"Dentro de dias o valor do défice de 2005 será conhecido. Estou convencido de que será de 5,8 ou 5,9 por cento. Toda a gente vai dar os parabéns (ao Governo) e achar que é uma grande vitória. Eu não acho. Mesmo com mais receita, o défice aumenta em relação a 2004, onde foi de 5,2 por cento".
«Todas as pessoas são livres de dar opiniões. Mas eu, como responsável político, tenho de dar orientações. As pessoas não estão preocupadas com a regionalização, mas com a perda de emprego. O que o país quer é mais trabalho e menos impostos. Não será a regionalização ou qualquer outra matéria a desviar-me das prioridades».
«O Governo tem sido useiro e vezeiro em agredir juízes, funcionários públicos, outros sectores. Agredir seja quem for, neste caso os juízes, é de um populismo inaceitável»
Depois de uma época de silêncio estratégico, durante as eleições presidenciais, em que Marques Mendes não falava para não ser associado a Cavaco Silva e este não falava para não meter a pata na poça, o descanso chegou ao fim. Marques Mendes começou a falar mesmo quando nada tem para dizer. É que este governo está a fazer a politica que ele gostava de poder fazer, e que o seu partido nunca teve coragem de fazer quando esteve no poder. Por muito que lhe custe, e a nós também embora por razões diferentes, esta é a realidade. Assim, sentindo a necessidade de protagonismo, (vem ai um congresso do PSD), fala por falar atirando tiros para todo o lado mas não acertando uma que seja. Senão vejamos:
- Retira qualquer mérito ao governo por o malfadado défice ficar abaixo do previsto, afirmando ser, mesmo assim superior ao de 2004. Será que não se lembra do estado caótico em que Santana Lopes deixou o país? Será que não se lembra de que as contas do défice eram sempre resolvidas à última hora com as malditas “receitas extraordinárias” só para tapar os olhos a Bruxelas? Foi a venda das dívidas fiscais, a venda de activos do estado, as caixas de aposentações da CGD, NAv, etc.
- Desvaloriza a regionalização dizendo não ser nada de importante. Há quem seja contra e quem seja a favor e o referendo realizado disse não. Independentemente da posição de cada um a regionalização é um tema muito importante, e tentar minimiza-lo com as bandeiras do desemprego e dos impostos não é mais do que demagogia. É daqueles casos em que se pode dizer que o cu não tem nada a ver com as calças. Para mais, sendo o seu partido um dos principais responsáveis pelo enorme desemprego existente e também ele ter subido os impostos na sombria época da ministra Manuela Ferreira Leite.
-Este governo tem, efectivamente, sido mau para os funcionários públicos. Mas o que fez o seu partido quando esteve no poder. Congelou salários, retirou direitos, chegando mesmo a ameaçar com o despedimento de 200 mil funcionários. E porque será que mexer com os juízes é um populismo inaceitável. Serão eles intocáveis? Serão eles de uma casta superior a quem não se pode retirar direitos como tem acontecido com outros funcionários?
Se algum mérito tem de se dar a este governo é exactamente o oposto. Embora se possa não concordar com as suas politicas tem sido corajoso na sua acção. Tem sido tudo menos populista o que aliás já lhe custou a derrota nas autárquicas e nas presidenciais.
«Todas as pessoas são livres de dar opiniões. Mas eu, como responsável político, tenho de dar orientações. As pessoas não estão preocupadas com a regionalização, mas com a perda de emprego. O que o país quer é mais trabalho e menos impostos. Não será a regionalização ou qualquer outra matéria a desviar-me das prioridades».
«O Governo tem sido useiro e vezeiro em agredir juízes, funcionários públicos, outros sectores. Agredir seja quem for, neste caso os juízes, é de um populismo inaceitável»
Depois de uma época de silêncio estratégico, durante as eleições presidenciais, em que Marques Mendes não falava para não ser associado a Cavaco Silva e este não falava para não meter a pata na poça, o descanso chegou ao fim. Marques Mendes começou a falar mesmo quando nada tem para dizer. É que este governo está a fazer a politica que ele gostava de poder fazer, e que o seu partido nunca teve coragem de fazer quando esteve no poder. Por muito que lhe custe, e a nós também embora por razões diferentes, esta é a realidade. Assim, sentindo a necessidade de protagonismo, (vem ai um congresso do PSD), fala por falar atirando tiros para todo o lado mas não acertando uma que seja. Senão vejamos:
- Retira qualquer mérito ao governo por o malfadado défice ficar abaixo do previsto, afirmando ser, mesmo assim superior ao de 2004. Será que não se lembra do estado caótico em que Santana Lopes deixou o país? Será que não se lembra de que as contas do défice eram sempre resolvidas à última hora com as malditas “receitas extraordinárias” só para tapar os olhos a Bruxelas? Foi a venda das dívidas fiscais, a venda de activos do estado, as caixas de aposentações da CGD, NAv, etc.
- Desvaloriza a regionalização dizendo não ser nada de importante. Há quem seja contra e quem seja a favor e o referendo realizado disse não. Independentemente da posição de cada um a regionalização é um tema muito importante, e tentar minimiza-lo com as bandeiras do desemprego e dos impostos não é mais do que demagogia. É daqueles casos em que se pode dizer que o cu não tem nada a ver com as calças. Para mais, sendo o seu partido um dos principais responsáveis pelo enorme desemprego existente e também ele ter subido os impostos na sombria época da ministra Manuela Ferreira Leite.
-Este governo tem, efectivamente, sido mau para os funcionários públicos. Mas o que fez o seu partido quando esteve no poder. Congelou salários, retirou direitos, chegando mesmo a ameaçar com o despedimento de 200 mil funcionários. E porque será que mexer com os juízes é um populismo inaceitável. Serão eles intocáveis? Serão eles de uma casta superior a quem não se pode retirar direitos como tem acontecido com outros funcionários?
Se algum mérito tem de se dar a este governo é exactamente o oposto. Embora se possa não concordar com as suas politicas tem sido corajoso na sua acção. Tem sido tudo menos populista o que aliás já lhe custou a derrota nas autárquicas e nas presidenciais.
Todos nós compreendemos que Marques Mendes tem de fazer oposição a este governo tanto por razões eleitorais como para consumo interno do seu partido. Deveria, no entanto, tentar atirar certeiro e dizer alguma coisa que faça sentido para os portugueses. Isto de se estar a por em bicos de pés para ver se alguém repara em si não está a dar resultado. Experimente pintar o cabelo de cor de laranja, mascare-se de gigantone no Carnaval que ai vem, faça qualquer coisa diferente porque assim não vai lá. Pelo menos compre um escadote que estou farto de olhar para baixo.
É caso para dizer cresce e aparece.
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