quarta-feira, setembro 05, 2007

A Flrxiboiança Europeia do S. Silva

Ainda voltando ao Sr. Silva, depois de ler algumas das suas declarações, foram-me proporcionadas, por uma das TV’s, mais algumas, agora acompanhadas das respectivas imagens, o que só por si tornou tudo aquilo bem mais deprimente. Tenho de confessar que para além de nos irem encaminhando, para o buraco sem fundo do cu da Europa, esta gente ainda me faz sentir um pouco envergonhado quando se mostram lá por fora. Custa-me que vejam esta gente e extrapolem que, nós portugueses, possamos ser sequer parecidos com aquilo. É no mínimo embaraçoso. Deixando este pormenor de ordem estética e intelectual, pude ver o nosso Sr. de Boliqueime a defender que a Europa deve colocar a hipótese da flexigurança como uma alternativa a considerar para implementação a nível comunitário e consequentemente também em Portugal. Claro que o apresentador televisivo, que ia comentando a noticia, acrescentou convictamente, “para uma maior segurança no emprego”, como se uma coisa implicasse a outra e não o seu contrário. São estes pequenos nadas que vão fazendo a cabeça e a opinião pública, pois quem estivesse a ouvir, sem realmente estar a ouvir, guardará essa informação como uma verdade já adquirida, esquecendo que o que realmente desejam é implementar a liberalização total do despedimento, sabendo muito bem que nunca haverá dinheiro ou vontade de oferecer a contrapartida da segurança posterior. Como propunha um qualquer “Big boss” de uma qualquer confederação patronal, fedendo a “Compromisso Portugal”, esquecia-se a parte da segurança, demasiado cara, e trocava-se a flexibilidade pelo fim do trabalho precário. Isto é, deixavam de ser só alguns, aqueles que já hoje vivem nessa situação de insegurança, para passarmos todos a estar sujeitos a um regime em tudo igual a esse mesmo trabalho precário. Bom negócio este, trocavam o chouriço pelo porco.
Continuando com o Sr. Silva, lá nos forram narrando as suas aventuras e mais alguns ditos do mesmo, enquanto mostravam imagens dessa gente sentando-se em torno de uma frondosa mesa para comerem, o que imagino ter sido, uma “frugal” refeição. Lembro-me, que veio à cabeça o pensamento de como poderiam aquelas gentes, que nunca passaram por necessidades na vida, entender a angústia de uma família no fim do mês?

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

2 comentários:

  1. Não se meta nisso. Lá no meu modesto blogue mandei umas notas soltas sobre o Sr. Silva e logo me pareceu ver ali umas almas emperdnidas a vociferarem contra o herege que não bate só no socratismo!

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  2. Quintino:
    Quem aqui vem já sabe que apanham todos independentemente da cor politica e este Sr. Silva bem merece umas tareias. Aqui já ninguém estranha que bata nele
    abraço

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