quinta-feira, abril 17, 2008

O Ministro sem cadeira

Ministro sem cadeira

A história é simples. Cinco trabalhadores despedidos do Ministério da Economia contestaram esses despedimentos em tribunal e ganharam as causa. O Ministério ficou obrigado a reintegrá-los e a pagar-lhes os ordenados atrasados. Pelos vistos o Ministério fez orelhas moucas e o tribunal mandou penhorar as cadeiras de serviços do Ministério da Economia e até do próprio gabinete Ministrial. As imagens de ver homens a carregarem camionetas com centenas de cadeiras devia ficar para a história do absurdo em que está transformado este país. Isto não acontece em mais lado nenhum do mundo, pois não? Como é possível ao Estado não cumprir uma ordem de um tribunal?
Gostava imenso de ver a cara do Ministro quando entrar no seu gabinete e não tiver cadeira para se sentar. Este não vai ser um Ministro sem pasta, nem Primeiro-ministro, mas será certamente o primeiro Ministro sem cadeira.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

14 comentários:

  1. Caro Kaos, sim tens razão e rendo-me completamente. O absurdo é por demais sem sentido e isto está a tornar-se um jogo do quem pode mais e realmente parece um caos.
    Como é possível realmente que o Estado não cumpra uma ordem do seu próprio tribunal!!!!
    Quando é que nós podemos deixar de cumprir as ordens do Estado.

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  2. Estou a fazer algo à parte deste tópico!

    Gostaria de te perguntar se seria possível fazer um "emblema" tipo "Não Sócrates", para o "Não Acordo Ortográfico" ou algo parecido?!

    Um grande abraço!

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  3. Como o tenho afirmado, este país não existe, estes políticos não existem. Quero acreditar que vivo um pesadelo. Quando vi na TV não queria acreditar, é a coisa mais absurda que alguma vez se viu. Agora, para o Sócrates e seus lacaios continuarem a dizer lá pelas UE'S que somos os maiores, somos um país a sério, organizado, bla, blá, blá....

    Mais uma para aumentar o anedotário em Bruxelas.

    Abraço

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  4. Será que o gajo também vai ficar sem a sanita?
    Isso é grave! É mesmo muito grave! Se assim for, onde é que o gajola vai obrar? No bacio?
    Oh sheet, que grande pivete!

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  5. Perdeu a cadeira
    mas está acomodado
    este ministro da treta
    já devia ter andado

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  6. O sindicalês português e a velocidez do ME: -Bem hajam os sindicatozecos!
    Posted in Democracia, Educação, Política Educativa with tags falência, Matrix, mentira, simulação, Sindicatos on Abril 17, 2008 by Fernando Cortes Leal

    Leio, digiro e consumo de um só trago:

    Plataforma Sindical e ME assinam Acta que inclui “Memorando de Entendimento”

    Esgravato o memorando do impossível entendimento hoje protocolado entre Me e Sindicatos em busca de um grão de novidade. Nada! O ME teve brinde sindical e ganhou esta batalha.

    Vasculho no lixo do entendimento um contentor que o albergue. Confundo-me. Entre dirigentes (sindicais ou ministeriais) não há separação de lixos (éticos, democráticos, políticos e profissionais) que distinga o discurso sindical do discurso do ME.

    Pergunto-me: depois do sísmico abalo socio-profissional que levou 100.000 professores à rua ter-se-á encontrado nos esgotos da nossa primata democracia um consenso de porcaria que reconduzisse a razão do seu colectivo protesto a «zero»? Claro que sim!

    As instaladas ratazanas do poder e os crónicos vermes da democracia corporativa assim o quiseram e também assim (des)agradecem. A delinquência política neo-liberal e o cigano liberalismo das convicções democráticas globais e globalizantes (não universais), tomaram conta da nossa feira de vaidades: tudo isto é mercado; todos nós, pessoas, alunos e/ou professores, temos, acima de tudo, um de valor de mercado. O resto – a democracia, os valores humanos, a educação, a cidadania,… – são coisas eticamente residuais, politicamente colaterais e civilizacionalmente abomináveis no socrático mundo que em nome da confraria mundial do neo-capitalismo financeiro (de Bush, do G-8 e dos seus súbtidos dirigentes regionais) nos governam a vida e nos traçam hipnóticas rotas de beligerante concórdia mundial.

    Claro que o mundo e a vida não acabam aqui.

    A verdade, porém, é que vida, mundo, educação, paz e democracia se vêem – quando menos se esperava – uma vez mais adiados, não num país anárquico sindical mas, ao invés , num País socrático-virtual.

    Já ninguém parece poder confiar em alguém. A realidade é uma simulação. A política democrática ocidental é hoje uma encenação global. Educação e educadores têm de ser abatidos, ainda assim não vá o comum dos cidadãos perceber que a ‘matrix’ está aí!

    Um abraço.

    Fernando Cortes Leal

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  7. Eu já me doi a barriga de tanto rir! Uma visão mordaz e um talento excepcional. Um site já colocado nos favoritos.

    Realmente,bem vejo que tudo na mesma, desde que eu tive de sair daí, há quatro anos. Que miséria!

    Estou em Inglaterra, e também mantenho um blog, onde escrevo e relato as minhas aventuras motorizadas.Não esperem o habitual, pois não sou como o habitual, nem estou numa realidade habitual.

    www.saladasmáquinas.blogspot.com

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  8. Talvez até nem fique muito preocupado com a falta da cadeira enquanto mantiver a pasta e o ordenado.
    Saudações do Marreta.

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  9. Para o que ele tem andado a fazer finalmente arranjou-lhe o assento correcto.

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  10. Já existiam os ministros sem pasta agora passa a haver também o ministro sem cadeira.
    Este bocado de terra deixou à muito de ser um país para se tornar numa anedota. Ou é só impressão minha?
    Deixem-me ser espanhola, sff!
    Voltem Filipes que estão perdoados!

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  11. Genial!
    O boneco/descrição que mais me fez rir.
    Agradecido por aquilo que fez com os professoreszecos.

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  12. baby_boy_swim:
    Posso tentar, mas tenho de deixar as ideias aparecerem. Aqui não há bonecos e só letras. Tenho de dar tempo ao tempo
    abraço

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  13. kosmografias:
    É realmente triste e desanimador ver que a cada dia sofremos mais desilusões e cada vez mais nos sentimos mais sós. Não podemos desistir, há muita gente por aí que se unirá quando chegar a hora. Acredito que ainda podemos vencer e mudar o triste rumo deste mundo. Acabemos com as televisões e este povo vai acordar
    abraço

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  14. nesta altura do campeonato deste (des)governo pouco mais há a dizer que:
    TIREM-ME DESTE FILMEeeeeeeeeeee!

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