quarta-feira, junho 23, 2010

Jogando o nosso futuro

jogo cartas

Adaptado do quadro "Jogadores de cartas" de Lucas Van Leyden

Passos Coelho e Sócrates continuam a jogar a vida dos portugueses na mesa das conveniências políticas. O Coelho é contra a existência dos Chips nas matriculas, mas deixa de ser se for o Sócrates a ficar com o odioso a portajar todas as Scuts, mesmo aquelas que não cumpram os pressupostos para isso poder acontecer. O Passos, quando chegar ao poder não deseja que haja obstáculos aos seus passos e quer ter os problemas com mais custos eleitorais já resolvidos. Nem quero aqui questionar se as estradas construídas por um governo devem ser pagas pelos impostos ou por quem nelas transita, se devem ou não haver condições para esse pagamento e se as actuais devem ser todas pagas ou só algumas. O que quero ver é qual vai ser agora a posição das Comissões de utentes e dos Presidentes das Autarquias, sobretudo os laranjas, quanto a esta posição do PSD. Será que finalmente vão compreender que entre o Sócrates e o Passos Coelho não existem praticamente diferenças? Será que é desta que vão procurar outras alternativas de poder?

6 comentários:

  1. DEMOCRACIA-CRÓNICA ANEDÓTICA DUM REGIME

    Houve em tempos, um realizador português, Leitão de Barros, que nos fins dos anos 20 e ínicio dos anos 30, fez um documentário sobre os usos e costumes de Lisboa, a que chamou; "Lisboa-Crónica Anedótica", pois bem, vem a propósito o podermos aplicar esse título a esta democracia de cordel que pretende governar a Europa.
    Vem isto no seguimento à "genial" ideia do Sr. Sapateiro, aqui nosso vizinho, de querer que os Orçamentos de cada país tenham de ser previamente aprovados por Bruxelas, ora pergunto eu: mas isso faz sentido?
    Isso não é retirar o pouco de liberdade que ainda resta aos parlamentos de cada país?
    Isso não é acabar de vez, com a ténue soberania que ainda resta nesta almálgama de países e nações a que resolveram chamar União Europeia???
    Não existem comissões, ditas de "acompanhamento", que não acompanham nada - tanto assim é, que, pelos vistos, a Grécia (e não só) aldrabou os orçamentos e parece que ninguém deu por nada - tendo a Economia desse país atingido o estado calamitoso a que chegou, acabando por arrastar todos os outros países para esta crise sem fim à vista.
    Que raio de democracia é esta???
    Das duas uma; ou esta "solução sapateirista" é uma passagem de certificado de menoridade aos parlamentos nacionais, ou é uma forma mais ou menos encapotada de dizer, que afinal a UE não é um agrupamento livre de países mas sim uma federação de Estados, só assim se compreende esta ideia, ou em alternativa, o Sr. Sapateiro pode ter chegado à conclusão que é tão incompetente, que, para se livrar de chatices, quer, que antes de apresentar os seus Orçamentos ao seu país, Bruxelas dê o seu aval, ficando assim com as costas protegidas, mas, passando um atestado de estupidez aos deputados espanhóis, que desta maneira, se vêem reduzidos a marionetas ou ao papel de patetas.
    Claro, que tudo isto tem antecedentes, a entrada de muitos países, senão mesmo da maioria, na UE, fez-se de forma arbitrária, os governos decidiram e decidiram também não passar cavaco a ninguém, numa prova fabulosa e inegável das virtudes da "democracia", podem dizer o que quiserem desde que façam o que eu quero, os ditadores "fascistas" não fariam melhor, mas a coisa não fica por aqui, claro, que a "simples" adesão a essa cacofonia política e cultural tinha de ser seguradada sob pena da "harmonia" europeia descambar em desarmonia, para isso, houve que arranjar um "código" que mantivesse debaixo de ordem os bovinos europeus, inventou-se então uma "Constituição Europeia", assim, à moda da normalização do Código da Estrada, mas, como ainda não se tinha operado a completa bovinação, foram a votos para aprovação da mesma convencidos que a coisa ia passar, o resultado foi tudo ter ficado em águas de bacalhau, com a lição aprendida e com ameaças sobre quem não aprovasse a submissão total, lá inventaram um sucedâneo e desta vez foi para valer, aí temos em pleno o celebérrimo "Tratado de Lisboa" que, duvido que 99% da população europeia saiba o que lá vem escrito e determinado, mas, claro, tudo em boa harmonia e paz "democrática".
    (continua)

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  2. (Conclusão)
    Nos entretantos, ainda houve a célebre invenção (estes europeus sairam-me cá uns "inventores"...), do Euro, a moeda mágica que tudo resolvia!!!???
    Claro, mais uma vez, houve muitos países que demonstraram a sua "plena democracia" entrando nesse clube, novamente sem passar cavaco a ninguém, tratando os seus concidadãos (ou serão escravos???), como uma cambada de mentecaptos (que na realidade são, senão, não aceitariam a canga em cima do lombo que esta gente lhe impõe), dignos da piolheira mais rasca, incapazes de tomarem participação no seu futuro, agora, parece que o Euro anda aí pelas ruas da amargura, qualquer dia nem para papel higiénico serve, estando eu convencido, que muitos cidadãos de alguns países desejaríam volta à sua antiga moeda, mas enfim, foi obra duma resolução democrática, por isso, siga a festa...
    E é assim, que a democracia europeia se vai transformando cada vez mais numa "crónica anedótica", o problema, é que, quem se lixa e paga as favas no fim somos nós.
    Parece-me, que está na altura de começarmos a despertar deste sono letárgico e começar a abanar as orelhas em sinal de descontentamento, os blogues muito podem fazer por isso, são ainda a última tribuna mais ou menos livre que nos resta, a continuar assim, qualquer dia, temos de se pedir primeiro autorização a Bruxelas para se poderem publicar as opiniões de cada um.
    Cumprimentos.

    LUSITANO

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  3. Pois é meu caro lusitano "os blogues são ainda a última tribuna mais ou menos livre que nos resta". Resta saber quantos anos mais vai durar esta liberdade. Quando a fartura é muita o povo desconfia. Esta "liberdade" há muito que está a incomodar muitos "bons" cidadãos que nos desgovernam. E mais não digo!

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  4. Genial...mais uma.
    Vou gamá-la.

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  5. Cuidado com estes batoteiros!
    É que eles apresentam cartas iguais, parecendo que o jogo vem apenas de um baralho!

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  6. Não tarda muito os tipos são eleitos por eles próprios e seus amigalhaços. Já uma ocasião coloquei esta questão e as respostas não me convenceram: se por exemplo os votos "bons", forem 10% dos eleitores inscritos, o partido que obtiver a maioria dos mesmos tem legitimidade para formar governo? Ou seja:
    Cidadãos inscritos - 9.514.322
    Votos bons - 951.432
    Votos brancos - 556.210
    Votos nulos - 231.412
    Abstenção - 7.775.268

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