quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Haja bom senso


Jornais de quatro países da Europa republicaram nesta quarta-feira uma série de caricaturas que associam o profeta Maomé ao terrorismo.
Sou e sempre serei a favor da liberdade de expressão e não aceito qualquer tipo de censura. Acredito que deve bastar o bom senso. È normal que os muçulmanos se sintam ofendidos ao ver o seu profeta transformado em bombista. Não tenho duvidas que nenhum católico gostaria de ver Jesus Cristo com uma bomba a matar pessoas. O mais grave nisto tudo é que, num mundo tão dependente do petróleo, não parece haver nem inocência nem burrice na publicação destes cartoons. Neste momento com a vitória do Hamas o processo de paz no médio oriente está por um fio. Israel diz que nunca aceitará um governo onde esteja representado o Hamas com claros propósitos de tentar fomentar uma guerra civil na Palestina. Se a isto juntarmos os problemas no Iraque e Afeganistão, a crise nuclear com o Irão e a crescente “guerra” contra o terrorismo (cada vez mais associado aos muçulmanos) podemos constatar que são demasiados problemas com uma comunidade e uma religião ainda muito fechada e fundamentalista. Quando se deveria tentar separar os problemas e negar a existência desse “divisor comum” que é a religião muçulmana vêm com meia dúzia de desenhos fazer exactamente o contrario. Sabe-se que há quem defenda o uso da violência para “limpar” o problema de uma vez por todas. Acicatar ódios e mostrar intransigência é a melhor forma de tornar inevitável aquilo que se devia resolver pacificamente. Espero que não se estejam a esquecer que a religião muçulmana é neste momento a segunda maior do mundo. Espero que não se esqueçam que o petróleo não pode justificar tudo.

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