sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A cenoura

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O cómico do luís Filipe Menezes, veio colocar uma cenoura à frente do Pinto Balsemão ao afirmar que se for Primeiro-ministro (vêm porque é que eu digo que ele é um cómico), acaba com publicidade na RTP. Nessa entrevista na SIC a compensação à RTP pelo fim da publicidade pagava-se com uns quilómetros de auto-estradas, já na de hoje, não havia necessidade de pagar nem com uns metros de estrada municipal. Duvido muito que o Balsemão se deixe seduzir por esta miragem, não por não lhe ser apetitosa, mas por ser miragem. Mesmo assim o Gaiato já vai em duas entrevistas na SIC e mais uma não sei em que canal, ou seja três entrevistas em televisões numa só semana. Para quem se queixava de o Socretino ter dado uma não é mau. Ou melhor, é mau para ele, Menezes, que sempre que fala perde votos e faz aparecer sempre mais um correligionário do seu partido a desancá-lo. Como todos sabemos que o Balsemão até se baba por publicidade, quem não se lembra do ultimato do BES de lhe retirar toda a sua publicidade dos seus órgãos de informação se continuasse a dar noticias dos escândalos e a mostrar que era sempre o BES o banco por detrás das trafulhices, e de como agora basta abrir o Expresso para ver diversos anúncios ao banco de página inteira. Todos sabem que a melhor forma de o conquistar é com a cenoura da publicidade, mas brevemente deveremos poder tirar todas as dúvidas. Quando for a realização de mais uma reunião dos Bilderberg logo veremos quem convida o Balsemão para estar presente. Em 2007 quem esteve por lá foi o Lider Parlamentar do PS, Augusto Santos Silva.

PS: Quem desejar aqui fica um decomentário EndGame de Alex Jones (link gentilmente enviado pelo amigo Fly do Blog " O Marafado) sobre os sinistro Bilderberg.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Grande Europa

Milhões para galifões

«O Parlamento Europeu está a ser abalado por um escândalo que envolve pagamentos fictícios, fugas à segurança social e transferências ilegais para partidos políticos.
Segundo uma auditoria de 2006, foram gastos 140 milhões de euros em operações indevidas, um documento que alguns eurodeputados não querem ver publicado. »
in Tsf
«O porta-voz dos eurodeputados socialistas portugueses, Paulo Casaca, já lamentou a denúncia feito pelo eurodeputado britânico: "Aquilo que fez o meu colega britânico, que veio para imprensa dizer que há colegas seus que deveriam ir para a prisão, armando-se em investigador, procurador e juiz" é "lamentável", ainda mais porque faz acusações sem dar oportunidade aos acusados de se defenderem, fazendo uma "justiça popular instantânea"».
in Tsf

Pois é, e isto parece que origem numa auditoria que investigou as contas de 160 eurodeputados tirados à sorte. Se pensarmos que são mais de 700 e se mantiver a média a coisa vai muito para cima dos 500 milhões. Curioso que este parlamento necessite de dois meses para estudar a auditoria para só depois decidir se deve ou não ser aberto um inquérito. Até lá nós, aqueles que eles dizem representar, não devemos saber de que aldrabices são aquelas gentes acusadas. Já a minha avó me dizia que quem não deve não teme, pelo que esta vontade de secretismo não deixa de ser estranha, ou talvez não. Lá como cá, parece que o monstro burocrático está instalado para atirar para labirintos infinitos aquilo que se quer silenciado. Será que fomos nós que lhes transmitimos o vírus da impunidade ou é doença que sempre reinou na bela Europa?
Há muito que não me revejo nas políticas e nas posições deste governo e mesmo deste Estado que é Portugal, mas nasci cá, é a minha terra, onde está a minha língua, a minha história e a minha gente pelo que não posso desistir dela, mas à Europa não devo nada porque nunca lhe pedi nada. Não tenho de aturar a sua autoridade, as suas directrizes nem o seu capitalismo. Se esta é a Europa que têm para partilhar então não a quero. Basta ver que uma União em que nomeia o Durão Barroso como Marioneta de Presidente da Comissão Europeia, diz tudo.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

Quem se mete com certos "Playboys", leva

A porta do Coelhinho

Ana Gomes publicou no blog "Causa Nossa" um texto sobre a promiscuidade entre um certo PS e Paulo Portas. Sem querer defender o Jaime Silva que me parece ser tão mau Ministro da Agricultura como o é das pescas, é importante mostrar que há muita coisa escondida debaixo do tapete. A fortuita passagem por esquadra de bairro e quem se mete com o Paulo Portas (e com o PS do Jorge Coelho), leva, mostra bem de que PS estamos a falar.

«Olha, olha! Uma espécie rara: um ministro de um Governo PS sem medo de denunciar de forma contundente a impunidade - política e criminal - de que há muito tempo, escandalosamente, vem beneficiando o Dr. Paulo Portas!

O ministro Jaime Silva tem o meu apoio e aplauso. Mas vai precisar de muito mais do que isso. É que no PS há gente com velhas e enraizada cumplicidades com o Dr. Paulo Portas, como se percebeu no derrube da direcção Ferro Rodrigues/Paulo Pedroso. Como se percebe nas escutas do processo Portucale - que agora o novo Código de Processo Penal, muito oportunamente, impede a imprensa de transcrever. Gente que quando vê Paulo Portas em apuros, seja no tribunal da Moderna, nas investigações do Portucale, ou de fortuita passagem por alguma esquadra de bairro, sempre dá um jeito, discreto, de lhe estender a mão.
Para não falar de quem assistiu, impávido, sem mexer um dedo, à gestão ruinosa de Paulo Portas no Ministério da Defesa, deitando-nos abaixo os aviões A400-M, levando-nos ao fundo nos submarinos e arranjando-nos um inferno às ordens de Rumsfeld - que hoje persiste no esforço de encobrimento dos "voos da tortura". E de quem, com altas responsabilidades estatais, hoje guarda silêncio e nada faz diante das notícias do frenético fotocopianço das horas da despedida de Paulo Portas pelo Restelo, em despudorada violação das mais elementares normas de segurança do Estado.
Ministro Jaime Silva, olhe que quem se mete com o Dr. Paulo Portas, tal como com um certo PS, leva. Costuma levar. Mais tarde ou mais cedo. Eu, se fosse a si, começava a cuidar da retaguarda.»

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Cromos - Tan.Tan e Milu

Tan-Tan e Milu

Só porque Milu é nome de Ministra e porque me apeteceu.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

Os amores de um Socretino mas não só

Adorador de Professores

«José Sócrates, que falava no encerramento das jornadas parlamentares do PS, que decorreram na Guarda, aproveitou para deixar alguns elogios aos professores, nomeadamente a "vitória" dos docentes em levar mais alunos para o ensino básico e secundário. "Pela primeira vez nos últimos dez anos, temos mais alunos no ensino básico e secundário", "esta foi talvez a maior vitória da escola pública e dos professores que conseguiram atrair pessoas para as escolas". "Apesar da controvérsia, estes são os números e devem-se ao esforço dos professores e da escola pública", sublinhou. Além disso, continuou o primeiro-ministro, "nos últimos anos registou-se uma redução do insucesso escolar, também devido ao esforço dos professores e das escolas. »
in “
RTP

Afinal o Sócrates gosta imenso dos professores e nós não sabíamos. Quem se lembra de como esta Ministra arrastou pela lama os professores, deve pensar que o Engenheiro andou tão distraído que nem viu o que a Sinistra disse e fez com aquela que considero ser uma das mais nobres profissões que existe, (posso dizer isto porque não sou professor nem tenho familiares que o sejam). Afinal o Engenheiro adora os professores e admira-os imenso. Claro que neste país somos um povo muito maldoso e que estamos sempre a pensar que todos nos querem enganar. Já estou a ver toda a gente a pensar que ele não está a falar do fundo do coração, a dizer que este não é um amor sincero. Muitas vozes maldosas vão dizer que só esteve uma hora a falar de educação e a passar a mão pelo pelo dos professores, porque anda preocupado com o volume de manifestações e protestos que estão a ocorrer um pouco por todo o país. Muitos vão dizer que ele teme que, após a vitória dos protestos contra o Correia de Campos no caso das Urgências, uma nova vitória dos protestos dos professores possa mostrar ao povinho que vale a pena lutarmos por aquilo que consideramos ser justo, que têm força suficiente para vergar governos, mesmo que à sua frente esteja um Engenheiro arrogante, teimoso e que não olha a meios nem a hipocrisias para impor as suas ideias. Muitos vão descobrir que afinal não vivem num mundo de inevitabilidades, que afinal o nosso fado é só uma música e não um destino traçado. Acreditar que é possível lutar por um futuro melhor. Mesmo assim lanço aqui um desafio ao Engenheiro, se quer que acreditemos nele, demita a Sinistra Ministra e pare as reformas que está a fazer, até ouvir os professores. Todos queremos um ensino melhor, então oiçam-se todos para que a escola pública possa ser um local de educação e não uma fábrica de mão-de-obra barata.

PS: Quem sabe não devemos começar por exigir já um referendo ao Tratado Europeu?

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Gaiato, O revolucionário

O gaiato revolucionário

«Luís Filipe Menezes defendeu hoje, após um encontro com a Fenprof, a suspensão da avaliação dos professores, considerando "uma questão nuclear" que o sistema proposto pelo Ministério da Educação seja corrigido para que fique "fora da tutela governativa".
Luís Filipe Menezes alerta que "se fosse por diante" o sistema de avaliação projectado pelo Executivo "milhares de portugueses que hoje são livres passariam a depender de uma forma determinante da vontade dos governantes de circunstância".»
in "Publico"

Que o Menezes estivesse contra as medidas da Sinistra Ministra, seria bom, mas não vale a pena chamar-nos de estúpidos. Todos sabemos que o Luís Filipe Menezes e o PSD se estão nas tintas para a Fenprof e já agora para todos os professores. O Menezes o que quer é poder e aceita fazer pactos e até aceita apertar a mão ao diabo para o ter. Até hoje não vi o PSD apresentar nenhuma alternativa a políticas do governo que não seja em colagem a protestos da opinião pública. E, nem aí mostra alternativas, só se junta ás vozes dos que já protestam sem apresentar qualquer ideia alternativa. Num dia diz que destrói o estado em seis meses, para logo a seguir dizer que não fecharia nenhum serviço público.
Todos sabemos que estas medidas que estão a ser tomadas por esta Ministra são a ruína do sistema de ensino e vão hipotecar o futuro de muitas gerações deste país, todos temos de nos congratular todos os apoios que surjam neste combate, mas todos temos de ter cuidado que essas ajudas não se venham a ser mais prejudiciais que úteis e este pode ser um desses casos.

PS:Proponho uma nova sigla para os laranjinhas. PSD-ML (Partido Social Democrata - Marxista Leninistas

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Há porrada no beco

Porrada no beco

Estes dois resolveram agora nadar à porrada. Um diz que o outro é incompetente e que não paga a tempo, o outro relembra as trafulhices dos últimos dias de governo CDS. Não entendo porque se zangam, afinal ambas as coisas são verdades, não são? Como, pelos vistos, nesta zanga de comadres só dizem verdades que já conhecemos, bem podiam deixar de nos chatear e ir resolver isso ao estalo para um qualquer largo das Caldas. Até podia ser transmitido em directo pelas televisões. Ia ser um sucesso e eu não perdia isso por nada.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

Alternativas precisam-se

Pantera cor de laranla

Este homem deu uma entrevista à SIC. Impossível definir qual dos momentos ou qual das afirmações que fez se pode evidenciar. Não por não haver nenhuma, mas por ser uma tal sequência que é impossível decidir. Cheguei a ter pena do personagem, da sua inabilidade, da sua incapacidade para esclarecer as contradições e os zig-zags das suas politicas e afirmações. A arrogância do líder parlamentar do PS, Augusto Santos Silva, quando nos chantageou com: ou aceitação das “reformas” que andam a fazer ou então condenam-nos a sermos entregues nas mãos do Luís Filipe Menezes e do “seu” PSD.
Já agora aproveito para realçar a necessidade de pensarmos que alternativa temos nós para isto e quais teremos quando chegar ao momento das eleições? A condenação, a denuncia e a contestação não podem parar, mas também é importante saber para onde vamos. Do mesmo feito por outros ou algo completamente diferente? Neste caso, o quê? Ideias e uma discussão sobre o assunto seria útil. A blogosfera pode ajudar essa discussão.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

Engenharia sanitária

Grande cagada

Como acontece com alguma frequência, há momentos em que me sinto cansado e farto de tudo isto. Já nem sinto vontade de falar e muito menos de escrever. Nestes momentos só me apetece fazer os “bonecos” desta gente que, em nome do nosso bem-estar e de um futuro melhor, nos vai lixando e atolando cada vez mais no pântano dos Bilderberg. Aqui fica a minha visão da “cagada” que considero que o dito Engenheiro Sanitário ou de sanitários, não sei bem, tem feito. Quem desejar escrever sobre o assunto que o faça, os comentários estão sempre abertos.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Este país não é para velhos

Há Futuro?

Após uma noite de Oscares não podia deixar de assinalar aqui a vitória do filme dos irmãos Coen, "No Country for old men". Claro está que aqui apresento a versão "Kaos", como não podia deixar de ser.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

A paixão da educação

Afinal sempre é loira

Não vi, nem ouvi com atenção a Ministra a debitar as velhas máximas os sucessos do seu reinado na educação, nem as suas justificações falaciosas sobre o ensino, gestão escolar ou sobre a avaliação dos “professorzecos”, (forma como trata os dignos profissionais a quem confiamos os nossos filhos, quando fala com os deputados do seu partido). Não há paciência. Mesmo assim ainda fui ouvindo uma ou outra afirmação, sons difusos de um amanhã hipotecado nas mãos desta ministra. Não posso por isso reproduzir o diálogo na precisão, mas em resposta a uma professora, por sinal loira mas nem por isso menos inteligente, que afirmava a necessidade de qualificações para se ser professor e de, para Ministro da Educação poder ir qualquer um, mesmo que não tivesse qualquer prática educativa. A resposta da Ministra foi elucidativa, “Não me diga que também tem de ser loira?” Se estivesse na sala de aulas esta era daquelas vezes em que levantava a mão porque sabia a resposta. Não é necessário ser loira, mas é necessário ser inteligente, honesto e consciente para entender que, o que está a fazer à educação deste país é um mal que infelizmente terá repercussões demasiado duradoiras e que vão hipotecar a esperança desta e das próximas gerações durante muitos e muitos anos. Essa é a minha convicção, não como professor que não sou, mas como pai preocupado com o futuro dos meus filhos.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Um Governo Económico para a Europa

 Dios economicus

Já tinha este post escrito há já alguns dias, mas só hoje surgiu a oportunidade de o publicar. Mais vale tarde que nunca.

Estava eu aqui muito descansadinho sem fazer mal a ninguém, quando de repente dou comigo a ouvir o Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas, a defender um Governo Económico para a Europa. Governo Económico, que seria isso? Ele explicou, um governo em que a economia fosse Deus e nada se faria sem ter como objectivo o lucro económico. Este governo económico sobrepor-se-ia às próprias finanças e a garantia que isso não representaria uma escalada na inflação estava em que toda a politica económica de cada governo deveria ser investir todo o seu dinheiro na economia e reduzir ao mínimo os gastos com as administrações publicas.
Só me pergunto se um governo, europeu, nacional, regional, local, seja ele qual for, não deverá ser por principio um governo de cidadãos? Um governo cujo principal objectivo sejam os cidadãos, as pessoas, o seu bem-estar e a resolução dos seus problemas? Cada dia mais estou farto destes teóricos, destes servos dos Bilderberg, desta gente para quem o lucro de um euro vale mais que as pessoas, o planeta, a decência ou a justiça. Só saber que há quem pense assim deixa-me arrepiado e triste.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

À bomba

Bombistas laranjas

"Se querem que eu saia, terão de tirar-me à bomba."
Luís Filipe Meneses

Quer me parecer que o PSD se vai começar a assemelhar-se muito com o Hamas, pois candidatos para colocar a bomba não devem faltar. Falta saber a hora que marcaram no relógio ou quem vai carregar no botão.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

Vamos todos mudar esta merda

Ratos e policias

«Os professores voltaram ontem a sair à rua em protesto com as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues. No Porto, na Praça General Humberto Delgado, estiveram cerca de 400 professores que, empunhando lenços brancos, pediram a demissão da ministra da Educação. "Chega de humilhação, com esta ministra não", foi a palavra de ordem mais ouvida. A manifestação foi convocada por sms, e-mails e blogues. Nenhuma estrutura sindical esteve oficialmente ligada ao protesto, que surgiu de forma espontânea. Por isso, a PSP identificou alguns dos professores que participaram na manifestação, o que gerou descontentamento junto dos manifestantes. Fonte da PSP do Porto explicou que "o procedimento foi normal". Como não foi pedida autorização ao governo civil, os agentes "identificaram pessoas que seriam os organizadores" para fazer um relatório a enviar ao Governo Civil. "Tudo normal, sem quaisquer incidentes", disse a fonte.»

É a lei, dizem. Claro que é a lei, também as Bolas de Berlim e as colheres de pau são a lei. Que se cumpra a lei, pura e dura, que se condenem “exemplementarmente” (implementar de forma exemplar), e se penalizem os autores de tão horrendos crimes. Já se sabia que assim seria, os documentos de Bilderberg preconizam-no. Mas neste caso, como já tinha acontecido em Guimarães, ou na pena de 75 dias a João Serpa, sindicalista, por se ter manifestado junto da empresa onde trabalhava por existirem graves problemas de salários em atraso, o que se procura é calar o som dos protestos, um som que o descontentamento generalizado pode amplificar. Um perigo que tentam evitar e que por isso nós devemos potenciar. Eles receiam as consequências, nós temos de estar decididos a assustá-los ainda mais. Claro que quanto mais acossados se sentirem, mais violentamente vão reagir. Quase que aposto que se estas manifestações continuarem e aumentarem de volume, vamos ver acontecer, surgirem do nada, uns actos mais violentos, uma montra partida, um caixote a arder, uma pedra atirada, e a policia “vai ter de” carregar sobre os manifestantes e fazer uma ou duas detenções. Quando não há motivo, cria-se o motivo, já o vi acontecer e vou certamente ver de novo. A livre manifestação, o direito à indignação, ao protesto, são formas de cidadania, de participação popular, de democracia e de celebração da liberdade. São direitos que não podemos deixar que nos tirem e por isso temos de lutar por eles sempre que seja necessário. Não podemos ceder ao medo que nos querem criar, nem à preguiça da “abovinada” vida quotidiana que nos oferecem, nem à hipnótica televisão. Há gente a sair para a rua em defesa daquilo que considera ser justo. Há muito que todos nós já lá devíamos andar porque razões não nos faltam. Está na hora deste povo acordar, e todos nós somos parte desse povo.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

Uma questão de opções

Clones da educação

No meu post “A Educação e o futuro” que coloquei ontem, falei dos nossos filhos e daquilo em que os estaremos a transformar ao fechá-los numa escola durante 11 horas por dia sob o olhar de vigilantes e de câmaras big-brotherianas. Defendi que a sociedade deveria permitir aos pais que acompanhassem o crescimento e a educação dos seus filhos para que eles possam crescer como homens saudáveis e livres. Um dos comentários, de um anónimo para variar, rezava assim:

Anónimo disse...
Pois. E já agora um emprego ao pé da porta, que, por sua vez tem de ser ao pé da escola.
Sim, não se vê como, de outro modo, conseguiria ir pôr, como no regime actual, uma criança à escola para começar as aulas às 8.20h e estar à porta quando sai quase todos os dias às 13.15h.

Pois é caro anónimo, temos aqui um problema, a questão do “sol na eira e chuva no nabal”. Como referi no post, esta medida resolve os problemas dos pais e dos patrões, mas será que também resolve o das crianças? Para um pai essa devia ser a primeira pergunta e a mais importante de todas. Também para um estado de gente humana e decente essa devia ser a principal prioridade; as crianças.
Compreendo que há uma incompatibilidade entre esta sociedade do capitalismo global e os valores do humanismo e da existência de uma vida natural de todos nós. Compreendo isso e é também por isso que a tenho de questionar. Serão mais importantes os valores da economia, da produtividade, da competitividade ou as pessoas? Será que ter uma nova televisão de alta definição para colocar na casa de banho, o telemóvel com GPS e televisão, o carro com DVD individuais para cada passageiro, o poder ir às Caraíbas, à Tailândia ou ao Brasil nas férias é mais importante que a saúde mental dos nossos filhos? Não estará esta sociedade a seguir por um caminho antinatural, uma via da desumanização do homem? Será este o caminho que desejamos? Eu digo ao anónimo que não é o que eu quero para mim e para os meus filhos. Prefiro ter tempo para lhes falar da vida do avô, para lhes mostrar as estrelas no céu, onde as luzes do modernismo e do sucesso ainda o permitem, para lhes falar dos velhos filósofos e do valor do pensamento, da história e das consequências da loucura de alguns, das guerras e das lutas pela liberdade, de como muitas vezes os valores se devem sobrepor ao materialismo. Se esta sociedade não nos permite a sua defesa, então é a sociedade que está errada e é esta sociedade que devemos mudar. Aceitar o mal como algo inevitável é a negação do futuro e da própria espécie humana.
Proponho ao anónimo que leia livros como o “1984” de George Orwell ou o “Admirável mundo novo” do Aldous Huxley e talvez entenda daquilo que estou a falar. Se mesmo assim lhe ficarem duvidas, pode sempre ir ler as estratégias dos Bilderberg [Aqui]. É que o verdadeiro cego não é aquele que não vê, mas sim aquele que não quer ver.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LH

domingo, fevereiro 24, 2008

História de uma imagem

Poderes

Nas minhas deambulações pela blogosfera em busca de imagens que possam ilustrar uma qualquer ideia, surgem sempre algumas que têm autonomia própria. São elas que se insinuam perante mim pedindo para que eu as modifique. Muitas estão esquecidas em pastas onde aguardam a seu redescoberta ou recordação. Outras querem ser feitas logo no momento, mas não dizem como. Esta, por exemplo queria ser alguma coisa sem ser nada. A Sócretina tinha lugar marcado, o Sr. Silva também rapidamente ganhou o seu lugar. Que outros poderes aqui caberiam? As finanças, que nos apertam o cinto, a força e a Justiça que mantêm a tranquilidade ao sistema vigiando e controlando aqueles que o contestam, a economia que se transformou, não num meio para atingir um fim, mas no própria meta a atingir e finalmente a Comunicação social que adormece todos aqueles que tinham, e têm, todas as razões para lutar contra tudo isto. Afinal há imagem que acabam por se construir a si próprias.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Reflexões de um reflexo

Reflexos e reflexões

“Basta olhar à nossa volta para reconhecer quem pelo contrário se distingue pelo tremendismo, pela desorientação, pelo ziguezague e pelo descrédito. Que não hesita em faltar à palavra dada”

Sabem quem disse isto?

O nosso Engenheiro no Fórum Novas Fronteiras. Lata não lhe falta…oposição sim.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

A Educação e o futuro

A admirável nova educação

A semana passada foi com algum horror que tomei conhecimento da intenção de alterar os horários dos alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, de forma a que passem a entrar na escola às 8.30h da manhã para saírem às 19.30h. São 11 horas de escola por dia o que dá uma coisa como 55 horas semanais de aulas.
Quando coloquei aqui um post sobre o assunto, pareceu mais importante discutir-se se a posição expressa pelo sindicato, (não sei qual deles), era aquela que os professores defendiam, do que as funestas consequências da medida governamental.
Durante esta semana coloquei esta questão a diversos colegas e amigos meus e a resposta mais frequente também teve pouco a ver com os nossos filhos e muito mais com a resolução dos seus problemas pessoais. Quase todos concordavam com a medida. Assim não têm de encontrar (e pagar) um OTL para colocar as crianças, estão melhor na escola do que na rua ou sozinhos em casa. Verdades, é certo, mas talvez seja olhar para o problema pelo lado errado. Primeiro porque é uma falsa solução, pois com a nova legislação laboral que para aí vem, nada nos garante que o patrão não nos faça ficar a trabalhar até às horas que ele desejar, mas a principal razão tem de ser as crianças, os nossos filhos. Eles são o mais importante mas parece que são esquecidos neste assunto. Não sou psicólogo, médico, pedagogo, professor nem engenheiro de nada, mas consigo entender que fechar crianças num local durante 11 horas, com regras, disciplina, vigiados por seguranças e câmaras de televisão, sem espaço para fazer aquilo que é natural na sua idade, brincar, correr, serem crianças, não é bom para um desenvolvimento saudável. Que tipo de homens, estaremos a criar com este tipo de educação? Como podemos nós pais aceitar, por falta de tempo, retirar-nos da educação dos nossos filhos? Quando poderemos conversar com os nossos filhos, transmitir-lhes os nossos valores, os princípios de vida, a nossa cultura, a história da família e a sua vivência? Não é isso fundamental no desenvolvimento saudável de uma criança? Admiram-se depois que quando crescem não tenham quaisquer laços familiares fortes e acabem a despejar os seus “velhos” num qualquer asilo.
Está tudo errado e é grave que nós pais aceitemos isso pacificamente. A solução que nos oferecem para o problema é errada e perigosa. Temos de colocar as crianças como o eixo principal da solução e não a produtividade e a competitividade das empresas, como está a ser feito. Sei que o Clube de Bilderberg defende que seja o Estado a tratar da educação das crianças e a sua separação da instituição familira, mas isso não torna obrigatório que lhes façamos a vontade. Quem tem filhos em idade escolar deveria poder estar à porta da escola à hora da sua saída. A lei deveria dar-lhes esse direito e nós devíamos exigi-lo, afinal é dos nossos filhos e do seu futuro que estamos a falar.

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sábado, fevereiro 23, 2008

POR VIA AÉREA

Pombo Correio

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje não haver razões para suspeitar que tenha ocorrido em Portugal um caso idêntico ao britânico sobre voos da CIA com transporte de prisioneiros suspeitos de terrorismo, porque «isso seria lamentável». «Esperamos que a situação que se registou no Reino Unido não tenha acontecido em Portugal, porque isso seria absolutamente lamentável», declarou. Segundo José Sócrates, ao contrário do que aconteceu agora com o Reino Unido, o Governo português «nunca foi informado nem tem conhecimento de qualquer voo com passageiros que tenha aterrado em Portugal e que não tivesse cumprido as normas portuguesas».
In “Diário Digital”

Como não tem razões para suspeitar? Custa é a acreditar que ainda possa haver quem tenha razões para duvidar. Felizmente o Engenheiro já espera que a situação que se passou no o Reino Unido não tenha acontecido em Portugal, o que já demonstra que considera que isso é possível. Posso até fingir que acredito que nunca foi informado, que não tem conhecimento, mas então como posso compreender as constantes recusas em deixar que se investigue o caso? Já agora, onde está a investigação da Procuradoria-geral da Republica que estava mesmo para sair? Parto difícil, este.

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Um mal-estar difuso

 Tarot La Muerte

Ontem o grupo de reflexão “Sedes” publicou um documento bastante interessante.Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”. Neste diagnóstico do estado, a justiça, a corrupção, a desonestidade e a partidarização, quer do público como do privado, são mostrados como os grandes responsáveis pelo estado das coisas. Depois de ler todo o documento não pude deixar de reconhecer que, quer os sintomas quer as causas, são coincidentes com a estratégia, há muito preconizada pelo Clube de Bilderberg. Se olharmos para os objectivos e o tipo de sociedade escravizante e repressiva que defendem não podemos deixar de ficar preocupados com o caminho que seguimos.
Questionado sobre o conteúdo deste documento, Cavaco Silva deu a seguinte receita:
Convido os portugueses a trabalhar para vencer as dificuldades”.
Se é esta a solução que tem para nos dar para os problemas levantados no documento da “Sedes”, agradeço ao Sr. Silva o conselho, mas trabalhar já é aquilo que a maioria dos portugueses fazem, sem verem isso representar uma melhoria nas suas condições de vida nem uma maior esperança no futuro. Esta só pode existir se tivermos a coragem de corremos com os “vendilhões do templo” e assumirmos o futuro nas nossas mãos.

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Sobe sobe balão sobe

 Cabeça de balão

«O ministro das Finanças afirmou que quer a economia a crescer não como um foguete que “sobe e cai de imediato”, mas mais “ao estilo dos balões de São João que ficam lá em cima mais tempo”.»
in "Correio da manhã"

Não vou ser hipócrita e dizer que acreditava na política económica do Teixeira dos Santos porque não seria verdade mas, lá bem no fundo, há sempre aquela esperança de que o desastre que se pressente estar sempre eminente, possa desaparecer como por milagre. Agora que ouvi o ministro já não posso ter qualquer dúvida que o seu balãozinho vai rebentar como uma castanha. Não vivemos numa república, mas sim num arraial e não há Santos, quer se chamem João, António ou Teixeira que nos salve.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LH

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Persona

 Persona

«Aconteceu na Suécia. Poucos dias após a tomada de posse, em Outubro de 2006, o primeiro-ministro de centro-direita Fredrik Reinfeldt foi obrigado a substituir duas ministras do seu governo na sequência de pequenos "escândalos" relatados pela imprensa. Maria Borelius, com a pasta do Comércio Externo, saiu passados oito dias e Marie Cecilia Chilò só durou mais dois dias como ministra da Cultura.
Quais foram, afinal, os pecados que levaram a este desfecho precoce e radical? Tinham, anos antes, contratado e pago a empregadas para tomar conta das suas crianças em casa sem fazerem os descontos obrigatórios para a Segurança Social, como vieram a admitir. Sobre Borelius havia uma segunda acusação: há 15 anos que não pagava a taxa de televisão.»
in [Público ] Inicio do editorial do Público (de Paulo Ferreira)

Faço aqui um desafio a quem aqui veio ler isto. Que tentem imaginar como nos verá um Sueco, o que lhe passará pela cabeça quando olha para a política em Portugal.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

O Lavatório de Pilatos

 Pilatos

«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, demarcou hoje a sua liderança da ilegalidade financeira cometida em 2001, quando Durão Barroso estava à frente do partido, que resultou agora numa coima de 35 mil euros. "Independentemente de o PSD ser só um, este meu PSD não tem nada a ver com isso", declarou Luís Filipe Menezes que pediu à comunicação social que divulgasse esta declaração, escusando-se a falar mais sobre o assunto.»

Claro que não tem. Quem poderia pensar uma coisa dessas? Claro que o seu nr.2 (ou será o nr.1), Santana Lopes, também era o nr. 2 do Durão Barroso nessa altura, claro que os por ai andam agora são os mesmos que andavam na altura, mas isso não quer dizer nada. Ou será que quer?

E, a maior diferença é que agora é o Menezes o líder do partido, um homem com a capacidade de dizer hoje o contrário do que disse ontem e do que dirá amanhã. Um homem que entende a política como uma coutada de dois partidos de alterne e de negociatas de bastidores na divisão dos cargos nas administrações publicas. Um homem que já mostrou andar completamente à deriva e que corre um sério risco de vir a ser considerado como o pior líder de sempre do PSD, coisa que não é fácil num partido que teve lideres como o Marques Mendes ou o Santana Lopes.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

O tirar da máscra

 Voos da CIA

«O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros confirmou, esta quinta-feira, que a CIA utilizou o território britânico de Diego Garcia, no Oceano Índico, para transferir secretamente dois suspeitos de terrorismo. Gordon Brown já disse que se trata de uma revelação “muito grave”. "Os EUA disseram que lamentam o ocorrido. Nós compartilhamos o sentimento de decepção de que todo o mundo pode ter por estes fatos", disse o primeiro-ministro.
Em Junho de 2007, um inquérito da polícia britânica tinha concluído que a CIA não tinha utilizado aeroportos britânicos para “transportar suspeitos para locais de tortura em outros países”.»

Por cá, os nossos políticos também já fizeram inquéritos e só conseguimos chegar às mesmas conclusões que a Policia Britânica. Não houve voos da CIA em Portugal. Não sei até quando vão manter esta posição de cegos e surdos a uma evidência que já não pode ser escondida. Como esperam ter alguma credibilidade quando teimam em negar aquilo que já é uma certeza.
Neste momento colocam-se duas alternativas, ou os EUA nada disseram a Portugal sobre a utilização do território português para fazer passar os voos com prisioneiros ilegais, ou o governo do Durão Barroso sabia de tudo e só andam a tentar fugir com o rabo à seringa. A condecoração que os EUA ofereceram a Paulo Portas é como um dedo apontado à sua responsabilidade, colaboração e culpa. O PS também deve ter sido informado daquilo que se passava e dado o seu “amen”, pois só assim se justifica esta paranóia em teimosamente negar a evidência. Ando farto de mentiras e de mentirosos.

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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

A Galinha Socretina

 A Galinha Socretina

«Estrasburgo, França, 20 Fev (Lusa) - O Parlamento Europeu "aprovou" hoje por larga maioria o Tratado de Lisboa, ao adoptar um relatório que salienta as vantagens da nova "lei fundamental" da União Europeia e a necessidade de o processo de ratificação ser concluído até final do ano.
A votação seguiu-se a um debate ao qual alguns deputados "eurocépticos" britânicos compareceram "mascarados" de galinhas (em inglês "chicken", também sinónimo de cobarde), para desse modo criticar o que classificam como o "medo" dos governos europeus em realizar referendos ao Tratado, que substitui o projecto fracassado de Constituição Europeia (inviabilizado após resultados negativos em consultas populares na França e Holanda, em 2005).»
In “RTP

Não sou eu que lhe chamo galináceo, são euro deputados britânicos, mas tenho de concordar com eles. Pessoalmente, acrescentava-lhe um nariz bem comprido e um crachá dos Bilderberg.

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Zona J

 Zona de disparates

Lisboa, 20 Fev (Lusa) - O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, visitou hoje a Zona J de Chelas, em Lisboa, para mostrar o que considera ser o país real três anos depois de José Sócrates ter ganho as legislativas.
In “RTP
"Os senhores vereadores do PSD têm que vir ver isto e depois suscitar questões. É isso que têm que fazer", comentou Luís Filipe Menezes para a comitiva que o acompanhava, que não incluía nenhum vereador de Lisboa.
In “RTP

Depois de o Santana Lopes ter mostrado a sua surpresa com a descoberta daquilo a que chamou de “o país real” numa viagem ao interior de Portugal, foi a vez do Luís Filipe Menezes fazer o mesmo, só que na Zona J de Chelas. Primeiro o Santana e agora o Gaioato mostram uma tal admiração por aquilo que viram, que só demonstram que não entendem nada do que realmente é o país real. Vivem noutro mundo, longe do comum dos mortais, do fim do mês, dos transportes públicos, de tudo. Mais grave ainda é que nos tenha dito que os vereadores do PSD na Câmara de Lisboa também nunca viram a Zona J, nem em filme, e que lhes que lhes convinha que fossem lá ver aquilo para depois poderem fazer umas perguntas na Câmara. Sim, porque não têm, nem se imagina que possam vira a ter, nenhuma resposta para os problemas.

E quer este homem ser primeiro-ministro, que os Deuses, se os houver, nos protejam disso, se não houver que sejamos nós a garantir que nunca lá chega. Chiça, penico, chapéu de coco, como dizia o meu avô.

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3 Anos de Socretinos

 3 anos de socretinos

Passaram três anos do funesto dia em que este ingénuo povo português, acreditou que havia um Engenheiro socialista, que prometia baixar os impostos, criar 150 novos mil empregos e fazer um referendo sobre o novo tratado Europeu, chamado Sócrates. Afinal temos um embusteiro, que diz ser engenheiro e cuja obra são uns supostos mamarrachos na Guarda, que subiu os impostos, fez aumentar o desemprego e que, nas nossas costas, nos vendeu à Europa dos Bilderberg. Isto para não falar da vergonhosa apropriação da palavra socialista, à sombra da qual tem vindo a destruir o estado social em todas as áreas onde ele ainda existia; saúde e educação. Arrogante e com mau feitio fez-nos regressar aos tempos da bufaria e do medo da palavra dita. Voltou a perseguição, feita por medíocres lambe botas que ocupam pequenos cargos de poder em chefias de repartições ou serviços públicos, a todos aqueles que contestam. Pela primeira vez, desde o 25 de Abril, assistimos a policias a entrar em sindicatos e trabalhadores serem condenados à prisão pela simples razão de se manifestarem. Uma personagem que se preocupa mais com uma manifestação de 20 pessoas que o apupem do que com uma de 200 mil que contestem as suas politicas, mostra bem qual a importância que dá à palavra democracia. Despreza os sindicatos e as opiniões dos outros e só se ouve a si próprio.
Quando comecei a escrever este texto tinha a ideia de fazer uma lista com aquilo que fez de bom e mau durante este tempo. Para colocar no lado do bom só a demissão do gato-pingado Correia de Campos e da inconcebível Isabel Pires de Lima. Pelo contrário a lista do lado do mau é tão grande que desisti.
Ainda vamos ter mais um ano e meio de Socretinos, agora em versão light até às eleições. Sei que as alternativas são tão más ou ainda piores, mas devíamos aproveitar este tempo na busca de uma solução, ou então vamos acabar a sofrer mais do mesmo. Aceitam-se sugestões.

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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Sem crédito

 Falido

O Tribunal de Contas (TC) chumbou ontem o pedido de empréstimo de 360 milhões de euros solicitado pela Câmara de Lisboa. O montante destinava--se a pagar aos fornecedores e sem este crédito a dívida aumenta 1,8 milhões de euros por mês.
Na base desta decisão está o facto de o TC considerar que o plano de saneamento financeiro apresentado “peca por defeito, sendo mais aproximado de um plano de intenções do que, verdadeiramente, de um documento financeiro perspectivado para mostrar, com segurança e confiança, os objectivos propostos”, pode ler-se no acórdão. António Costa desabafou que “foi mais fácil contrair dívidas do que pagá-las”.

A conclusão a que se chega é que, mais uma vez os grandes prejudicados de tudo isto são aqueles que forneceram produtos ou serviços ao estado. Podemos no entanto colocar a pergunta de como chegámos aqui. Houve gente que esteve à frente desta autarquia, (como acontece em muitas outras), que geriu mal os dinheiros públicos, contraiu dívidas para as quais não tinha recursos para pagar e hoje faz a sua vidinha sem que ninguém lhe peça que preste contas. Não deveriam, todos aqueles que gerem o bem público ser responsabilizados sempre que se provasse que fizeram gestão danosa da coisa pública? Todos gostam de ser eleitos (ou nomeados), todos gostam do poder e das mordomias associadas, mas ninguém é chamado à responsabilidade quando terminam os seus mandatos. Só o perder eleições não é castigo suficiente.
Quando olho para a Câmara de Lisboa vejo um serviço do estado, pelo que me custa a entender que tenha de ser feito um empréstimo á banca para pagar as dívidas. O estado tem de ser responsável pelas dívidas de todas as partes que o constituem, sejam elas câmaras, tribunais, escolas públicas ou outro qualquer serviço público. A forma como depois internamente tratariam do assunto, como seriam responsabilizados aqueles que não cumprissem as regras, isso é outro assunto. Aí, deveriam haver normas que o regulassem, regras a serem cumpridas e punições para quem o merecesse. Não podem, porque não é justo, serem aqueles que prestam serviços ao estado a acabar por pagar o preço da má gestão de quem está no poder.

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Desleixo ou corrupção activa?

 A Marionete dos Bilderberg

O Tribunal Constitucional condenou o PSD a pagar uma coima de 35 mil euros por ter recebido ilegalmente da construtora Somague um donativo indirecto de 233.415 euros, valor que terá que entregar ao Estado. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considera que a decisão do Tribunal Constitucional de condenar o PSD e a Somague não merece uma reacção da sua parte, remetendo a sua posição para declarações feitas em Agosto passado. Nesse dia, Durão Barroso escreveu ao presidente do Parlamento Europeu a esclarecer que não teve qualquer «conhecimento» ou «intervenção» no caso Somague, uma irregularidade no financiamento do PSD, em 2001, no âmbito das eleições autárquicas, quando era presidente do partido. «De facto, não tive qualquer conhecimento, nem evidentemente qualquer intervenção neste caso, nem em qualquer situação especificamente ligada ao financiamento do partido». Barroso explicou que «nos termos legais e estatutários vigentes em Portugal - na altura dos factos e actualmente - não é da competência do Presidente do Partido, mas sim do Secretário-Geral, e do Secretário-Geral Adjunto se lhe tiverem sido delegados poderes, o tratamento das questões de natureza financeira».
in "
Diário Digital"


Mais um, uma vez mais a fazer-se de Pilatos. Muito gosta esta gente de passar as culpas para os outros. Não teve culpa no caso da guerra do Iraque, no caso dos casinos, no caso Somague, em nada. Se calhar até é verdade, pois vendo bem sempre ocupou cargos onde foi “plantado” para fazer figura de marioneta nos interesses de terceiros. É uma das personagens mais cinzentas e mais incapazes que este país pariu. Já o Ribau Esteves afirmou que «pese embora não tenha havido dolo ou má fé dos responsáveis do PSD de então, houve desleixo, que motivou esta situação desagradável». Esta do desleixo é nova, mas como pode um partido que quer chegar ao poder ser tão desleixado com tanto dinheiro? Desleixo? Não será antes um caso de corrupção, compadrio, tráfico de influências para não falar em suborno? Não estariam já definidas as contrapartidas para tanta simpatia por parte de uma empresa de construção? Será que pagar o que receberam e 35 mil euros é castigo suficiente? Não deveria haver aqui uma condenação por tentativa de corrupção? Quem souber que responda.

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O Camelo

 O Camelo e o Cavaco

«Em Petra, o Presidente da República quis fazer uma festa na cabeça de um dos camelos que ali estavam para passeios turísticos, mas a sua segurança foi peremptória: Não, não toque no camelo”.»
In “Correio da manhã

Talvez esteja na altura de revermos muitas das idéias feitas sobre o que são e o que pensam os povos árabes. Pelos vistos gostam mais dos seus animais que muitos de nós dos filhos, netos ou sobrinhos. Basta ver que pouparam o camelo de ser "acariciado" pelo Sr. Silva enquanto por cá muitos levam criancinhas para serem beijadas por ele. Quando verei alguém por cá a dizer-lhe: "Não, não toque na criança".

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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Eu nego, tu negas ele nega

 3 amigos da onça

Ontem abri a página da TSF e encontrei lá esta sequência de notícias.

CASINO LISBOA
Durão nega conhecer favorecimentos no seu executivo

- CASINO Santana nega ter beneficiado Estoril Sol
- CASINO LISBOA Telmo Correia nega ter favorecido a Estoril-Sol
- CASINO LISBOA Estoril Sol esclarece negócio

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A Entrevista do Engenheiro

 A Entrevista

Ontem lá perdi mais algum tempo a ouvir o Engenheiro dar uma entrevista na SIC. Ainda pensei em comentar algumas palavras que disse, mas quando aqui cheguei só me lembrava da imagem que vi na televisão, pelo que foi a única coisa que aqui consegui reproduzir. Também me parece que não disse nada de novo.

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Um banho de políticos

 Lavar as mãos

Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, essa figura cinzenta que nunca ninguém vê porque nada parece fazer, hoje lá teve de falar das cheias. Como está na moda, fez como Pilatos e lavou as mãos das responsabilidades e atirou-as para as câmaras municipais. Por seu lado o Vice-presidente da Câmara de Lisboa resolveu fazer o mesmo, lavar as mãos das culpas e atirou-as para os anteriores Presidentes da autarquia. Como cada vez mais acontece em Portugal, a culpa é de todos e a culpa não é de ninguém. É só consequência do nosso fado de sermos portugueses.

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Os passeios do Cavaco

 Cavacos na Jordania

Sempre que o nosso Sr. Silva parte em viagem pelo exotismo deste mundo, gosto de deixar aqui uma imagem que assinale a ocasião. Desta vez foi a Jordânia, numa viajem atribulada, com uma aterragem de emergência e uma visita surpresa aos soldados portugueses no sul do Líbano. Como muitos o gostam de transformar num herói português, um D. Sebastião do século XXI, embora para mim seja mais um político medíocre e a quem deveriam ser apontadas as responsabilidades e de muitos dos males estruturais de que sofre a sociedade portuguesa actua lamente, aqui o deixo no papel de Indiana Jones às portas do Templo de Petra. Não acredito que vá descobrir o Cálice Sagrado nem acabe por contribuir para ajudar a encerrar a Arca de Pandora, da corrupção, do compadrio, do grande capital, dos Bancos todos poderosos e das negociatas milionárias, que ajudou a abrir em Portugal.

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Santana, o artista

Santana has just left the building

Santana Lopes garantiu ontem ao País que quem negociou o acordo com a Estoril-Sol para um casino em Lisboa foi o Governo de Durão Barroso e apontou o nome de José Luís Arnaut como um dos interlocutores do processo. “O dr. José Luís Arnaut sabia
Apesar de tudo, o ex-primeiro-ministro elogiou o processo. “Fizeram um bom acordo para Lisboa e Portugal.” Mais à frente, defendeu que a Lei do Jogo aprovada pelo seu Executivo, em Dezembro de 2004, e promulgada pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, “não tem efeitos retroactivos”. Segundo adiantou, a lei em causa dizia que os casinos “continuam a ser propriedade do Estado se o decreto-lei que os autoriza assim o determinar”.
Por fim, Santana questionou-se: “Acham que íamos dar um casino a quem não tem sítio para guardar o dinheiro? [...] Não tenho pena deles”, afirmou Santana Lopes, reiterando que a lei que aprovou “é geral e abstracta”.
in “Correio da Manhã

Lembro que na carta escrita pela empresa Estoril-Sol dizia-se
"também totalmente imperceptível quer pela simultaneidade da sua publicação com as demais alterações de artigos do mesmo Decreto-lei, quer pela sua formulação genérica e abstracta, insusceptível de ser interpretada como relacionável com a clarificação da situação concreta".
Fantástica a semelhança de argumentos e palavras utilizados quer pelo Santana, quer pela carta da Estoril-Sol. A coisa é abstracta e passa bem na confusão porque tudo fica na mesma, com a excepção do Casino Lisboa que passa do Estado para as mãos privadas.
Mesmo defendendo o Decreto-lei o Santaninha não deixa de lavar as mãos e passar a responsabilidade para o governo do Durão Barroso e para o Arnaut, não vá o diabo tece-las.

PS: Não vi, mas ouvi dizer que o Santana repetiu a saída de virgem ofendida
a meio da entrevista na Sic Notícias quando lhe fizeram perguntas que não gostou. Só que desta vez razão foi mais simples, não ter respostas para as perguntas.

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O que valem as notícias?

 José António Saraiva

«Paulo Teixeira Pinto dizia por estes dias, de forma lapidar, que os portugueses falam hoje muito do que não sabem e discutem coisas que não interessam nada. De facto, somos capazes de passar horas e horas a discutir o diploma de engenheiro que Sócrates tirou ou não tirou. Mas temos pouca paciência, por exemplo, para ouvir falar da natalidade. Somos capazes de levar tardes inteiras no Parlamento a debater o problema dos aviões da CIA que terão ou não sobrevoado território português. Mas ainda não fizemos um debate a sério sobre o ensino. Ocupamos serões em casa e nas estações de televisão a discutir uma frase sobre o ‘caso Maddie’ que o director da PJ deixou cair numa entrevista. Mas não dedicamos uma hora seguida a debater o problema do primeiro emprego. Divertimo-nos a parodiar os projectos de engenharia que terão sido indevidamente ou não assinados por Sócrates há 20 anos. Mas temos pouco interesse em falar do despovoamento. Discute-se com calor a eventual passagem do edifício do Casino Lisboa para a Estoril-Sol daqui a 20 anos. Mas a ninguém ocorre falar da solidão urbana. Andamos entretidos num jogo de ilusão em que todos os dias é necessário criar factos políticos e escândalos forçados para alimentar o monstro mediático; e depois, sobre estes factos e estes escândalos, construímos enredos, exigimos a demissão de ministros e outros responsáveis políticos, quando não do Governo inteiro. Numa ditadura, isto resolvia-se facilmente. Em democracia exige tempo e nervos de aço. Uma coisa é certa: discutir as casas que Sócrates projectou ou os aviões da CIA pode ser muito divertido – mas não nos levará a lado nenhum.» José António Saraiva no “Sol

Pode ter razão o Paulo Teixeira Pinto quando diz que falamos daquilo que não sabemos, mas a culpa disso é dele e dos da sua laia que, nos corredores do poder e nos gabinetes do grande capital, conspiram em silencio a melhor forma de usurparem os nossos direitos, contornarem ou criarem leis à sua medida e de como enriquecerem passando por cima de tudo e de todos. Perante isto só podemos falar dos pequenos sinais que vamos vislumbrando e esses, são demasiado graves para que não lhes prestemos atenção.
O JAS vem concordar e dizer-nos que sabermos se o Primeiro-ministro, para além de não ter estética também não tem ética é um caso menor. Sermos governados por quem subiu na vida com aldrabices, compadrios e mentiras não tem a menor importância. Também o sermos cúmplices em crimes contra o direito internacional, contra os direitos humanos, ao silenciarmos as responsabilidades nos voos da Cia é irrelevante. Os casos de corrupção são pormenores a que não devemos dar grande atenção. Devemos deixar que ladrões ocupem cargos públicos e deles retirem benefícios tanto para si como para os amigos. O jeito que o silencio sobre estes assuntos davam a muita gente.
Claro que o aumento da natalidade, o ensino, a desertificação do interior e muitos outros assuntos são importantíssimos e só são falados em cinzentos debates perdidos nas horas mortas das televisões, mas aí a culpa de uma comunicação social onde contam mais as audiências que os problemas do país. Seja como for, esses são problemas que o estado não coloca como prioridades, nunca nenhum colocou, pelo que quanto maior for o silencio melhor. Basta ver que cada medida que tomam sobre estes assuntos só os agrava, como aconteceu com as urgências.
Aproveito para dizer ao senhor JAS que ele é director de um jornal, que faz a capa da sua última edição com um caso de corrupção de um autarca na Figueira da Foz. Acabei de desfolhar o jornal e só encontro escândalos e notícias sensacionalistas e nenhum artigo a discutir os assuntos que diz serem tão importantes. Porque não começa o seu jornal a dar o exemplo?

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As inquietações de Luis Filipe Menezes

 As preocupações do gaiato

«"Sou a única pessoa nesta dialéctica de confronto político democrático em Portugal que não esteve no Governo nos últimos dez anos" mas "sou solidário" com os alvos das suspeições, afirmou Luís Filipe Menezes. "Confio muito na justiça portuguesa", disse, estranhando as suspeitas que têm sido levantadas sobre matérias como a "adjudicação do SIRESP, os casos Portucale, Casino Lisboa, submarinos e sobreiros cortados aqui e acolá". No último ano e meio, "ouvi falar de histórias retroactivamente de um período circunscrito da democracia portuguesa" mas "até agora não vi nenhum membro desses Governos do PSD, apesar de todas essas notícias, ser constituído arguido ou levado a tribunal". Na sua maioria, estas suspeitas não passam da "fase incipiente de inquérito" mas "são demasiados inquéritos em cima de Governos do PSD", estranhou Menezes.»
In “RTP

É o que acontece quando o líder do PSD tenta pensar, fica muito confuso. Pior mesmo é depois quando fala e nos delicia as conclusões desses pensamentos. Porque será que há tantos inquéritos sobre gente que participou no governo dos Santana Lopes? Não será porque aquilo foi um regabofe em que era ver quem comia a melhor fatia do bolo? Então os elementos do CDS foram uma coisa linda. O Gaiato Menezes “confia muito na Justiça portuguesa”, certamente muito mais que os próprios portugueses que compreendem perfeitamente porque não está essa gente toda na barra do tribunal. Não estão acusados porque neste país, as leis, os buracos nas leis, as investigações, os constantes erros processuais, os intermináveis julgamentos, tudo isto contribui para que a culpa morra sempre solteira. Já alguma vez se viu um politico ser acusado e condenado por trafulhices num governo?
O Engenheiro afirma estar a ser perseguido por um jornal, o Gaiato, pelos visto, por tudo e por todos.

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domingo, fevereiro 17, 2008

Uma questão interessante

 O Engenheiro Independente

O amigo “a desenhar”, a quem aproveito para deixar aqui uma palavra de admiração pelo seu belo blog, enviou-me um mail em que coloca muito bem a questão de como é possível o Sócrates assinar projectos se não está inscrito na Ordem dos Engenheiros. Na sua memória e também na minha, quando estalou a polémica sobre a licenciatura do Sócrates, ele afirmou não estar inscrito na Ordem dos Engenheiros porque não exercia as funções de engenheiro. Penso que para se poder assinar projectos de engenharia é necessário estar-se inscrito na Ordem e, se assim é, como é possível que o Sócrates tenha assinado os projectos daqueles abortos construídos Guarda? Se houver por aí um engenheiro que possa esclarecer esta dúvida, agradecia.

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Independência do Kosovo

 Independência do Kosovo

Hoje nasceu um novo país, o Kosovo declarou unilateralmente a sua independência relativamente à Sérvia. Só fiz este post porque me pareceu significativo o “design” das letras, “Free Kosova” por detrás da menina e s sua semelhança com o “letring” da Coca Cola, símbolo do capitalismo para muitos, mas que, para aquela gente talvez ainda seja visto como um símbolo do que imaginam ser a liberdade. Realmente só vão poder tomar esta posição de declaração de independência unilateral porque sentem as costas quentes pelo apoio da América, ficando no ar a duvida de qual será a sua posição se outros independentistas, como sejam os Bascos, os Corsos, os Irlandeses e muitos outros espalhados por todo o mundo, aproveitarem para fazer o mesmo. Sempre fui a favor da independência e liberdade dos povos que o desejem, mas ainda falta saber quais poderão ser as consequências que daqui poderão advir, nomeadamente se algumas repúblicas russas seguirem o mesmo caminho. Estarão os Estados Unidos prontos a assumir um confronto com a Rússia se esta reagir violentamente contra esses independentistas como já aconteceu no passado?

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Cortina de Fumo

 Cortina de fumo

Todos vimos o rapidíssimo romance entre o Sinistro Sarkozy e a modelo Carla Bruni e eu não pude deixar de me lembrar do concurso " A Bela e o Mestre" que há uns tempos poluiu a nossa televisão. Foram capas de todos os jornais durante semanas e casaram há poucos dias no Eliseu, sob o olhar de todas as câmaras. Em paralelo a este romance, um outro se desenrolou, o da ratificação do Tratado de Lisboa no Parlamento Francês. Num país que já uma vez tinha dito não a este mesmo tratado só com um nome diferente, embalado pelos sonhos do amor presidencial, ninguém se levantou em protesto contra esta atitude totalmente antidemocrática de não respeitar aquela que tinha sido a vontade popular. Sob a cortina de fumo do seu casamento fez calmamente passar uma medida que, noutra situação, poderia criar grandes problemas e protestos. Foi realmente um mestre e os seus patrões do Clube Bilderberg devem estar satisfeitíssimos com a sua habilidade. Agora, todos já fazem apostas de qual será a sua próxima magia quando for necessário passar leis antipopulares como a da segurança social, diminuição de pensões ou aumento da idade de reforma. Para um vão ser a transmissões em directo da cama do casal, para outros um novo divórcio e o regresso aos braços da ex-mulher.

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sábado, fevereiro 16, 2008

Porreiro pá

 Porreiro Pá

«Três juristas e os dois directores dos departamentos Administrativo e de Planeamento e Urbanismo da Câmara da Guarda estão encarregados de averiguar a legalidade das situações relatadas na polémica dos projectos de engenharia assinados pelo actual primeiro-ministro, na década de 1980, cuja autoria não seria, alegadamente, de José Sócrates. A criação desta comissão de inquérito foi proposta, ontem, ao Executivo pelo presidente da Autarquia com o argumento da "defesa da verdade". Joaquim Valente (PS) considera que a notícia do jornal "Público" contém "inverdades e é caluniosa nalguns considerandos". O antigo colega de Sócrates no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, também visado na investigação do diário sublinhou "Queremos esclarecer tudo, porque, neste momento, há pessoas que estão a ser acusadas infundadamente na praça pública".»
In “JN

Hmm, qual será o resultado desta investigação pedida pela Câmara da Guarda sobre as assinaturas em projectos feitas pelo Engenheiro Sócrates? Uma pergunta difícil de responder, mas aposto que vai mostrar que está tudo legal, tudo certo. Não por a investigação ter sido pedida pelo autarca, também ele visado no assunto, ser do PS, ser amigo e ex-colega do Engenheiro ou por ele já ter dado o veredicto de tudo não passar de inverdades e calúnias. Não, vai ser provado que aqueles mamarrachos são mesmo obra do Engenheiro porque, como aconteceu no caso da sua licenciatura na Independente, vão aparecer documentos e certificados que baste. Só espero que desta vez sejam mais cuidadosos com as discrepâncias de datas, indicativos de números de telefones e de códigos postais. Tenho a certeza que no fim de tudo isto vão poder dar um grande abraço e dizer “Porreiro pá”.

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Batota

 Jogo desleal

«Em Agosto de 2004, a Estoril-Sol enviou um extenso documento ao então ministro do Turismo, Telmo Correia, no qual sugeriu uma alteração cirúrgica ao artigo 27 da Lei do Jogo que regulava a reversibilidade obrigatória dos edifícios e equipamentos dos casinos para o Estado. Segundo o documento, a que o Expresso teve acesso a empresa considerou que a tal alteração seria inócua às demais concessões e "também totalmente imperceptível quer pela simultaneidade da sua publicação com as demais alterações de artigos do mesmo Decreto-lei, quer pela sua formulação genérica e abstracta, insusceptível de ser interpretada como relacionável com a clarificação da situação concreta". Ou seja, o Casino de Lisboa. A filosofia da proposta acabou por ser acolhida em Dezembro de 2004, quando o governo de Santana Lopes aprovou uma alteração à Lei do Jogo. Recorde-se que, de acordo com a lei anterior, os edifícios e equipamentos dos casinos revertiam para o Estado no final do contrato, mesmo que tivessem sido adquiridos pelo concessionário.» PDF do documento [AQUI]. In “Expresso

Não fico espantado com a notícia. Pelo lado dos casinos todos ouvimos o Assis Ferreira afirmar em directo na televisão, na presença de uma sala cheia e na cara do fundamentalista Director Geral da Saúde que não ia cumprir a lei do tabaco e que não tinha medo de ninguém. Pelos vistos está habituado a fazer as suas próprias leis da forma que mais lhes convenha. Se falarmos do Governo do Santana Lopes, então nada mais natural, sobretudo quando falamos de ministros da área CDS. Cada tiro cada melro, cada cavadela sua minhoca parece ser o resultados dos meses que passaram sentados nos ministérios. Sob a capa da honestidade, da rectidão, da eficiência, da bondade, dos convictos discursos do Paulo Porta, está uma lama fétida de corrupção, compadrios e negociatas. Fica o recorde, ainda não foi homologado e publicado pelo Livro Guinness dos Recordes, do Partido que, com menos pastas e tempo, conseguiu fazer mais aldrabices, num governo.
Um pouco mais a sério, se propor a redacção para o texto de uma lei para benefício próprio, tendo a lata de explicar as razões pelas quais ninguém vai descobrir as verdadeiras intenção dela, de como o golpe as dissimula na perfeição, não é prova suficiente para condenar alguém por trafico de influencias, o que será?

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

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