segunda-feira, outubro 06, 2008

A Ultima Tanga em Paris

 O ultimo tango em paris

«Os líderes dos quatro países europeus mais desenvolvidos, hoje reunidos em Paris, anunciaram numa declaração conjunta que tomariam «todas as medidas necessárias» para garantir o equilíbrio e estabilidade do sistema bancário e financeiro. França, Alemanha, Itália e Reino Unido estiveram representados na mini-cimeira, que contou com representantes com o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia.»

Nem me interessa o que decidiram, mas a forma como o fizeram. Grande Europa a nossa. Quando há que tomar decisões já lhes basta chamar aqueles que realmente mandam, os grandes Senhores, aqueles que nos dizem o que temos de fazer. É o Espirito do "Tratado de Lisboa" a assombrar a Europa. Só não entendo porque não dizem de vez que Portugal deixou de ser um país para ser uma região autonoma (mas pouco).
Portugal fora desta Europa dos Bilderberg já.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

20 comentários:

  1. É espantoso como os arautos do regime dizem todos a mesma coisa.

    O Prof. Marcelo aconselhou ontem os portugueses a vender a casa. Esqueceu-se , talvez, de um detalhe impotante: o imobiliário sofre de grande iliquidez. Talvez que os seus amigos da Quinta da Marinha tenham facilidade em vender a casa, afinal não falta liquidez às fortunas pessoais das classes abastadas, mais que não seja à custa da descapitalização das empresas que dirigem.

    Porém, o zé povinho vai vender a casa a quem?!

    Não está nas mãos da finança (incluindo o BCE) a solução desta crise, isso é certo e seguro. Aqueles que achavam que iam construir a Federação Europeia à custa de engenharias financeiras estão, neste momento, a ter uma colheita bem amarga...

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  2. Vendemos uns aos outros!
    Compras a minha eu comprto a tua!
    Deve ser...

    Quanto ao resto da cambada deixam-nos de tanga....
    Enquanto deixarmos!

    beijos

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  3. Cuidado, meus caros. Apesar de tudo, são os quatro países que mais contribuem para o orçamento da UE - e podem ter a certeza que não são os culpados dos biliões que cá vieram parar directamente dos seus bolsos terem sido desbaratados. Além do mais, esteve presente o presidente da Comissão Europeia, pelo que, tecnicamente, não faltou ninguém.

    Agora, essa grande besta desse pseudo ministro das finanças europeu, essa aberração financeira do Presidente do BCE... Bem, não sei quem lhe ensinou economia, mas o homem deve estar um bocado embriagado... Não é através de aumentos nas taxas de juro que se obtém crescimento económico, e controlar a inflação ou tentar fazê-lo com as flutuações de preços das matérias primas mais importantes, como os metais, os cereais e energia, é tapar o sol com a tal peneirinha...

    Apesar disso, alguém devia ter a ideia luminosa de, na TV nacional, haver um programa semanal, tipo talk show com variedades e tal, que ensinasse de vez os portugueses de que não devem fazer créditos para comprar a torradeira, ir de férias ou comprar um telemóvel. Talvez tivesse a sua utilidade. Em relação às casas, o caso torna-se bastante mais grave, pois muitos jovens estão a pagar uma casa porque... precisam dela para morar. Ou então, íamos todos morar debaixo da ponte da Arrábida. Já no que concerne a carros, quem não pode ter um Mercedes tem um Seat. Quem não tem dinheiro para comprar novo, mantém o velho. E quem não pode ter carro, tem uma motoreta ou bicicleta. Há também, em locais muito seleccionados e restritos, transportes públicos. Habituem-se!

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  4. A maioria dos portugueses sobreendividaram-se para comprar casa, coisa era vista como um investimento. Alguém lhes explicou que estavam a investir em margens, isto é, no spread entre a valorização anual da casa e a taxa de juro? Ninguém...

    Até à bem pouco tempo, os bancos davam sinais errados aos seus clientes, empurrando-os para dívidas excessivas, mesmo quando o mercado imobiliário já estava em deflação! Tudo isto implementado por via dos chorudos bónus que os gestores de conta recebiam ao atingirem os seus plafonds de concessão de crédito. Como se pode depois dizer que a culpa é dos portugueses?! Devemos exigir que os verdadeiros responsáveis sejam julgados e condenados pelas vigarices que, com toda a impunidade, vêm cometendo.

    De resto, o mercado de aluguer não dá satisfação às necessidades das pessoas, seja em qualidade, seja em quantidade. Será que o trabalhador é culpado de querer viver numa habitação condigna? E será que o zé povinho, que paga a casa com o suor e/ou as dores de cabeça do seu trabalho, tem agora que expiar os desmandos do sector financeiro, sacrificando-se por uma culpa que é tudo menos sua?!

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  5. cirrus:
    Podem ser os maiores países, podem ser os que mais dinheiro dão para a UE (a Inglaterra ainda recebe), mas será que lhes assinamos uma folha em branco para decidirem por nós? Que eu saiba ainda não está em vigor o Tratado de Lisboa, esta UE ainda necessita de unanimidade. E essa de o Durão Barroso nos representar a todos só pode ser para rir. O homem é uma marionete desses donos da Europa pelo que só falam quando lhe mandam para dizer o que lhe dizem para dizer. Esta Europa não presta e não tenho vontade nenhuma de ter um Sarkozy e um Berlusconi a mandar em mim e em Portugal

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  6. Isto vai ser mta. fixe.
    Os bancos gamaram à grande com os especulativos spreds praticados. Esse dinheiro era real, não era lixo tóxico. Era e é, pago pela malta que tem os empréstimos.

    Ganharam muito, roubaram melhor.

    Os magníficos crâneos financeiros investiram em merda - os ditos tóxicos - e agora ficaram à rasca.
    Agora falta dinheiro, logo o que eles emprestarem, vai ser pago muito mais caro. E quem é que o vai pagar?
    Eles não vão baixar a percentagem do lucro, logo quem se fo... é sempre o mesmo!

    Entretanto os nossos representantes, eleitos por nós -não por mim - que passam a vida a alegar não haver dinheiro para n coisas importantes a nível de protecção social, por exemplo, vão abrir os cordões da NOSSA bolsa, para aguentar o business dos predadores bancários!

    P. Q. os Pariu!!!!!!!!!!

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  7. Como alguém já disse, "Muda-se alguma coisa para ficar tudo na mesma, ou melhor".

    Na missa dominical de MRS, coisa que não assisto, ele bem pode mandar as bocas quem entender e aconselhar a vender/comprar seja a casa, seja a tia. Há uma coisa que tenho a certeza, a vergonha dele não a pode vender pois já não a tem à muito, muito tempo, tempo !

    Um conselho, se me permitem. Encarem os avisos de MRS como momentos de humor, não levem nada a sério o que o dito cujo manda cá para fora ! Lembrem-se que este é o tal que até engana a sua própria sombra ! sinistro !

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  8. Kaos, o que disse foi pretendido como ironia, excepto a parte do desbaratamento. Mas, mesmo assim, penso que esses países têm o direito de fazer isto, em particular a Portugal, que foi comprado totalmente por eles, politica e económicamente.

    Por outro lado, alguém pensava que, ao fazer um empréstimo para uma casa, estava a fazer um investimento? Talvez um investimento pessoal, na perspectiva de ter um local onde ser feliz. Foram enganados? Não creio, mas aceito que alguém pense o contrário.
    Mas as famílias portuguesas não estão na bancarrota apenas por empréstimos imobiliários - algumas acumularam 15 empréstimos, para férias, telemóvel, automóvel, electrodomésticos, etc. Foram enganados? Sim, por si próprios, ao pensarem que eram ricos. Não eram.
    Quanto aos spreads, meus caros, é hora de cair na real, como dizem os irmãos do outro lado do charco. Alguém em seu perfeito juízo poderia pensar que um banco lhes emprestará dinheiro e perderá dinheiro com isso? Por favor, se alguém nasceu ontem tem um dia de vida e não pode assinar documentos legais! Se não, sabem ler. Leiam os contratos e vejam no que se metem.
    Pessoalmente, tenho apenas um empréstimo, para casa. Não tenho nem admito ter seja que empréstimo mais for. Nunca uso cartões de crédito e faço compras no local mais barato que encontrar. Em minha casa não há PlayStations nem 47 telemóveis. Tenho computador porque a empresa me empresta este, bem como telemóvel. E assim vou equilibrando o barco.
    A crise dos créditos não é só culpa de quem oferece (bancos), de quem consente e incentiva (Governo), mas também de quem aceita e assina de cruz (povo). Todos temos culpa, e aqui assumo a culpa também porque sou do povo, embora não tenha caído na esparrela tão flagrantemente. Mas a responsabilidade é social.
    Tal como para os votos nas eleições - estou farto de pessoas que dizem que o povo meteu lá o Sócrates, mas eu não, eu votei em fulano e em sicrano - vai-se a ver, ninguém votou no Sócrates e foi tudo uma enorme fraude! Basta! Se queremos viver em sociedade, temos de agir em sociedade, e assumir os erros sociais como também nossos, porque não espalhamos suficientemente bem a palavra de aviso.
    Estamos a pagar (também, não só)pelos nossos erros.

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  9. "Se queremos viver em sociedade, temos de agir em sociedade, e assumir os erros sociais como também nossos" (cirrus)

    E os 40 milhões de euros que saem todos os dias de Portugal, cirrus, onde é que os vai buscar? Isso drenou, nos últimos anos, o capital para fora do país, e agora está, na última fase da doença, a drenar a liquidez!!! A solução que sugere -- socialização dos custos da crise financeira -- não vai resolver nada, o problema financeiro é sintoma, não causa. Não são os gastos do povo, por si só, o problema, se o país produzisse tanto quanto importa, esse consumo era mais que necessário.

    O problema do nosso país é estrutural, económico. Lamento dizer-lhe mas, se os mercados financeiros não normalizarem rapidamente, só uma política económica independente, com moeda própria e retorno às barreiras alfandegárias, poderá salvar o país da perder todo o escasso capital que ainda por cá circula... E mais não digo, pois daqui a pouco estão-me a chamar gonçalvista!

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  10. Ninguém o chamará de nada, ou pelo menos eu não o chamarei. Percebo o seu ponto de vista e concordo inteiramente, mas a minha questão permanece a montante da fuga de capitais: para esses capitais existirem, alguém teve de o fornecer, ou seja, o povo português. É nessa perspectiva que penso que todos temos, mais ou menos, a nossa quota parte de culpa, uma vez que, ao invés de gerirmos o nosso dinheiro, o demos a ganhar a alguém sem o mínimo esforço. Agora, teremos de viver com isso na consciência e na economia, provavelmente.

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  11. -Cirrus:~Que idade tens meu menino?

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  12. Já fui menino, rapaz.

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  13. -Não leves a mal era só para ter uma ideia aproximada do porque de certas afirmações de tua parte. É que dá a nítida sensação de que ou és demasiado jovem ou estas no País há muito pouco tempo e desconheces por completo realidade dos anos da Revolução e do pós revolução.
    aferreira

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  14. Meu caro, o meu conhecimento dos anos pós-revolucionários são tão extensos como qualquer outro português de cultura mediana. Não é por aí. Admito não ter idade para a política activa nesses anos, pois era demasiado novo. Já era vivo, sabia que se passava algo de importante, mas não me preocupava muito com isso, mas mais em me divertir, o que não é incomum nessas idades. Mas não se preocupe, aprendi muito com as histórias que ouvi aos meus familiares, incluindo a morte do meu avô materno às maõs da PIDE nos seus ignóbeis calabouços, só por pertencer ao PCP. Também eu, por perder alguém querido por obra e graça do antigo Regime, podia reclamar autoridade moral. Não o faço. Entendo que cada um deve interpretar os acontecimentos à sua maneira. Se calhar, o meu amigo esteve num dos lados da barricada e conta a sua história, e outros, que não o meu caso, diga-se, estiveram no outro lado da barricada e poderão contar outra história. Como disse, o meu conhecimento desse período, e, de forma mais geral de toda a história de Portugal é o comum para um português informado e atento à sua História. Se calhar, como a História é o meu hobbie, um pouco mais que os outros.

    PS: continuo a pensar que os portugueses entraram de caras numa crise consumista, e deviam, ao invés dos seus governantes, parar para pensar um pouco. Se eu o fiz e não sou assim tão velho nem sábio, não percebo porque quem é velho e sábio não o fez. Não estou a falar de si, obviamente, mas da generalidade do meu povinho lorpa que comeu com aquilo que não tinha.

    Não levar a mal a expressão "meu menino" é coisa que não me pode pedir, mas não guardo rancores.

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  15. -Se a História é o teu hobbie como dizes anda muito mal deves andar com a história pela baixa.ehehehhe Isso de teres perdido um familiar ás mãos dos esbirros da PIDE não te dá qualquer autoridade só te podia era dar um pouco mais de cuidado e responsabilidade na analise das questões histórias/sociológicas do teu país e do teu Povo Talvez devesse perder um pouco mais de tempo na biblioteca a com os jornais de 1975 até a integração Europeia e talvez mudasses de opinião quanto aos responsáveis pelo estado a que isto chegou. As promessas e as ilusões a o Oásis o pelotão da frente somos um país desenvolvido a Europa acima a Europa abaixo o PCP tem um discurso miseravelmente etc e tal era a conversa do média e dos partidos de sistema depois deu no que deu; e o Zé povo é que tem culpa de não ser prudente de lha até te posso dizer que nos quando o sr. Silva foi º ministro uma das propagadas do seus governo era que a taxa de poupança em Portugal era maior que a média europeia e para um maior desenvolvimento económico havia que incentivar o consumo.
    e por aqui me fico

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  16. quem diria
    que "isto"
    ia chegar a este ponto!
    Volta Vasco
    e dá umas lições
    sobre nacionalizações
    à malta.
    eheheheheh

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  17. Mais dados que demonstram por que razão o país não produz o suficiente para o seu consumo:

    Construção e obras públicas: 79.4% de empregos em 2008 rel. a 2000.
    Indústria: 79.3% de empregos em 2008 rel. a 2000.
    Comércio (retalho): 114.3% empregos em 2008 rel. a 2000
    Serviços: 99.7% de empregos em 2008 rel. a 2000.

    Este foi o brilhante resultado de 8 anos da política dos 3% de Durão Barroso + Santana Lopes + José Sócrates.

    (Dados do INE).

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  18. Meu caro AFerreira

    Com certeza não me está a dizer que só a sua versão da História é a verdadeira. Talvez seja isso mesmo que me está a dizer, mas não creio. Quem assim tantas certezas consegue alardear, bem ao estilo "nunca me engano e raramente tenho dúvidas" normalmente, uns anos depois, se verifica sem qualquer autoridade moral seja para o que for. Assim sendo, continuo, se não se importa, seguro das minhas qualidades de observador atento e leitor assíduo, e continuo também, e também com sua autorização, a emitir e a manter a minha opinião anteriormente manifestada.

    Se tenho dúvidas em relação ao que disse antes, não é pelo modo peremptório e definitivo como o meu caro amigo afirma a minha ignorância, antes pelo facto de conhecer os meus limites de sabedoria e análise, o que, para alguns, é difícil. Por outro lado, medir a democraticidade de uma pessoa e o seu entendimento dos assuntos vários aqui abordados pela sua idade não me parece, em si mesmo, abonar em favor de quem se advoga arauto da democracia, ao escrever num blog tão amplo à discussão como este. É necessária uma certa dose de arrogância para tal, não certa dose de democracia. Entendo a liberdade de expressão como a livre escolha de cada um, desde que seja responsável, também, pelo que afirma ou aventa. Como tal, cada um de nós fica com a sua responsabilidade e opinião. O que não tenho como adquirido é o facto de o meu caro amigo ser mais sábio que qualquer outra pessoa que aqui escreva, ao ponto de emitir a sua opinião livremente, e até aqui tudo bem, para, de seguida, axincalhar a opinião dos outros, ao estilo atrás referido do nosso estimado Presidente ex-Primeiro.
    Reafirmo a minha opinião, além de todos os erros económicos dos sucessivos governos deste país e da União, o povo português foi descuidado e assomado por uma febre de novo-riquismo que também, (também, note bem, pois parece não ter lido os outros posts na íntegra) foi responsável pela sua actual situação de sobre-endividamento. Penso que ninguém apontou armas à cabeça de ninguém na altura de fazer contratos.

    Abraço

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  19. -Sábio, eu!?-Não caro amigo não sou. -Embora gostasse de ser...só lhe sugeri que lesse alguns jornais dos anos 75 até a adesão a CEE e nos seguintes até ao fim do Cavaquismo ou melhor até à tanga.
    -Ter opinião cada um tem a que quer~! É como a água benta.
    -Só não é sinónimo de ter razão.Comigo incluído claro só que estou sempre disposto a rever as fontes e a fazer comparações das versões da história a como a viva também a ter opinião muito própria sobre o assunto em analise. -Quanto a ninguém ter apontado uma arma apontada a cabeça: Nisto tenho as minhas duvidas é que existem vários tipos de armas e a mais eficaz é a arma da propaganda da mentira e do embuste de que certos senhores e seus aspirantes se serviram e "SERVEM" para intoxicar o Zé pagode.
    um abraço
    aferreira

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  20. Então estamos de acordo, não há razão para discussões - temos opiniões diferentes quanto à culpa do povo endividado. Não há problema, por isso é que a liberdade de expressão existe.

    Abraço.

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