Ontem falei de formigas, hoje vou falar de macacos. Li algures uma experiência feita com estes primatas que nos pode ajudar a pensar.
Numa sala onde existia um escadote e pendurado sobre ele um cacho de bananas, foram colocados cinco macacos. Sempre que um desses macacos tentava apanhar uma banana eram ligados jactos de água que fustigavam toda a macacada. Com o tempo, alguns começaram a perceber que não podiam apanhar bananas e começaram a bater naqueles que o tentavam fazer. Nessa altura um dos macacos foi substituído por um novinho em folha. Mal entrou na sala foi logo direitinho tentar apanhar uma banana e logo ali levou uma tareia dos outros quatro macacos. Tantas levou que também ele deixou de subir o escadote. Mais algum tempo e foi substituído um segundo macaco que também aprendeu, a apanhar tareias, que não podia mexer nas bananas, depois um terceiro e um quarto. Chegou o dia em que também o último dos macacos, que originalmente tinha sido colocado na sala, foi substituído por um novo. Também este sofreu na pele o seu desejo de apanhar uma banana apanhando tareias dos outros quatro. O interessante é que esses cinco macacos nunca chegaram a ser mangueirados nem sabiam porque razão não podiam colher bananas. Só sabiam que sempre tinha sido assim.
Quando olho para este mundo e para este país não sou capaz de deixar de me perguntar porque razão continuamos a aceitar que alguns nos digam o que devemos fazer e mesmo assim se mantenha a pobreza e miséria. Porque continuamos a ser enganados todos os dias e nada fazemos para mudar a situação? Será que a resposta “porque sempre foi assim” nos satisfaz?
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
E diz o meu amigo que não sabe escrever! Que faria se soubesse...
ResponderEliminarBelo postal. Este não vive da imagem, que até não é muito apelativa nem tem uma mensagem imediata - a maioria das pessoas não leu o 1984 de Orwell e só liga o nome Big Brother àquele programa horrível que passou na televisão há poucos anos. Mas, para esses, a mensagem pictográfica (da imagem) está muito bem complementada com a mensagem fonética/gráfica (da escrita).
Os meus parabéns.
Oh meu caro Kaos, pior que nós só mesmo os macacos dos italianos, por mais porrada que levem não aprendem.
ResponderEliminarMas é preciso ter em conta que quer os italianos quer os portugueses viveram longas ditaduras que contribuiram para esta tendência de serem carneiros.
Imagem impressionante que invoca sentimentos bem concretos e mensagem a condizer.
ResponderEliminarQueria respeitosamente lembrar que sabendo ou não o facto é que levariam mangueiradas e como já há muito deixei de acreditar em Bilderbergs, Illuminatti, Corôa Inglesa ou Máfia portuguesa...como tampouco acredito que uma ditadura seja capaz de mudar mais um povo que 50 anos de não ditadura...prefiro acreditar que somos um pais pobre com fracos recursos, fracos governantes e um povo forte. E aí é que reside a questão, preferem não explicar nada que tentar enganar-nos pois além de sabermos bem o que queremos temos muito boa memória.
Não se esqueçam que somos um povo de brandos costumes mas resolvemos os problemas à bomba...
Sim caro Kaos, a imagem evoca medos ancestrais de um Deus que tudo vê mas eu também não acredito no que não vejo, mesmo que leve mangueiradas. Agora...não vejo é as bananas...
Uma resposta possível:
ResponderEliminarhttp://frolesmirandesas.blogspot.com/2008/04/ua-forma-de-lhibardade.html
Nunca estive tão de acordo consigo......!!!
ResponderEliminarCaro KAos:
ResponderEliminarEm Portugal ainda não substituiram os macacos -já todos levamos mangueiradas desta 'república socialista e laica'
LOLOL jactos de água a fustigar a macacada! lindo. boa metáfora si senhora. na vida há muito disso, não é só na política...
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