terça-feira, abril 27, 2010

Verdades, certezas e muitas mentiras

verdades e mentira

“Ferreira Leite diz ter a “certeza” que Sócrates mentiu”.

Que o Sócrates padece do sindroma Pinóquio penso que já ninguém tem dúvidas, o que me parece despropositado é que se continue a encher jornais e noticiários com Comissões que andam a discutir o “sexo dos anjos” quando o país continua em queda livre em direcção ao abismo. Uns vão lá dizer que nunca informaram o Primeiro-ministro e outros que não sabem nada mas têm a certeza que ele sabia. Estranho tanta insistência com esta mentira quando o Engenheiro mentiu em relação a coisas muito mais graves, como o não aumento de imposto, a lei laboral ou o referendo ao Tratado de Lisboa. Nessa altura não vi comissões de ética nem de coisa nenhuma porque todos concordavam com a pinoquisse. De pinocada em pinocada o Socretino passa enquanto os lobos uivam e nós nos lixamos.

11 comentários:

  1. Alguém pode acreditar que, numa Comissão de Inquérito alguém se vá enterrar ou ajudar a enterrar um “parceiro”?
    Deixem essas comissões e vão ao trabalho; que, o país bem precisa!
    P.S. – E já agora acerca da Inquirição de hoje: Deu-me dó ver o Dr. Vitalino Canas a esfarrapar- -se, embrulhar-se e fazendo piruetas; para defender uma coisa, em que todos os presentes já não acreditam; nem mesmo ele.
    A verdade ficou à vista!

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  2. Amigo
    Kaos,
    A "pinocada" está aqui:

    http://www.forexpros.com.pt/equities/portugal

    Cm os três principais bancos portugueses a cairem acima de 5%, nesta altura 16,14h, o BCP cai 6,85%, o BES cai 6,28% e o BPI bate o recorde e cai "apenas" 7,39%, coisa pouca como se vê.
    Quiem vai levar uma grande pinocada somos nós, Ah! pode crer que sim.
    Um abraço e SOCORRO tragam-me uma boia.
    Cumprimentos.

    LUSITANO

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  3. O euro está a ser atacado pelos americanos. Neste jogo de xadrez, nós somos os peões a ser sacrificados. Mas, se a banca portuguesa falir -- e, com ela, toda a classe média -- não restará à finança e à classe média portuguesa qualquer razão objectiva para se manter no Euro, na UE e na NATO. Já hoje, só lhes restam ilusões. Convém que a nossa burguesia tenha em mente que precisa de outros (e diferentes) países amigos. Contudo, poderão esses novos amigos exigir que alguns desses senhores, especialmente os que tão afanosamente se meteram na Cimeira das Lajes e outras vergonhas análogas, sejam afastados...

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  4. É correr com os amigos de Peniche da base das Lajes.

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  5. É também claro que os vampiros querem sugar mais e mais sangue a Portugal, e que quanto mais o nosso governo puser o pescoço a jeito, eles nos vão sugar. Se nada fizermos eles não vão parar, vão-nos sugar até à morte. Quanto mais medidas de austeridade o governo aprovar, mais se afundará a nossa economia. O povo tem que se convencer. É preciso correr com eles à vassourada.

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  6. Já que Aguiar Branco cita Lenine, aproveito para também o fazer.

    "Dezenas de milhões de cadáveres e de mutilados, vítimas da guerra - essa guerra feita para decidir que grupo de bandoleiros financeiros, o inglês ou o alemão, devia receber uma maior parte do saque -, e depois estes dois «tratados de paz», abrem os olhos, com uma rapidez até agora desconhecida, a milhões e dezenas de milhões de homens atemorizados, oprimidos, iludidos e enganados pela burguesia. Em consequência da ruína mundial, fruto da guerra, cresce, pois, a crise revolucionária mundial, que, por mais longas e duras que sejam as vicissitudes que atravesse, não poderá terminar senão com a revolução proletária e a sua vitória."
    [...]

    "Encontra-se precisamente no parasitismo e na decomposição do capitalismo, inerentes à sua fase histórica superior, quer dizer, ao Imperialismo. Como demonstramos neste livrinho, o capitalismo deu agora uma situação privilegiada a um punhado (menos da décima parte da população da Terra, ou, calculando de um modo muito «generoso» e muito acima, menos de um quinto) de países particularmente ricos e poderosos que, com o simples «corte de cupões», saqueiam todo o mundo.
    [...]

    É evidente que tão gigantesco superlucro (visto ser obtido para além do lucro que os capitalistas extraem aos operários do seu «próprio» país) permite subornar os dirigentes operários e a camada superior da aristocracia operária. Os capitalistas dos países «avançados», subornam-nos efectivamente, e fazem-no de mil e uma maneiras, directas e indirectas, abertas e ocultas.

    Sem ter compreendido as raízes económicas desse fenómeno, sem ter conseguido ver a sua importância política e social, é impossível dar o menor passo para o cumprimento das tarefas práticas do movimento comunista e da revolução social que se avizinha.

    Essa camada de operários aburguesados ou de «aristocracia operária», inteiramente pequenos burgueses pelo seu género de vida, pelos seus vencimentos e por toda a sua concepção do mundo, constitui o principal apoio da II Internacional e, hoje em dia, o principal apoio social (não militar) da burguesia. Porque são verdadeiros agentes da burguesia no seio do movimento operário, lugar-tenentes operários da classe dos capitalistas, verdadeiros veículos do reformismo e do chauvinismo."

    "A luta contra tais tendências é obrigatória para o partido do proletariado, que deve arrancar à burguesia os pequenos proprietários que ela engana e os milhões de trabalhadores cujas condições de vida são mais ou menos pequeno-burguesas."

    Retirado do Prefácio de "O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, escrito em 6/7/1920"

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  7. De novo Lenine (mesmo livro, Cap. II) que explica por que mecanismo se está a aniquilar a República Portuguesa, em 2010:

    "[Os] números mostram, talvez com maior evidência do que longos raciocínios, como a concentração do capital e o aumento do movimento dos bancos modificam radicalmente a importância destes últimos. Os capitalistas dispersos acabam por constituir um capitalista colectivo. Ao movimentar contas correntes de vários capitalistas, o banco realiza, aparentemente, uma operação puramente técnica, unicamente auxiliar. Mas quando esta operação cresce até atingir proporções gigantescas, resulta que um punhado de monopolistas subordina as operações comerciais e industriais de toda a sociedade capitalista, colocando-se em condições - por meio das suas relações bancárias, das contas correntes e de outras operações financeiras -, primeiro de conhecer com exactidão a situação dos diferentes capitalistas, depois de controlá-los, exercer influência sobre eles mediante a ampliação ou a restrição do crédito, facilitando-o ou dificultando-o, e, finalmente, de decidir inteiramente sobre o seu destino, determinar a sua rendibilidade, privá-los de capital ou permitir-lhes aumentá-lo rapidamente e em grandes proporções, etc."

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  8. Por muito que nos espernearmos, por muito que digamos, por muito que nos indignamos, etc., só conseguiremos ser livres e autónomos quando sairmos da UE, até lá, será Bruxelas a ditar o nosso destino.

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  9. joãopft

    As Lajes estão na mão do Americanos.
    Os Amigos de Peniche tal como, a Ala dos Namorados,são os bifes!

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  10. Agora que já há quem comece a por as culpas nos americanos, a seguir vão por a culpa nos judeus...

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  11. A City ou Wall Street, faz tudo parte do mesmo império, o Ocidente, para mim são todos amigos de Peniche. Quanto às culpas dos americanos, não culpo o povo; aliás, concordo com Lenine, acho que os americanos estão subornados com algumas migalhas dos lucros que Wall Street pilha, por todo o planeta. Se alguém acha que não acha mal comprar um brinquedo que foi produzida por uma jovem asiática, que devia estar a estudar em vez de trabalhar 12 horas por dia, então a sua moralidade está, verdadeiramente, de pernas para o ar.

    Agora que já não vão distribuir mais migalhas em Portugal, a festa vai-se acabar para nós...

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