Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado.
A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, março 18, 2011
Cenas tristes
Mais uma cena do PEC de Teatro em cena em S.Bento.
Isto já parece a central nuclear japonesa: os geradores de emergência, que estavam lá para proteger a central contra terramotos e tsunamis (entre outras coisas) foram a primeira coisa que falhou. E foi esse falhanço a causa directa do acidente. Noutras centrais japonesas, também afectadas pelo tsunami, não falharam todos os geradores. E isso talvez por pura sorte, porque tem havido relatos de que os gestores dessas empresas falsificam os relatorios de conformidade com as normas de protecção a terramotos e outras catástrofes naturais. Tal como os nossos governantes e banqueiros, que falsificam relatórios sobre as suas dívidas e solidez financeira das instituições que dirigem.
Também os que falharam primeiro, no nosso país, são aqueles que supostamente estão lá para nos proteger dos terramotos e tsunamis financeiros que afligem Portugal. Só sabem dizer que a crise é a origem de todos os males.
Mas, quem colocou o país nesta posição económica indefensável? Estou farto de aturar bobos, idiotas e as suas desculpas.
Fazer entrar Portugal na UE e, ainda pior, na moeda única foi colocar, do dia para a noite, a nossa indústria e agricultura sem qualquer protecção contra a competição vinda de países muito mais desenvolvidos do que o nosso. Foi como colocar toda a nossa economia ao alcance de um tsunami.
Estamos a ponto de ir passar por dez anos terríveis, que serão comparáveis à década de 1990, na Rússia. Nessa década, a esperança de vida média da Rússia desceu 10 anos. O efeito disto, se calcularmos o número total de anos de vida perdidos pela população, é da ordem das centenas de milhões de anos de vida. Foi um brutal genocidio da populaçao idosa.
Assim sendo, este nosso regime será responsável por uma violência contra o ser humano indesculpavel. Quando irão, esses senhores, reconhecer a sua culpa?
Sabemos que há salvação para Portugal. A salvação do país requer uma política corajosa, como a que foi seguida por Nestor Kirchner da Argentina, depois do colapso financeiro do país em 1999.
'Nestor Kirchner da Argentina, depois do colapso financeiro do país em 1999.'É de bom tom ,mas a Argentina o que é perante o avanço civilizacional na URSS de 1917?Nada,está novamente nas mãos dos 'investidores' e não tarda nada vai-se parecer com o México(lembra-se?).Pois,é um narco país,quase um estado pária,mafiosos dirigidos pelos grandes patrões do norte!!!
O "avanço civilizacional" da URSS deu no que deu. Não estou aqui para fazer propaganda o Ocidente, mas também não se deve negar as evidências. A URSS, baseou o seu desenvolvimento numa utilização intensiva de recursos naturais e mão-de-obra. Quando já não havia mais população para migrar para as cidades e a taxa de natalidade começou a decrescer, entrou em dificuldades. A partir da década de 1960, começou-se a sentir uma crise de falta de mão-de-obra, que nunca se conseguiu resolver, e acabou por levar ao fim da URSS em 1990.
Depois disso, a política liberal de Bóris Yeltzin, que abriu o país à importação de produtos estrangeiros mais competitivos, arruinou a economia e provocou um grande recuo dos níveis de desenvolvimento humano (incluindo os da esperança de vida). O mesmo se passou em Portugal, quando a nossa industria e agricultura, habituadas ao mercado protegido do regime de Salazar, foram expostas de repente a competiçao com as dos outros paises da UE.
Se de facto pretendermos evitar um colapso económico desse tipo em Portugal, será necessário agirmos rápido no sentido de recuperarmos alguma independência e algumas ferramentas de política económica (como a moeda própria), como fez a Argentina. Não digo que iremos ficar muito bem, mas será a única forma de evitar um colapso civilizacional muito doloroso, no nosso país.
É claro que há também a "solução" chilena, que consiste em convencer o capital estrangeiro a voltar a investir em Portugal. É isso que preconizam Sócrates & Passos Coelho, sem grande sucesso até ao momento. Por isso se apressam a iniciar a "época de saldos": precarizar ainda mais e baixar mais os salários.
Mas têm, porém, o enormíssimo problema de a demografia não ajudar ao projecto. Os países do hemisfério Sul têm demografias e populações rurais mais apropriadas que Portugal tem para oferecer aos exploradores de mao-de-obra barata.
Para uma pessoa tão esclarecida sobre intervenções armadas que tal dar-nos a conhecer o seu pensamento sobre uma hipotética intervenção armada na Líbia? Deixamos o grande Líder massacrar a população, ou deixamos os américas intervirem para depois os massacrarmos a eles?
"É uma grande mentira não é?" [O avanço civilizacional]
Os avanços civilizacionais não são mentiras; só são algo bem diferente do que nos dizem os seus defensores. O caso greco-romano é paradigmático; apesar do "regime" (esclavagista) ter colapsado, ficaram as obras culturais, filosóficas e científicas.
Há avanços e recuos. Platão escreveu que a História andava em círculos. Eu acho que avança em espiral, cada volta completa acrescenta um pouco mais de civilização ao que se tinha anteriormente.
Pois a 2ª Lei da Termodinâmica é aplicável a todos. O Ocidente vai cair, como caiu a União Soviética. Daqui a 40 anos, não vai haver automóveis, auto-estradas, aviões, e tudo o resto que o consumismo nos diz ser o âmago da civilização. Com sorte, vai sobrar alguma ciência e engenharia simples que nos permita sobreviver até nos desenvencilhamos da dívida (em entropia) que a nossa civilização contraiu.
Isto já parece a central nuclear japonesa: os geradores de emergência, que estavam lá para proteger a central contra terramotos e tsunamis (entre outras coisas) foram a primeira coisa que falhou. E foi esse falhanço a causa directa do acidente. Noutras centrais japonesas, também afectadas pelo tsunami, não falharam todos os geradores. E isso talvez por pura sorte, porque tem havido relatos de que os gestores dessas empresas falsificam os relatorios de conformidade com as normas de protecção a terramotos e outras catástrofes naturais. Tal como os nossos governantes e banqueiros, que falsificam relatórios sobre as suas dívidas e solidez financeira das instituições que dirigem.
ResponderEliminarTambém os que falharam primeiro, no nosso país, são aqueles que supostamente estão lá para nos proteger dos terramotos e tsunamis financeiros que afligem Portugal. Só sabem dizer que a crise é a origem de todos os males.
Mas, quem colocou o país nesta posição económica indefensável? Estou farto de aturar bobos, idiotas e as suas desculpas.
Fazer entrar Portugal na UE e, ainda pior, na moeda única foi colocar, do dia para a noite, a nossa indústria e agricultura sem qualquer protecção contra a competição vinda de países muito mais desenvolvidos do que o nosso. Foi como colocar toda a nossa economia ao alcance de um tsunami.
ResponderEliminarEstamos a ponto de ir passar por dez anos terríveis, que serão comparáveis à década de 1990, na Rússia. Nessa década, a esperança de vida média da Rússia desceu 10 anos. O efeito disto, se calcularmos o número total de anos de vida perdidos pela população, é da ordem das centenas de milhões de anos de vida. Foi um brutal genocidio da populaçao idosa.
Assim sendo, este nosso regime será responsável por uma violência contra o ser humano indesculpavel. Quando irão, esses senhores, reconhecer a sua culpa?
Sabemos que há salvação para Portugal. A salvação do país requer uma política corajosa, como a que foi seguida por Nestor Kirchner da Argentina, depois do colapso financeiro do país em 1999.
'Nestor Kirchner da Argentina, depois do colapso financeiro do país em 1999.'É de bom tom ,mas a Argentina o que é perante o avanço civilizacional na URSS de 1917?Nada,está novamente nas mãos dos 'investidores' e não tarda nada vai-se parecer com o México(lembra-se?).Pois,é um narco país,quase um estado pária,mafiosos dirigidos pelos grandes patrões do norte!!!
ResponderEliminarO "avanço civilizacional" da URSS deu no que deu. Não estou aqui para fazer propaganda o Ocidente, mas também não se deve negar as evidências. A URSS, baseou o seu desenvolvimento numa utilização intensiva de recursos naturais e mão-de-obra. Quando já não havia mais população para migrar para as cidades e a taxa de natalidade começou a decrescer, entrou em dificuldades. A partir da década de 1960, começou-se a sentir uma crise de falta de mão-de-obra, que nunca se conseguiu resolver, e acabou por levar ao fim da URSS em 1990.
ResponderEliminarDepois disso, a política liberal de Bóris Yeltzin, que abriu o país à importação de produtos estrangeiros mais competitivos, arruinou a economia e provocou um grande recuo dos níveis de desenvolvimento humano (incluindo os da esperança de vida). O mesmo se passou em Portugal, quando a nossa industria e agricultura, habituadas ao mercado protegido do regime de Salazar, foram expostas de repente a competiçao com as dos outros paises da UE.
Se de facto pretendermos evitar um colapso económico desse tipo em Portugal, será necessário agirmos rápido no sentido de recuperarmos alguma independência e algumas ferramentas de política económica (como a moeda própria), como fez a Argentina. Não digo que iremos ficar muito bem, mas será a única forma de evitar um colapso civilizacional muito doloroso, no nosso país.
É claro que há também a "solução" chilena, que consiste em convencer o capital estrangeiro a voltar a investir em Portugal. É isso que preconizam Sócrates & Passos Coelho, sem grande sucesso até ao momento. Por isso se apressam a iniciar a "época de saldos": precarizar ainda mais e baixar mais os salários.
ResponderEliminarMas têm, porém, o enormíssimo problema de a demografia não ajudar ao projecto. Os países do hemisfério Sul têm demografias e populações rurais mais apropriadas que Portugal tem para oferecer aos exploradores de mao-de-obra barata.
'O "avanço civilizacional" da URSS deu no que deu. '
ResponderEliminarÉ uma grande mentira não é?Pois estou à espera do Pai Natal
Para uma pessoa tão esclarecida sobre intervenções armadas que tal dar-nos a conhecer o seu pensamento sobre uma hipotética intervenção armada na Líbia? Deixamos o grande Líder massacrar a população, ou deixamos os américas intervirem para depois os massacrarmos a eles?
ResponderEliminar"É uma grande mentira não é?" [O avanço civilizacional]
ResponderEliminarOs avanços civilizacionais não são mentiras; só são algo bem diferente do que nos dizem os seus defensores. O caso greco-romano é paradigmático; apesar do "regime" (esclavagista) ter colapsado, ficaram as obras culturais, filosóficas e científicas.
Há avanços e recuos. Platão escreveu que a História andava em círculos. Eu acho que avança em espiral, cada volta completa acrescenta um pouco mais de civilização ao que se tinha anteriormente.
Pois a 2ª Lei da Termodinâmica é aplicável a todos. O Ocidente vai cair, como caiu a União Soviética. Daqui a 40 anos, não vai haver automóveis, auto-estradas, aviões, e tudo o resto que o consumismo nos diz ser o âmago da civilização. Com sorte, vai sobrar alguma ciência e engenharia simples que nos permita sobreviver até nos desenvencilhamos da dívida (em entropia) que a nossa civilização contraiu.