«José Sócrates, que falava no encerramento das jornadas parlamentares do PS, que decorreram na Guarda, aproveitou para deixar alguns elogios aos professores, nomeadamente a "vitória" dos docentes em levar mais alunos para o ensino básico e secundário. "Pela primeira vez nos últimos dez anos, temos mais alunos no ensino básico e secundário", "esta foi talvez a maior vitória da escola pública e dos professores que conseguiram atrair pessoas para as escolas". "Apesar da controvérsia, estes são os números e devem-se ao esforço dos professores e da escola pública", sublinhou. Além disso, continuou o primeiro-ministro, "nos últimos anos registou-se uma redução do insucesso escolar, também devido ao esforço dos professores e das escolas. »
in “RTP”
Afinal o Sócrates gosta imenso dos professores e nós não sabíamos. Quem se lembra de como esta Ministra arrastou pela lama os professores, deve pensar que o Engenheiro andou tão distraído que nem viu o que a Sinistra disse e fez com aquela que considero ser uma das mais nobres profissões que existe, (posso dizer isto porque não sou professor nem tenho familiares que o sejam). Afinal o Engenheiro adora os professores e admira-os imenso. Claro que neste país somos um povo muito maldoso e que estamos sempre a pensar que todos nos querem enganar. Já estou a ver toda a gente a pensar que ele não está a falar do fundo do coração, a dizer que este não é um amor sincero. Muitas vozes maldosas vão dizer que só esteve uma hora a falar de educação e a passar a mão pelo pelo dos professores, porque anda preocupado com o volume de manifestações e protestos que estão a ocorrer um pouco por todo o país. Muitos vão dizer que ele teme que, após a vitória dos protestos contra o Correia de Campos no caso das Urgências, uma nova vitória dos protestos dos professores possa mostrar ao povinho que vale a pena lutarmos por aquilo que consideramos ser justo, que têm força suficiente para vergar governos, mesmo que à sua frente esteja um Engenheiro arrogante, teimoso e que não olha a meios nem a hipocrisias para impor as suas ideias. Muitos vão descobrir que afinal não vivem num mundo de inevitabilidades, que afinal o nosso fado é só uma música e não um destino traçado. Acreditar que é possível lutar por um futuro melhor. Mesmo assim lanço aqui um desafio ao Engenheiro, se quer que acreditemos nele, demita a Sinistra Ministra e pare as reformas que está a fazer, até ouvir os professores. Todos queremos um ensino melhor, então oiçam-se todos para que a escola pública possa ser um local de educação e não uma fábrica de mão-de-obra barata.
PS: Quem sabe não devemos começar por exigir já um referendo ao Tratado Europeu?
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Os amores de um Socretino mas não só
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O Kaos não reparou que o homem estava a referir-se aos professores da defunta Independente!
ResponderEliminarEsses sim, é que eram bons! E eficazes! Até trabalhavam aos domingos!!!!!
Mas... sua excelência, ainda consegue ter lacaios que escrevem artigos de opinião a concordar.
ResponderEliminarKaos, veja p.f. o mail que acabo de lhe enviar.
Cumprimentos
Saidmaltez
Para esta gente cínica, hipócrita, demagógica, medíocre e incompetente, não tarda nada que os professores passem a santos milagreiros: atraem um ror de gente às escolas e, sem mais nem menos, conseguem o milagre da multiplicação de diplomas!
ResponderEliminarDo insucesso causado pelo extremo facilitismo, sobretudo no ensino básico, que levou a que muitas crianças não adquirissem conhecimentos mínimos para prosseguirem os estudos, passou-se ao sucesso por um passe de mágica - uma habilidade da excelente sinistra em relação aos professores, que foi mais do que suficiente para os tornar muito melhores profissionais!
Eu diria que este elenco ministerial e o seu querido chefe é que são "fantasbulosos", pois os professores não receberam mais qualificações, não houve alteração de programas ou qualquer mudança estrutural na Educação. Tudo continua na mesma, mas a uma velocidade muito maior...
Está certo que se deu a promoção dos professores - os titulares - que, pelo menos, nos últimos 7 anos deram aulas a menos turmas, por terem redução de horário para exercerem funções que os afastavam do bulício das salas de aula dos meninos malcriados, que evitavam que tivessem de preparar muitas aulas, fazer e corrigir muitos testes, etc., enfim, estavam mais afastados dessas actividades que, na vida de qualquer professor, têm pouca ou nenhuma importância, enquanto que a tal redução lhes dava tempo mais do que suficiente para andarem a coçar a sarna, se a tivessem, claro está! E esses professores titulares vieram melhorar, significativamente, a qualidade do ensino, pois continuaram a fazer exactamente o mesmo que até então!!!
Ah! Convém não esquecer as maravilhosas aulas de substituição: quando algum professor tem de faltar, os meninos não vão para o recreio brincar ou tagarelar... Há um(a) professor(a) substituto(a) que fica na sala a tomar conta deles e, muitas vezes, nada tem a ver com a disciplina que deveria estar a ser leccionada. Mas os meninos não apanham chuva ou sol e podem conversar ou jogar para não morrerem de tédio, enquanto o(a) professor(a) faz figura de palhaço(a)!
Por falar em aulas de substituição, e para se ter a noção do ridículo que elas comportam, há uma anedota muito gira.
A sinistra marcou uma consulta médica e, quando chegou ao consultório, o médico disse-lhe que se despisse e se deitasse na marquesa com as pernas abertas. A sinistra ficou muito incomodada e disse que ia para uma consulta de cardiologia, pelo que não via necessidade daqueles preparos, ao que o médico respondeu: - Eu sei minha senhora, mas sou ginecologista e estou a substituir o meu colega que está a faltar!
E perguntarão alguns: o que aconteceu de tão importante para haver uma corrida às escolas?
E eu respondo: há uma corrida às escolas e a centros privados porque estão a oferecer diplomas, são as "novíssimas oportunidades" que este governo engendrou à conta de milhões e milhões de euros que vêm da UE para qualificação da população portuguesa - é um fartar de queimar dinheiro!!! Os adultos contam a história da sua vida e recebem um diploma! Em meia dúzia de meses podem ter o 9.º ano e/ou o 12.º ano. Ou, como já somaram 2+2, em alguns meses podem passar de quase analfabetos a pessoas com o 12.º ano! E ainda têm direito a um computador!!!
E a quebra do insucesso? Ora, com o aperto aos professores e com a descida da exigência nos exames a nível nacional torna-se ainda mais fácil a obtenção do tal sucesso.
Há excepção do achincalhamento aos professores, ao impedimento de muitos progredirem na carreira por imposição normativa e ao aumento da rebaldaria por parte dos alunos e diminuição das suas aprendizagens, nada de novo a acrescentar à "grande reforma" na educação.
Agora, põe-se um(a) director(a) a gosto (ou da côr?) na escola, que pode até nem ser dos melhores, dos mais experientes (na opinião da sinistra) - pode não ser um(a) professor(a) titular -, mas que avalia e selecciona o pessoal docente a seu bel-prazer! E os professores terão de dizer amen a tudo o que ele(a) determinar e passar todos os meninos para não correrem o risco de terem de ir dar uma volta ao bilhar grande!...
Cada vez gosto mais deste Blog.
ResponderEliminarParabéns gigante. Continuarei a roubar imagens.
EXCELENTE o comentário anterior (também vou roubar)
:)
O homem tem razão e não disse nada disparatado. Condicionados implicitamente, os professores têm contribuido para a diminução do insucesso escolar e, consequentemente, para o aumento da iliteracia...
ResponderEliminarPor outro lado, é lícito afirmar que há mais alunos no ensino básico e secundário, se considerarmos os milhares de «alunos» que legitimamente aproveitam as borlas do programa Novas Oportunidades.
Portugal arrisca-se a fazer mais um brilharete, desta vez como o país em que os burros vão à universidade e até, quem sabe, ao governo.
Se os burros vão à Universidade ainda não está provado, mas lá que chegam ao governo ...
ResponderEliminarNo tempo do saralasas também tinha director e tu assinavas uma folha a dizer que não ias com sindicatos e nem eras comunista.
ResponderEliminarFalta pouco.
...chegam!!!
ResponderEliminarAproveito para tirar o "H" que está a mais no comentário das 13h e 57m: "À excepção do achincalhamento aos professores...". A pressa é inimiga da perfeição e a hora era de recomeçar as lides...
O governo vai à rua buscar os alunos que já não querem mais ir á escola... e obriga-os a regressar... coitados deles... coitado de quem tem de os aturar...
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