sexta-feira, dezembro 09, 2011

Mais meia-hora de retrocesso civilizacional


No país com os salários mais baixos da Europa, em que ainda cortam os subsídios de Natal e de Férias, em que a precariedade, os falsos recibos verdes, os contratos a prazo são cada vez mais longos, em que em nome da flexibilidade os horários ficam cada vez mais à vontade do patrão sem que a vida pessoal do trabalhador interesse para nada resolveram agora alargar o em meia hora diária o tempo de trabalho. Tudo em nome de um falso conceito de produtividade que a única coisa que vai fazer é criar mais desemprego e mais pobreza. O capitalismo selvagem impõe a sua lei forçando um retrocesso civilizacional do qual não se conhece ainda os limites. Será que ainda voltaremos um dia a ver de volta os velhos mercados de escravos? Vontade parece não lhes faltar e tudo em nome da ganância dos especuladores. O povo lutou durante séculos para conquistar os seus direitos e a possibilidade de viverem uma vida com dignidade e talvez tenha chegado a altura de voltarem a pegar nas "armas" da revolução e da revolta para os reconquistar. A luta por uma nova democracia mais participativa e verdadeira é o caminho e a solução, porque como já muitos afirmam, o mal não é a crise, é o sistema.

5 comentários:

  1. Mais 1/2 hora de trabalho por dia; mais 2,5 por semana; para um milhão de trabalhadores; 2,5 milhões de horas por semana; para uma semana de 40 horas equivale a 62500 postos de desemprego.
    Esticam a corda talvez ela venha a partir sem avisar.
    Um abraço permanente

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  2. Parece "só" meia horita, começam assim de mansinho...até a destruição final dos direitos conquistados em longos anos. :(
    Uns belos esclavagistas, de facto!
    Abraço, Kaos!

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  3. A política que o País leva é no sentido da escravatura chinesa!
    Salários de miséria, horas de trabalho sem fim e sem garantias!
    Pouco a pouco, os direitos adquiridos ao longo de décadas que estes bandalhos, sem o menor pejo e com uma indiferença total, roubam!
    Para o BEM DA NAÇÃO e principalmente PARA BEM DELES!....

    Zé de Aveiro

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  4. Por que será que temos que nos submeter aos ranhosos morais da Europa, bem como aos seus congéneres nacionais?

    O amoral não tem vergonha, quando se lhe desprende o ranho moral das cordas vocais. De tão excitado que fica, quando lhe sai uma graçola indigente, que nem tenta limpar-se. Pois sente-se honrado e dignificado na sua função, com aquelas escorrências nojentas a mancharem-lhe o discurso e a acção.

    Mas, que ao menos mantenham alguma coerência lógica. Que se abstenham os ranhosos morais de condenar os beneficiários do Rendimento Mínimo. Pois não estão eles mesmos reduzidos a receber da troika o Rendimento Mínimo, sob a forma de tranches periódicas de 8 mil milhões de euros, enquanto arrasam a economia nacional, impedindo os trabalhadores que lançam no desemprego de trabalharem produtivamente, em prol do país?

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  5. Uma "nova revolução"? Só patetices. As revoluções fazem-se quando há guito. Alguém quer uma revolução para sacar dívidas? Ao menos no assalto do 25/4/74 havia guito juntado pelo Marcello, agora há dívidas! Abres os olhos e sai do teu Kaos por uns momentos!

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