domingo, janeiro 25, 2009

Nem com Viagra lá vão

Falencias

Até já sinto saudades daquelas alturas em que os telejornais abriam todos os dias com incêndios ou assaltos. Agora não há dia em que não haja a notiíia de falências e fecho de empresas um pouco por todo o lado. 500 Trabalhadores ali, mais 200 acolá e assim o país vai perdendo riqueza e o número de gente atirada para o desespero do desemprego aumenta todos os dias. Até a Quimonda, a menina dos olhos dos nossos governantes, que sempre se mostraram decididos a enterrar lá todo o dinheiro que fosse necessário, (afinal é o maior exportador português), resolveu declarar falência. São mais 2 mil trabalhadores a caminho da miséria.
Será que esta gente não entende que esta crise só tem tendência para aumentar e que o fundo do buraco para onde nos conduziram ainda vem longe. Esta gente e este sistema já demonstraram que não possuem a capacidade de parar o problema, que não é intensificando as politicas que criaram esta crise que a resolverão. Há que procurar soluções novas, soluções em que os estados criem empresas que produzam aquilo que necessitamos para viver e criem emprego para todos. Atirar dinheiro ao ar e esperar que a crise se resolva por si mesma não me parece ser uma boa opção.

5 comentários:

  1. Kaos, só não concordo com a ideia de que compete aos estados criar empresas: compete-lhes, isso sim, oferecer as condições para que os privados criem empresas e para que estas funcionem de maneira harmoniosa e transparente e de acordo com as necessidades dos povos.

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  2. Todo o sistema financeiro está baseado no lucro, e a emissão de dinheiro não passa de imprimir papel moeda(sem nada de concreto ou real que garanta o seu valor) que vem já com a divida anexada (juros).
    Este sistema não foi construido (pelos capitalistas) para servir as pessoas mas sim para gerar lucro (aos mesmos)e distribuir dividas e miséria (mais de metade da população mundial vive com menos de §2 diários)
    Lançar mais dinheiro no mercado só vai agravar a situação num futuro muito próximo.
    Dumoc.
    Consultem este site e vejam este filme:

    http://www.zeitgeistmovie.com/

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  3. Gi:
    Quando os privados não cumprem a sua função, afinal a especulação dá lucros maiores e mais rápidos que o investimento em produção, devia o estado assumir a responsabilidade. Os privados pensam sempre em si e não no país.

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  4. Dumoc:
    Já aqui publiquei esse filme no ano passado. Mostra muito da actual mentirosa realidade em que vivemos

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  5. A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da Europa social que conhecemos, mas ajudará ao nascimento de uma nova Superpotência: a China.
    O Ocidente caiu na armadilha da Globalização que interessava às grandes Companhias tendo em vista aproveitarem-se dos baixos custos de produção do extremo oriente, dados os baixos salários e a inexistência de obrigações sociais que trariam maiores lucros a essas companhias multinacionais. Não será bem assim porque esses países têm ainda um baixo poder de compra e a produção no oriente destina-se sobretudo a ser exportada para o ocidente e se o ocidente não tiver esse poder de compra, as Companhias não vendem e acabam por ser vítimas também da situação criada.
    Ao aderiram ao desafio da "globalização selvagem", os países da União Europeia prometeram ao seus cidadãos que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas (não sei bem como). Não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: criar regras laborais, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente, não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem essas condições, criando assim uma concorrência desleal e “selvagem” da qual o ocidente não poderá ganhar e a única solução será a de nivelar as condições sociais ocidentais pelas dos países do oriente e é a isso que estamos a assistir neste momento. Acresce que esses países nem sequer estão comprometidos com a defesa do ambiente e as suas tecnologias são mais baratas mas altamente poluentes. Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte”. Será que os trabalhadores dos países da UE, depois do nível social atingido, vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! , enquanto algumas empresas fecham portas para sempre e outras se deslocarem para a China ou para a Índia, o ocidente irá caminhar num lento definhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violento irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põe à beira do fim dos tempos como o descrito nos escritos bíblicos. A época áurea Europa será coisa do passado, encher-se-á de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque e a Europa deverá voltar a uma nova “Idade Média”.

    Zé da Burra o Alentejano

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