quinta-feira, abril 30, 2009

Raças Perigosas XXIV - Vieira da Silva

 Raças Perigosas

Após cinco anos de debate e negociações, a União Europeia decidiu abandonar a directiva que permitia alargar o horário semanal até às 65 horas. Em causa estava uma norma muito polémica que permitia alargar o horário semanal das 48 horas para as 65, desde que houvesse acordo entre o empregador e o trabalhador (“opt-out”).
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, lamentou a falta de acordo entre o Parlamento Europeu e União Europeia sobre a revisão da directiva do tempo de trabalho."Considero uma má notícia".
Na mesma linha, o secretário-geral da UGT também lamentou a ausência de consenso, mas valorizou o facto de não se ter chegado a um acordo penalizador para os trabalhadores. "O parlamento não cedeu e os governos também não", disse à Lusa João Proença.

O ministro que deve representar o interesse dos cidadãos do seu país e o que se diz representante de trabalhadores portugueses, lamentam ambos que não se tenha aprovado o alargamento do horário semanal até às 65 horas. Numa altura em que vivemos o flagelo do desemprego lamenta-se que não se possa forçar alguém a trabalhar perto de onze horas por dia. Eu tinha vergonha.

A callgirl

 Callcenter

Não sei quem anda a criar a imagem do PSD para as eleições, mas não me parece que andem a fazer um bom trabalho. Primeiro um cartaz negro com a cara da Manelinha e agora um outro em que a transformam em rapariguinha de callcenter. Sei que o seu discurso e as suas asneiras não merecem muito mais, mas aqui deixo uma proposta bem mais apelativa. Callgirl, por callgirl, mentira por mentira, mais vale esquecerem a ideia da verdade e da competencia que todos sabem não corresponder á verdade. Aqui fica a minha sugestão de cartaz para a sua campanha que, embora não lhe garanta a vitória, pelo menos seria bem mais divertida que a actual.

PS: Quando vai o PSD começar a mostar o seu candidato às europeis nos cartazes? Está com vergonha?

quarta-feira, abril 29, 2009

Fantasmas do passado

 Vampiros

Passei de relance pelo prós e contras desta semana, e lá estava ela, a Leonor Beleza. Fez-me lembrar do seu tempo de Ministra da saúde e senti um arrepio na espinha. Há fantasmas que nunca poderemos exorcisar, não há?

Blocos e Alianças

 menage a trois

Questionada sobre o cenário em que se sentiria mais confortável para as eleições, se numa aliança do PSD com o CDS-PP ou num novo bloco central com o PS, Manuela Ferreira Leite colocou como condição para qualquer entendimento acreditar «que a conjugação de esforços e de interesses - interesses no sentido do país - são coincidentes».
Entretanto, em declarações à agência Lusa feitas na sequência da entrevista à SIC, Manuela Ferreira Leite considerou que a hipótese de admitir um Bloco Central é «É uma interpretação abusiva porque como é sabido sempre recusei a hipótese de um governo de Bloco Central».

Se é abusiva então eu abuso.

terça-feira, abril 28, 2009

Ruptura

 POUS

A partir de hoje e até à véspera das próximas eleições este blog, ou seja eu, deixará de ser desalinhado e vai apoiar a campanha do POUS às Europeias. Revejo-me na ideia da proibição dos despedimentos. Acredito que o Estado deve assumir a nacionalização e a viabilização das empresas em defesa do emprego. Quantos despedimentos poderiam ter sido evitados se os milhares de milhões enterrados na Banca, nos BPN, no BPB, estivessem a ser utilizados na defesa do emprego? Utilizados, para evitar o desespero da pobreza para mais de meio milhão de Portugueses, para evitar o desmantelamento do que ainda resta do sistema produtivo do país.
Revejo-me também no darem voz a um grupo de cidadãos (a RUE), que defende a Ruptura com a União Europeia. Mais de 70% da nossa legislação já se apoia em directivas comunitárias. É a instituição política em que menos os cidadãos têm direito de escolha e é aquela que define a ideologia pela qual nos regemos. Que nos diz que temos de viver num estado com uma política económica capitalista e liberal. Por tornar impossível a um partido que não defenda essas políticas aplicar as suas idéias económicas e sociais. Não nos é possibilitado o direito de escolhermos o nosso caminho. Só a ruptura com esta UE nos devolverá a liberdade de escolha. Apoio o POUS nestas eleições porque propõe uma efectiva ruptura com o sistema.

Quanto ao dia das eleições ainda me balanço sobre o voto no POUS, ou apostar na abstenção. Em nenhum caso farei grande dano ao poder, mas algum fará certamente. Com que legitimidade ética, poderiam defender a legitimidade representativa de um parlamento europeu, se oitenta ou noventa por cento dos cidadãos não votarem nestas eleições? O medo que mostraram dos referendos para a Constituição Europeia e a chantagem tremenda que estão a fazer sobre o povo Irlandês por a ter chumbado, no único caso em que não puderam evitar que se fizesse, mostra que não é a democracia nem a vontade dos cidadãos aquilo que mais os move. Depois direi aqui qual será a minha opção de voto.

As mordaças do PSD

 Cala-te

“O PS, pela terceira vez, tenta pôr uma mordaça em opiniões diferentes: foi a mordaça do candidato Vital Moreira, a mordaça do ministro Santos Silva e a mordaça do ministro Mário Lino. Curiosamente os três têm um passado de cultura democrática ligado ao comunismo e ao trostkismo, consoante os casos, que fala por si.
Paulo Rangel responde assim ao ministro Mário Lino que hoje o acusou de ter uma visão salazarenta dos investimentos públicos.

De cada vez que a Manuela Ferreira Leite abre a boca, (normalmente não entra mosca), já todos sabemos que perde votos. Agora é a vez do Paulo Rangel mostrar que também ele fazia melhor em estar calado. Um partido que pouco mais tem feito que criticar o governo não pode acusar de o quererem amordaçar de cada vez que esse governo o critica a ele. Não lhe fica bem e é assustador pensar que se ele chegasse ao poder muito provavelmente acabaria por ter uma relação ainda mais difícil com a critica que aquele que têm os Socretinos. Também o bolorento Salazar considerava que a critica só podia ser resolvida com mordaças e esta resposta do líder parlamentar do PSD é triste. Tão triste como a figura que o seu partido anda a fazer.
Com gente desta, a que nos governa e a que nos quer convencer que são alternativas estamos bem tramados. Está na hora de mudar, não só na cor do partido do governo, mas sim também nas políticas. Há que devolver este país aos cidadãos e acabar com a pouca vergonha desta politica de compadrios, em que os ricos cada vez ficam mais ricos e todos nós cada vez mais pobres. Há que recusar as políticas europeias que nos condenam a obedecer a um liberalismo que nos conduziu a esta crise e ao desespero das filas de desempregados. Há que mudar, mas mudar realmente de opções para este país.

segunda-feira, abril 27, 2009

O Santinho casamenteiro do Bloco central

Bloco Central

O próximo governo poderá não ser de maioria absoluta. O cenário foi ontem reconhecido, implicitamente, pelo Presidente da República, que deixou um apelo: "As forças políticas devem ter presente que sobre elas recai a grande responsabilidade de encontrar soluções de governo, e que essa responsabilidade é particularmente acentuada nos tempos difíceis que o País atravessa."
No discurso na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento, Cavaco Silva aconselhou "consensos entre os partidos estruturantes da nossa Democracia [Bloco Central]" em torno de temas como o emprego, a segurança e o combate à corrupção. E frisou: "Os portugueses estão cansados de querelas político-partidárias que nada resolvem."

O Sr. Silva parece que continua com a sua velha ideia de fazer um governo do Bloco Central. Criar uma maioria absoluta, garantida por várias legislaturas, e que possa realizar a vontade da Manelinha de colocar a democracia em banho-maria durante esse tempo. Assim poderiam fazer tudo o que desejassem, alterar a Constituição e acabar de aplicar o liberalismo capitalista neste país. O Salazar também começou a sua nefasta obra falando da necessidade de acabar com as querelas político-partidárias. Ainda me lembro bem de qual foi o resultado.

o poder dos Poderes

Os poderes

Em Portugal vivemos naquilo a que se chama uma Democracia Ocidental. Temos direito a votar e a escolher entre dois sósias apresentados pelos poderes. Para muitos o pior de todos os sistemas à excepção de todos os outros. Esta, aquela que temos, pode ser uma democracia, mas é certamente uma democracia gerida por cartéis que possuem o monopólio dos poderes. O poder financeiro que criou e controla o 4º poder, o da informação, o da televisões, que por seu lado nos “convence” que é normal só podermos escolhermos o poder politico nas alternativas que nos impõem, poder politico esse que comanda o poder da força e cada vez mais controla o poder da justiça. É por isso que o poder financeiro acaba a controlar o poder legislativo, a fazer as leis ao seu gosto e ao seu serviço.
A democracia devia ser muito mais que isso, devia possibilitarmos verdadeiras escolhas, sem condicionalismos, uma democracia implacável contra a corrupção e as trafulhices, uma democracia sem nódoas que a conspurquem. Os poderes ao serviço de uma democracia que seja verdadeiramente a escolha livre dos cidadãos, uma democracia em que o governo seriamos todos nós. Uma democracia em que todos tenham direitos iguais e iguais oportunidades.

domingo, abril 26, 2009

Mudar é urgente

Os dias do fim

Na ressaca do 25 de Abril, mas na realidade de um Portugal em queda livre, a urgência de mudar para travar um fim que se aproxima rapidamente, há que mudar a forma como gerem este país e a passividade com que assistimos a tudo isto. Não há inevitabilidades, nem destinos traçados. Não nos resta só esperar bovinamente que nos conduzam ao cadafalso. Temos de mudar o sistema, a nossa forma de vida. Voltar a viver para as pessoas e não para o consumo, para o “ter”. Vamos voltar a ser pessoas numa sociedade mais solidária e mais empenhada em ser feliz. Vamos dar uma nova oportunidade à alegria de viver.

O Bailinho de Lisboa

 Coligação em Lisboa

Ele vem aí de novo para nos assombrar. Eu que moro aqui mesmo ao lado de Lisboa, que é aí que trabalho, a que chamo a minha cidade, nada posso fazer para o impedir porque não é aí que voto. Peço por isso aos "Alfacinhas"; Não o deixem ganhar.

25 de Abril. A urgência de o refazer de novo

 A morte do cravo

Saudades tão grandes daquele dia lindo que vivi em 1974. O querer voltar a sentir a liberdade e a solidariedade desses tempos. A certeza de nunca desistir de o poder viver de novo. Resistir é possivel, vencer também.

sexta-feira, abril 24, 2009

Corrupção - Prós e Contras

 Enriqyecimento Ilicito

O vice-presidente do Partido Social-democrata (PSD) acusa os partidos, incluindo o PSD, de estarem a seguir o caminho mais fácil ao falarem do combate à corrupção, num ano de eleições. Rui Rio lamentou ainda, esta quarta-feira, que o seu partido tenha apanhado o comboio da demagogia. «Estamos a falar de uma matéria muito importante que é a luta contra a corrupção, por um lado, e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos».
Confrontada com as críticas de Rui Rio, Manuela Ferreira Leite disse que, se existe alguém que está a usar o combate à corrupção de maneira demagógica, não é com certeza o PSD.

Porque será que Rui Rio considera que combater a corrupção é demagogia? Sabe ele alguma coisa que nós não saibamos? Tem ele medo de alguma coisa?
É verdade que estamos em ano eleitoral, é verdade que quando não o era, os partidos do poder recusaram combate-la, mas não devemos aproveitar este “momento de fraqueza” dos políticos para ganhar alguma coisa? Depois das eleições tudo mudará, seja na luta contra a corrupção seja nos “apoios á crise”. Depois vai-nos cair a realidade em cima e lá virão mais impostos e mais ataques às nossas liberdades e direitos. Não o direito que fala o Rui Rio de alguém não ter de justificar como ficou subitamente rico, mas os direitos a sermos considerados cidadãos e não simples números fiscais ou resultados de estatísticas.
Outra questão é saber porque se considera a Manuela Ferreira Leite diferente dos outros se nós, que já a conhecemos bem das vezes em que foi Ministra da Educação e das Finanças sabemos bem aquilo que é e vale.

Ser ou não ser, eis a eleição

 12º ano

À margem do fórum Novas Fronteiras sobre Educação, Maria de Lurdes Rodrigues garantiu ao Expresso que neste momento tornar obrigatório o 12º ano "seria um erro, prejudicaria as famílias, os alunos, e não se conseguiria concretizar".
Maria de Lurdes Rodrigues invoca a falta de condições sociais adequadas. "Há muitos jovens que tiram o 9º ano e vão trabalhar para enfrentarem as dificuldades das famílias" e por isso, defende, "o país deve primeiro preparar o sistema de ensino e preparar as famílias e fazer o alargamento da acção social". Só depois, "se verificarmos que ainda assim é necessário, é que o faremos". E deixou em aberto, com um lacónico "vamos ver", a possibilidade de alguma vez o Partido Socialista voltar a ter esta proposta como bandeira sua.
14-Set-2008

“O Governo apresentará ao Parlamento a proposta de lei que passa de 9º para 12º anos a escolaridade obrigatória. Isto significará, para todos os jovens até aos 18 anos, a obrigação de frequência da escola ou do centro de formação profissional”, afirmou hoje Sócrates durante o debate quinzenal na Assembleia da República.

Afinal quem tem razão, o Engenheiro Empinocado que diz que é possível e benéfico para as famílias ou a Sinistra Ministra que disse ser um erro, que prejudicaria as famílias e os alunos, e que não se conseguiria concretizar. Será que o discurso muda de acordo com a proximidade de eleições e com o oportunismo político ou será que em meia dúzia de meses o país melhorou tanto que já existem condições para o fazer?

PS: O Governo estimou hoje em cerca de 30 mil o aumento do número de alunos no ensino secundário tendo em conta o alargamento da escolaridade obrigatória e garantiu que instalações e professores são actualmente suficientes para suportar este crescimento.
“Eu não consigo entender porque a quantidade tem de ser inimiga da qualidade, nós produzimos, por exemplo, Jaguares em grande quantidade e são todos de óptima qualidade. Não é por produzirmos mais um ou mais dois que eles pioram a sua qualidade”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues

Produzimos Jaguares? Aumentar o numero de alunos nas turmas não diminui a qualidade? Compara a construção de carros ao ensino de alunos? Uma aula é uma linha de montagem de crianças?

quinta-feira, abril 23, 2009

Quando o crime se tornar legal

 Legalizar o crime

A Comissão Europeia tem, desde 1999, um projecto para incluir a economia paralela na contabilização do PIB, o que vai fazer com que actividades como a prostituição ilegal, o tráfico de droga, o jogo clandestino e o contrabando passem a contar como riqueza.
Já em 2006, quando a Grécia, com um procedimento por défices excessivos, decidiu rever as Contas Nacionais de forma a incluir várias actividades informais ou mesmo ilegais. O resultado foi um crescimento de 25% do PIB, que diluiu o défice e fez as delícias da imprensa internacional. O britânico Guardian ironizava com a situação dizendo que "O PIB grego sobe 25% com uma ajudinha das prostitutas". O Eurostat acabou por validar as contas.

Se o contrabando, o tráfico, o jogo e a prostituição contarem nas estatísticas como riqueza e resolver os problemas do défice, qual será o estado que a vai combater? Antes pelo contrário, vão dizer aos polícias para virar as costas e esperar que todos os bandidos do mundo escolham o seu país para viverem e fazerem as actividades ilegais.
Depois desta, só falta que, de cada vez que alguém nos roubar a carteira, também isso seja considerado como uma transacção e, se o ladrão for apanhado, em vez de ser preso lhe cobrem o IVA. Só falta mesmo é legalizar a actividade criminosa. Está tudo louco?

 Legalizar o crime

Procriação fastasgoricamente inaugurada

 Instalações fantasmas

A ministra da saúde, Ana Jorge, inaugurou, na passada segunda-feira centro de procriação medicamente assistida da maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Isto seria normal se este centro já não estivesse em funcionamento há mais de um mês, embora ainda não tenha efectuado nenhum tratamento por não existir nenhum médico a prestar ai serviço. Será que a Ministra não terá nada melhor para fazer que inaugurar instalações onde só podem procriam fantasmas?

quarta-feira, abril 22, 2009

Ilusão paritária

 Troca de deputados

O vice-presidente da Assembleia da República e deputado do PSD, Guilherme Silva, terá dito que «há duas candidatas que não vão assumir funções no PE, pelo que (o representante da Madeira), Sérgio Marques será 6º e, como tal, a sua eleição não estaria em causa».
As duas deputadas são Teresa Morais e Regina Bastos que, alegadamente, estarão incluídas na lista europeia do PSD em lugares elegíveis (3ª e 6ª posições), devido à «célebre Lei da Paridade» que obriga à inclusão de uma mulher por cada três homens, poderão vir a renunciar aos respectivos mandatos, o que assegura que o social-democrata madeirense (que estará em 8º lugar) tenha a sua eleição directa assegurada para o PE.
Num comunicado distribuído no Funchal pelo o Governo madeirense garante não existir qualquer acordo «sobre eventuais substituições posteriores na lista de candidaturas sociais-democratas ao Parlamento Europeu (PE)», como referia a notícia do Público.
Entretanto, o deputado madeirense desistiu da corrida para um terceiro mandato no PE, ao que Alberto João Jardim disse «um não quer ir, vai outro. A única pessoa importante neste partido sou eu».

Coitadas das Senhoras que, se agora renunciarem aos mandatos provam a trafulhice do PSD para contornar a lei. Como não acredito que o Bicho da Madeira aceite não ter um deputado em lugar eleito, outro qualquer vai ter de o fazer. Ficamos à espera para, depois das eleições, ver quem é o escolhido? (Com a falta de vergonha desta gente ainda acabam mesmo por ser as Senhoras a ficar em terra).

Waterboarding

 Tortura afogamento

A CIA submeteu 183 vezes o "cérebro" dos atentados do 11 de Setembro, Khalid Cheikh Mohammed, à simulação do afogamento (Waterboarding). Segundo uma nota interna do Ministério da Justiça com data de 2005, divulgada esta segunda-feira pelo New York Times, um outro membro da Al-Qaida, Abou Zoubaydah, sofreu a mesma técnica por 83 vezes, revela a mesma nota.
O presidente norte-americano, Barack Obama, garantiu quinta-feira que o pessoal da CIA que conduziu estes interrogatórios musculados no âmbito das orientações secretas da agência não será processado.

Quando ouvi dizer que tinham submetido o “cérebro” dos atentados de 11 de Setembro, à simulação do afogamento, pensei logo: - Não me digam que torturaram o Bush? Depois lembrei-me que falavam de cérebro e por isso não podia ser ele.
Um pouco mais a sério ainda não me convenceram que os responsáveis pelo 11 de Setembro foram essa gente com nomes esquisitos e que não houve nenhuma participação de quem queria fazer aprovar leis patrióticas, ir “beber” do petróleo Iraquiano e encontrar uma justificação para poder fazer aquilo que lhe apetecesse, sempre que lhe apetecesse, onde lhe apetecesse. Essa gente tem none e governou o país que se apregoava de paladino da liberdade e dos direitos humanos.

terça-feira, abril 21, 2009

Rangel Detritus

 A Zaragata

Goscinny e Uderzo deixaram-nos personagens fantásticos e lembrei-me logo do “Tellius Detritus”, aquele homenzinho que, onde estava, conseguia acabar com a concórdia, uma espécie de Éris, (Deusa da discórdia). O nosso Rangel Detritus não lhe chega nem aos calcanhares.

Pesos pesados

 O duela

Seria um erro muito grave, verdadeiramente intolerável, que na ânsia de obter estatísticas económicas mais favoráveis e ocultar a realidade se optasse por estratégias de combate à crise que ajudassem a perpetuar os desequilíbrios sociais já existentes ou que hipotecassem as possibilidades de desenvolvimento futuro e os direitos de gerações mais jovens”, disse hoje Cavaco Silva.

O que o país não precisa é da política do recado, do remoque, do pessimismo, do bota-abaixismo, da crítica fácil”, respondeu José Sócrates

E se fossem os dois comparar as “pilinhas” para outro lado?

segunda-feira, abril 20, 2009

O poder e a inveja

 Pictures at na exebition

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que o seu homólogo americano é inexperiente, (Barack Obama «nem sempre é firme na tomada de decisões nem é eficiente»), que o primeiro-ministro espanhol, Zapatero, não é muito inteligente (“Pode ser que Zapatero não seja muito inteligente”) e que a chanceler alemã não sabe o que fazer para acabar com a crise financeira mundial, («não teve outra hipótese senão seguir a minha posição» quando viu o estado da banca alemã).

Para o Times (conservador), “Sarkozy está irritado com a adulação que goza um dirigente norte-americano sem experiência, cuja popularidade eclipsou a sua reputação de salvador do mundo”.
in: Correio do Minho

O pior é que ele é perigoso e ruim.

Olhem quem fala

 Responsabilidades

Cavaco Silva advertiu que os escassos recursos do país não devem ser gastos em opções que deixam "tudo na mesma". "Muitos dos que beneficiaram do status quo - e que tiveram um papel activo nesta crise financeira - continuam a ser capazes de condicionar as políticas públicas, quer pela sua dimensão económica quer pela sua proximidade ao poder político".

Olha quem fala, o Senhor que fomentou em Portugal o compadrio e criou o sistema que se revelou ser o catalisador da crise que hoje vivemos. Foi no seu reinado que os milhões que a União europeia descarregava todos os dias em Portugal foram parar nas mãos só de alguns, das obras publicas que não contribuíram em nada para o futuro do país, da criação de “banqueiros” hoje suspeitos das maiores fraudes e roubalheiras, do desmantelamento da industria e da agricultura, da criação da promiscuidade entre publico e privado, do liberalismo “sem eira nem beira”. Este Silva devia era calado de vergonha e, se tivesse alguma consciência das suas responsabilidades pedir a demissão de um cargo para o qual não mostra ter aptidões nem a capacidade moral par exercer. O actual governo não é mais que a continuação daquilo que ele criou e o Engenheiro um corolário lógico das suas politicas.

domingo, abril 19, 2009

A vida é bela

Violinista

"Sempre que da análise da informação patrimonial disponível, nos Serviços de Administração Fiscal, se constatem variações patrimoniais que excedam a declaração de rendimentos efectuadas, e se esse excesso for igual ou superior a 100 mil euros, dará origem a um procedimento de acesso directo às contas bancárias dos contribuintes em causa", revelou o ministro das Finanças no final da reunião do Conselho de Ministros. A proposta do Governo, que entrará em vigor para os rendimentos de 2010, contempla ainda um regime de tributação agravada, com uma taxa de 60 por cento, para o enriquecimento patrimonial injustificado.

Vou tentar pensar alto. Em relação ao levantamento do sigilo bancário continua tudo como estava só podendo ele ser feito pelas finanças e nunca pela investigação policial. Se há enriquecimento ilícito quer dizer que ele foi conseguido com recurso a um crime. Tudo o que esta proposta faz é o estado dizer que se descobrir que esse crime foi cometido, e só nos casos de ser superior a 100 mil euros, saca-lhe 60% do dinheiro do roubo. O “bandido” pode mesmo assim ficar com o resto sem se ter de preocupar com a justiça. Uma espécie de ladrão que rouba a ladrão.
Se é esta a forma que dizem combater a corrupção bem podem limpar as mãos à parede pois só provam que vale a pena ser aldrabão que a impunidade está garantida.

Pigs in the Educação

Marretas Pigs in teh space

No final de mais uma ronda de negociações com os sindicatos, Jorge Pedreira acusou a Fenprof de estar empenhada em manter o conflito com o Ministério da Educação e mantenha a manifestação dos professores prevista para 16 de Maio. «A Fenprof disse hoje que iria consultar os professores sobre as propostas do Ministério da Educação. O que me parece é que não se trata de uma consulta, mas de publicitar uma recusa à partida»

Aproveito para continuar com mais um pouco de “Marretas”, aqui com os famosos “Pigs in the Space” na versão “Sinistra Educação”:
Qual espera este governo que seja a atitude dos professores depois da maneira com este governo e esta gentinha que dele faz parte os tem tratado e depois de ver impor um estatuto da carreira docente sem qualquer respeito pela carreira dos professores.

"Admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública"
(Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006)
"Vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos"
(Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008)
"Caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil"
(Jorge Pedreira, Novembro/2008)
"Quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!"
(Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008)
"[Os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!"
(Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008)

sábado, abril 18, 2009

Sem eira nem beira

 Sem eira nem beira

Como estão na moda ,hoje temos poesia.

Sem eira nem beira
Xutos e Pontapés

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

Para ver o video, clique [AQUI]

Trabalho em horas extraordinárias

 Fuga para Vabo Verde

Joaquim Coimbra, accionista de referência da SLN, detentora do BPN, garantiu desconhecer a existência do Banco Insular, explicando que quando ouvia a sigla BI pensava que se referia a «Bilhete de Identidade».

Ricardo Pinheiro, ex-director de operações do BPN e actual quadro do banco Sol, em Angola, admitiu no Parlamento que “de facto, quando a Operação Furacão entrou no BPN, os arquivos contendo toda a informação de clientes com contas em offshores já tinham sido retirados e estavam preparados para ser enviados para Cabo Verde”.
Ao que o CM apurou, o BPN foi avisado das buscas por telefone. Nesse mesmo fim-de-semana, accionou um conjunto de funcionários que retirou a papelada da sede do banco. Ricardo Pinheiro explicou aos deputados que foi um dos elementos do banco que participou no processo de remoção, avançando que “o processo ocorreu em várias estruturas do banco em vários pontos do país”.
Ricardo Pinheiro garantiu ainda que a ordem foi dada por Oliveira Costa, “na sequência da decisão do conselho de administração”. “Eram documentos que tinham a ver com BPN Cayman e BPN IFi e processos de clientes que tinham contas em estruturas offshore”, referiu o bancário.

Um diz-nos que quando ouvia falar de problemas no BI pensava que Oliveira e Costa estava a falar do Bilhete de Identidade, outro que participou no envio de documentos para Cabo Verde quando foram avisados de uma busca da Policia Judiciária.
Será que não há motivos para mais ninguém ir preso? Quem telefonou a avisar? A falta de supervisão e a possibilidade que os bancos tinham e ainda têm de fazer trapalhadas é fantástico e mais fantástico ainda é que não vamos ser feito nada para que as impedir. A quem dá jeito este estado de coisas? Quem beneficia com isso?

sexta-feira, abril 17, 2009

Marretas - Cozinheiro Sueco

 Cozinheiro sueco

O Banco de Portugal reviu hoje em forte baixa as suas estimativas para a economia nacional em 2009.

Item

Projecção actual

Projecção anterior

PIB

-3,5%

-0,8%

Consumo Privado

-0,9%

+0,4%

Consumo Público

+0,4%

-0,1%

Procura Interna

-3,5%

0,0%

Exportações

-14,2%

-3,6%

Importações

-11,7%

-1,0%

Inflação Harmonizada

-0,2%

+1,0%

Fonte: Boletim Económico de Primavera do Banco de Portugal

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, adiantou ainda que a actual crise está a colocar todas as previsões num clima de grande incerteza em particular no que toca ao investimento, mas também à redução do consumo em 0,9 por cento.«Esta diminuição registar-se-á apesar de continuarmos a prever um aumento real de cerca de dois por cento do rendimento disponível médio das famílias portuguesas», adiantou.

Como fiz recentemente os “Velhos Marretas do PSD” apeteceu-me fazer mais um boneco e coube a vez ao “Cozinheiro Sueco” aqui na versão Vítor Constâncio. Como ele este também fala muito embora este se engane muitas vezes na quantidade dos ingredientes da receita.


A elite laranja

 PSD

Mais uma bela prenda do amigo José Lima para o WeHaveKaosInThegarden. O meu muito obrigado.

A vingança

 Apertar o cinto

«Ribeiro e Castro ficou fora da lista de candidatos do CDS às eleições europeias, mas Paulo Portas prometeu ao ex-presidente do partido "um lugar de destaque" nas listas à Assembleia da República.»
[Correio da Manhã]

Logo agora que os Euro deputados se auto-aumentaram quase para o dobro, (os eurodeputados portugueses vão passar de 3815 euros mensais para os 7665 euros), o Paulo Portas vinga-se do Ribeiro e Castro, obrigando-o a voltar à pobreza de deputado da Assembleia da Republica. Coitadinho.

quinta-feira, abril 16, 2009

E agora Senhores Doutores e Engenheiros?

 Pobreza e libertario

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, garantiu esta segunda-feira que as escolas resolvem todos os casos de carência alimentar que identificam.

Abrir as cantinas escolares durante as férias para garantir uma alimentação equilibrada a crianças carenciadas é uma das propostas da Direcção-Geral da Saúde para combater a crise. A ideia não é nova. Já há autarquias a fazê-lo

Todos os dias nos surgem mais exemplos da adaptação da sociedade a um estado de pobreza social generalizado, na tentativa de evitar que se caia na miséria extrema. Isto não são boas notícias, assim como não o eram quando o Sr. Silva nos seus roteiros para a inclusão apelava ao voluntariado e à caridadezinha como solução de a crise mesmo antes desta crise. Não eram por isso boas notícias quando, há já algum tempo, o “Marocas” avisava que as convulsões sociais eram uma possibilidade bem possível e real. Eles sabem que a pobreza vai alastrar, eles sabem que isso coloca problemas sociais, que isso cria descontentamento e que facilmente pode transformar-se em confrontos e revoltas. Eles vão preparando o terreno para tentarem aplicar o “titsentretainement”, a teoria em que, com um mínimo de subsistência e muito entretenimento se evita que as populações se revoltem.
A questão está em saber se esta pobreza é inevitável. Os culpados já os conhecemos, são os mesmos que agora nos anunciam a crise, faltando saber as soluções. O mercado não funciona, a economia pára e tudo o que nos dizem é que a solução é; esperar. Esperar que a crise passe, esperar aguentando até que tudo volte a ser como era. Vivemos por isso tempos de “fé” que certezas, ninguém nos sabe ou pode dar. Resta-nos esperar e ter fé.
A mim custa-me esperar sentado que tudo volte a ser o que era pagando nós o preço dos seus negócios e mordomias. Talvez fosse bom aproveitar este tempo para entender que não é na produtividade e na competitividade que está a resposta, mas simplesmente na produção daquilo que realmente é necessário para as nossas necessidades e para um novo renascimento do humanismo. As escolas passarem a ser locais de enriquecimento intelectual, o homem partir em busca de um novo avanço civilizacional que faça de todos nós gente melhor. Uma sociedade em que todos tenhamos o nosso espaço que podemos compartilhar com todos os outros. Uma sociedade mais livre por nela ser cada vez menos preciso vivermos o nosso egoísmo. Uma sociedade mais libertária.

David e Golias ou a Caneta contra a espada

 David e Golias

O Engenheiro resolveu Processar o jornalista João Miguel Tavares por uma crónica que este escreveu no DN. Não um processo-crime normal, mas um processo cível que custa dezenas de milhares de euros. Não atacou o jornal nem jornalistas conhecidos como o Pacheco Pereira ou o Mário Crespo, escolheu como alvo um freelancer. Uma vez mais atacou os mais fracos e logo com um processo caríssimo, para lhe criar maiores dificuldades na sua defesa. Uma luta de David contra Golias, mas a verdade virá ao de cima e a pena vai vencer a espada. Este blog aqui lhe envia a sua solidariedade e coloca-se desde já à disposição de João Miguel Tavares para tudo o que ele necessitar. Numa altura em que tanto se questiona a justiça e se falam de pressões, esta actitude do Engenheiro só mostra que já treme.
Em baixo transcrevo o texto em causa:

JOSÉ SÓCRATES, O CRISTO DA POLÍTICA PORTUGUESA (João Miguel Tavares)
Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau. A sua licenciatura manhosa, os projectos duvidosos de engenharia na Guarda, o caso Freeport, o apartamento de luxo comprado a metade do preço e o também cada vez mais estranho caso Cova da Beira não fazem necessariamente do primeiro-ministro um homem culpado aos olhos da justiça. Mas convidam a um mínimo de decoro e recato em matérias de moral.
José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena". Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.
Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?
À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.

quarta-feira, abril 15, 2009

Querem fechar os Paraisos?

 portas dos paraísos fiscais

«Os portugueses aplicaram em produtos financeiros sediados em offshores quase 8,8 mil milhões de euros em 2008, valor que representa cinco por cento do PIB estimado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o ano passado. Por causa da crise financeira, em 2008 o investimento em paraísos fiscais caiu 30 por cento mas em Janeiro deste ano, passada a fase mais instável dos mercados, as aplicações em off-shores dispararam de novo.»
[Correio da Manhã]

Ainda alguém acredita que uma rota tão concorrida, lucrativa e paradisíaca possa algum dia ser fechada?

Os Marretas laranjas

 Os Marretas na Europa

Parece que finalmente acabou o tabu, a que ninguém ligou nenhuma, de sabermos quem é o cabeça de lista do PSD às eleições para o Parlamento Europeu. A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, anunciou oficialmente esta tarde que é Paulo Rangel, o actual líder parlamentar do partido. Independentemente da competência que possa ter, já aqui disse que esse senhor sempre me fez lembrar um sapo e agora ficamos a saber que é ele o Príncipe da Manelinha. O homem é pau para toda a colher e parece ser a única alternativa que tem para apresentar para todos os cargos que tem de nomear. Para um partido que se diz “líder da oposição, que afirma querer ser governo parece pouco que só haja uma pessoa da confiança do líder. Quem se deve estar a rir é o Engenheiro ao ver a triste imagem que o PSD dá de si próprio. Para velhos dos Marretas já temos por cá que baste.

terça-feira, abril 14, 2009

A multa a Metro

 Metro Porto

O PCP quer acabar de vez com as multas para quem permanece nas estações de metro ou as atravessa sem bilhete. Por isso, vai apresentar um projecto-lei que limita a aplicação das coimas ao interior das composições. As multas cobradas pela inexistência de títulos de viagem validados baseiam-se na lei nº 28/2006 de 4 de Julho, que apenas mereceu o voto contra do PCP. Mesmo que o cidadão não viaje de metro, pode ser multado quando passa a zona de validação. Ou seja, a lei permite que "quem esteja sentado ou abrigado numa das estações ao ar livre" e "quem atravesse o interior das estações subterrâneas ou aí entre para esperar ou deixar pessoas", possa ser multado se não possuir título validado, criticou o deputado Honório Novo.
Quem está na rua debaixo de um abrigo pode ser multado? Se me abrigar da chuva posso ser multado? Está tudo louco?

Algo está a cair

 Falling Angel

“O défice Orçamental dos Estados Unidos disparou para o triplo em apenas um ano. O Presidente Barack Obama quer passar a mensagem de que a crise começa entra num período de moderação mas os dados agora conhecidos não ajudam. O Departamento do Tesouro revela que o défice orçamental é já 965 mil milhões de dólares. O valor mais elevado de sempre.”

Outra noticia:
“O presidente norte-americano, Barack Obama, reclama 83,4 mil milhões de dólares suplementares ao Congresso para financiar as guerras no Iraque e no Afeganistão em 2009, anunciaram hoje responsáveis na Casa Branca.”

Caiu um Anjo? Ou será simplesmente uma máscara a cair?

A Cimeira dos Açores 17 Março 2003

Cimeira dos Açores

Esta é uma imagem que aqui publiquei já em 2006. Como parece haver quem tem duvidas sobre as culpas do Durão Barroso no crime cometido no Iraque, (onde ainda hoje a morte está presente todos os dias por causa deles), deixo um texto que mostra como é visto lá por fora.

"José-Manuel Barroso, the commission's president, went even further in his previous role as Portugal's prime minister. Just days before the US formally declared war, he welcomed Bush and Tony Blair to the Azores. It was under his watch, that some of the final touches were put to a misguided plan that, by some estimates, has caused over 1 million deaths. Barroso also has questions to answer about Portugal's involvement in transferring prisoners to Guantánamo. The anti-torture organisation Reprieve has documented how detainees were taken to the base in Cuba in ships that made port calls in Portugal between 2002 and 2004. Barroso was still prime minister during that time."
David Cronin The Guardian.co.uk

Já agora como a a fotografia da cimeira como é vista hoje

Cimeira dos Açores

Quem não quer ganhar eleições

Obras publicas

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, defendeu esta quarta-feira que o Governo está ilegitimamente a lançar concursos a seis meses das eleições legislativas, considerando que, apesar de "ser legal", é "contra a ética da política". 'Aquilo que pelos vistos o Governo se preocupa é com a teimosia em relação aos grandes investimentos e com o lançamento de concursos que, do meu ponto de vista, não têm sequer legitimidade para serem feitos, a seis meses das eleições', criticou. Em Portugal funciona muito a legalidade: é legal, pode-se fazer', afirmou em declarações aos jornalistas na sede do PSD. 'Pode ser legal, mas pode ser politicamente incorrecto e, especialmente, pode ser contra a ética da política', sublinhou.

Se é legal então é legítimo e seria bom saber se os governos de que fez parte não fizeram o mesmo. Seja como for são obras anunciadas há muito tempo e serem lançadas agora ou à um ano não faz grande diferença. Pode-se discutir se devem ou não ser feitas, não a altura em que são lançadas. Se como diz “é contra a ética politica” então que proponha uma lei que torne ilegal fazê-lo e já agora diga quanto tempo antes; seis meses, um ano, dois ou mesmo os quatro anos da legislatura. De disparate em disparate lá continua a Manelinha a caminho de uma derrota eleitoral bem merecida. Pena é que o Engenheiro não vá pelo mesmo caminho.

domingo, abril 12, 2009

A Solidão do homem que já ninguém quer conhecer

Pascoa crucificado

Ecce Homo. Não deveria este boneco ser um campo de cruzes? Onde estão os outros? E a Operação Furacão? E por onde andam todos os outros Barrabás?

Boa Páscoa para todos.

O Coelho pascoa

Em entrevista à SIC Notícias, o presidente-executivo da Mota-Engil, Jorge Coelho, afirmou que a empresa tem sofrido pressões para acabar as obras antes das eleições.
Hoje, em declarações à margem do 9º Congresso Nacional do Transporte Ferroviário, Jorge Coelho disse que as pressões que sofre são "para acabar as obras nas datas que estão nos contratos".

É o que dá haver coincidências de datas, certamente uma outra coincidência. Ficam confusos. Até o vermos, e muito bem, obras publicas terminadas dentro do prazo parece mais uma coincidência. Ou talvez não.

PS: Aproveito para desejar uma boa Páscoa a todos mesmo com muitos coelhinhos. Os ovos deixem-nos para a Sinistra Ministra que ela bem os merece.

Burrusconi zurrou

parvalhão

O primeiro-ministro italiano Silvio Berluscon, numa entrevista, ao falar dos milhares de desalojados que passaram as últimas noites em tendas, afirmou: 'Não lhes falta nada. Têm cuidados médicos, água quente... É claro que se trata de uma situação provisória, pelo que devem pensar nisto como um fim-de-semana no campismo', esquecendo-se de que estava a falar de pessoas que ficaram sem casa e perderam familiares e amigos.
O último balanço avançado pelas autoridades italianas apontava para 272 mortos, 16 dos quais crianças, 1179 feridos e cerca de 28 mil desalojados. Cerca de 20 pessoas continuavam dadas como desaparecidas.

E ninguém atira com um sapato àquela besta? O ideal mesmo seria uma bigorna nos cornos, mas na impossibilidade disso será que ninguém lhe cospe em cima? Será ele tão incapaz de se colocar na pela daquela gente que passa por um drama imenso rodeada por milhares de outros dramas? Poderemos nós, lá como cá, dar o poder a gente como esta?

sexta-feira, abril 10, 2009

As cuecas rosas e os saltos altos

São rosas

O uso, em serviço, de blusas decotadas, saias muito curtas, gangas, perfumes com cheiro agressivo, roupa interior escura, saltos altos e sapatilhas, é proibido às funcionárias da Loja do Cidadão de 2ª geração de Faro, inaugurada no passado dia 3, com a presença do primeiro-ministro José Sócrates que referiu ser “a mais moderna e avançada do País
in “CM”

Se hoje fosse 1 de Abril não acreditava nesta notícia. Assim, fico quase sem palavras. Aqueles tempos cinzentos do antes do 25 de Abril renascem na própria moral salazarista. Está tudo doido?

PS: Gostava de saber como é feita a fiscalização à roupa interior das funcionárias.

As cuecas

Patriotismo ou colaboracionismo?

O Patriota e o Cherne

O Engenheiro defendeu na Assembleia da Republica que a seu apoio à candidatura do “Cherne”, à Presidência Europeia se justificava por ele ser português e este apoio ser patriótico. A sua cumplicidade com o crime da invasão e destruição do Iraque é assunto do passado e até o facto de ele ter demonstrado a sua subserviência aos interesses dos poderosos e dos grandes grupos económicos não o parece demover. É do interesse de Portugal que o Presidente da Comissão Europeia seja português não interessando quem ele é. Pelos vistos isso basta não importando quais as suas ideias nem as suas práticas. Tudo isto em nome do patriotismo, coisa que não mostra muito quando nos impinge um “Tratado de Lisboa” à força, recusando realizar um referendo, vende este país aos interesses de outros, retirando-lhe poder negocial, destruindo a nossa capacidade produtiva, tanto na industria como na agricultura e condenando-nos a ser o “Inatel” da Europa. Por muito menos já os portugueses defenestraram alguns “patriotas” destes no passado.

quinta-feira, abril 09, 2009

Um conto de cegueira e ganância

Mr Magoo Conto Natal

Estatísticas Banco de Portugal mostram que da totalidade dos créditos ao consumo concedidos pelas instituições financeiras que operam em Portugal, uma percentagem de 48,5% não tem qualquer garantia em caso de incumprimento. Há 26.8% dos valores que estão cobertos por uma hipoteca e para cerca de 10% foi negociada à cabeça uma garantia pessoal, prestada por uma empresa ou por um particular.
Analisando o crédito automóvel, os números dos empréstimos não garantidos são ainda maiores, atingindo os 55%.

Junte-se o endividamento dos portugueses que já vai para os 120%, para os créditos que nos foram impingidos utilizando todas as técnicas de marketing e precursão e podemos questionar esta gente se esta crise não é um fim há muito conhecido como inevitável? Estavam todos cegos ou simplesmente compactuavam com a ganância de alguns? Quem criou, quem apoiou, quem sustentou, quem fechou os olhos para que chegássemos a este ponto? Rua com eles todos.

Prémio Europa 2009

 Prémio Europa

O Engenheiro disse, está dito, o PS apoia mesmo o Cherne para um novo mandato como presidente da Comissão Europeia. Apaga-se a sua cumplicidade na morte de centenas de milhares de pessoas quando da ilegal invasão do Iraque e a sua subserviência ao "Diabo", como tão bem o descrevia o Chavez. Apaga Portugal como apaga a Europa, como já apagaram nopassado quando caucionaram a sua actuação ao permetirem-lhe ocupar o cargo que ocupa. Rei morto, rei posto, fazem-se agora uns sorrisos e uma vénias ao Obama e tudo volta oa mesmo só que sob as ordens de um novo dono.
Quem consegue passar por tudo isto e ainda aparecer sorridente na, como a sua mulher o definiu, cara de Cherne e garantir mais uma temporada bem paga onde pode pavonear toda a sua vaidade como Marioneta da Europa dos ricos, mostra bem a flexibilidade da sua espinha.
Queremos mesmo fazer parte desta Europa? Não eramos um povo orgulhoso, um povo que presava a sua identidade e cultura? Aceitamos que façam e falem assim em nosso nome? Honestamente, não me sinto bem a ser representado por tal gente. Não prestam.

quarta-feira, abril 08, 2009

Chover no molhado

Remédios para a crise

Há meses que o Engenheiro por cá e um pouco por todo o mundo todos andam a apresentar medidas contra a crise, sem parecerem reparar que não vale a pena abrir o chapeu de chuva quando já estamos dentro de água. São medidas que pouco ou nada melhoram a vida das populações e que em nada alteram o próprio sistema que criou a crise. A recente cimeira do G20, em que os mais poderosos desejavam apresentar soluções foi um vazio em que tudo o que conseguiram dizer é que defendem mais do mesmo. Dar mais dinheiro ao sistema que criou a crise prometendo uma maior regulação, sabendo bem que rapidamente essa mesma regulamentação desaparecerá mal pensem que a crise passou. O capitalismo tudo consome e quando já "queimou" tudo em seu redor acaba a consumir-se a si próprio. Se não mudarmos o sistema não mudamos de vida. Criticam as populações pelo endividamento que eles próprios promoveram e publicitaram afirmando que vivemos acima das nossas possibilidades e dão como solução a necessidade de dar mais créditos às familias para que gastem ainda mais. Afirmam que não vale a pena baixar impostos por as familias irem utilizar esse dinheiro para pagar dividas e fazer poupanças e não para consumir ainda mais. Será que isto faz algum sentido? Não há aqui uma contradição impossivel de resolver? Não estará na hora de mudar?