sexta-feira, outubro 10, 2008

A licenciatura assombrada

 A ameaça

«As declarações de José Manuel Fernandes, director do jornal Público, na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), no caso das «pressões» para «abafar» as notícias sobre a licenciatura do primeiro-ministro, estão a levantar nova polémica: o director do Público afirma que Sócrates o pressionou e o primeiro-ministro desmente e acusa Fernandes de «especial covardia».
A frase que está a lançar a polémica foi publicada no site da ERC e diz o seguinte: "Fiquei com uma boa relação com o seu accionista e vamos a ver se isso não se altera"».

Podia fazer aqui um longo texto a explicar todas as peripécias deste processo, a começar na altura em que o Sócrates aqui ganhou o Cognome de “Engenheiro” em virtude de tudo o que ia surgindo em redor da forma como conseguiu a sua licenciatura e das trafulhices que se lhe seguiram. A história é longa e todos se recordam dela pelo que basta irem ler o resto da notícia [AQUI], onde a ERC se esquece de ligar gravadores exactamente quando são feitas declarações comprometedoras, ou altera agora o que escreveu no relatório afirmando ter-se enganado na transcrição. Se na altura a licenciatura ficou muito mal explicada e a poucos convenceu, esta trapalhada só vem confirmar que, apesar da ERC dizer que não encontrou provas da tentativa do Engenheiro em controlar as noticias, o incomodo que provocou ao Engenheiro foi ainda maior. É assim, quem tem esqueletos no armário nunca sabe quando saiem de lá para o assombrar.

 O esqueleto

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

7 comentários:

  1. Que o PM é mentiroso, cometeu fraudes para obter um grau académico, isso já não é, para mim novidade. Apesar de ser tão evidente, não o posso afirmar porque não tenho condições económicas para, apesar de considerar ter razão, me defender em tribunal.

    O mais assustador é a quantidade de pessoas que, apesar de não pôr em causa as mentiras e as vigarices, consideram irrelevante, num governante, este tipo de comportamentos.

    Penso que é aqui que reside um dos grandes males do nosso país.

    Neste país, um vigarista nunca é mal visto pela opinião pública.
    Pode mesmo ser criticado e, durante algum tempo, motivo de anedotas e outro tipo de brincadeiras, mas uma condenação, efectivamente sentida, é coisa que me parece não acontecer.

    Aliás em portugal, valoriza-se mto a capacidade de desenrascanço que, muitas vezes, tem a ver com o acto de praticar certos ilícitos para atingir determinados objectivos.

    Por outro lado, parece-me haver em certas condenações, não a reprovação pelo acto em si, mas uma certa inveja em não se ser tão esperto e desenrascado como quem cometeu o delito.

    No fim, trata-se de uma total falta de consideração por princípios, aceites universalmente, que todos dizem defender mas, muito poucos praticam.

    O conselho que invariavelmente se recebe quando nós nos indignamos com condutas condenáveis, à luz dos tais princípios, é a de que se não houve prejuízo para nós, para quê ficar chateado?

    No caso do sócrates, o que se ouviu repetidamente era que isso -as mentiras e as aldrabices - não interessava, o que interessava era que governasse bem!

    O que essa gente não percebe é que isso interessa e muito. Se calhar tudo o resto - as malfeitorias - é decorrente da falta desses mesmos princípios ou valores.

    Só por curiosidade, quando da bronca da licenciatura do gajo, eu mandei ao dito gajo, através do site do governo, um e-mail a questioná-lo sobre várias coisas relacionadas com o caso.
    Houve resposta - naturalmente automática - a agradecer o contacto e a prometer posterior resposta que, como é óbvio, ainda não chegou

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  2. Nestas coisas é melhor não tomar partido: a idoneidade desse jornalista é muito semelhante à engenharia de sócrates.
    Comam-se uns aos outros já que ainda não podem casar!
    Um abraço engenhoso e sincero

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  3. O que é que interessa quem É, ou que é o J M Fernandes?
    Acho um mau princípio não ligarmos ao que está em causa porque o visado não merece consideração.
    Um dia destes é connosco -como já é há mto tempo com o socrates e os anteriores - e nessa ALTURA...
    PACIÊNCIA!!!!

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  4. o anónimo sou eu lmb, que me esqueci de colocar o nome

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  5. Numa altura tão cheia de dificuldades, em que a maioria dos portugueses começam a não conseguir esticar o ordenado até ao fim do mês e pagar as contas do gás e da electricidade, a Exma. Senhora Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues, digníssima Ministra da Educação, comprou muito recentemente um apartamento num prédio a carecer de obras, pela insignificante quantia de cerca de 500.000 Euros (Cem mil contos em moeda antiga).
    Para o efeito nem teve que vender o apartamento que habita numa periferia de Lisboa.
    O citado apartamento situa-se na Av. de Roma, n.º 20, 5º. (quase defronte da Livraria Bertrand)
    A escritura está na 1.ª Conservatória de Registo Predial de Lisboa.

    Saudemos a Sra. Ministra pelo seu sucesso …

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  6. Eu não sou ministro, e provavelmente, nunca serei. Fez a ministra muito bem - o dinheiro é dela, não é nosso.

    Isto foi quase como dizer que o CR ganha dinheiro a mais (e ganha mesmo e muito a mais), mas nasci com pés bons para caminhar e não para jogar futebol, porra!

    Nem todos podemos ser minitros ou jogadores de futebol, por isso, paremos com as choraminguices de "a galinha do vizinho é melhor que a minha". Fica-nos mal e retira-nos autoridade moral, pois não sei se quem critica essas pessoas acha mal alguém ganhar dinheiro ou se simplesmente gostaria de estar no seu lugar. Não estou a dizer que é o caso vertente, apenas chamo a atenção do que pode parecer.

    Quanto à licenciatura - eu também sou licenciado, por acaso até na esfera de competências do nosso primeiro, e só posso lamentar que, a ser verdade o que se diz, alguém tenha ficado com uma licenciatura que me custou caro, a trabalhar e a estudar simultaneamente, durante muitos anos e euros... Por isso, interessa, e, a ser verdade, que se julguem os responsáveis.

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