domingo, novembro 16, 2008

Professores. Alunos. Quem falta?

Tomate bala

Os professores há muito que iniciaram a luta.
Os alunos começaram agora.
Quando pensam os pais que chegou a hora de também começarem eles a lutar em nome da escola publicae do futuro dos seus filhos?

5 comentários:

  1. Cá para mim ainda vão ter que ser os avós a abrirem os olhos a muitos dos pais dos alunos!

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  2. Então quem é que dá os tomates e demais legumes estragados? Não serão as mães e as avós?

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  3. Um texto do séc XVI

    Ora aqui está uma prova de que a Ministra não percebe nada de educação.
    Não sabe o que os Jesuítas já sabiam nos finais do século XVI.

    Vejam o que aconselhava a obra Ratio atque Institutio Studiorum,
    (1599), uma espécie de Plano Oficial de Estudos Jesuítas.

    "Nada deve ser mais importante nem mais desejável (…) do que preservar
    a boa disposição dos professores (…). É nisso que reside o maior
    segredo do bom funcionamento das escolas (…)."

    "Com amargura de espírito, os professores não poderão prestar um bom
    serviço, nem responder convenientemente às [suas] obrigações."

    Recomenda-se a todos os professores um dia de repouso semanal: "A
    solicitude por parte dos superiores anima muito os súbditos e
    reconforta-os no trabalho."

    "Quando um professor desempenha o seu ministério com zelo e
    diligência, não seja esse o pretexto para o sobrecarregar ainda mais e
    o manter por mais tempo naquele encargo. De outro modo os professores
    começarão a desempenhar os seus deveres com mais indiferença e
    negligência, para que não lhes suceda o mesmo."

    Incentivar e valorizar a sua produção literária: porque "a honra eleva
    as artes."

    "Em meses alternados, pelo menos, o reitor deverá chamar os
    professores (…) e perguntar-lhes-á, com benevolência, se lhes falta
    alguma coisa, se algo os impede de avançar nos estudos e outras coisas
    do género. Isto se aplique não só com todos os professores em geral,
    nas reuniões habituais, mas também com cada um em particular, a fim de
    que o reitor possa dar-lhes mais livremente sinais da sua
    benevolência, e eles próprios possam confessar as suas necessidades,
    com maior liberdade e confiança. Todas estas coisas concorrem
    grandemente para o amor e a união dos mestres com o seu superior. Além
    disso, o superior tem assim possibilidade de fazer com maior proveito
    algum reparo aos professores, se disso houver necessidade."

    "I. 22. Para as letras, preparem-se professores de excelência

    Para conservar (…) um bom nível de conhecimento de letras e de
    humanidades, e para assegurar como que uma escola de mestres, o
    provincial deverá garantir a existência de pelo menos dois ou três
    indivíduos que se distingam notoriamente em matéria de letras e de
    eloquência. Para que assim seja, alguns dos que revelarem maior
    aptidão ou inclinação para estes estudos serão designados pelo
    provincial para se dedicarem imediatamente àquelas matérias – desde
    que já possuam, nas restantes disciplinas, uma formação que se
    considere adequada. Com o seu trabalho e dedicação, poder-se-á manter
    e perpetuar como que uma espécie de viveiro para uma estirpe de bons
    professores.

    II. 20. Manter o entusiasmo dos professores

    O reitor terá o cuidado de estimular o entusiasmo dos professores com
    diligência e com religiosa afeição. Evite que eles sejam demasiado
    sobrecarregados pelos trabalhos domésticos."

    Ratio Studiorum da Companhia de Jesus (1599).

    Não acham que estas recomendações fazem falta nos dias que correm?
    Eu sei que este livro não faz parte da bibliografia de referência do
    Curso de Sociologia do ISCTE, mas, que diabo!, uma Ministra da
    Educação devia ter um pingo de bom-senso e dois dedos de testa, para
    saber que não é a infernizar a vida dos professores que vai conseguir
    fazer mudanças.
    A não ser para pior!

    Para isto mudar, será preciso quotizarmo-nos e oferecer-lhe o livro?

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  4. Pelo menos agora já se fala dos alunos...

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