- Batem à porta. Meu filho, vai ver quem é.
- É um pobre, minha mãe, um pobrezinho a pedir esmola.
A mãe veio logo com um prato de sopa e deu-o ao pobre. Depois, voltou para a sala de costura e deixou o filho a fazer companhia ao mendigo. Este, quando acabou de comer, disse por despedida:
- Deus faça bem a quem bem faz!
O menino ficou comovido: - Que pena tive do pobrezinho!
- E é caso para isso, respondeu a mãe. Os pobres são nossos irmãos. Devemos fazer-lhes todo o bem que pudermos. Jesus ensinou que até um copo de água, dado aos pobres por caridade, terá grande prémio no céu.»
- Gostei tanto de ir hoje à escola, minha mãe! A senhora professora estava muito contente, porque inaugurou uma cantina, onde os meninos pobres podem almoçar de graça. Se visse, Mãezinha! As mesas muito asseadas, os pratos branquinhos, jarras floridas e tudo tão alegre!
A sopa cheirava que era um regalo; e todos nós estávamos satisfeitos, ao ver os pobrezinhos matar a fome.
O filho do carpinteiro, a quem eu às vezes dava da minha merenda, de vez em quando ria-se para nós, como que a dizer:
- Está óptima, a sopinha!
Perguntei à senhora professora quem tinha feito tanto bem à nossa escola e ela respondeu-me:
- Foi o Estado Novo que gosta muito das crianças e para elas tem mandado fazer escolas e cantinas, creches e parques. Mas as famílias que possam também devem ajudar. Não te esqueças de o dizer à tua mãe.»
«Respeitai as autoridades
O pai é a autoridade na família. Os filhos são obrigados a ter-lhe amor, respeito e obediência. O professor é a autoridade na escola. Todos os meninos devem obedecer às suas ordens e estar com atenção às suas lições.
É Deus quem nos manda respeitar os superiores e obedecer às autoridades.»
Quando vejo a forma como esta gente se propôe tratar a pobreza ainda vejo reeditados este livro no programa escolar.
Mais um boneco fantástico enquadrado num texto "just in time". Parabéns.
ResponderEliminarPortugal deveria ter um novo "botas"
ResponderEliminarExcelente boneco. Parabéns.
ResponderEliminarOs textos fizeram-me recordar tempos de fome e miséria pela qual passei, tempo também em que sonhava com um mundo melhor, livre do fascismo que nos oprimia, de exploradores que nos acorrentavam e do capitalismo que nos humilhava. Afinal não passou de um sonho. Hoje, continuo a sonhar com um mundo melhor para todos, os salazarinhos de agora em nada diferem do mentor-mor de então. Infelizmente não tivemos arte nem engenho para matar de vez com as ervas daninhas fascistas, mas ainda tenho esperança.
Incríveis estes textos!!!
ResponderEliminarO que a gente era obrigada a ler...
anónimo das 14:08
ResponderEliminarse gostas tanto dele só tens de meter uma corda ao pescoço e ir para junto do bicho.
Nessa altura o Ministro da educação , foi um que depois passou a ser um grande democrata Veiga Simão.
ResponderEliminarBotas, volta, estás perduado
ò anónimo 14.44, porque é que não vais levar nas nalgas??passo a baixeza do comentário, e peço desculpas aos mais sensíveis.
ResponderEliminarò anónimo 14.44, porque é que não vais levar nas nalgas??passo a baixeza do comentário, e peço desculpas aos mais sensíveis.
ResponderEliminaro gajo que vá levar no cú
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