Desde pequeno que me contam a história do Menino Jesus, perseguido por soldados, de como cresceu, para se transformou no Cristo que, traído por um beijo de Judas, aceitou percorrer o Calvário até morrer na Cruz em nome de um Deus e para nos salvar. Ressuscitou ao terceiro dia e lá foi ele para o céu. Esta história sempre me pareceu mal contada e um bocadinho exagerada, mas o que seriam as histórias da história se não lhes criassem heróis e vilões.

Quando olho para o Santana Lopes não posso deixar de me perguntar porque corre ele neste seu calvário da política Portuguesa. Pelos vistos, já apanhava “porrada” ainda estava na incubadora, mas como aconteceu com o outro, andou por aí, cresceu e também ele arregimentou alguns fiéis seguidores. Judas, parece que teve vários, mas um tal de Menezes será talvez o maior, aquele que o conduzirá ao cadafalso. Ao sair, apontou-lhe a liderança num apoio muito esperado, para depois lhe retirar o tapete e, silenciosamente, ir adorar outra candidatura, a do Pedro Passos Coelho. Agora terá de carregar a sua Cruz pelo calvário das eleições do PSD contra o poder dos Barões que controlam a informação e a propaganda. É verdade que morrer nesta cruz lhe evita ter de carregar uma muito maior, a que lhe cairia em cima se tivesse de voltar a disputar eleições com o Sócrates. Falta saber se como o outro, também este ressuscitará uma vez mais desta morte anunciada.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping