quarta-feira, dezembro 16, 2009

Os Miseráveis

os miseraveis

A proposta dos empresários, subscrita pela maioria das confederações patronais da Indústria, comércio e turismo pretende que o salário mínimo só suba para os 460 euros no próximo ano, contrariando a proposta do Governo que aponta para 475 euros - valor intermédio entre o nível actual e a meta acordada entre parceiros sociais para 2011 (500 euros).

Passa actualmente na rádio um anúncio de uma instituição bancária que nos tenta convencer a fazermos um PPR com o argumento de que, 1,5 euros por dia não representa mais que uma caixa de pastilhas, não representa nada. Para outros certamente representará muito, pois representa quase um decimo do seu salário o que, utilizando as contas do anuncio chega para 10 caixas de pastilhas por dia. Falta ainda pagar os impostos, a casa, transportes, água, luz, telefone, escola dos filhos, roupa, comida e as taxas que os bancos não deixam de cobrar, sobretudo nas contas que não conseguem manter saldos elevados durante todo o mês. Uma proposta de aumento de 10 euros é uma ofensa à dignidade de quem já tem trabalho precário, sem direitos e mal pago. Deviam ter vergonha.

5 comentários:

  1. Ó Kaos...andas a perder kualidade...então e não há por aí um boneco com o último texto do Mário Crespo (o palhaço)??
    Long live Kaos!
    p.s.-desculpa o off-post...

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  2. Realmente os ditos empresários mais parecem a velha corja de patrões à moda antiga !

    Mas se observarmos atentamente as oscilações das pressões sociais, também podemos ver trabalhadores em situação de desemprego e que em conjunto se lançam em empresas bem sucedidas. Infelizmente não é geral neste quadro deprimente.

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  3. Muitos empresários portugueses são de facto uma merda(=incompetentes, preguiçosos e desonestos)! Mas serão todos? Bastará ser empresário para ser um escroque? Não se poderá ser empresário (isto é, praticante do capitalismo) e ser-se sério?
    E quanto aos trabalhadores? Serão todos malta fixe? Não haverá alguns incompetentes, preguiçosos e desonestos? Caso haja, como sugere que se deva lidar com eles? O despedimento poderá ser alguma vez legítimo? Bastará ser trabalhador para se pertencer ao lado que tem razão? haverá um lado que tem sempre razão? Etc., etc.

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  4. Excelentes imagens que deveriam ser tributadas como bens essenciais, isto é , altamente lucrativas e alheias à dita crise.
    JSerra

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  5. Vera Y. Silva:
    Nem ser empresario faz de ninguém um bandido, nem ser trabalhador cria anjos. Quando se discute reduzindo ao individual perde-se a prespectiva geral e aí, basta ver as posições das associações do patronato, existe realmente uma tentaiva de exploração dos patrões sobre quem trabalha utilizando um sistema capitalista que retira direitos a uns em troca do lucro de outros.

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