domingo, julho 31, 2011

Extrema unção do serviço público de saude


O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou hoje que “há excedente de oferta hospitalar, depois de terem sido criadas ofertas privadas e mesmo na área pública” mas que “não vai fechar serviços por fechar”.

Já se está mesmo a ver, como o Ministro não pode mandar fechar os privados, acaba com o público. De privado em privado até ao público final. A saúde é um belo negócio de muitos milhares de milhões e em que clientes, sem possibilidades de regatear preços, estão garantidos.

Uma palhaçada de gravata


«A sugestão de Assunção Cristas foi vertida em despacho, publicado hoje no Diário da República. A partir de amanhã e até 30 de Setembro, os funcionários do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território ficam dispensados de usar gravata. »

Não tenho nada contra a ideia de se trabalhar sem gravata porque a considero um objecto sem qualquer função prática para alem de ser incomoda; parece que temos todos de andar de coleira. A ideia de "libertar" os funcionários do ministério para poupar no ar condicionado até pode ser vista com um sorriso e aceitação. Já o ter feito um alarido mediático sobre o assunto me pareceu populismo exagerado. O ridiculo chega quando se dá ao trabalho de publicar um despacho no Diário da República. Primeiro por ser irrelevante e depois porque não acredito que exista nenhuma lei que obrigue ao uso de uma gravata para os que não têm uma farda de trabalho. Já agora seria bom saber o que acontecerá aos que gostam de andar de gravata e não vierem a prescindir do seu uso; vão presos?


sábado, julho 30, 2011

Filme de uma trajédia anunciada


Despedimentos: indemnizações vão baixar para 10 dias Redução do valor das indemnizações passa, numa primeira fase, pelos novos contratos e, para o ano, para a sua totalidade: novos e contratos já existentes O pontapé de saída neste processo vai ter início hoje, com a apresentação da proposta de lei no Parlamento que reduz de 30 para 20 dias as indemnizações por despedimento, no que diz respeito aos novos contratos. Mas a grande novidade passa por alterações já para o ano que vem, mudanças que poderão passar por uma redução dessa indemnização para dez dias.

Num dia discutem na Concertação Social a redução das indemnização para 20 dias com 10 pagos por um fundo, que não se sabe ainda quem paga nem como vai funcionar e cuja criação ficou para ser apresentada posteriormente e no dia seguinte a imprensa informa que já têm planos para as reduzir para 10 dias já em Janeiro. Tudo em nome da Troika e do emprego promovendo a facilidade de desemprego. Juntem-lhe a austeridade, os cortes sociais, o aumento de impostos, dos bens essenciais e cortes nos salários e temos um filme muito triste pela frente. É que quando cortam na despesa isso quer dizer cortes nos salários e quando falam de aumento das receitas aumento de impostos. Ficamos sempre a perder.

Os sacrifícios dos mais ricos


A fortuna dos 25 mais ricos de Portugal cresceu quase 18%, somando agora 17,4 mil milhões de euros (10% do PIB português).
Américo Amorim mantém-se no primeiro lugar da lista, pelo quarto ano consecutivo, com uma fortuna avaliada em 2,6 mil milhões de euros. Alexandre Soares dos Santos, presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, subiu do quarto para o segundo lugar, com uma fortuna estimada em 1,9 mil milhões (património aumentou 88,9 por cento). Já Belmiro de Azevedo, o patrão da Sonae, que caiu para terceiro lugar da lista, apresenta um património calculado em 1,3 mil milhões.


Crise? Qual crise? Para alguns tem sido um fartar vilanagem e a cada corte que os mais pobres sofrem mais esta gente ganha. A mesma gente que afirma que um aumento de 25 euros no ordenado mínimo é incomportavel e que todos os dias se vem queixar das leis laborais exigindo menos direitos para quem trabalha. São também a mesma gente que fica de fora das medidas de auteridade e os sacrificios exigidos aos outros, como aconteceu recentemente com o corte de 50% no subsidio de Natal. Pelo silêncio do Cavaco isto deve estar de acordo com a distribuição de sacrificios que defende.
Tudo isto mete nojo e custa compreender como a indignação que se ouve na rua não se transforma em revolta.

sexta-feira, julho 29, 2011

A política do apertar para caber


O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou hoje que o número de vagas em creches poderá aumentar em 20 mil lugares com a desburocratização das regras dos equipamentos sociais, medida a alargar a lares ou centros de dia.

Se bem entendi este ministro resolve os problemas das creches, lares e centros de dias, não construindo novos porque dá muito trabalho, mas destruindo as regras e aumentando o número de crianças ou idosos nas salas. Se haver um número estudado e considerado ideal de crianças numa sala é burocracia, então não entendo porque não prometeu 40 mil lugares, ou 100 mil, ou um milhão. Basta mandar a miudagem apertarem-se mais um bocadinho. Já os idosos basta que uns durmam de dia e outros à noite para podermos duplicar a capacidade dos lares e, se colocarem beliches então as possibilidades são infinitas. Já sei que muitos vão contestar que os mais idosos poderão ter dificuldade em subir para um beliche, mas isso não passa de burocracia.

Ele há sacrifícios e sacrifícios


João Bosco Mota Amaral foi substituído por Manuela Ferreira Leite no cargo de chanceler das Ordens Nacionais, três meses depois de ter tomado posse do cargo, em conflito com o Presidente da República. "Saio por razões pessoais e políticas."
Talvez por isso a AR resolveu dar-le uma mãozinha e Assunção Esteves mandou publicar o seguinte despacho:
"Despacho n.º 1/XII — Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a afectação de uma secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da República.
Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março, determino o seguinte:
a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre do Palácio de São Bento;
b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;
c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dr.a Anabela Fernandes Simão;
d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;
e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge Lopes Gueidão;
Palácio de São Bento, 21 de Junho de 2011
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado
DAR II Série-E — Número 1

Austeridade e sacrifícios é o que nos pedem e dizem ser inevitável, mas para eles, para os poderosos e políticos as regalias e a boa vida são intocáveis. Não há impostos ou restrições que lhes toque e o Sr. Silva, com os seus 17 milhões para a Presidência da Republica, que o diga.

quinta-feira, julho 28, 2011

A Ideologia da caridadezinha


O Presidente da República defendeu hoje o contributo das misericórdias e outras instituições para um novo conceito de serviço público centrado nas "necessidades dos cidadãos" e não no "ponto de vista obsoleto e ideológico da exclusividade da produção pública".

Eu, quando pago impostos pago-os ao Estado e por isso é ao Estado que tenho de exigir que me preste os serviços públicos correspondentes. Não há aqui nenhuma ideologia, só um contrato entre mim e quem governa, que infelizmente não se tem mostrado ser pessoa de bem porque o tem vindo a alterar unilateralmente. Como aconteceu agora no caso do imposto "extra ordinário" sobre o 13º mês, em que, depois de há alguns meses ter reconhecido que não se podiam pedir mais sacrificios aos portugueses, se mostrou muito satisfeito por quem recebe menos que o salário mínimo não seja atingido e depois de ter dito que os sacrificios tinham de ser repartidos por todos não levanta a voz por as mais valias bolsistas, dividendos e juros ficarem fora desse imposto.

Um Álvaro às escuras



Se o exemplo tem de vir de cima, o simplesmente Alvaro dá-o. «Nos primeiros dias passava o tempo todo a apagar luzes. Não havia nenhuma consciência do dinheiro que se gasta desnecessariamente, em ar condicionado, luzes... Comecei a instaurar um espírito e um sentimento de rigor. Temos de comportar-nos como se fosse a nossa casa, sem desperdiçar», afirma numa entrevista ao espanhol «El País».
Ser o Alvaro, as bandeirinhas de Portugal, apagar luzes do ministério e pouco mais. Compreende-se, afinal passou muito tempo a correr de sala em sala para apagar as luzes e, talvez por isso, o Passos Coelho ficou-lhe o AICEP e é o Paulo Portas que anda a tratar do comércio externo.

quarta-feira, julho 27, 2011

Uma caixa de gatos palaciana




A nomeação dos novo Conselho de Administração da CGD tem sido, trapalhona, com o António Nogueira Leite, que acaba de ser eleito administrador, surpreendido por não aparecer no comunicado da CGD como vice-presidente do banco: "O convite que recebi foi para vice-executivo, havendo um segundo vice-executivo. Ainda hoje confirmei isso", "Qualquer alteração a este modelo será pura política palaciana, que nem sequer comento". Trapalhona e boyista ao aumentar de sete para onze o número de administradores de administradores e recriando o cargo de "Chairman"", nome pomposo para Administrador não executivo que mais não faz que interagir com os accionistas, que no caso da CGD é só um, o estado.
Para um governo que vinha acabar com os boys, mas não resiste ao "job for the gentlemen".

Os Americanos estão a ver-se gregos


Aproxima-se o dia em que os EUA poderão entrar em incumprimento, isto é não vão ter dinheiro para pagar as suas dívidas. Sá a ameaça chegou para as Agências de Rating colocar a Grécia e Portugal no lixo, mas como sabemos se uns não pagam são caloteiros, outros são gente fina a passar por dificuldades.

terça-feira, julho 26, 2011

Políticos a dias


O novo líder do PS, António José Seguro, acusou o Governo de querer "tratar os jovens como jovens a dias, com menos direitos e nenhumas garantias", referindo-se à intenção governamental de redução das indemnizações por cessação do contrato de trabalho.

Não são só jovens, a dias são todos os que trabalham que cada vez mais são tratados como animais, precários, sem horário nem segurança. Se o PSD e o CDS neste momento representam o liberalismo laboral, não podemos esquecer o contributo que o PS deu ao longo dos anos na destruição dos direitos de quem trabalha. Isto de falar quando se é opisição e fazer o oposto quando se chega ao governo retira toda a credibilidade a quem há muito pertence e colabora com o sistema.

Um mês a passos de coelho


Andou a babar-se para chegar ao poder, não teve dúvidas em criar uma crise política para lá chegar, negou a crise internacional e prometeu o que agora não cumpre. Agora que lá chegou, ao fim de um mês de governo, já se queixou de um murro no estomago, mas muitas outras más disposições já o afligiram. Com o caso do Bairrão junta á sua governação de estilo "Sócretina" às confusões do "Santanismo". A coisa não começa bem, mas também não se esperava melhor.

segunda-feira, julho 25, 2011

O Fisco com portagens

Passar na portagem sem pagar vai permitir ao Estado a penhora do carro do infractor. A decisão, ontem revelada pelo Ministério das Finanças, implica que, no limite, quem passe, por exemplo, na Ponte 25 de Abril sem pagar 1,45 euros de portagem possa ficar sem o carro para pagar a dívida.
Um protocolo ontem assinado entre o Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias e as Finanças transfere para a máquina fiscal a competência de cobrar as dívidas decorrentes do não pagamento das taxas de portagem. O Fisco, numa altura em que é preciso equilibrar as contas públicas, promete ser eficaz nesta tarefa ", dada a experiência da máquina tributária em matéria de cobrança coerciva. Segundo o que ficou estipulado, quem passar sem pagar portagem e que não proceda à regularização voluntária pagando uma coima verá automaticamente o seu carro penhorado. Assim que isto acontece, a informação sobre o veículo entra para uma base de dados das autoridades, para que PSP e GNR possam encontrar e apreender o automóvel. Uma vez apreendido, o carro vai a leilão para pagar a taxa de portagem, coimas e custos administrativos da infracção.

É para isso que servem os nossos impostos? A Lusoponte, a Brisa e tantas outras concessionárias de auto-estradas não são empresas privadas? Porque razão é o Estado a ter o trabalho e os custos de fazer as cobranças? E considera-se normal, como primeira alternativa penhorar um carro e vendê-lo em asta publica, nem que a divida seja irrisória e sem procurar outros meios de o fazer. Esta nova filosofia fiscal, esta justiça cega em que se penhora um qualquer bem, seja o carro a casa ou a vida de alguém, nem que a dívida a cobrar seja de cêntimos, é lesiva da própria dignidade dos cidadãos. Sem tribunal. sem juiz, sem justiça nem contraditório.
Não tem o fisco mais com que se preocupar? Não há enormes fortunas e muita gente a fugir ao pagamento dos seus impostos? Preocupem-se mais é em apanhar essa gente e acabar com esta vergonha. Ou, como tenho ouvido a tantos comentadores, já se considera impossivel cobrar impostos aos ricos, com as suas offshores e jogos especulativos, pelo que já nem o tentam fazer?

O novo líder do PS


José António Seguro, novo Secretário Geral do PS

domingo, julho 24, 2011

O Estranho caso Bairrão


Este caso do Bernardo Bairrão já era confuso e a cada dia que passa mais confusão é atirada para a fogueira. Até já é dificil de resumir. Primeiro ia ser Secretário de Estado mas acabou por ser retirado em cima da hora por eventualmente o Passos Coelho ter rfecebido um SMS da Manuela Moura Guedes em que o ligava a negócios menos claros em Angola e no Brasil ( O Bairrão foi o administrador da TVI que acabou com o Jornal de Sexta). Depois o Expresso publicu a noticia de que o Passos Coelho teria pedido aos Serviços de Informação do Estado um relatório sobre o Bairrão. Após vários desmentidos de todos os implicados o Ricardo Costa, Director do Expresso continuava a afirmar que tinha informações seguras de que tudo era verdade. Agora sabemos que o ex-director das Secretas, Jorge Silva Carvalho, passou informações para a Ongoing antes de ser contratado como assessor da administração da mesma juntamente com mais dois ex-espiões.
Pelo menos ficámos a saber para que servem as Secretas portuguêsas e quem realmente servem. Esperemos pelos próximos capítulos embora o mais certo é tudo acabar em mais um inquérito daqueles que acaba por desaparecer no esquecimento do tempo onde tantos outros se têm perdido.

Um Imposto Extra e ordinário

A Assembleia da Republica recebeu o Ministro Vitor Gaspar e aprovou o imposto que "rouba" metade do 13ª mês aos 35% dos trabalhadores e aos 15% dos reformados que ainda ganham mais de 485 euros. Fá-lo não porque seja necessário tapar qualquer "desvio colossal", mas simplesmente como precaução. (Tivemos sorte de ele não ser ainda mais previdente e não o ter "roubado" todo ou mesmo tirado mais algum do ordenado de Novembro ou de Dezembro, a justificação podia continuar a ser a mesma).
Votaram a favor deste "roubo" o PSD e o CDS e mesmo aí, alguns deputados mostraram reticências sobre a legalidade e constitucionalidade desta lei, mas como este governo parece estar disposto a passar por cima das regras e leis, mesmo as aprovadas pelos seus partidos, já nada me espanta. Quem elege malfeitores só pode mesmo esperar malfeitorias.Nem os portugueses necessitam de mais sacrificios e dificuldades que aquelas que já têm, nem a economia necessita de mais medidas recessivas. Assim as coisas só podem piorar ainda mais.

sábado, julho 23, 2011

Shiva ou Dr. Octopus? ....ou ambos


António Nogueira Leite vai ser vice-presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos e ganhar mais de 20 mil euros por mês. O académico que foi conselheiro de Pedro Passos Coelho vai assumir funções executivas, ocupando o lugar de número dois do próximo presidente executivo do banco público. Actualmente já é administrador executivo da CUF, da SEC, da José de Mello Saúde, da EFACEC Capital, da Comitur Imobiliária e administrador (não executivo) da Reditus, da Brisa e da Quimigal, presidente do Conselho Geral da OPEX, membro do Conselho Nacional da CMVM, vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank, membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações e vogal da Direcção do IPRI. É membro do Conselho Nacional do PSD, desde 2010. Os amigos começam a ocupar os bons lugares e, mesmo quando dizem que querem poupar e reduzir nas despesas, quando aumentam impostos, quando aumentam os transportes, a saúde e anunciam qua ainda agora começaram os sacrificios, não têm vergonha de aumentar o número de administradores da CGD de sete para onze. Há que haver lugares para todos e aos Barões não serve qualquer um. Têm de ser lugares de luxo e prestigio que são gente importante.

Ditadura do desemprego


Vem aí um terramoto liberal no mercado de trabalho. O governo aprovou em Conselho de Ministros o diploma que reduz as indemnizações por despedimento: é primeira medida para revolucionar o mercado laboral, um processo que será directamente conduzido pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, considera que o desemprego não vai diminuir por via da recuperação económica e o executivo recusa deixar as coisas como estão. Pedro Martins terá mesmo dito que as reformas laborais "avançam com ou sem o acordo da concertação social" e terá informado os líderes sindicais que compreendia a sua oposição, às reformas, na medida em que elas representam uma perda de poder dos sindicatos.

Será esta a famosa "suspensão da democracia" proposta pela Manuela Ferreira leite e agora adoptada pelo Passos Coelho?
Já não basta aquilo a que chamam concertação social ser quase um pró-forma onde os governos, os patrões e a UGT têm feito aprovar todo o tipo de perda de direitos do trabalho para agora já nem se darem a esse trabalho e imporem a sua vontade à força?
Quando o próprio governo considera que o desemprego não vai diminuir por via da recuperação económica que esperança dão para aqueles a quem esta lei é uma condenação ao desemprego eterno.
Esta gente que não consegue colocar-se no lugar de quem sofre a desgraça do desemprego, de quem não tem a capacidade de compreender o sofrimento de quem vê os filhos com fome, não presta. Esta furia liberalizadora sem razão ou justificação não passa de gente mesquinha que não merece qualquer respeito. Não prestam.

sexta-feira, julho 22, 2011

Ele há filas e filas


Quem reparar bem vai notar que neste momento há duas grandes filas por aí. A fila dos desempegados e a fila dos banqueiros para recorrer ao aval do estado e ir buscar dinheiro aos 35 mil milhões que lhes colocam à disposição. (Vai haver outras filas quando chegar a altura das privatizações, como por exemplo a da vergonhosa privatização das água). A dos desempregados representa a crise a miséria reais, a dos banqueiros a crise e a miséria alheias. Dos sacrifícios de que tantos nos falam, 78 mil milhões de dificuldades e perdas de direitos que nos cobram, 35 mil milhões são para financiar o negócio dos bancos. É dinheiro do Estados e de todos nós que é garantido aos bancos para que possam negociar e especular com eles, ficando os lucros se correr bem e passando o prejuízo se a coisa correr mal. Bom negócio.
Dizem que é necessário capitalizar os bancos para que eles possam financiar a economia. Não tem o Estado um banco público que devia servir os interesses do próprio Estado e de todos nós? Porque temos nós de financiar o lucro de bancos privados que sempre mostraram ter como único interesse o ganharem dinheiro a todo o custo, que ajudaram a endividar o país e os portugueses sem olharem a consequências mas só ao lucro? Porque não usa o banco público para garantir o financiamento à economia mais barato, mais justo e menos usurário?
Porque tenho eu de financiar o Sr. Ricardo Salgado? Porque tenho eu de dar lucro a esses senhores? Será porque quem toma as decisões, quem negoceia com a Troika, quem faz leis, quem as aplica, também têm interesses nesses bancos?

quinta-feira, julho 21, 2011

Chanceler do Conselho das Ordens Nacionais.


«O Presidente da República aprovou, esta segunda-feira, a nova composição dos três Conselhos das Ordens Honoríficas Portuguesas, cabendo a Manuela Ferreira Leite o lugar de Chanceler do Conselho das Ordens Nacionais.

O Cavaco dá-nos a todos o sentimento de segurança, o exemplo de como no meio da tormenta e da crise se pode viver num oásis de prosperidade e elegância. Cá fora fala-se da redução do tamanho do estado, dos muitos institutos que não servem para nada, de serviços que não fazem falta e que é necessário extinguir. Até dos que fazem falta já falam. Lá dentro recebem-se convidados, amigos e até se nomeiam Chanceleres e Conselhos.
Já houve quem me dissesse que tem mesmo de ser assim, pois aquele é o último reduto, o símbolo da nossa independência como Nação, que a manutenção da tradição e do protocolo é que fazem o país ser aquilo que é. Acabei por concordar, é por isso que continuamos a ser aquilo que somos.

São Macário de à costa


O presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, já não se opõe à introdução de portagens na Via do Infante e justificou a mudança de opinião com a situação das finanças públicas

Eu tenho em relação ao Macário Correia uma queixa, por causa dele lambi um cinzeiro e descobri que ele me tinha enganado, que lamber um cinzeiro não é a mesma coisa que beijar uma fumadora. Não é mesmo. A minha única satisfação é que ele também já deve ter lambido um ou nunca beijou uma fumadora. Mas isso são águas passadas e agora o Macário mostra a sua coerência quando de feroz opositor à colocação de portagens na Via do Infante, já o aceita sem resfolegar. Claro que há sempre a crise para justificar esta cambalhota, mas não estamos já na mesma crise em que estávamos no início do ano? O que mudou? O Primeiro Ministro e a cor do partido de governo e as verdades de antes que passaram a ser as mentiras de hoje.

quarta-feira, julho 20, 2011

BPN- Uma história de sucesso


Não vale a pena estar a fazer aqui o Historial do BPN, das fraudes, dos crimes, dos implicados nem dos milhares de milhões que o Estado já lá enterrou. Vai agora a privatizar sem preço mínimo e ao que parece já há interessados. O Banco Angolano BIC é um deles e o seu Presidente, o Mira Amaral, sem revelar o preço (fala-se em 70 milhões de Euros), já veio dizer que iam concorrer e que pensavam fechar muitas agências e despedir trabalhadores, sem esquecer o nível de capitalização que o Estado tem de pôr no BPN para repôr os rácios de solvabilidade nos mínimos legais.
Ainda há bons negócios por aí.

Sem prós nem contras

Quem salva o Euro? Perguntava-se no Prós e Contras. Tirando o castigador e "deslumbrado" João César das Neves, para quem tudo se vai resolver, foi ver uma série de confissões do falhanço da União Europeia e do sistema capitalista europeu para jogar no capitalismo global. Em cada intervenção um beco sem saída e foi ouvi-los a defender aquilo que ainda há poucos meses era considerado uma heresia e uma disparate tremendo. Renegociação, saída do Euro, saída da União Europeia, já são possibilidades a considerar pelos mesmos engravatados que antes o diabolizavam. É o capitalismo Europeu a estrebuchar.
Discutir alternativas, procurar novos caminhos que deixem de ver as pessoas como números e cifrões mas promovam uma maior igualdade e dignidade para todos, é uma emergência. Há outros caminhos e respostas, o que faltam são ouvidos e vontade para as escolher. Juntemos-nos com amigos, colegas, conhecidos e discutamos estes assuntos, procurando tirar conclusões, propostas que possam ser alternativas. Não nos resignemos aos tempos de miséria e pobreza a que nos querem condenar (para não falar de novo na desgraça do perigo de uma possível guerra).

terça-feira, julho 19, 2011

O valor do Euro


Muito gosta este país de discussões estéreis só pelo prazer da discussão. O Cavaco, que não tem nada de útil para dizer, lembrou-se de defender a desvalorização do Euro como uma boa solução para os problemas do país. Claro que houve quem viesse logo dizer que era um tremendo disparate que bom é haver um Euro forte para logo outros saírem em apoio à ideia. Partidos, candidatos a líderes, economistas, políticos e comentadores já todos têm uma opinião. A questão é para quê discutir um assunto quando não está, nem vai estar, nas nossas mãos o valorizar ou desvalorizar o Euro. Quem manda no Euro são o donos da Europa, o BCE e os mercados e nós não temos sequer voz no assunto. Podemos discutir se Portugal deve estar dentro ou fora do Euro, se devemos pagar, renegociar, auditar ou não pagar a divida, se queremos ou não fazer parte desta União Europeia e, mesmo isso tenho dúvidas que nos permitam escolher. É que há muito que a nossa soberania tem vindo a ser desbaratada e já pouco resta.

PS: Se o Sr.Silva quer desvalorizar alguma coisa, "desvalorize" o orçamento de 17 milhões de Euros do Palácio de Belém. Afinal é ele que defende que sacrifícios têm de ser para todos.

Fenomenologia do ser Passos Coelho


Numa entrevista a uma revista francesa Passos Coelho tentou vender a imagem de um grande gestor de enorme cultura, tão culto, tão filosofo que até leu Kafka muito depois da 'Fenomenologia do Ser", de Sartre. E Voltaire mais cedo do que Eça". Só que, se há coisa em que não se deve fazer é querer mostrar cultura que não se tem. Rapidamente foge o pé e cai-se no ridículo. Mas, honra que seja feita que conseguiu ler um livro do Sartre que este nunca escreveu. O Pacheco Pereira já o desancou escrevendo que Não existe nenhuma 'Fenomenologia do Ser' de Sartre. Passos Coelho, em mais uma entrevista do nada, resolveu atribuir-se uma biografia do nada". "Fenomenologias só conheço as de Hegel e de Husserl". "A mania para mostrar cultura dá como resultado o 'Concerto para Violino' de Chopin e as mesas de cabeceira cheias de Eça". "Esta mania de querer parecer culto traduz um problema de carácter". Passos "é um produto de marketing, como Sócrates", concluiu.
Os defeitos estão lá todos só que menos inteligente que o seu antecessor, digo eu.

segunda-feira, julho 18, 2011

A guerra das Rosas (sem picos)


A luta pelo poder no Partido Socialista tem sido de uma pobreza franciscana de um lado e seguramente uma nulidade do outro. Não lhe consigo encontrar interesse nenhum e só a ideia do boneco me levou a fazer um post sobre o assunto. Em primeiro lugar porque é irrelevante quem lidere o PS nesta fase do campeonato em que todos estão empenhados em cumprir com o acordado com a Troika. Em segundo porque sendo o PS o vejo como alternativa de mudança social, nem ao sistema de lógica de mercados instalado. Em terceiro lugar porque não dizem sequer algo que seja motivador para nada. Zero ideias em zero propostas na nulidade dos candidatos.

domingo, julho 17, 2011

A Sra do MAMAOT e as gravatas


A partir de amanhã, os funcionários do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território - MAMAOT - estão dispensados de usar gravata. A ordem dada pela ministra Assunção Cristas insere-se numa iniciativa denominada "Ar Cool".
No primeiro comunicado enviado a todas as redações, o MAMAOT explica que o objetivo é "minimizar o impacto ambiental associado ao consumo de energia elétrica na Administração Pública, tendo em conta as medidas de contenção de despesas". Uma indumentária informal permitirá maior conforto para os Secretários de Estado e todos os funcionários, já que a temperatura ambiente dos edifícios do ministério ficará nos 25 graus, entre 1 de junho e 30 de setembro.

Eu que nunca gostei de gravatas só posso apoiar a medida, mas não posso deixar de considerar estranho que ao fim de um mês de governação um ministro que tem à sua responsabilidade a Agricultura, o Mar, o Ambiente e o Ordenamento do Território tenha como primeira medida o dispensar os funcionários de usar gravata entre 1 Junho e 30 Setembro. Já agora podia também poupar na tinta necessária para imprimir o nome do ministério; Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, para não falar de passar a ser conhecida pela Sra. Ministra do MAMAOT. (Podia ao menos retirar a parte do Ordenamento do território para se adequar mais à personagem).

A satisfação do Gaspar


Ouvi pela primeira vez o "Gaspar" falar. Fiquei a saber do "transtorno" que lhe dá a esperança de vida ter passado dos 65 anos no inicio do século XX para setenta e muitos do inicio deste, mas também da satisfação como anunciou que mais de 80% dos reformados e mais de 50% dos trabalhadores no activo não vão ser atingidos pelo novo imposto, o que na prática quer dizer que toda essa gente vive com menos de 475 euros mensais, ou seja com grandes dificuldades financeiras. Também fiquei a saber que, como as mais valias bolsistas, os juros e, como sempre, os que fogem ao fisco não vão ser afectados, quem irá pagar a crise, mais uma vez, serão os mesmos de sempre.

sábado, julho 16, 2011

Um parque sem poesia no centro

Há uns dias que andava para publicar este boneco, mas precisava de confirmar uma informação que tinha sabido. A de que o Isaltino Morais, que há muito devia estar a cumprir a pena de prisão a que foi condenado, transferiu o dinheiro que estava destinado à construção do Novo Centro de Saúde de Algés, (a maior ambição dos seus moradores há já dezenas de anos), para concluir a segunda fase do Parque doa poetas. O atual Centro de Saúde é um velho edifício de habitação, com escadarias e sem o mínimo de condições, situado já em Lisboa e que é frequentado por uma envelhecida população. De todas as formas possíveis os habitantes chamaram a atenção da Câmara de Oeiras para a necessidade de novas instalações, quer nas ruas, em intervenções nas Assembleia Municipais, que em Baixo-assinados com muitas milhares de assinaturas. Desde sempre a promessa de que no próximo mandato é que era o Centro foi sendo adiado de ano para ano. Nas últimas eleições, para além da promessa, deitaram abaixo una velha garagem dos bombeiros, fizeram lá um grande buraco, colocaram uma cerca de metal e vários cartazes com a imagem do futuro edifício do noco Centro de Saúde de Algés. Agora é que é, mas pelos vistos continua a não ser. O dinheiro que lhe estava destinado foi transferido para acabar a segunda fase do Parque dos poetas, a obra emblemática do Isaltino. Dá-se prioridade a pessoas de pedra e não às pessoas de carne. Haja vergonha.

sexta-feira, julho 15, 2011

O peixinho Berado e os grandes tubarões


Vi no outro dia o "Comendador" Joe Berardo, em entrevista ao Mário Crespo tecer as maiores criticas contra o sistema capitalista que permite que haja gente, como por exemplo um empregado de uma grande empresa que tem todos os dias 12 trilião de dólares para investir no mercado especulativo. Indignado , perguntava-se como podia ele competir com tanto poder?
Compreendo o que ele sente porque também eu já senti o mesmo quando o via a especular e a enriquecer à custa dos mercados e da especulação. Há custa do país e de todos nós. Ver o Berardo no papel de "Calimero" foi um triste espetáculo mas não tenho pena dele. O capitalismo é isso mesmo, o poder do que mais tem sobre menos tem, o
pequeno retalhista que é comido pelo grande distribuidor ou o grande investidor que é comido pelo grande tubarão. Quem com o ferro mata, com o ferro morre.

Desvio Colossal


"Desvio colossal" disse o Passos Coelho. Onde é que eu já ouvi isso? No Durão Barroso, no Sócrates, já se tornou um hábito sempre que o governo muda de cor assim como também o alterar um promessa eleitoral em castigo e aumento de impostos. As contas nunca são o que se imaginava e são sempre muito piores. Quem paga? Nós, o Zé povinho que não tem a coragem de lhes fazer um manguito na cara. Paga, cala e ainda muitos, zangados com quem se queixa, ainda recitam, com o ar de quem é muito sensato e inteligente, a homilia do tem de ser, da "mea culpa", que lhes é impingia todos os dias em todas as televisões. Este, que tem a bengala da Troika para se desculpar, ainda quer mais, que tinha dito que não se desculparia com o passado para fazer o que tem de ser feito, já tem o seu "desvio colossal" para poder justificar o PEC 6.

quinta-feira, julho 14, 2011

Saco de porrada


Há uns dias queixou-se de que a Moody's ter reduzido a divida portuguesa a lixo foi um murro no estômago. Imagino que a subida dos juros a Portugal tenha sido uma canelada, à Espanha um braço torcido e à Itália uma cabeçada na boca, as descidas na bolsa uma paulada na cabeça, a previsão do Banco de Portugal de que o país estará em recessão profunda em 2011 e 2012 uma joelhada nos tomates e de que daqui a um ano teremos mais 100 mil desempregados um pontapé na cara. Por este andar o homem não vai sobreviver muito tempo, mas merece porque quem tudo fez para criar uma crise política e atirava todas as culpas da crise para o governo do Sócretinos, recusando qualquer responsabilidade aos mercados e à crise internacional é bom que sinta agora algum do seu veneno. Como eu aqui já disse, o mal não está nas personagens mas sim nas políticas.

Itália..cai ou não cai?


Depois da Grécia, Irlanda e Portugal chegou agora a vez de a Itália ser vitima dos mercados. Os juros subiram a pique e a Europa já se reúne de urgência. Aqui não se trata de pequenas economias que podem facilmente ser desprezadas e descartadas, mas a terceira maior economia da zona euro. A queda continua e ninguém parece saber o que fazer. O capitalismo continua a consumir a Europa e em nome da globalização nada muda. Serão as consequências a obrigar à mudança. Esperemos que não tarde demais.

quarta-feira, julho 13, 2011

Um erro chamado Durão Barroso


«O caso BPN é um caso à parte do sistema financeiro. Pessoalmente não concordo com a nacionalização. Foi um erro completo», disse Durão Barroso, em entrevista à RTP, a dois dias do fim do prazo para a entrega de propostas de compra do banco.

Agora já é um erro, mas se me recordo bem na altura defendia que tudo tinha de ser feito para salvar o sistema financeiro e para evitar o contágio. Se bem me lembro quem geria esse banco onde se misturava a corrupção,o poder e a muitos políticos e gente importante por lá nadava. Grave não foi a privatização que já acrescentou à divida que dizem que tenho, mais de 5 mil milhões de euros, foi sim a não privatização do lucro da SLN. Uma vez mais o estado ficou com o prejuízo mas deixou os lucros para o capital.
Durão Barroso é das personagens por quem nutro um maior desprezo na política portuguesa e um enorme sentimento de repulsa. Ainda por cima dá azar, basta ver como deixou o país quando fugiu para Bruxelas e como está agora a deixar a União Europeia. Vade retro.

Canibalismo capitalista


Grécia, Irlanda, Portugal, Itália, Espanha, Bélgica, Áustria,....,França, Alemanha. São 17 os países do Euro e 27 da União Europeia. Uma união capitalista que se verga à força do próprio capital que defende. Na sua voracidade o capitalismo consome tudo por onde passa acabando por se consumir a si próprio, pois quanto mais brilha o capitalismo mais rapidamente se consome. Quando se chega à fase de canibalismo capitalista, em que os capitalistas mais fortes começam a engolir os capitalistas mais fracos, quando o capitalismo já não consegue renovar-se para continuar a reinar o perigo de surgir a tentação de se manter vivo pela força da guerra aumenta. A fome e a miséria são o rastilho para se criar um inimigo, para o apontar do dedo a arranjar um culpado. E, a guerra nunca é a solução para os mais fracos, só um palco para criar um terreno fértil onde o capitalismo possa renascer. Foi assim no passado e, se nada fizermos para o impedir, temo que será assim num futuro não muito distante.

terça-feira, julho 12, 2011

A maravilhosa globalização do capitalismo


A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou para as “consequências devastadoras” que uma eventual entrada dos Estados Unidos em incumprimento teria a nível mundial, dizendo que "Se estivermos perante um cenário de incumprimento, teremos, evidentemente, subida das taxas de juros, quedas enormes nas bolsas e consequências verdadeiramente devastadoras, não só para os EUA, mas para toda a economia mundial", afirmou Lagarde, acrescentando que não imagina esta probabilidade "nem por um segundo".
Os EUA encontram-se actualmente num impasse político, pois democratas e republicanos não se entendem quanto à possibilidade de aumentar o limite da dívida pública do país (14,3 milhões de milhões de dólares), que foi atingido em meados de maio. O Tesouro norte-americano tem insistido que até 2 de agosto terá esgotado todos os recursos para evitar que os compromissos com os detentores de obrigações norte-americanas não sejam honrados.

Ai os mercados, ai os dólares, ai os Americanos, ai os Europeus, ai os Chineses, ai, ai, ai.
Será que os nossos lideres (e os seus lacaios), não vêm o que está mesmo à sua frente. Cada grego deve 44 milhões de dólares, mas cada americano deve 45. A Itália já está sob ataque dos mercados e muitos outros alvos já estão marcados.
Poderá o mundo sobreviver a uma guerra, agora não mundial mas global? A história mostra-nos que após uma grande crise económica há sempre uma grande guerra, (crise de 1909, guerra de 1914, crise de 2029, guerra de 1939) e tivemos outra grave crise em 2009. Não será urgente mudar qualquer coisa?

O Sr. Professor


Julho 2011 - Depois de a agência de notação financeira Moody’s ter descido a classificação da dívida portuguesa em quatro níveis, para “lixo”, o Presente da República veio a terreiro para dizer "Àqueles que sofrem de ignorância na análise, eu apenas posso recomendar um pouco mais de estudo".

Julho de 2010 - O Presidente Cavaco Silva, declarou que “não vale a pena recriminar as agências de rating. O que nós devemos fazer é o nosso trabalho para depender cada vez menos das necessidades de financiamento externo”

Oh Sr. Professor, então o Sr. que é um economista tão reputado, uma sumidade tão grande na área da economia só vê aquilo que tantos que nada percebem de economia já viam há tantos meses. Custa a entender que isso seja possível e só dois cenários o podem justificar: ou não vê ou não quer ver. Se não vê nem prevê, então não é bom que ocupe o lugar que ocupa por ele não dever ser ocupado por um incapaz, mas sendo um catedrático custa a acreditar que essa seja a razão, pelo que parece mais normal que não queira ver, o que também não é bom para quem é Presidente por demonstrar uma total falta de lealdade para com o país que o elegeu.
Seja uma, seja a outra razão o que devia fazer era demitir-se e voltar para Boliqueime com a sua Maria. O país agradecia.

segunda-feira, julho 11, 2011

O Senhor dos Concelhos


A confusão que para aí vem. O Primeiro Ministro foi ao congresso da Associação Nacional de Municípios dizer que não havia mais dinheiro, que vai fazer uma nova lei das finanças locais e finalmente, de acordo com o contratado com a Troika reduzir o número de Freguesias.
Esqueceu-se de dizer que lá também vem a redução de Concelhos e, sendo o PSD o partido com mais autarcas vai, sem dúvida criar confusões. Também fazer uma nova lei de finanças locais vai ser uma festa, com todos a reclamar mais e a queixar-se do que vai perder. Some-se-lhe as portagens nas Scutes e os cortes nos financiamentos e podemos imaginar o que aí vem. Será que ainda vamos ver o Fernando Ruas defender os autarcas a correr à pedrada o Passos Coelho com defendeu que fizessem com os inspetores ambientais?

O enjeitado


Nobre não exclui regressar à política e tem dúvidas de que Passos consiga tirar Portugal da crise porque a “herança é muito pesada”. Na sua primeira entrevista depois de renunciar ao cargo de deputado e após ter sido rejeitado como presidente da Assembleia da República, o fundador da AMI reage às críticas de que tem sido alvo: "Os que pensavam que estava à procura de um tacho enganaram-se". Em entrevista ao Portugal Digital, Nobre, que está no Brasil, elogia a "dignidade" do primeiro-ministro Passos Coelho, mas manifesta dúvidas de que o novo governo consiga tirar o País da crise. "O governo recebeu uma herança muito pesada: seis anos de governo Sócrates duplicaram o endividamento externo do país e descontrolo das contas públicas; Portugal é hoje o segundo país com maior fuga de cérebros. Uma situação que dificulta muito a tarefa do governo", afirmou o ex-candidato à Presidência da República, acrescentando que "Portugal está numa situação muito difícil" e tirar o país da crise "não tem só a ver com a competência do governo" pois "há factores externos que Portugal não controla". Mais ainda, Nobre considera que toda a Europa está em crise: "Há risco de derrocada do projecto europeu, por falta de liderança, e poderão vir aí crises sociais muito graves", alerta, acrescentando que é preciso criar "uma agência pública de ‘rating' europeia". À última pergunta que lhe foi colocada, sobre se vai continuar a ter uma actividade política activa, Nobre não excluiu um regresso à política: "Vou continuar a acompanhar atentamente tudo o que se passa no meu país e no mundo. O futuro a Deus pertence".

Pensava eu que estava livre deste Nobre, (já nem sei se me refiro ao chouriço ou ao Fernando) e
que não mais o ouviríamos falar de política. Não, afinal ainda há um Deus que o pode voltar a colocar no nosso futuro. (Só pode mesmo ser pela fé, que pela razão será difícil). Já não convence ninguém e o que nos diz ele. Que não lhe serve um qualquer tacho, só bons tachos, que foi candidato e apoiou o Passos Coelho a quem elogia a dignidade mas duvida que consiga tirar o país da crise, para acabar a colocar o seu futuro político nas mãos de Deus. Ou será do diabo?

domingo, julho 10, 2011

Quanto mais cedo melhor


... e finalmente lá chegará o dia em que correremos com ele com um pontapé no cu.

Não deve faltar muito para o...


Depois do Murro no estômago ainda lhe falta levar o pontapé nos tomates...

sexta-feira, julho 08, 2011

Lixo capitalista

Somos lixo capitalista. Pode-se descer mais baixo?

Um murro no estômago


"Um murro no estômago" do Passos Coelho. Um coro de vozes portuguesas e europeias sobre a injustiça do corte ao rating da divida portuguesa para o nível de lixo. Comentadores todos chamados de urgência para vir elogiar as medidas do governo e apontar o novo inimigo de Portugal Moody´s. Contra a Moody´s, marchar marchar.
As agências são as mesmas que há muito anda a atacar Portugal, como atacou a Grécia e muito possivelmente se prepara para atacar a Espanha. São as mesmas que atacaram durante o Reino dos Sócretinos, com a única diferença que o Cavaco já critica os mercados, os sacrifícios já podem ser exigidos aos portugueses a a comunicação social está mobilizada. Como é possível que um país que se comprometeu a cumprir o programa de austeridade, a vender todos os seus últimos anéis e a entregar a sua alma ao liberalismo seja tratado desta maneira? A resposta é fácil, é que lhes estamos a estender a toalha com a pouca carne que ainda temos nos ossos e eles fazem aquilo que é natural os abutres fazerem, vêm jantar.
Podem diabolizar as agências de rating que elas continuam a ser o que são , o que temos de combater é aquilo que servem, o capitalismo selvagem e a especulação financeira global.

quinta-feira, julho 07, 2011

A política do SMS


Ainda não tinha aqui falado do caso do Bernardo Bairrão, o Secretário de Estado que foi remodelado ainda antes de o ser. A primeira causa apresentada foi ter havido uma fuga de informação e o Marcelo Rebelo de Sousa o ter apresentado em primeira mão. Depois a de o Bairrão ter feito declarações contra a privatização da RTP e agora o Expresso noticia que foi um SMS enviado pela Manuela Moura Guedes para o telemóvel de Passos Coelhole que levantava suspeitas antigas sobre alegados negócios de Bernardo Bairrão. Os factos remontam ao tempo em que Bernardo Bairrão e José Eduardo Moniz eram muito próximos, para depois Bairrão vir a ficar na administração que negociou a saída de José Eduardo Moniz da TVI, (hoje vice-presidente da Ongoing, grupo interessado na privatização da RTP) e que afastou Manuela Moura Guedes dos ecrãs nas vésperas das legislativas de 2009.

Trapalhadas e trapalhices, ódios e vinganças e, como sempre negócios e dinheiro.