quinta-feira, abril 16, 2009

E agora Senhores Doutores e Engenheiros?

 Pobreza e libertario

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, garantiu esta segunda-feira que as escolas resolvem todos os casos de carência alimentar que identificam.

Abrir as cantinas escolares durante as férias para garantir uma alimentação equilibrada a crianças carenciadas é uma das propostas da Direcção-Geral da Saúde para combater a crise. A ideia não é nova. Já há autarquias a fazê-lo

Todos os dias nos surgem mais exemplos da adaptação da sociedade a um estado de pobreza social generalizado, na tentativa de evitar que se caia na miséria extrema. Isto não são boas notícias, assim como não o eram quando o Sr. Silva nos seus roteiros para a inclusão apelava ao voluntariado e à caridadezinha como solução de a crise mesmo antes desta crise. Não eram por isso boas notícias quando, há já algum tempo, o “Marocas” avisava que as convulsões sociais eram uma possibilidade bem possível e real. Eles sabem que a pobreza vai alastrar, eles sabem que isso coloca problemas sociais, que isso cria descontentamento e que facilmente pode transformar-se em confrontos e revoltas. Eles vão preparando o terreno para tentarem aplicar o “titsentretainement”, a teoria em que, com um mínimo de subsistência e muito entretenimento se evita que as populações se revoltem.
A questão está em saber se esta pobreza é inevitável. Os culpados já os conhecemos, são os mesmos que agora nos anunciam a crise, faltando saber as soluções. O mercado não funciona, a economia pára e tudo o que nos dizem é que a solução é; esperar. Esperar que a crise passe, esperar aguentando até que tudo volte a ser como era. Vivemos por isso tempos de “fé” que certezas, ninguém nos sabe ou pode dar. Resta-nos esperar e ter fé.
A mim custa-me esperar sentado que tudo volte a ser o que era pagando nós o preço dos seus negócios e mordomias. Talvez fosse bom aproveitar este tempo para entender que não é na produtividade e na competitividade que está a resposta, mas simplesmente na produção daquilo que realmente é necessário para as nossas necessidades e para um novo renascimento do humanismo. As escolas passarem a ser locais de enriquecimento intelectual, o homem partir em busca de um novo avanço civilizacional que faça de todos nós gente melhor. Uma sociedade em que todos tenhamos o nosso espaço que podemos compartilhar com todos os outros. Uma sociedade mais livre por nela ser cada vez menos preciso vivermos o nosso egoísmo. Uma sociedade mais libertária.

4 comentários:

  1. Caro colega Kaos, não sei se já viste este vídeo, ma está sem dúvida muito porreiro:

    http://www.youtube.com/watch?v=yG4BUZ9zcBg

    No fim acaba com uma imagem do teu blog ;)

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  2. http://www.marxists.org/portugues/tematica/combate/01/manifesto.htm

    Se fizeres a genealogia das correntes políticas desde o 25A 74 poderás compreender melhor porque digo que apenas os marxistas do jornal «Combate» dessa altura, além dos libertários, compreenderam à esquerda a verdadeira natureza do golpe militar e daí a lógica do regime daí saído...
    Manuel Baptista

    consulta igualmente:
    http://sinistraministra.blogspot.com/2009/04/o-regime-de-portugal-tem-uma-grave.html

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  3. Xor Kaos e acha queles vão deixar na boa, as mordomias?Somos porreiros pá,est´-se bem.Veja o Jaime Neves,o crrasco de serviço dos Melos espiritos Santos,e todos os xulos.Eles têm q ser desapossados de tudo o q tem pq foi no substrato da nojeira da corrupção e tráfico de influências e muita lábia de vendedor de pentes.

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  4. Acho e espero que uma "revolução" seja inevitável, mas não creio que seja para já. Ainda havemos de pedir muita esmola, quando batermos mesmo no fundo, então, veremos os que fogem e os que ficam para lutar. Até, caro Kaos, pão e circo com fartura!

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