quarta-feira, outubro 29, 2008

UGT 30 anos

UGT 30 anos

Ontem, nos 30 anos da UGT, muito se falou da crise, da importancia que os sindicatos têm e da necessidade de se adaptarem aos novos desafios da globalização. Todos conhecemos a história da UGT, dos fundos europeus e de como esta tem sido o principal arma deste e de outros governos contra todos nós. Esta tem sido o avalista, a central que tem possibilitado aos governos afirmar que os direitos que nos roubam têm o acordo dos sindicatos.
A função dos sindicatos deveria ser somente a defesa dos trabalhadores, a ancora de união das lutas por novos direitos e não os que os vão entregando um a um. Foram 30 anos muito feios e por isso não admira que por lá estivesse o Presidente da Comissão Europeia, o da Républica Portuguesa, o Ministro do Trabalho e muitos outros, todos eles para dar os parabéns à UGT pelas tarefas bem cumpridas. Pena é que em tudo isso tenhamos sido nós quem vemos agravar as condições de vida, a segurança no trabalho e os direitos que tanto custaram a criar ao longo da longa história do capitalismo.
Precisamos de sindicatos que lutem por nós e não que sejam a barreira que controla a nossa luta. Querem lutar, juntem-se a nós mas não se metam no nosso caminho.


Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

4 comentários:

  1. os sindicatos passaram a servir apenas para recolher o dízimo e atender o telefone de vez em quando. Da "luta sindical", passámos para a "inoperância sindical".

    mais uma excelente metáfora visual.

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  2. Quandos os sindicatos se demarcam do descontentamento manifestado por aqueles que dizem representar, está visto que os sindicatos e os sindicalistas profissionais apenas zelam pelos direitos dos seus umbigos. O sindicalista profissional é tão representativo quanto o político profissional: apenas representam o seu interesse pessoal em manter o cargo que detêm por mais tempo possível.

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  3. Kaos: Um mimo para ti e para a Kaotica

    http://ocartel.blogspot.com/2008/10/prmio-dardos.html

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  4. eu não vou falar pelos sindicatos em geral, mas posso falar por aquele que me diz respeito que pertence à UGT. Os sindicalistas lá tem uma preocupações a partir do momento que vão para lá.
    1ª - nunca mais regressar ao que estavam a fazer antes de ir para o sindicato, ou seja a trabalhar
    2ª tentar agradar a trabalhadores para que dessa forma possam continuar no sitio onde estão, mas principalmente não melindrar nenhum administrador ou director, porque para este individuos pouco evoluidos e tacanhos é muito importante sentar à mesa com pessoas importantes.
    3ª Permite a possibilidade de tratar da sua vidinha, outros negócios,horários flexiveis, almoços prolongados até que lhes apeteça comas tais pessoas importantes. etc
    4ª Caso não pense muito e não questione as tomadas de posição infundadas e algumas vezes ilegais, grande probabilidade de conseguir encaixar os familiares na empresa, porque isto de arranjar emprego está dificil.
    5ª Caso seja reformado, ainda pode continuar no sindicato, e se não continuar pode falar com aqueles que andou a lamber as botas e pode conseguir emprego a ganhar melhor numa das empresas associadas.
    Este sindicato é o SBSI

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