domingo, maio 10, 2009

Danos colaterais

Paquistão

Um ataque aéreo das forças dos EUA no oeste do Afeganistão causou a morte a dezenas de pessoas, entre as quais mulheres e crianças. Segundo a polícia afegã, mais de 100 pessoas - incluindo 70 civis - morreram no ataque na madrugada de segunda-feira para terça-feira.
Os EUA já 'lamentaram' a morte de civis no bombardeamento e anunciaram que irão participar na investigação ao incidente. Considerando que 'qualquer perda de vidas inocentes é trágica', as forças norte-americanas anunciaram que vão oferecer assistência humanitária às populações afectadas para se retractarem do incidente. "As vítimas civis são sempre uma possibilidade quando se executa uma actividade contra insurgente". Estamos aqui para proteger a população civil e levamos isto muito a sério”.
O ataque foi conhecido no dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne em Washington com os seus homólogos do Paquistão Asif Ali Zardari, e do Afeganistão, Hamid Karzai.

No Paquistão, as forças militares estão a intensificar as operações contra a guerrilha taliban na Província da Fronteira Noroeste, multiplicando os bombardeamentos sobre posições dos rebeldes. Milhares de civis abandonaram a principal cidade no bastião tribal do Vale de Swat. Outros 500 mil permanecem encurralados na malha urbana de Mingora. Entre as dezenas de milhares de habitantes que fugiram e se refugiaram em campos de deslocados, aumentam os relatos que acusam tanto os militares como os talibans de matar civis, especialmente em bombardeamentos indiscriminados.

Afinal, para o “Anjo” que diziam ter descido sobre a América, as mortes de civis inocentes continuam a ser danos colaterais, na sua visão politica do mundo. Parece que há coisas que nunca mudam.

2 comentários:

  1. Triste, muito triste...

    Enquanto os seres vivos forem apenas números numa estatística, ou num somatório de desgraças, estamos sempre lixados!

    :(

    beijitos

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  2. Uma andorinha não faz a primavera!
    O homem só ascendeu ao poder por interesse dos poderosos, como estratégia para a concretização de alguns objectivos dos "senhores do mundo". Há alguma dúvida?

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