«Não declarei, nem declaro, qualquer apoio a Cavaco Silva». As palavras são de Pedro Santana Lopes, num artigo de opinião publicado esta terça-feira no Diário de Notícias.
O ex-primeiro-ministro reafirma que não vai votar em qualquer outro candidato fora do seu espaço político, mas diz que Cavaco entenderá que não revele um apoio público à sua candidatura porque, diz Santana, ele «também não declarou qualquer apoio em Fevereiro de 2005». (in http://www.portugaldiario.iol.pt/)
Pedro Santana Lopes insiste em escrever artigos de opinião. O Diário de Notícias insiste em publicá-los, convertendo-se assim dos mais cómicos pasquins (como se já não lhe bastasse ter um dos melhores cómicos da nossa praça, o Luís Delgado). Não hão-de os humoristas portugueses andar escondidos e acabrunhados, em crise de inspiração, face à veia destes opinion makers que abundam por aí. Realmente algo está a mudar no Diário de Notícias, era um jornal sério e agora é um jornal humorístico.
Mas já que é de humor que se fala, e em ano comemorativo, as palavras de Santana Lopes lembram-nos a célebre anedota de Bocage para escusar a dama que se descuidou, qualquer coisa como: o peido que esta senhora deu, não foi ela, fui eu. Senão vejamos como desenvolve complexamente o seu raciocínio: Ao afirmar publicamente que não apoiará publicamente o candidato em que vai votar (que não diz qual é mas é como se dissesse: não vai votar em qualquer outro candidato fora do seu espaço político, o que, por exclusão de partes, vai dar no único candidato que ocupa o seu espaço político – Cavaco Silva), na verdade, Santana Lopes está precisamente a confessar publicamente, embora por portas travessas, que acabou mesmo por dar o peido que não queria dar. Ou seja, acaba de confessar que embora ache que Cavaco na presidência vá criar “sarilhos institucionais”, porque não se quis desdizer, ele, Santana Lopes, vai votar no Cavaco, como provavelmente também o Alberto João Jardim irá votar no Silva. Faz de conta que não o disse publicamente, mas o que é certo é que ficámos todos a saber em quem Santana votará, tanto quanto sabemos que quem deu o traque foi realmente a dama e não Bocage. Ambos, Bocage e Santana, quiseram ser airosos, sair-se bem da situação. Mas parece-nos a nós que o Bocage se saiu melhor, pois ao menos ficámos a saber que não foi ele que se peidou. Quanto ao outro, já estamos habituados a que não tenha qualquer tacto. Sempre foi assim: bujarda para fora e, quando tenta compor o ramalhete, só sai mais asneira.
O ex-primeiro-ministro reafirma que não vai votar em qualquer outro candidato fora do seu espaço político, mas diz que Cavaco entenderá que não revele um apoio público à sua candidatura porque, diz Santana, ele «também não declarou qualquer apoio em Fevereiro de 2005». (in http://www.portugaldiario.iol.pt/)
Pedro Santana Lopes insiste em escrever artigos de opinião. O Diário de Notícias insiste em publicá-los, convertendo-se assim dos mais cómicos pasquins (como se já não lhe bastasse ter um dos melhores cómicos da nossa praça, o Luís Delgado). Não hão-de os humoristas portugueses andar escondidos e acabrunhados, em crise de inspiração, face à veia destes opinion makers que abundam por aí. Realmente algo está a mudar no Diário de Notícias, era um jornal sério e agora é um jornal humorístico.
Mas já que é de humor que se fala, e em ano comemorativo, as palavras de Santana Lopes lembram-nos a célebre anedota de Bocage para escusar a dama que se descuidou, qualquer coisa como: o peido que esta senhora deu, não foi ela, fui eu. Senão vejamos como desenvolve complexamente o seu raciocínio: Ao afirmar publicamente que não apoiará publicamente o candidato em que vai votar (que não diz qual é mas é como se dissesse: não vai votar em qualquer outro candidato fora do seu espaço político, o que, por exclusão de partes, vai dar no único candidato que ocupa o seu espaço político – Cavaco Silva), na verdade, Santana Lopes está precisamente a confessar publicamente, embora por portas travessas, que acabou mesmo por dar o peido que não queria dar. Ou seja, acaba de confessar que embora ache que Cavaco na presidência vá criar “sarilhos institucionais”, porque não se quis desdizer, ele, Santana Lopes, vai votar no Cavaco, como provavelmente também o Alberto João Jardim irá votar no Silva. Faz de conta que não o disse publicamente, mas o que é certo é que ficámos todos a saber em quem Santana votará, tanto quanto sabemos que quem deu o traque foi realmente a dama e não Bocage. Ambos, Bocage e Santana, quiseram ser airosos, sair-se bem da situação. Mas parece-nos a nós que o Bocage se saiu melhor, pois ao menos ficámos a saber que não foi ele que se peidou. Quanto ao outro, já estamos habituados a que não tenha qualquer tacto. Sempre foi assim: bujarda para fora e, quando tenta compor o ramalhete, só sai mais asneira.
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