Chego a ter pena da incómoda posição em que sobrevive Marques Mendes e das patéticas posições que tem tomado. Não vou aqui recordar todas as tristes figuras que tem representado durante este tempo de oposição, bastam as novas para isso. Acossado pela direita, que teima em se afirmar como “direita”, empurrando-o para o centro, lugar já ocupado por Sócrates, está cada vez com menos espaço de manobra. Não pode apoiar as medidas do governo por ser oposição, mas também não pode aceitar discutir o seu lugar na direita portuguesa, correndo o risco de perder definitivamente para o PS o eleitorado do centro. Que parece sair então de tão iluminado espírito: todas as medidas tomadas por um governo e cuja acção ultrapassem o tempo de uma legislatura deveriam ter o acordo do PS e do PSD. Isto é quase propor a criação de um novo partido, que por sair sempre vencedor das eleições, a escolha do primeiro-ministro seria feita, numas primárias, pelos militantes. Umas vezes poderia ser alguém da sensibilidade PSD, outras do PS. Como defendem as mesmas ideias e as mesmas soluções para o país até parece uma ideia sensata. Claro que, para já não colocar o problema de a Constituição não exigir tais consensos, seria um pouco voltar ao passado negro, em que a Assembleia Nacional, falava em uníssono. Nesta, ainda poderiam ficar uns tantos esquerdelhos por um lado e uma direita pró-fascisante por outro, para dar um ar mais democrático à coisa, mas na prática tudo estaria decidido mesmo antes de o estar. Um casamento perfeito, não sei é se o Sócrates vai gostar da noiva.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
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Ah Ah Ah...
ResponderEliminarAs meninas ficaram muito favorecidas na pintura...
Homem pequenaco, ou caralhudo ou bom buraco
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