terça-feira, julho 10, 2012

Este nem com missas se safa com os médicos


O ministro da Saúde tinha convocado para este domingo à tarde uma reunião com os sindicatos dos médicos. Um encontro a que os dirigentes já tinham avisado no sábado à noite que não iriam comparecer. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) não gostaram de ouvir o ministro da Saúde admitir o recurso a uma requisição civil. A greve vai mesmo ter lugar nas próximas quarta e quinta-feira.
O ministro Paulo Macedo deslocou-se à sede do Ministério da Saúde pouco depois das 15 horas, como havia estabelecido para a reunião com os representantes dos médicos, para sair três horas depois, sem chegar a reunir com os sindicatos.

Já estava na hora de haver um sindicato com poder e tomates para meter esta gente na ordem. Já chega de chantagens e ameaças a todos os sindicatos que falam em fazer greves pelos seus direitos e para se defenderem dos roubos em que este governo se tornou especialista. Se todos os trabalhadores se unissem e parassem este país este governo tinha de rever as suas politicas. É que um país são as pessoas que o compõem e esta gente anda muito esquecida disso assim como essas pessoas também parecem necessitar de voltar a aprender que o país é seu.

21 comentários:

  1. Apesar da inconstitucionalidade do corte nos subsídios, este maldito governo prepara-se para incluir no orçamento para 2013 o mesmo corte!
    Arrogantes, ditadores, prepotentes e no limite NOJENTOS!
    Como alguns já falam abertamente é necessária uma mudança de regime já!
    Acabar com esta MERDA é urgente!

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  2. Para a comunada não ficar só com o 1º comentário (se é que assim se pode chamar) e porque nem sempre as greves são justas convém ler o seguinte:


    Vamos lá colocar as coisas em perspetiva. Estamos em Portugal e, se a minha memória não me falha, estamos em 2012. Ou seja, estamos num país falido; sem a troika, não haveria dinheiro para pagar salários aos médicos e ao restante funcionalismo. E, já agora, estamos num país onde toda a gente está a perder dinheiro devido ao aperto de cinto provocado pelo excesso de dívida estatal e privada, e onde milhares e milhares estão no desemprego. É neste lugar que uma classe privilegiada vai fazer greve. Humor do bom, sem dúvida.

    Vamos lá colocar as coisas em perspetiva. Um médico, seja ele qual for, tenha ele a idade que tiver, é alguém que está numa posição privilegiada. No tal Portugal lunar de 2012, esta classe profissional navega no pleno emprego. Ao sair da faculdade, um jovem médico tem sempre colocação e, se não me engano, os médicos já entradotes mantêm promoções na carreira (na restante função pública, as promoções estão congeladas). Em anexo, convém registar que o ministério, marcado à Mozer pela troika, já garantiu o preenchimento de 1000 vagas até ao final do ano (outra prática proibitiva nos restantes braços do Estado). Ora, mesmo com todos estes benefícios garantidos num cenário de emergência nacional, a Ordem dos Médicos convocou uma greve.

    Vamos lá colocar as coisas em perspetiva. Qual é a razão apresentada pela Ordem? Pelo que percebo, o ministro resolveu baralhar as contas das horas extraordinárias. O número geral de horas está a ser diminuído e, acima de tudo, há uma diminuição do valor a pagar por cada hora: há dois anos, o Estado pagava 80 euros por hora, e agora paga entre 25 e 30 euros. Eis, portanto, a razão da greve. Receber 30 euros por cada hora extraordinária é, sem dúvida, uma exploração feudal, mas eu só queria fazer uma pergunta: como é que o Estado português, que não é rico, podia pagar 80 euros por hora? Assim já percebo como é que aquele médico do Algarve conseguiu receber 750 mil euros num só ano: deve ter trabalhado 50 horas por dia a 80 euros à hora.

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  3. Este último comentário tem toda a razão de ser. Se há classe que não tem motivo para fazer greve são precisamente os médicos. Trabalho não lhes falta. Desempregos não sabem o que isso é. Ganham bem. Trabalham em vários locais. Quem lhes pagou os estudos foi a classe trabalhadora com os seus impostos. Agora querem defender o Serviço Nacional de Saúde? Não! O que eles querem é manter os privilégios que sempre tiveram e continuam a ter. O mal deste País são as classes corporativistas que ao longo dos anos têm imposto aos governos a sua vontade. Eu como não pertenço a nenhuma delas limito-me a ganhar o que me querem pagar. E estou muito contente por ganhar algum mesmo que seja pouco para as minhas pretensões de burguês!

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  4. Vai ver que o Kaos não está de acordo. Para ele a greve é um direito adquirido pelo povo e por isso inaliável! A propósito da greve dos pilotos foi isso mesmo que ele comentou aqui!

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  5. Vocês sabem por que é que o Passos coelho é doido por dinheiro e adora austeridade???...Porque é filho de médico!

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  6. Por não estar de acordo com o Kaos neste post não quer dizer que não esteja de acordo com outros posts. Aliás normalmente estou de acordo com quase tudo o que ele escreve. Mas nem sempre as opiniões coincidem. Também não compreendo muitas vezes o PCP ser o partido das classes desfavorecidas e são os primeiros a defender as classes que têm mais privilégios na nossa sociedade. Não bate a bota com a perdigota!

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  7. Não sou médico nem de classe priviligiada!
    Trabalho há 52 anos e nunca conseguir ser rico porque sou honesto!
    Acabar com esta MERDA já, SIM!
    Já devia ter sido há muito tempo para não termos que engolir os sapos que nos estão a enfiar pelo "gargalo" abaixo há muitos anos!
    Quem ouviu ontem o programa Olhos nos Olhos e que não conhecia parte da NOJEIRA que reina neste País de cornos mansos, ficou a saber a verdade!...
    E mais não digo porque me enjoa toda a desfaçatez destes "políticos" da trampa!
    Acreditar neles é cair no precipício!...

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  8. Este anónimo dos 3 penultimos comentários é muito tanso.

    È uma classe previligiada não é...e queria o quê, que um médico que salva vidas ganhasse o mesmo que um bibliotecário ou um professor (atenção, com o devido respeito ás classes que mencionei).

    Parece que só conta o que lhe convém.
    Se você não se importa de trabalhar á hora, para empresas muitas vezes, dos primos e cunhados destes artistas e não quero que um médico que de mim trata, trabalhe nestas condições.
    È que para trabalhar com condições de merda, já basto eu...não preciso estender a merda toda a minha volta para me sentir melhor.

    Já sei...também acha que os médicos são uns calões de merda que não querem é trabalhar?
    Você faz-me rir de trata tristeza...é o típico Português mesquinho que a única motivação que tem, é puxar todos para o pior onde ele rasteja.

    Acho muito bem eles se unirem sim...o que acho mal, é lambe botas como você, ao serem espoliados ( se calhar até nem é ) do pouco que têm, ainda encontram todas as razões e mais algumas, para justificarem o injustificavel.
    São os chamados beija-cús.

    António Bastos

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  9. É claro que os médicos têm toda a legitimidade para fazerem greve, assim como tinham os controladores, os maquinistas, os professores ou os trabalhadores da limpeza. Quem sente que deve defender os seus direitos tem legalmente a razão para fazer greve. Quantos anos leva um jovem a tornar-se médico? Quanto gasta, quanto esforço tem de fazer? E ainda bem, porque quando vou a um hospital quero ver qualidade e conhecimento por quem me trata. São uns privilegiados dizem alguns. É bom que vivam e durmam bem para estarem bem quando atendem quem necessita dos seus serviços. Se toda uma classe pensa que deve fazer greve então é porque têm razões para isso.
    Virem com a crise para tornar as greves ilícitas é uma falácia. Não há dinheiro, dizem, mas eu pergunto onde está o dinheiro? Quem o gastou, quem beneficiou com ele? Foi quem trabalhou e ganhou o seu ordenado honestamente ou quem enriqueceu de um dia para o outro em especulação e trapalhices? O que eu critico neste blogue é o próprio sistema económico em que vivemos em que num país que necessita urgentemente de produzir comida e bens para os seus cidadãos, "neste país de pelintras se acha normal haver maõs desempregadas e terras por cultivar" como dizia o José Mário Branco no seu "FMI".

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  10. Anónimo das 22.27.
    Não faça comentários à toa sem razão de ser!
    Os três últimos comentários antes do meu não são da minha autoria.
    A vontade de atacar os Comunistas, que não estão no meu horizonte é tanta, que deturpa as "coisas" e sai asneira!
    Meta na sua cabecinha pensadora que este regime não é uma democracia mas sim uma partidocracia que "enrolou" a maior parte dos Portugueses e desiludiu os MILITARES DE ABRIL!
    Também concordo com as greves, sejam feitas por médicos ou por Trabalhadores mais humildes, tinha sido óptimo não ser necessário fazê-las!...

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  11. anónimo das 22:27
    O meu comentário não é resposta ao teu mas um prolongamento do post por terem aparecido aqueles que uma vez mais aceitam justificar todas as malfeitorias em nome da crise. Aqui não comento comunistas e fascistas e coisas que talo é da politica reles que nos rege. Prefiro um milhão de vezes que os descontos do meu salário sejam utilizados para pagar a médicos ou a reforma a quem trabalhou toda a vida que para encher os bolsos de alguns lambões que se perpetuam nos cargos do poder ou a usurários estrangeiros que nos esfolam.

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  12. Eu pertenço à classe trabalhadora que trabalha no duro. Trabalho na construção civil ou melhor trabalhava porque neste momento só faço uns biscates para sobreviver. Agora eu pergunto será que a classe a que eu pertenço também não tem o direito de fazer greve ao menos uma vez na sua história a exigir trabalho do Estado? Ou só podem fazer greve os que sempre tiveram todas as mordomias e a segurança de nunca poderem ser despedidos por serem trabalhadores por conta do Estado?

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  13. A greve é um direito de todos e a solidariedade entre trabalhadores deveria ser uma realidade. Não gosto de ver trabalhadores contra trabalhadores com uns a criticar os outros. Cada um deve fazer a sua função e todas são importantes e todas fazem falta. Também acredito que não deveria haver as disparidades que há em algumas profissões embora compreenda que um médico deva ganhar mais que eu que não passo de um técnico de comunicações. Apoio por norma as greves porque ninguém faz uma por gosto pois são dias de trabalho que se perdem e cada centimo faz falta.

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  14. És uma autentica anedota. Ainda vives nos anos 30. Emigra para a Coreia, lá é que tu estavas bem!

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  15. ‘Se queres mudar o mundo, então muda-te a ti primeiro’ (Mc Xeg)

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  16. Anónimo das 12:02
    Então assim já somos duas anedotas e para a Coreia não porque deve ser proibido fazer greva. Quanto ao emigrar, sou português, estou no meu país e digo e defendo aquilo que quero. Ou queres tu transformar isto numa Coreia?

    Anónimo da 12:18
    Essa história das esquerdas e direitas são boas para fazer barulho mas pouco fazem para criar um debate inteligente. Há ditaduras e todas o são quando impôem a vontade de alguns à custa do bem de um povo. Quanto á democracia ela não é moderna nem antiga, ou é ou não é. E, para ser democracia isso implica a liberdade de opinião mas também de informação. Implica o respeito pelos direitos fundamentais e a dignidade dos cidadãos. Implica justiça social e justiça contra todos os que atentam contra os direitos, a dignidade e a justiça social. Democracia é um governo dos povos para servir os povos e nunca para se servirem deles. Implica muita coisa que cada vez se aplica menos neste país e nesta Europa. Talvez seja isso a que chamas de democracia moderna.

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  17. Anónimo das 23:25
    É claro que o meu comentário não foi para si mas para os 3 que antecederão o seu.

    Vamos lá ver se nós nos entendemos.

    Não são os médicos que ganham mal, são todos os outros a quem os seus direitos são desrespeitados.

    Quando eu vejo, cidadãos do meu pais, a esfaquearem-se nas costas uns dos outros, para justificarem politicas de traição, de abandalhamento da sociedade em prol de politicos que não pensam 2 vezes antes de os roubarem e empobrecerem o estado social que deveria ser defendido por todos nós, independente dos albrabões que vêm ao pote e se dizem de esquerda ou direita.

    Se os médicos ganham bem, se unem no direito que têm á greve e conseguem ou tentam no minimo dobrar um governo que se prepara para privatizar a saude e entregar a sua força de trabalho a empresas exploradoras que muitas vezes, são de familiares e amiguissimos deste FDP...FAZEM MUITO BEM...e nós, todas as classes roubadas deveriamos fazer o mesmo.

    Só não o fazemos sabem porquê?
    Porque aqueles que de entre o povo, atacam os seus compatriotas, estão tão intoxicados de propaganda politica, que engolem ás colheradas nos Jornais que são propriedade destes mesmos que dizem ser, estas politicas invitáveis.
    Queriam o quê!Que lhes dissessem a verdade e como roubam o nosso dinheiro, frito do trabalho e do nosso suor!
    Acordem e unam-se que é tudo aquilo que eles não querem.
    União entre os povos, essa é a nossa maior arma.
    Esta gente utilizará de tudo para se manter no poder e através da sua linguagem Hegeliana bombardeando-nos nos seus Jornais, nas suas Tv´s farão de tudo para nos colocar uns contra os outros, incitando á divisão, ás mentiras e aos falsos dados para criar a ilusão que o problema somos nós.

    Revolução já!!
    União já !!!
    Acção agora.

    António Bastos

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  18. A'tão os médicos não devem fazer greve...?

    ...e como é que eles devem defender os seus direitos...???....de rabo entre as pernas...em marcha lenta olhando o chão....tipo rafeiro...do antigamente ??

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  19. Começou a vir ao de cima a merda da corrupção com médicos, e a roubalheira que anda à solta no SNS e voltou o folclore.... No dia da greve - no privado - trabalharam todos.

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  20. Oh ultimo anónimo...e foste tu que atestaste isso tudo?
    Andaste de consultório em consultório a marcar o ponto?
    Que tristeza que é este meu pais...esfaqueiam-se uns aos outros enquanto os vermes fogem com o dinheiro.

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