quinta-feira, dezembro 13, 2007

Tratado - A assinatura

O tratado assinaturaFoi hoje. Não vi que o trabalho não perdoa, mas foi hoje que foi assinado o Tratado de Lisboa. Este tratado, feito à revelia dos cidadãos e "encriptado" para que ninguém o entenda, e por mais que digam, é a velha constituição europeia recauchutada. Lá se encontram todas as razões que levaram a que franceses e holandeses a recusassem em referendo popular. Este tratado coloca Portugal sem voz na Europa, coloca-nos numa posição em que teremos de comer e calar tudo aquilo que os poderosos decidam. E, não pensem que esses poderosos são o Presidente francês ou a Chanceler alemã. Esses poderosos são gente escondida, gente que manda de entre as sombras do Clube de Bilderberg. Sabendo quais são as suas ideias e os seus objectivos, e o poder que têm para os concretizar, só nos resta a solução de lutar contra este tratado e esta Europa apoiante do capitalismo global. Primeiro é necessário lutar pela realização um referendo e depois tudo fazer para que o "Não" vença. Eles estão com medo e tudo farão para que a aprovação seja feita por via parlamentar. Só a união de todos e a exigência de referendo nos pode dar ainda alguma esperança de travar esta gente. Vamos todos fazer ouvir a nossa voz e dizer que esta decisão tem de ser tomada por todos e não só por aqueles que já venderam a alma ao diabo.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

13 comentários:

  1. Hoje ouvi mais um cretino (nem me lembro do nome do senhor) dizendo que o tratado é muito difícil de ler, que não é matéria para o povo votar, que deixemos pois aos parlamentares a missão.

    Só que há aqui um problema: ouvindo a pobreza dos debates da Assembleia da República, onde não há um pingo de discussão de ideias, apenas uma sucessão de vozes e votos arregimentados pela disciplina partidária, tenho razões para temer que a instituição parlamentar está muito menos habilitada para reflectir no "complexo texto do tratado" que o colectivo dos cidadãos portugueses. Afinal, existem na sociedade civil pessoas muito mais habilitadas para estudar estas questões que os nossos tristes parlamentares; e essas pessoas sem dúvida que darão o seu melhor, ajudando a um debate público são e informado sobre a questão.

    O medo deles é, precisamente, que esse debate seja feito...

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  2. promessas são para serem cumpridas,
    venha de lá esse referendo.
    se o medo pagasse imposto , estes 27 pinóquios iam à falência.

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  3. Esperemos que chegue o dia em quem os legisladores sejam responsabilizados pelas consequências do seus actos.
    E, porque não?
    Um Engenheiro não é responsável se um edíficio ruír?
    Afinal, deve ser disto que "trata" o Tratado Europeu, responsabilizar os Governos dos diversos Países, avaliá-los, monitorizar as implementações dos seus projectos, acompanhá-los 4 ou 5 vezes por ano, e atribuír classificações, sempre dependentes das opiniões dos governados.

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  4. O Gordon Brown anda tão desesperado que até faltou à cerimónia e assinou o papel depois, às escondidas. Será que não queria ser fotografado a assinar a rendiçao do Reino Unido ao Império?

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  5. Só um pequeno detalhe. As canetas utilizadas para assinar o tratado eram de prata... compradas com o suor do nosso trabalho e dos impostos que nos asfixiam. Uma vergonha!!!

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  6. Gastos sumptuosos para receber as delegações. Por que Bruxelas não dá, agora, um valete puxão de orelhas por este rombo no orçamento? Hipócritas...

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  7. Outro detalhe...
    Disseram na TV que foi Bruxelas que pagou a despesa, desde os pastéis de BELÉM até às canetas de prata.
    Provavelmente até pagaram os bilhetes do Pessoal que nã tinha "passe" social.

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  8. Se Bruxelas pagou tudo (o que duvido, nestas coisas há sempre despesas não justificáveis com recibos), é igualmente imoral. O dinheiro dos contribuintes europeus que gastaram em canetas de prata e vinho do porto de 1957 poderia ter tido destino mais digno. Eu acho que isto é gozar com os necessitados.

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  9. Todo este espectáculo, só tem como finalidade enganar o povinho e tentar fazer passar este tratado por debaixo da mesa. Só cumprem ordens dos seus patrões do Clube Bilderberg. Vamos a caminho de uma nova idade média

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  10. Com tais sumptuosidades, já se percebe que vai ser um Império à antiga...

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  11. Estes banquetes usavam-se no tempo da Sissi (princesa Elisabeth da Bavária, depois imperatriz da Áustria)...

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  12. Lutemos por um referendo, já!

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