domingo, fevereiro 12, 2012

Escutam-se os segredos, destapam-se as mentiras


Em declarações captadas pela TVI, no início do Eurogrupo, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble disse: "Depois de uma decisão substancial sobre a Grécia se houver necessidade de ajustamento do programa português, nós estaremos prontos para o fazer", explicou Schauble sobre Portugal.
Publicamente, o primeiro-ministro Passos Coelho tem dito que "não quer mais tempo nem mais dinheiro", mas no diálogo privado com Schauble, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, respondeu com agradecimento. "Isso é muito apreciado".

Todos sabem que as contas de Portugal vão derrapar e já em Abril isso vai ser claro nos relatórios sobre as contas do primeiro trimestre, com o aprofundamento da recessão e a redução das receitas. Todos sabem que Portugal não vai poder pagar o empréstimo e que vai ter de renegociar os prazos e até muito provavelmente pedir nova ajuda. (Por mais que nos digam que Portugal não é a Grécia, as consequências da brutal austeridade a que ambos os países têm sido sujeitos fará com que aquilo que hoje acontece na Grécia seja o prenuncio do destino que nos traçaram).
A solução só pode passar, não só por uma mudança de politicas mas sobretudo pela mudança deste sistema em que os mercados mandam mais que as soberanias dos países. Não se trata aqui de pieguices, mas do futuro de todos nós.

5 comentários:

  1. atenção ké proibido kravar pastel fora da Alemanha o banco piegas é o BCE

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  2. Estes boches não pinam nem saem de cima.

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  3. Eu diria que parecem dois prisioneiros a "bichanarem" em
    qualquer cela deste mundo!...
    Muitos mereciam estar "dentro" e não estão!...

    Zé de Aveiro

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  4. O que é verdadeiramente engraçado é que depois desta notícia ter sido divulgada, a taxa de juro nos mercados secundários caiu 5%! de 17% para 12%!...

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  5. A Democracia é o regime político em que o poder é exercido pela maioria através dos seus representantes políticos. Assim o que podemos dizer de dois governantes de Países democráticos que fazem negócios às escondidas dos respectivos eleitores?

    A superioridade do ministro das finanças alemão não augura nada de bom. Quando a Alemanha nos trata com arrogância e desprezo, não podemos deixar de recordar as imagens tenebrosas de um passado não muito longínquo. Será que temos razões para nos preocupar com o aparente desejo alemão, pelo menos económico, de conseguir no início do século XXI o IV Reich?

    António

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