domingo, fevereiro 05, 2006

Oposição:Um vírus inofensivo


Marques Mendes acusou hoje o Governo de ter tido uma atitude ridícula e provinciana aquando da visita de Bill Gates ao nosso país.
In “TVI”
Ao olharmos para as politicas do governo há quem concorde e quem não o faça. Para alguns está a ser seguido um caminho neo-liberal de destruição do estado em favor dos interesses privados. Outros pensam que, o que o governo está a fazer, ainda é pouco e que deveria ser mais duro e impiedoso nas suas politicas anti-sociais. Passando por entre esta disputa lá vai andando o nosso Primeiro-Ministro, indiferente a tudo e a todos. Claro está que só o pode fazer pela fraqueza das oposições com quem tem de se confrontar. O PCP e BE por muito que se esforcem acabam por ser vitimas do velho estigma de serem sempre “do contra” e ainda sob a imagem da “velha cassete”. Nem a razão, faz com que as criticas por eles feitas produzam como resultado uma mudança de rumo. Olhando para a direita, também pode José Sócrates dormir tranquilo. Tanto Marques Mendes como Ribeiro e Castro não lhe colocam problemas. Em primeiro lugar por estarem neste momento, depois da eleição de Cavaco Silva, com problemas de liderança nos respectivos partidos. Muitos, pensam ter chegado a hora de “enxotar” estes líderes, confiantes de que o novo Presidente da Republica possa desejar entregar o poder à direita a que pertence. A segunda razão é a de que não sabem bem como criticar a este governo que está a executar as medidas que eles sempre desejaram tomar mas nunca tiveram coragem. Sócrates ao governar à direita está a retirar toda a margem de manobra a esses partidos, deixando-os sem espaço político para exercerem a oposição. Só assim se compreende as criticas que esses partidos lhe vêm fazendo. Até lhes pode assistir alguma razão, mas estando o país no estado em que se encontra só soam, elas sim, a provincianas e ridículas. Mesmo quando se vêm forçados a falar de assuntos mais sérios nunca passam de uma série de propostas de tudo privatizar sem fazerem qualquer análise às consequências que dai decorreriam. (Basta pensar que quando estiveram no poder foram incapazes ou sem a coragem necessária para as executar).
Perante este cenário, Sócrates reina a seu belo prazer confiante de que nem o próximo Presidente da Republica poderá tirar-lhe o tapete por falta de alternativas viáveis de governo. E, assim sendo, quem se lixa é sempre o mesmo.

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