deixar-se levar de raiva ou lá que seja de despeito, não sei por que raio que o afectou na infância.

    Pois parvo que baste e reaças já bem ele se expôs neste post, a provar que "o amor é cego" e mais a paixão do ódio, que pode mudar um homem sem ir à bruxa, por se dar de graça ao inimigo.

    Só não é bonito ser tolo, carago, ó Kaos, que me pareces já da famelga do Bieira.

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  5. Anónimo3/4/08 01:55

    Gostem ou não gostem, os extremos tocam-se! Tanto faz ser dominado e explorado numa economia de mercado como numa economia de capitalismo monopolista de Estado.
    Como alguém disse, num comentário a um post anterior, quero que todos os sacanas que vivem da exploração e submissão do próximo se f****.

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  6. mide:
    não posso nem quero falar aqui muito de mim, quem sou o que faço e o que fiz. Talvez fosse uma surpresa para ti se soubesses.
    Não sou anti-comunista, nunca fui, a unica coisa que fui e sou é anti-fascista. Seja como for isso nem interessa muito, sou como sou e tenho o direito de ter as minhas opiniões. Estranho, e com muita pena minha, ver que há quem questione esse meu direito. Como disse no post, gostem ou não gostem vou continuar a ser eu e a dizer aquilo que penso. Gostem ou não gostem.

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  7. Donantonia:
    Posso ser tolo possivelmente até sou, e se o for, não vejo em que isso possa interessar à Donantonia, assim como não me interessa muito que a donantonia me considere tolo.
    Talvez seja tolo por não entender que só porque combato o terrorismo Americano, isso me obriga a esquecer o sofrimentos de outros. Mas isso sou eu que sou tolo.
    Seja como for, tenho pena de, na grande maioria dos que aqui apareceram de repente para me chamar de fascista, tolo, moralista, e mais uma serie de outros adjectivos, nada saiba nem conheça a obra. Certamente seriam muito esclarecedoras.

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  8. Anónimo3/4/08 12:40

    O que me irrita nos meus amigos do PC é esta eterna mania que eles têm de achar que quem não alinha incondicionalmente pelo seu pensamento oficial está a «fazer o jogo da reacção»! Eu, que já tenho idade suficiente para me lembrar de muitas coisas que muito boa gente (incluindo esses meus amigos) hoje gostaria de esquecer, lembro-me muuuuuito bem do que o PC português dizia do PC chinês até ao momento em que a URSS se esfarelou. Mas, pronto, as pessoas mudam, os partidos também - é a vida, como diria o engenheiro Guterres. Agora o que não se pode é negar as evidências. E uma delas é que o PC chinês é tão comunista como eu sou esquimó. Aliás, seria útil que estes novos defensores da pátria do ex-grande timoneiro reflectissem um bocadinho sobre as razões que levam o governo de Bush a ser tão tolerante para com a China (em contraponto com a dureza de posições que têm relativamente a Cuba, por exemplo). A verdade, meus caros, é que a China é hoje o modelo de regime ideal para todos quantos fazem da exploração do trabalho alheio um modo de vida. Cito, a propósito, uma passagem que li há pouco tempo no livro mais recente do jornalista Viriato Teles, “A Utopia segundo Che Guevara”, que sintetiza muito bem aquilo que penso sobre este tema: «Ao conciliar a ditadura do proletariado com a bolsa de valores, a China deu origem ao ‘socialismo de mercado’ – que, em rigor, pode definir-se como um estádio superior do capitalismo: mão-de-obra barata, nível zero de reivindicações laborais, horário de trabalho alargado e nenhuns encargos extra.»
    Por isso é que esta China pós-maoísta se tornou num parceiro respeitabilíssimo da OMC, por isso me desgosta esta submissão dos comunistas portugueses aos seus «camaradas» do extremo-oriente.
    Quanto ao Tibete, a verdade é que o Kaos tem toda a razão: goste-se ou não, é um facto que a China oprime, mata, tortura aquele povo. Como faz, de resto, com o seu próprio povo. Se isto tem alguma coisa a ver com o socialismo, eu vou ali e já venho. Durante muito tempo houve quem pensasse que ser de esquerda implicava silenciar os dislates e os crimes cometidos em nome dessa mesma esquerda. Deu no que deu. E estamos todos a pagar por isso. Por mim, não estou nessa, nunca estive. Mesmo que, por isso, possa haver quem me chame anticomunista e reaccionário. Porque o certo é que os verdadeiros anticomunistas são aqueles que ajudaram a esfarelar o ideal, fosse por palavras e obras, fosse por silêncios e omissões.
    Citei, atrás, um livro – um belo livro, aliás – sobre o Che. É tempo de fazermos como ele, e termos (nós, os homens e mulheres de esquerda) a coragem de pôr o dedo na ferida, mesmo que doa. Porque só assim poderá haver futuro para qualquer coisa parecida com um ideal revolucionário.

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  9. Anónimo3/4/08 15:28

    Gostem ou não gostem, a China não anda a fazer guerra a ninguém, nunca andou, por tradição, salvo numa muralha (da China) que levantou durante milénios para defender-se das hordas de invasores de todo o lado.

    Numa harmonia de vida que cativou alguns vizinhos, como o maior do Tibete, quando lá foi de visita e tão bem foi recebido, num palácio reconstituído à imagem daquele em que vivia, que acedeu a juntar-se em província irmã ao conjunto daquelas do imperador da China. Há muito, muito tempo, que lá dirá a Vikipédia e eu segui num documentário Inglês ou Americano da Odisseia, de certo de antes de a Cia e a Nato começarem a afiar o dente ao que seria ali uma rede de bases maricanas no tecto do mundo, mesmo sobre a China.

    E o charlatão do lalai lama não há-de, por certo, na sua manha e hipocrisia, nem com toda a interesseira propaganda Ciático-evangelista, demover a China de uma província igual às outras, irmanada numa tradição de amizade e integração voluntária antiga.

    Goste-se ou não se goste, ao sabor da corrente de propaganda ocidental-maricana. E cada um lá seja livre o que pode e sabe e lhe agradar do assunto.

    Porém, eu tenho que lalai lama, apesar dos bons serviços de todos os evangélicos da América, não dominará mais sobre a escravatura bonza do Tibete, nesta vida.

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  10. Anónimo3/4/08 22:30

    Kaos
    Tenho muita consideração pelo trabalho que vens aqui publicando, e terei todo o prazer em conhecer o resto. Aliás, se não tivesse outros motivos, o facto de o Samuel te respeitar a vários níveis seria já um bom indício.
    De outro modo nem aqui teria vindo escrever o que quer que fosse.
    (Aliás, ao "terrorista" que baseia o seu comentário nas mentiras e chavões em que quer acreditar - devem-lhe dar jeito, ele ou ou seu psiquiatra lá saberão porquê - nem me dou ao trabalho de lhe responder directamente)
    Mas o que te escrevi é um aviso, como disse, preocupado: não faças à direita (seja qual for a capa que esta veste) o favor de entrar nos ataques ao PCP por causa do Tibete. O PCP nunca apontou, repito, a China como modelo, e os comunistas vêem com preocupação algumas derivas neo-liberais da China. Bem, apesar de tudo, a China continua a declarar querer construir o socialismo. Terá, provavelmente, que repensar os caminhos seguidos, mas não nos podemos, também, esquecer da dimensão gigantesca e da complexidade cultural daquele país.
    Mas, apesar destas preocupações e reservas, os comunistas portugueses também não embarcam em hipocrisias sobre a questão tibetana. Os factos já os expus noutro sítio. A verdade, apesar do ruído, está disponível para quem a quiser conhecer. E é com essa que o PCP lida, não com moralismos demagógicos e pró-imperialistas.
    Quanto ao resto, espero que saibas, e penso que saberás bem que o PCP é o partido que mais defende a unidade de todos os democratas na defesa da democracia e de uma sociedade mais justa. Independentemente das discordâncias pontuais - desde que conciliáveis.

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  11. Anónimo4/4/08 00:15

    Nos últimos dias fui lendo alguns comentários, e fui fazer umas pesquisazitas e não é que até já concordo aqui com o Mide?
    Só agora comecei a perceber tudo isto da China e do Tibet, mas confesso que a maior parte das informações não se ouvem nos noticiários, que só vêm um lado da questão.

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  12. mide:
    Nunca aqui ataquei o PCP na questão do Tibete. Podes ler os posts e os meus comentários para o confirmar. Falei sim da China a quem acuso de ser uma ditadura e de não respeitar direitos humanos. Critico os nossos governantes por se venderem a esta gente. Indignei-me por haver quem aqui me tenha vindo chamar de fascista por defender o direito que todos temos a ser livres. Já me chamaram de comunista, muitas vezes, mas de fascista foi a primeira.
    Neste blog gosto muito de brincar com as imagens mas também de dizer aquilo que vejo e acredito. Posso não estar sempre certo, mas o que digo é aquilo em que honestamente acredito

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