segunda-feira, abril 30, 2012

BPN Eles ainda andam po aí


Já muito foi dito e escrito sobre o BPN, já todos sabemos que da corja que o geriu e se aproveitou da roubalheira poucos estão acusados, já todos sentimos no fim do mês as consequências dos milhares de milhões da maior burla bancária conhecida em Portugal. Não vou por isso escrever muito sobre o assunto, mas recomendar que leiam os artigos sobre o assunto que o DN está a publicar. Talvez depois todos compreendamos que é necessário exigir a demissão de cargos públicos e a condenação dos culpados, a restituição do dinheiro roubado e a devolução dos subsídios que nos foram roubados em seu nome. Eles andam por aí.


domingo, abril 29, 2012

In PECs


O principio do fim do governo dos socretinos foi a acusação de falta de solidariedade institucional por ter apresentado o PEC IV aos seus donos da União Europeia sem ter dado cavaco ao Sr.Silva nem ao parlamento. Agora era o Passos Coelho que se preparava para fazer a mesma coisa não fosse a chamada de atenção que o Zé Seguro lhe fez durante o debate paralamentar. Será isto um bom presságio que já não falta muito para nos livrarmos também do Coelho?


sábado, abril 28, 2012

Se não é ilegal é imoral.


Jardim Gonçalves que beneficia de uma pensão mensal de 167 650.73 euros, exige 765 118,62 euros mil euros ao BCP de despesas com seguranças e de transporte, nomeadamente deslocações em avião particular, automóveis e motoristas.

Que todos se lembrem disto quando nos vierem dizer que andamos a viver acima das nossas possibilidades. Será que andamos todos ou só uma elite de gente, muita da qual devia estar atrás das grades, que se tem banqueteado com com aquilo que deveria ser de todos? Será esta divida que nos atiram para cima em austeridade e pobreza é realmente nossa ou será de quem a contraiu e dela se vem alimentando há muitos anos?
Dizem-nos que os sacrifícios são para todos, mas quem vive realmente uma vida de sacrifícios? Quem recebe uma pensão de 300 euros ou quem recebe uma de 168 mil euros.

sexta-feira, abril 27, 2012

Prepotência e estupidez

  

Depois da alegria de ontem ao ver o regresso do Es.col.a à Fontinha, hoje é a indignação de ver os funcionários da Câmara do Porto a partir vidros, arrancar sanitas, fios eléctricos e portas, tudo destruindo para finalmente emparedarem aquele espaço onde ainda há poucos dias se ensinava, se educava, se ajudava, se ria, se cantava, se sonhava e se construíam cidadãos de corpo inteiro para o futuro. Ali se aprendiam e se viviam novas formas de relacionamento, de partilha, de solidariedade. Ali se mostrava que o dinheiro não vale mais que a pessoa humana. O espaço hoje está desabitado. fechado, entaipado. Hoje nada lá acontece e procurou garantir-se que mais nada se passará. Agora só servirá como casa de ratos e monumento à estupidez de um Rui Rio, orgulhoso da sua prepotência.
Conheço alguma daquela gente que fez da Fontinha um espaço de Liberdade e por isso sei que a história da Fontinha ainda não chegou ao fim.

quinta-feira, abril 26, 2012

Abraço de pedra


De os portugueses não aguentarem mais austeridade há um ano, neste mesmo dia 25 de Abril, para o discurso da esperança no futuro mesmo quando mais e brutais medidas de austeridade foram  aplicadas e os números até agora conhecidos das contas do Estado, do desemprego e da recessão são muito piores que o previsto. Este é o Presidente da Republica que temos. Infelizmente.


Viva a Escola da Fontinha


Activistas do movimento Es.Col.A reocuparam a Escola da Fontinha, no Porto, cerca das 17h45 desta quarta-feira.  A multidão espalhou-se pelo interior da escola, pátio e rua de acesso ao estabelecimento. As pessoas abraçavam-se, dançavam e cantavam “a escola é nossa”, como se estivessem num concerto de música festiva. Agora, o colectivo Es.Col.A promete retomar as actividades culturais e sociais que desenvolvia antes do despejo.

A melhor noticia deste 25 de Abril.

quarta-feira, abril 25, 2012

Quando ver uma cara é ver o coração


Sempre que o Miguel Macedo aparecia na televisão a minha companheira sempre afirmou que não gostava nada daquela personagem porque tinha ar e cara de nazi. Embora concordando com ela também sempre soube que cada um nasce com a cara que tem, e por mais horrível que seja ele não tem culpa. Agora que é Ministro da Administração interna tenho de concluir que há gente que quando lhe vimos a cara acabamos por também lhe ver o coração. 

Abril em Portugal. Sempre


Por mais que façam ou aconteça uma coisa é certa um novo cravo de esperança chamado liberdade acabará sempre por florir. Podem reprimir os povos, mas nunca podem acorrentar os sonhos. 25 Abril, Sempre.

terça-feira, abril 24, 2012

Exibicionismo policial


«PSP prepara tolerância zero nas «manifs» do 25 de Abril. Com o 38º aniversário do 25 de Abril a aproximar-se, assim como a celebração do 1º de Maio, a PSP recebeu orientação de impedir todos os desfiles ou acções de rua que não obedeçam aos procedimentos legais para a sua realização.É uma reacção ao que sucedeu a 22 de Março, dia da última greve geral.

Quem tem de assumir a tolerância zero contra a repressão e o fascismo somos todos nós. Este clima de intimidação publica e de criminalização dos protestos mais "ruidosos" e incómodos é que têm de ser banidos e não aceites por ninguém. Em Portugal não existem factos que comprovem nem que justifiquem este clima de opressão criado por um exagerado e visível corpo de segurança policial e muito menos de repressão activa. Não é aceitável que numa sociedade que se reclama democrática e livre se utilize a provocação e a força para calar protestos e indignação perante as mentiras e o abuso de poder que este governo representa e corporiza. A criação artificial pública do medo e a justificação antecipada da repressão que pretendem praticar sobre vozes incomodas que contestam, não só as politicas assassinas deste governo, mas o próprio sistema de ditadura dos mercados exigindo uma democracia verdadeira em que o poder esteja centrado nas pessoas e não na criação e sustento dos grandes grupos económicos. Mas, a indignação não se silencia e cada vez mais pessoas sentem na pele que o roubo aos seus salários e aos seus direitos só serve para alimentar a gula e a ganância dos mercados, mesmo que isso signifique que sejam atiradas para a pobreza e a miséria. A mudança faz-se na rua com ou sem exibicionismo policial porque a única coisa de que devemos ter medo é de ter medo.

Vitores nas finanças. Não obrigado



O ministro das Finanças, Vitor Gaspar, voltou a descartar a possibilidade de pedir às instituições que compõem a troika qualquer suavização das condições inerentes ao Programa de Assistência Económica e Financeira a vigorar em Portugal.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constâncio, disse que Portugal deverá regressar aos mercados na data prevista.

A execução orçamental do primeiro trimestre está pior que a do ano passado, revelam dados divulgados hoje pela Direcção-geral do Orçamento. Há menos receita de IR, O défice do subsector Estado no primeiro trimestre foi quase o dobo do ano anterior e a despesa também registou um aumento significativo: 3,5% e na Segurança Social, onde a crise faz-se sentir quer nas contribuições recebidas, quer nas prestações pagas.

Isto de ter Vitores a mexer em dinheiro públicos parece não ser coisa boa. Um, para o PSD, passou de besta como Presidente do Banco de Portugal a bestial como Vice-Presidente do BCE. Não é bem assim que ainda por lá há quem não goste dele embora para o governo seja uma maravilha ter tal lambe botas a falar do alto do seu tacho. O outro é o Ministro das Finanças e mesmo perante os avisos, primeiro e a realidade dos números, agora, continua a negar a evidência e, como sempre acontece a realidade vai cair em cima daqueles que menos têm. É o preço que pagamos por deixarmos estes Vítores continuem o compadrio do poder.

sábado, abril 21, 2012

Justiça a gosto da Sebhora Ministra


A ministra da Justiça, em entrevista à Antena 1, admitiu que seria "uma catástrofe" se o Tribunal Constitucional chumbasse o Orçamento do Estado por causa dos cortes nos salários e nos subsídios.

Quem disse isto não foi nem a Dona Maria das hortaliças, nem o Sr. José do Talho, foi a Ministra da Justiça que defendeu que um Tribunal, e logo o Constitucional, não cumpra a sua obrigação de aplicar a lei inscrita na Constituição. Se é quem deve aplicar a justiça que defende o seu incumprimento então já não vivemos nem numa democracia nem num estado de direito, mas estamos entregues à vontade politica de gente sem escrúpulos nem moral.

Es.Col.A - Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha


Há 5 anos que existia uma escola abandonada e degradada no Bairro da Fontinha no Porto que já só era frequentada por ratos. Um grupo de cidadãos ocupou esse espaço, restaurou-o e fez dele uma zona de liberdade e democracia em perfeita colaboração e partilha com as populações desse bairro. Naquilo a que chamam de Es.Col.A, ajudam-se as crianças nos estudos, criam-se actividades para os jovens do bairro e apoio para os mais idosos de uma forma solidária e desprendida. Xadrez, Yoga, Capoeira, Musica, Dança, Bibliotecas, um sem número de actividades que deram vida e criaram esperança num espaço construído em democracia e liberdade. Num só ano o Es.Col.A passou a ser o centro daquele bairro e o único apoio de muitos que passam por dificuldades devido às desumanas políticas de austeridade e roubo a que este país tem sido sujeito. Aí se partilham refeições confeccionadas com produtos das hortas comunitárias que têm surgido na zona e se reforça a solidariedade e a cidadania. Não a solidariedade da esmola ou da caridadezinha, mas uma solidariedade feita da partilha e da união de todos. Isso parece assustar o sistema receoso que os cidadãos compreendam que existem alternativas possíveis ao mercantilismo e à subjugação aos grandes poderes económicos e que as leis só devem ser válidas e obedecidas quando forem justas. Ver nas televisões ministros a saírem sorridentes de carros de alta cilindrada pagos por todos nós, e depois policias a violentarem cidadãos para lhes retirar aquilo que construíram com as suas próprias mãos é uma imagem que só nos pode causar repulsa e indignação.

Exige-se por isso que o poder aceite a soberania dos cidadãos sobre as suas terras, bairros e cidades e que, se não são capazes ou não têm a vontade de os apoiar, pelo menos não envie os seus cães de guerra para impedir a sua auto-organização.

Exige-se que o Es.Col.A da Fontinha seja devolvida ao bairro e aos seus habitantes.
"O Es.Col.A não será nunca despejado, porque não se pode despejar uma ideia".

http://indignadoslisboa.net

sexta-feira, abril 20, 2012

Um Portugal exempl'ar



O ministro Vítor Gaspar defendeu que Portugal deve servir de exemplo para todos os que apoiam políticas expansionistas, baseadas no investimento público, concluindo que esse exemplo não deve ser repetido. O ministro português participou numa conferencia em Washington e foi lá que sustentou que os cortes na despesa são preferíveis ao aumento de impostos porque não afetam o crescimento económico.

Não me parece nada que prove a inviabilidade de politicas expansionistas baseadas no investimento público. Prova sim que os dinheiros que em certa altura, a troca da destruição do sistema produtivo, quer na industria como na agricultura, choveu em Portugal foi, bem investido em algumas coisas e muito mal em muitas mais. Se tivesse sido investido na industria, na agricultura, no ensino e na saúde e não em BPN's, BPP' e outros da mesma laia, se tivesse procurado melhorar os serviços e as empresas públicas em vez de as utilizarem como emprego para boys e corrupção para depois, sob o nome de privatizações, as oferecerem aos Bancos e aos grandes grupos financeiros, nada prova que esse investimento não seria bem sucedido. É que não sendo público, o investimento tinha de ser privado e não se vêm muitos com vontade de investir.

Uma Missa para o Macedo


Gestão de Paulo Macedo chumbada, diz estudo ‘Os Portugueses e a Saúde’. Inquérito ‘Os Portugueses e a Saúde’ dá nota negativa ao desempenho do ministro da Saúde, Paulo Macedo. Um em cada três entrevistados considera “mau ou muito mau" e cerca de 50 por cento considera que está a ser feito um trabalho “muito mau”, no ministério da Saúde.

Está na hora de lhe rezarmos uma missa de finados antes que seja ele a dar a extrema unção ao Serviço Nacional de Saúde.

quinta-feira, abril 19, 2012

Ir a espanha para libertar o gás.


O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, está em Madrid para analisar com o ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo, o dossier da energia. O encontro com José Manuel Soria, marcado para as 17 horas, pretende, analisar «todo o dossier» relativo ao sector da energia. O Governo comprometeu-se a criar condições para o aumento da concorrência no sector do gás, com o objectivo de reduzir o preço, no dia em que de manhã o regulador propôs um aumento das tarifas de 6,9 por cento.


Ainda me lembro quando se falava do Mercado Ibérico da Electricidade e de como isso iria produzir concorrência e a baixa dos preços. Uma concorrência tão útil que o preço da electricidade aumenta exponencialmente. Ou a famosa concorrência na gasolina que não pára de subir. Agora é a vez do gás ser libertado nas mãos dos mercados pelo nosso Super-Álvaro.
Enquanto não se entender que existem bens essenciais, bens que não podem estar sujeito ao livre arbítrio, à ganancia e à avidez, que têm de servir as pessoas e não os mercados esta espiral de loucura só tende a aumentar. Perceber isto é perceber que o discurso do inevitável deixa de o ser para se tornar no discurso do assim não pode ser para a inevitabilidade passar a ser a busca de outras alternativas e a prática de outras soluções.

A "Madame" do bordel


O secretário-geral da UGT, João Proença, ameaçou hoje denunciar o acordo de concertação social se o Governo continuar a não o cumprir, adiando as medidas para o crescimento e o emprego. «Deixo um aviso claro ao Governo e aos empregadores: ou respeitam na íntegra o acordo tripartido ou a UGT denuncia o acordo», disse Proença em Conferência de imprensa. "O desemprego aumentou num ano cerca de 20 por cento mas parece que a única preocupação do Governo é a desregulação laboral e a redução das prestações sociais". Embora garanta que não denunciará o acordo no curto prazo, também diz que tudo depende do clima social. Se o desemprego continuar a aumentar ao ritmo dos últimos meses tudo se pode “precipitar”.


Isto é o que se chama cuspir no prato onde se andou a lambuzar. Este odioso personagem que serviu de moleta e propaganda a este neo-liberalismo vampiro de promover o despedimento, a precariedade e o trabalho sem direitos vem agora armar-se em defensor não se sabe muito bem do quê. Será medo que o "Clima social" lhe caia em cima, o governo está a demorar a garantir-lhe um abastado futuro ou tem medo que os trabalhadores não compareçam no seu 1º de Maio? Calem a boca a esta coisa que quase me apetece vomitar quando ele abre a boca.

quarta-feira, abril 18, 2012

Um palhaço real no Botswana


Enquanto a Espanha está sob pressão dos mercados, aproximando-se de uma quase inevitável ajuda externa e os Espanhóis sofrem um violento aumento da austeridade e onde o desemprego já ultrapassa os 24%, a viagem do rei Juan Carlos de Espanha ao Botswana, para caçar elefantes, durante a qual sofreu uma queda e fracturou a anca, continua a suscitar uma imensa indignação.

Pode ser rei ou o raio que o parta, se caiu e partiu a anca enquanto se divertia a matar por simples prazer um animal majestoso como é um elefante. então devia era ter partido os cornos de vez.

Se ainda escutas a alegria de viver ouvirás o sinal para ficar (ES.COL.A)


Declaração Conjunta de Apoio
Lá do Alto da Fontinha dá vontade de planar. Vê-se outra cidade a ser construída. Tijolo a tijolo, dia-a-dia, mão a mão, sorriso por sorriso. Aquilo que parecia um abismo – uma escola vazia, abandonada e arruinada – tornou-se o próprio espaço do sonho.
Com os pés assentes na terra, constrói-se a solidariedade, o espiríto comunitário, uma ideia de utilidade pública alicerçada na ajuda mútua e na partilha livre do conhecimento. Ali faz-se ainda a democracia directa e participativa que falta. Ali aprende-se a estar vivo. Ali vê-se que a crise que nos quer amedrontados e pieguinhas, foge a sete pés. Não, nem a crise, nem um rio seco e sequioso, nem as cajadadas dos falsos democratas, vão estancar o fluxo desta Fontinha…
Neste momento decisivo, por uma exigência recíproca, cada um deve colocar ao outro as questões humanas e colectivas essenciais.
Esta declaração conjunta de apoio ao Es.Col.A já foi abraçada por dez colectivos e associações, e está aberta a mais adesões de quem quiser e quando quiser. Escreve-nos!
Lá do alto, diremos à cidade que rejeitamos o despejo decretado pela actual gestão do Município do Porto e estenderemos a mão a quem veio por bem e para ficar.

Abaixo reproduzimos a última CARTA ABERTA do Es.Col.A. que fala por si e por todos nós.

A promessa de suspensão do despejo do Es.Col.A revelou-se um logro. Politicamente forçada a dialogar com os ocupantes da antiga Escola Primária do Alto da Fontinha, a Câmara Municipal do Porto (CMP) mais não queria do que anunciar que o despejo se mantinha, embora adiado. Em reunião com dois delegados da Assembleia do Es.Col.A, os representantes da câmara exigiram que o projecto assinasse a sua sentença de morte, traduzida num contrato de aluguer com fim em Junho. A continuidade imediata do Es.Col.a dependeria da assinatura desse papel.
Recapitulando: a 10 de Abril de 2011, um grupo de pessoas ocupou a antiga escola primária do Alto da Fontinha, devoluta e abandonada há mais de cinco anos pelo município que a devia manter. Depois de um mês de ocupação do espaço e já com inúmeras actividades a decorrer, a CMP mandou a polícia despejar violentamente os ocupantes e emparedar o edifício. Depois de um longo processo negocial, o Es.Col.A voltou à Escola da Fontinha onde se mantém até hoje, com a indiferença da CMP.
Esta farsa é, para nós, inaceitável, tal como o é o despejo em si - seja agora, em Junho, ou em qualquer altura. Perante quem tem, repetidamente, falhado no cumprimento da sua própria palavra e que entende o ultimato como forma de negociação, a posição do Es.Col.A só pode ser a de não aceitar a decisão de despejo. Fazê-lo seria desistir do sonho com que partimos para esta aventura, o de transformar as nossas vidas com as nossa próprias mãos, ensinando e aprendendo com quem se cruza connosco, nas ruas da Fontinha.
Porque o Es.Col.A, muito mais do que uma escola, é um laboratório dum mundo já transformado, resistiremos.
Precisamos do sentido solidário de toda a gente que se identifica com o projecto. Em todo e qualquer lado, que a ocupação e a libertação de espaços sejam a resposta generalizada ao ataque às iniciativas de emancipação popular dum sistema que prefere a propriedade, mesmo que abandonada, ao usufruto, mesmo que colectivo.
Que a moda pegue! ai, ai

terça-feira, abril 17, 2012

Impostos e a curva de não sei quem


Há uns tempos ouvi um daqueles economistas que as televisões gostam de por a debater para no fim todos chegarem à mesma conclusão, o inevitável sacrifício dos nossos direitos, falou da Curva de um outro economista qualquer que nem tenho paciência para ir procurar o nome, que demonstrava que existe um ponto a partir do qual o aumento de imposto não produz mais receita, pelo contrário a reduz. Com muitos impostos a economia estagna, cresce o desemprego, as famílias têm menos rendimento disponível para gastar, reduz-se o consumo e baixam as receitas dos impostos. Isto é, há um ponto a partir do qual não se pode espremer mais a vida das pessoas porque já não deita sumo. Não me parece que seja necessário ser economista, ou esperar que venha um inventar uma curva num gráfico para nos dizer isso pois é uma evidência. Só para este Gaspar e este governo parecem acreditar que não existe lógica no pensamento económico e que a mesma causa nas mesmas situações podem dar resultados diferentes. Pagamos nós hoje e ainda vamos ter de pagar muito mais quando esta politica criminosa estourar.

Discurso mal cheiroso


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou em entrevista à revista brasileira "Veja" que a actual situação da economia portuguesa foi gerada por "más decisões internas", que nada têm a ver com a política europeia. "Os desequilíbrios existentes em Portugal são resultado de más decisões tomadas por nós mesmos. Usámos mal o dinheiro, seleccionámos mal os projectos de obras públicas, aumentámos os impostos, não abrimos a economia. Os líderes europeus não agravaram os nossos problemas, pelo contrário, ajudaram-nos".
O primeiro-ministro defendeu ainda que a crise deve ser encarada como uma "oportunidade" para corrigir, entre outros erros, os "desvios existentes nos serviços sociais".

Para quem disse que nunca recorreria ao discurso de culpar o passado para desculpar a sua governação não está mal. Já não culpa só o governo do Sócrates, vai até ao próprio Cavaco e as suas politicas quando chovia dinheiro da Europa. Tem razão, aí há muitas culpas, mas não espere que nos esqueçamos que foi líder da JSD, deputado e sempre defendeu as politicas do seu partido quando este foi governo. Mudam-se os tempos, mudam-se os sapatos para engraxar. Agora são os da Merkosy e do grande poder financeiro. Mas, mesmo vivendo uma crise que só é culpa dos outros ele vai transformar esse fardo que lhe atiraram para cima numa oportunidade para acabar com as politicas que arruinaram este país. Não a merda que fizeram a banca e os mercados, não a destruição do sistema produtivo imposto pela Europa, mas as politicas sociais. A culpa é dos mais pobres, dos desempregados, dos pensionistas, dos doentes. Para ele foram estes que esbanjaram o dinheiro do país e o conduziram à bancarrota. Cheira mal quando esta personagem fala.

segunda-feira, abril 16, 2012

Uma Segurança Social para ricos e outra para pobres


A Segurança Social pode evoluir para um sistema misto público/privado, disse neste sábado o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares. «É importante podermos introduzir mudanças que garantam uma base pública do sistema de Segurança Social, que a base essencial seja pública, mas que ao mesmo tempo seja dada liberdade de escolha, nomeadamente às novas gerações». Liberdade de poder descontar-se para o sistema público ou para outros sistemas como mutualistas ou privados, explicou. E isso, para Pedro Mota Soares, significa «introduzir limites nas contribuições mas, acima de tudo, introduzir limites nas pensões que são pagas pelo Estado».

Este governo continua a por em prática a sua agenda neo-liberal de destruição da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde e agora da Segurança social. Há muito que os grandes grupos económicos se babam pelos dinheiros da Segurança Social e há muito que a desculpa da insustentabilidade do sistema é utilizado para promover a sua destruição. Em todos os governos este assunto é levantado, aumenta-se a idade da reforma, diminuem-se as prestações sociais e todos garantem que dessa forma a sustentabilidade está garantida para as próximas décadas, até chegar o governo seguinte e tudo voltar ao principio. Agora é a solução é criar um limite máximo para as pensões pagas pelo estado para reduzir a despesas. como se isso não faça reduzir também as contribuições e com isso as receitas dessa mesma Segurança Social. Esse dinheiro passa a ir para os Privados que podem garantir o pagamento daquilo que o estado não pode. Ninguém questiona que os mesmos descontos no Estado não cheguem para pagar as pensões mas nas mãos dos privados dêem enormes lucros. É que, mesmo nas mãos do Estado a Segurança Social acaba sempre com lucros o que para o neo-liberalismo é um horror. Milhares de milhões que podiam colocar nos seus bolsos a serem utilizados para o bem comum.

domingo, abril 15, 2012

O Narciso

Já todos vimos muitos Narcisos por aí, embora poucos tão Narciso como o Paulinho das Feiras. O que nunca tinha visto é um que fuja de mostrar a cara. Não que esteja em desacordo com as politicas deste governo, mas não está com muita vontade de ser visto como seu mentor. A imagem sempre foi mais importante e deu mais votos que a honestidade e ele sabe-o muito bem.

Super-amontoados


Ainda sobre as prisões, embora superlotadas e mal equipadas ainda se destingem de alguns países em que o superlotado se transforma em super-amontoado. Talvez por isso os nossos governos olhem com tanta displicência para o crime de corrupção, pois se prendessem todos os corruptos também Portugal transformaria o lotado em amontoado. Ou, se calhar não é por isso?

sábado, abril 14, 2012

Desafinado


A disciplina de voto dos Deputados na Assembleia sempre foi algo que me causou alguma estranheza num regime que se apelidava de Democrático por ser limitativo da liberdade e da consciência de cada um. Pareceu-me por isso bem quando na altura da sua eleição o To-zé Seguro tivesse afirmado que iria libertar os deputados do PS dessa disciplina que só seria obrigatória para promessa eleitorais e para garantir a governabilidade do país. Mas, como todos os lideres fracos rapidamente as boas intenções se desvaneceram nessa fraqueza e emergiu a necessidade de se impor pela força do cargo. Uma deputada já foi publicamente repreendida por ter votado contra as aberrantes leis do trabalho deste governo e agora vai impor a disciplina de voto a oito deputados que tinham afirmado ir votar contra o novo tratado europeu imposto pela Merkel e Cª.Lda. Infelizmente há, não só no governo, mas também por toda a oposição muito medo da liberdade individual e da democracia sem correntes e é por isso mesmo que a necessidade de uma democracia verdadeira e livre é essencial e urgente.

Silencio e realidade


«Tenho que dizer muito claramente que lamento profundamente que tenha sido tornada pública uma carta que fornece informação a quem não devia, isso indica debilidades que podem ser aproveitadas, pondo em causa a segurança», sublinhou a ministra, garantindo que o Ministério da Justiça irá «apurar responsabilidades» nessa matéria. Paula Teixeira da Cruz falava aos jornalistas a propósito da divulgação de uma carta enviada ao director-geral dos serviços prisionais pelos chefes do corpo da guarda prisional em que se alerta para um cenário de ruptura nas cadeias, nomeadamente sobrelotação, torres de vigia desactivadas em cadeias, por falta de pessoal e carrinhas avariadas.

A Ministra parece preferir que a verdade seja calada e que ninguém saiba o estado em que se encontram os estabelecimentos prisionais utilizando o argumento da segurança. Quer-nos fazer acreditar que quem vive nas prisões, sejam eles presos ou guardas, não sabem as condições em que vivem nem aquilo que se passa por lá, quando na verdade o que pretende é esconder a realidade em que o sistema que tutela se encontra. Se existem funcionários das Finanças que já não podem sair para fazer avaliações ou penhoras por não haver dinheiro para a gasolina ou os policias que não fazem as rondas por os carros estarem avariados não podemos estranhar que neste recanto obscuro e que todos procuramos esquecer que existe que são as prisões também não haja dinheiro para nada. Quem só sabe fazer cortes e impor austeridade era bom que não se esquecesse que quem planta ventos colhe tempestades e elas, mais cedo ou mais tarde são vistas e sentidas por todos por mais que a tentes esconder ou silenciar.

sexta-feira, abril 13, 2012

As novas ditaduras na Europa do Sec.XXI


José Durão Barroso, antigo primeiro-ministro de Portugal e actual presidente da Comissão Europeia alertou os sindicatos e movimentos populares na Europa que, se não aceitarem os pacotes de austeridade, se podem instalar ditaduras militares em Espanha, Grécia e Portugal.

Quero acreditar que o "Cherne" nos está a avisar e não a ameaçar. Quero mas tenho dificuldade porque o que nos pede é que aceitemos abdicar dos nossos direitos e da nossa liberdade para evitarmos que nos tirem esses direitos e essas liberdades e a razão para termos de fazer esta escolha vem da politica económica e neo-liberal que ele próprio defende. O que nos está a dizer é que aceitemos bovinamente a pobreza, o fim dos direitos laborais e sociais ou então nos põem a bota cardada em cima. Se isto não é uma declaração de guerra e o desrespeito total pela já minimalista democracia que temos então não sei o que será. Sinais não faltam, desde a nova lei que em Espanha pretende criminalizar e até associar ao terrorismo quem faça desobediência civil pacifica ou em Portugal quando se procura diabolizar e provocar os movimentos sociais que se recusam empacotar-se na "contestação bem comportada" e inócua dos partidos mais è esquerda da nossa Democracia Par(a)lamentar. Já vivi no tempo de uma bota, a salazarenta, e não tenho vontade nenhuma de viver debaixo de outra pelo que não me vou calar nem deixar de lutar por todos os meios à minha disposição pelo fim deste sistema e destas politicas.
De tudo isto há pelo menos uma coisa positiva, é a demonstração de que os movimentos sociais, pacíficos, apartidários e que defendem uma nova forma de democracia mais verdadeira os começa a assustar. Como sempre o poder ameaçado responde com violência, mas não há força bruta que alguma vez vença a força da razão. Pode oprimi-la, mas um dia, mais cedo ou mais tarde, vence sempre.


Um aborto laranja


A inseminação artificial segundo Passos Coelho

Passos Coelho descobriu um destino a dar aos serviços públicos de excelência, divide-os em bocados pequenos e usa estes para os inocular nos outros serviços que apresentem problemas de qualidade, isto é, usa-os num processo de inseminação artificial com vista à sua clonagem.
Esta é a teoria do Passos Coelho que entende que os portugueses são idiotas, a realidade é outra, ao desmembrar os serviços de excelência está a destruí-los e a promover a competitividade dos serviços privados. Ao encerrar a Maternidade Alfredo da Costa o governo está a promover o negócio das maternidades privadas que em tempos já floresceu em Lisboa. Só que a partir de determinada altura a classe média e os mais endinheirados percebeu que era melhor esquecer a criadagem dos hospitais privados e apostar na qualidade dos públicos, o negócio privado caiu.
Um serviço público de excelência não tem boas equipas por coincidência, é o resultado de um processo que demora anos, a qualidade atrai profissionais de qualidade mesmo quando a remuneração não é estimulante, as equipas de qualidade criam condições para investigar e promover novas técnicas e o uso de novas tecnologias. Ao distribuir as equipas da MAC o governo não está a destruir excelência, está a destruir o ambiente que favoreceu essa excelência e está a criar condições para que os hospitais privados contratem os excelentes médicos da MAC que não vão querer servir para "inseminação".
O que Passos Coelho pretende não é melhorar o SNS ou poupar dinheiro, é destruir a concorrência que um serviço público de excelência faz ao sector privado, é isso que o irmão Macedo pretende, conseguir com o que não conseguiu como gestor da MEDIS; assegurar que o sector privado passa a ser competitivo e ter uma grande fonte de receitas num sector onde ficou sem clientela, a maternidade.
Texto "roubado" ao blog "O Jumento"

quinta-feira, abril 12, 2012

quarta-feira, abril 11, 2012

Uma questão de confiança


O congelamento das reformas antecipadas foi feito sem conhecimento do público. "Se o Governo tivesse comunicado com grande antecedência que ia proceder nesse sentido, evidentemente que o objectivo que pretendia seria furado pelo recurso ainda mais intenso a esse mecanismo", disse o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. "A decisão que o Governo tomou teve apenas a preocupação de garantir que o efeito que o recurso a pensões antecipadas estavam a ter sobre o orçamento da Segurança Social não pusesse em risco a execução do nosso orçamento para este ano". "Esta é daquelas medidas que os governos ou tomam, e têm de ser assim, ou não tomam".

Curiosa filosofia esta em que um governo considera que há medidas que devem ser escondidas aso cidadãos, quebrando uma relação de confiança que deve existir entre ambos. Vindo de quem vem, que já provou que mentir e enganar não é coisa que o incomode muito, não é coisa que possamos estranhar e, se lhe juntarmos a incompetência e desumanidade de que já deram provas mais que suficientes, só prova mais uma vez mais aquilo que aqui digo há muito tempo, que este governo já não tem legitimidade para governar e já devia ter sido demitido. Se não temos um Presidente, e não temos, com coragem para o fazer cabe aos cidadãos fazer ouvir a sua voz e correr com esta canalha.

terça-feira, abril 10, 2012

Os Artistas da mentira


O primeiro-ministro admitiu, numa entrevista ao jornal alemão “Die Welt”, que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013 e lembrou que se for necessário está garantida a ajuda financeira do FMI e da União Europeia.

O ministro-Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, garantiu que “Portugal está e vai conseguir cumprir o programa” da troika e que “em Setembro de 2013 voltará aos mercados”.

Há o discurso para estrangeiro ouvir e outro para enganar os portugueses. Embora tentem continuar a atirar areia para os olhos de todos nós, já é evidente que Portugal vai receber uma nova ajuda e com ela um novo acordo com a Troika o que equivale a mais sacrifícios, mais austeridade e mais perda de direitos . Podemos por isso esperar mais pobreza, desemprego, precariedade e miséria se nada for feito e os únicos que o podem fazer somos todos nós. Vem aí o 25 de Abril, o 1ºMaio e a Primavera Global com o dia 12 como epicentro de todos os protestos e todas as alternativas. Só com todos a ocuparem as ruas e os espaços públicos poderemos correr com esta canalha e derrubar este sistema e implantar uma democracia verdadeira em que a nossa palavra e os nossos desejos sejam respeitados.