segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Vamos todos mudar esta merda

Ratos e policias

«Os professores voltaram ontem a sair à rua em protesto com as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues. No Porto, na Praça General Humberto Delgado, estiveram cerca de 400 professores que, empunhando lenços brancos, pediram a demissão da ministra da Educação. "Chega de humilhação, com esta ministra não", foi a palavra de ordem mais ouvida. A manifestação foi convocada por sms, e-mails e blogues. Nenhuma estrutura sindical esteve oficialmente ligada ao protesto, que surgiu de forma espontânea. Por isso, a PSP identificou alguns dos professores que participaram na manifestação, o que gerou descontentamento junto dos manifestantes. Fonte da PSP do Porto explicou que "o procedimento foi normal". Como não foi pedida autorização ao governo civil, os agentes "identificaram pessoas que seriam os organizadores" para fazer um relatório a enviar ao Governo Civil. "Tudo normal, sem quaisquer incidentes", disse a fonte.»

É a lei, dizem. Claro que é a lei, também as Bolas de Berlim e as colheres de pau são a lei. Que se cumpra a lei, pura e dura, que se condenem “exemplementarmente” (implementar de forma exemplar), e se penalizem os autores de tão horrendos crimes. Já se sabia que assim seria, os documentos de Bilderberg preconizam-no. Mas neste caso, como já tinha acontecido em Guimarães, ou na pena de 75 dias a João Serpa, sindicalista, por se ter manifestado junto da empresa onde trabalhava por existirem graves problemas de salários em atraso, o que se procura é calar o som dos protestos, um som que o descontentamento generalizado pode amplificar. Um perigo que tentam evitar e que por isso nós devemos potenciar. Eles receiam as consequências, nós temos de estar decididos a assustá-los ainda mais. Claro que quanto mais acossados se sentirem, mais violentamente vão reagir. Quase que aposto que se estas manifestações continuarem e aumentarem de volume, vamos ver acontecer, surgirem do nada, uns actos mais violentos, uma montra partida, um caixote a arder, uma pedra atirada, e a policia “vai ter de” carregar sobre os manifestantes e fazer uma ou duas detenções. Quando não há motivo, cria-se o motivo, já o vi acontecer e vou certamente ver de novo. A livre manifestação, o direito à indignação, ao protesto, são formas de cidadania, de participação popular, de democracia e de celebração da liberdade. São direitos que não podemos deixar que nos tirem e por isso temos de lutar por eles sempre que seja necessário. Não podemos ceder ao medo que nos querem criar, nem à preguiça da “abovinada” vida quotidiana que nos oferecem, nem à hipnótica televisão. Há gente a sair para a rua em defesa daquilo que considera ser justo. Há muito que todos nós já lá devíamos andar porque razões não nos faltam. Está na hora deste povo acordar, e todos nós somos parte desse povo.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

8 comentários:

  1. Eles andem aí!...
    Protestos só com consentimento das autoridades, e os ajuntamentos de mais de três pessoas já é outra vez considerado uma manifestação de perigosos elementos que fazem perigar a democracia (?).
    Abraço do Zé

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  2. Mas ele não diz que há crianças a passar fome em Portugal.
    Cambada de peneirosos!!!
    Bjkas

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  3. A luta é nas ruas, nas fábricas, nos campos, a luta tem de ser de todos.

    Levantamento popular, já.

    Isto não vai lá com falinhas mansas.

    Abraço

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  4. Vamos a isso!!

    A Luta continua!!!!

    Bjs
    MAria (ex-sulista)

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  5. Mostremos a estes verdugos empedernidos quem detém o poder. Com um povo enfurecido, estes doutos ignorantes talvez percebam que só têm o poder que nós lhes damos e que achamos muito incorrecto que o utilizem contra nós.
    E, como sinal de total insatisfação, as manifestações de rua prosseguirão!

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  6. O descontentamento já não é só dos professores, é geral.Sócrates só vê aquilo que quer ver, e depois fica todo escandalizado, como virgem em lupanar, quando lhe aparecem umas centenas de professores, a manifestar a sua revolta pelas miseráveis e ultrajantes leis que quer implementar.
    O nosso blogue, Papa Açaordas, é contra esta política que nos divide e desgraça ainda mais.

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  7. Concordo contigo e estou contigo. Há já algum tempo que percebi que isto não vai lá com falinhas mansas. Temos que sair à rua em manifestações, sejam espontâneas ou não. Pela Educação, Saúde, Justiça, S. Social, etc...
    Estou farto destes ladrões que nos roubam tudo e igualmente farto dos submissos e dos ignorantes!
    Já não ando muito sereno em relação ao meu futuro, continuar impávido seria mais um a contribuir para o estado de bovinidade (quase) geral a que este país chegou... Mais valia queimar o meu BI!
    Lutemos pelos nossos direitos e pelo futuro dos nossos filhos!

    1 Abraço

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  8. Parece que os n/ -salvo seja- socretinos confundem(?)manifestação com desfile. Todos podem manifestar a sua opinião em público. Se houver muitos ao mesmo tempo -é coincidência; só não se pode ocupar a via pública, de modo a impedir a livre circulação de pessoas e bens.

    Desfile, que implica a parcial, ou total, ocupação da via pública, é que é necessário comunicar para as forças de segurança coordenarem pessoas e trânsito.

    No tempo de Salazar eram proibidos os ajuntamentos de mais de 3, regulamento do tempo da guerra e que ficou 'esquecido' a funconar durante muito tempo. E claro só se podia exprimir a opinião de que tudo, no mgoverno e no país, estava bem. Mas Salazar nunca escondeu que era um ditador e que abominava a democracia -ao menos era honesto e assumia-se. Estes nem isso. E quanto aos direitos constitucionais dos cidadãos puseram-nos no mesmo sítio do socialismo...

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