sábado, junho 30, 2012

Uma história que parece não ter fim


Falar do BPN é falar do maior roubo da história deste país e também do processo em que a impunidade dos culpados parece ser a regra. Nascido na era das vacas gordas do Cavaquismo e apadrinhado por ele foi durante anos um antro de malfeitores que saltavam entre o governo e o banco. Durante anos foi um fartar vilanagem sob o nariz do Magoo Constâncio do Banco de Portugal que nada via ou queria ver. Não fosse a famosa crise internacional e quem sabe ainda os Oliveira e Costa, Duarte Lima e Dias Loureiro continuariam a encher contas em off-shores e a comprar condomínios de luxo em Cabo Verde. Como se não bastasse veio a nacionalização dos prejuízos, pelo Teixeira dos Bancos, que já defraudou o país em muitos milhares de milhões de euros. (Dava para pagar os subsídios de férias e Natal que este governo nos roubou durante três anos). Quando parecia que esta roubalheira já tinha chegado ao fim chegou a vez da reprivatização em que o actual governo resolveu vender o banco ao BIC do Mira Amaral a preço de saldo por quarenta milhões de euros, não sem antes ter retirado centenas de milhares de créditos mal parados para empresas do estado, (créditos de Duarte Lima e Vítor Baía são alguns exemplos) e recapitalizado o banco em mais algumas centenas de milhares de euros. Um negócio da China...para o Mira Amaral. Talvez, embora duvide, tenha terminado aqui as negociatas e a roubalheira com este banco, mas ainda faltava mais uma manobra para poupar impostas. Afinal não é o BIC que vai incorporar o BPN, vai ser o BPN a incorporar o BIC, mudando depois o nome para BIC para assim pagar menos impostos nos próximos anos. Para alguns todos os truques são lícitos e o Estado olha para o lado, para o pobre do cidadão que aperta o cinto para pagar os impostos que este governo não se cansa de aumentar, o não pagamento de um bilhete do metro ou de uma portagem é suficiente para soltarem os cães e penhorarem qualquer bem que se tenha. Se há uma justiça para ricos e outra para pobres também no fisco parece haver uns que podem tudo e outros que só podem pagar e calar.

PS: NOVIDADE DO DIA - Dois dos condenados pelo Banco de Portugal por prestação de informação falsa e falsificação de contas no caso BPN, trabalham como diretores para um fundo do Estado. [AQUI]

900 anos de história


O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, considerou hoje que Portugal precisa de espírito empreendedor para dar a volta à crise e retomar o caminho do crescimento, mostrando-se confiante no futuro do país. "Precisamos de empreendedores para puxar o país para a frente". "Ninguém pode ter a mínima dúvida que Portugal vai dar a volta a esta crise", disse Santos Pereira, lembrando que nos quase 900 anos de história os portugueses sempre souberam reagir às dificuldades e reerguerem-se.

Pela primeira vez concordo com o Álvaro quando diz que em 900 anos de história Portugal sempre conseguiu reerguer-se mesmo quando a sua Independência lhe foi retirada. O que talvez devesse preocupar o Álvaro e os seus amigos do governo é que muitas vezes o fez correndo com os vendidos e os traidores pelas portas ou atirando-os pela janela fora. E janelas não faltam por aí.

sexta-feira, junho 29, 2012

Mais um Porquinho para o matadouro


Depois da Irlanda, Grécia, Portugal, Chipre e Espanha a Eslovénia poderá ser obrigada a pedir ajuda internacional.

A história repete-se e parece não ter fim. Também a Itália está na mira dos mercados e já se fala de problemas graves na Bélgica, França e até na Holanda.
Será que andaram todos a gastar acima das suas possibilidades? Será que não há aqui algo que escapa à responsabilidade dos povos desses países e tem mais de sistémico? Será que tudo isto não é uma forma de especuladores poderem ganhar dinheiro fácil e adquirir a preço de saldos as boas empresas desses países enquanto transformam soberanias em meros executores das politicas neo-liberais e os seus trabalhadores em
mão de obra barata e sem direitos? Não há responsáveis com nome e cara?

Mentes brilhantes


Investigadores estão a desenvolver um aparelho com o objectivo de descodificarem o cérebro de Stephen Hawking, um dos melhores cientistas da actualidade, que perdeu a capacidade da fala devido a uma doença motora de que padece há vários anos.

Como seria se utilizassem esse aparelho no Passos Coelho? Certamente uma vergonha.

quinta-feira, junho 28, 2012

Um monstro em Paris


Angela Merkel encontra-se em Paris com Francois Hollande para decidirem o que a próxima cimeira da União Europeia vai ser decidido. Coisas de uma Europa Democrática.

Uma crise "Dali" mas também daqui


A agência de notação financeira Moody’s e vinte e oito entidades financeiras do país vizinho sofreram cortes de rating de entre um a quatro níveis, num “golpe” que deixou 21 bancos sob a classificação de “lixo”. A “razia” aconteceu no mesmo dia em que o Governo espanhol formalizou o pedido de ajuda à União Europeia para recapitalizar o sector bancário.

Com o pedido de ajuda da Espanha e também do Chipre só falta a Itália para se fazer o pleno dos países do Sul da Europa. Não deve faltar muito e já outros se colocam na calha. França, Bélgica, Holanda...e outros se seguirão. Porque, contrariamente ao que nos tem sido dito nada disto é uma crise de alguns países que se portaram mal, mas sim uma consequência do ajustamento do próprio sistema capitalista às novas formas de especulação e lucro fácil que a globalização mercantil produziu. Um sistema em que se ganha mais em especular em desequilíbrios da produção que em apostar no sistema produtivo dando todo o poder aos mercados para imporem as suas regras e "governarem" o mundo, é um sistema que será sempre injusto, violento e sempre mais preocupado com o lucro que com as pessoas. Não somos por isso vitimas de uma crise, mas de um sistema que se alimenta de uma suposta crise que eles próprios fomentaram.

quarta-feira, junho 27, 2012

A bomba da austeridade


Mais medidas de austeridade? "Se for necessário". Renegociar e reestruturar a dívida? "Não e não". As respostas do primeiro-ministro, Passos Coelho,
O ministro das Finanças afirmou que o Governo não está "neste momento" a contemplar mais medidas de austeridade, mas poderá recorrer a medidas adicionais "que se revelem necessárias".

Com o descalabro da execução orçamental e a recusa do governo em pedir à Troika que alivie o garrote não é muito difícil imaginar que brevemente a bomba relógio que o governo colocou sobre os nossos pés rebente e sejamos atingidos por mais medidas de austeridade. Descansados podem ficar os que lucram com as PPP, com as privatizações, os amigos e os que se alimentam das gorduras do Estado pois esses estão bem protegidos contra esse mal.

Um Eixo para o Iraque


"Portugal não representa meramente um mercado de cerca de 10 milhões de consumidores. Tem um conjunto de relações privilegiadas a nível cultural, linguístico, económico e empresarial com várias regiões do globo, passando pelos países de expressão oficial portuguesa, pelo norte de África e o continente americano, pelo que nos devemos posicionar como eixo geoeconómico estratégico entre o Iraque e estes espaços regionais", afirmou o ministro Álvaro Santo Pereira.»

Oh homem, vai vender pasteis de nata para o Canadá e cala-te. É que de uma personagem cómica já está a atingir o ridículo. «Portugal pode posicionar-se como um "eixo geoeconómico estratégico" para o Iraque, através da geografias com as quais tem "relações privilegiadas". Interne-se o Ministro ou melhor enviem-no como delegado comercial permanente para o Iraque. Só fico com pena é dos Iraquianos que depois de uma invasão dos Americanos teriam de sofrer uma provação ainda maior, aturar o Álvaro.

terça-feira, junho 26, 2012

Ai a inevitabilidade


O PCP apresentou a sia moção de censura e confesso que há muito que já não tenho paciência, nem para ouvir os argumentos de uns nem as respostas dos outros. Só no caminho de casa ouvi na rádio alguns dos argumentos e se de um lado era a critica ao estado a que chegámos  do outro era a inevitabilidade das medidas perante o estado em que estamos.Não ouvi no entanto aquilo que me parece mais importante.
Primeiro que não existem inevitabilidades e que há sempre outro caminho, que terá outras dificuldades, outros problemas mas que existe. Depois que se estamos nesta crise isso se deve ao caminho escolhido antes que nos trouxe aqui e querer resolver o problema continuando pelo mesmo caminho, o da globalização capitalista neo-liberal, só nos pode levar a mais crise, mais dificuldades, fome e miséria. E é a inevitabilidade de seguirmos por este caminho que nos querem impingir, assim como o fizeram com a chantagem que fizeram com os Gregos e que continuam a fazer com todos os povos da Europa, apregoando austeridade para uns para financiar o mesmo sistema financeiro que foi o principal responsavel pela dita cuja crise.
Seja as soluções deste governo em cumprir o memorando e até ultrapassá-lo quer seja a solução do PCP de renegociar a dívida, ambos acabam por incorrer no mesmo erro, o de deixar o sistema continuar a funcionar baseado nos mesmos princípios capitalistas. O mal está no sistema e não só na forma de como ele é gerido. Só um sistema que coloque como centro as pessoas e não o capital e os mercados, só um sistema baseado na justiça ao serviço dos homens e não em leis criadas pelo próprio capital para dele se servir pode permitir uma mudança que realmente crie a mudança e transforme os homens, não em meros executantes dos desígnios de alguns, mas em seres completos capazes de criar e partilhar. Teremos nós coragem e determinação para o exigir ou vamos continuar a aceitar a inevitabilidade que nos impõem?

Reunião de um ano de governo



segunda-feira, junho 25, 2012

Uma Rede de tachos


O PS contestou hoje a nomeação de José Luís Arnaut para o cargo de membro não executivo do conselho de administração da REN - Redes Energéticas Nacionais e exige ao Governo que explique no Parlamento o processo de privatização da empresa. O PS acusa o Executivo de fomentar "um dos maiores exercícios de promiscuidade entre a política e os negócios, conformando a negociação em si uma ilegalidade".
"A privatização da REN, tal como da EDP, funciona como uma espécie de espólio que o Governo distribui para personalidades ou dirigentes topo de gama do PSD e do CDS. Depois de Eduardo Catroga ou de Celeste Cardona, vem agora José Luís Arnault, sobretudo na sua qualidade de administrador da REN e simultaneamente presidente da comissão de auditoria financeira do PSD".
O PS contesta igualmente a nomeação de Miguel Moreira da Silva, do CDS, que irá ocupar um lugar de direcção na REN. "Miguel Moreira da Silva que sai do Governo, que acompanha esta privatização, e sendo ele irmão do próprio vice do PSD, Jorge Moreira da Silva, vem ocupar um lugar de direcção e isto não é nenhuma coincidência".

Qual é a surpresa? Mais uma vergonha a juntar a tantas outras de e que infelizmente não é uma excepção. Vendem aquilo que é património de todos nós e pagam os favores aos seus boys. Os sacrifícios, esses ficam para os outros.

Caçador de Impostos


O ministro das Finanças admite que os dados disponíveis sobre a execução orçamental traduzem «um aumento significativo nos riscos e incertezas» e que o cumprimento da meta fixada para o défice orçamental deste ano poderá estar em risco devido às receitas fiscais inferiores ao previsto. Disse ainda que "o governo está determinado a cumprir tecto de 4,5%" mas acrescenta de imediato que "estamos totalmente conscientes que este esforço é muito importante".

Traduzindo isto para linguagem mais corriqueira quer dizer que mais dia menos dias temos aí um novo PEC com novos impostos e mais austeridade. Afinal esta é a única solução que este ministro encontra para acertar as suas contas, mas pena é que só tenha a coragem para atacar os mais fracos deixando os grandes vampiros imunes e a continuarem a sugar o sangue do Estado.

domingo, junho 24, 2012

Só Deus sabe o que gostam um do outro


O presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, recebeu hoje manifestações de apoio de militantes do PSD para ser candidato a Lisboa. Miguel Relvas afirmou então que «Só Deus sabe o que eu gosto dele, não posso dizer mais do que isto, não posso e não devo dizer mais do que isto, mas só Deus sabe o que eu gosto dele». Fernando Seara retribuiu o cumprimento afirmando que "Eu também gosto muito do senhor ministro, mas gosto particularmente do Miguel, sabem que a política é feita de afectos pessoais e entre mim e o Miguel há uma amizade de muitos anos e portanto eu estou com ele sempre"

Só Deus sabe o que eles gostam do poder e só Deus sabe o que fazem para o conseguir.

Subornos sem subornados?


Na Alemanha já há acusados, julgados e condenados no processo de subornos relacionada com a venda dos dois submarinos a Portugal. Estranhamente os subornos alemães foram feitos mas não se encontram subornados. Ou se calhar não se querem encontrar.

sábado, junho 23, 2012

Burro e mentiroso?

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, admitiu que a informação disponível sobre o comportamento das receitas "não é positivo", mas sublinhou que o Governo está empenhado em cumprir o défice para este ano.
"Estes dados disponíveis traduzem um aumento significativo nos riscos e incertezas que estão associadas às expectativas orçamentais. O Governo está determinado a cumprir o tecto para o défice de 4,5% para 2012, mas estamos totalmente conscientes de que o esforço necessário para atingir este valor é muito importante". O ministro das Finanças explicou que se verificaram "valores abaixo do esperado" para a receita fiscal, nomeadamente do IRC,  e para as contribuições para a segurança social.

Já todos sabiam há muito que as receitas, devido ao brutal aumento dos Impostos e consequente quebra na produção e no consumo, iriam diminuir. Sabiam e muitos avisaram, mas um Ministro das Finanças fez orelhas de mercador e apresentava previsões no mínimo irrealistas.
Volto a uma pergunta que já aqui fiz; ou é incompetente e não conseguiu ver o que era evidente para todos ou é desonesto e mentiroso e sabia mas mentia. Ou pior ainda, é as duas coisas. Demita-se.

Um lacaio com Cara de Cherne



sexta-feira, junho 22, 2012

Cuidado para não pisarem no Relvas


O PSD votará contra o requerimento do PS para ouvir no Parlamento o ministro Miguel Relvas, no caso das alegadas ameaças ao jornal Público e à jornalista Maria José Oliveira.
Para o PSD o texto com a deliberação final da ERC é absolutamente esclarecedor e assertivo e a questão está de facto esclarecida.
Para o PS a ERC concluiu que poderá ter existido da parte do ministro um comportamento eticamente reprovável e nesse sentido Miguel Relvas deveria ir à comissão prestar os devidos esclarecimentos.

Antes do relatório da ERC não fazia sentido porque se devia esperar pelas suas conclusões, depois porque já existem conclusões (por mais comprometidas que estejam pela aparente de falta de isenção que a composição da ERC parece mostrar). Para o PSD proteger o Relvas é o mesmo que proteger o governo pois ele é o homem que tem todos os contactos, todos os telefones e que tudo controla. Se caísse o Relvas caia o Passos Coelho e o governo.

FMI - Organização assassina, terrorista, fascista e xenófoba


Não são apenas as indemnizações por despedimentos lícitos que devem ser reduzidas. Num relatório publicado no início desta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) pede um corte no custo que as empresas suportam pelos despedimentos considerados inválidos pelos tribunais e também aqueles que tenham por base motivos políticos ou étnicos.

Já se sabia que nos países onde o FMI intervém a esperança de vida das populações diminui e que por isso se pode considerar uma Organização que atenta contra a vida de inocentes e por isso terrorista. Agora ficámos a saber que para alem de terrorista também é fascista e xenófoba. Quando defende a facilitação dos despedimentos por razões políticas ou étnicas está a defender que qualquer pessoa possa ser descriminada pelas suas ideias ou simplesmente por ter uma cor ou feições diferentes. Isto é fascismo e isto é racismo puro e simples. Puta que os pariu.

quinta-feira, junho 21, 2012

Já não há paciência


O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, acusou os sindicatos do sector dos transportes de exercerem "chantagem" nas greves que estão a realizar e de o Governo ter "demonstrado enorme paciência" em relação à situação.

Oh Álvaro, paciência de santo temos demonstrado todos nós para te aturar. Ao principio fazias-nos rir com os teus disparates, depois preocupar-nos com a tua incapacidade mas agora já irritas com a tua arrogância. Os trabalhadores não fazem chantagem, fazem greve, um direito consagrado na constituição de qualquer regime democrático. Nenhum trabalhador faz greve por prazer ou só para irritar um Ministro. Se a faz, perdendo dias de salário, é porque considera importante lutar por direitos e pelo seu posto de trabalho. Um governo não tem de demonstrar enorme paciência com a situação, tem de governar. Se isso lhe tira a paciência então estou certo que o sector de transportes cancelará qualquer greve para o Álvaro poder apanhar o avião de volta ao Canadá de onde nunca devia ter saído. Portugal não necessita de pantomineiros nem  incapazes na condução dos seus destinos. Portugal não necessita nada do Álvaro que não seja ir-se embora. Prometemos que de vez em quando lhe mandamos um pasteis de nata.

A rainha de Copas da Europa


Ando farto destas politicas, deste país, desta Europa e sei lá mais de quê. Ando sem vontade nem animo para tudo isto e por isso nem para ouvir os nossos políticos, comentadores e analistas da treta. Por isso nem vou fazer nenhum texto  para acompanhar esta imagem e até ter vontade provavelmente vai continuar assim. Cada um que lhe faça a legenda que desejar, se desejar.

quarta-feira, junho 20, 2012

A inocência da santidade


A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deverá votar hoje, a deliberação final sobre o caso das alegadas pressões ilícitas do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, sobre o jornal "Público", (ameaçando publicar na Internet dados pessoais e privados de uma jornalista), para impedir a publicação de notícias sobre o seu eventual envolvimento no caso das secretas. Ao que o SOL apurou a conclusão a que chegaram os técnicos da ERC e que consta do relatório, é que Miguel Relvas não tentou pressionar o jornal Público.
Recorde-se que o conselho regulador da ERC é presidido por Carlos Magno e tem entre os seus vogais a ex-jornalista e jurista Raquel Alexandra, amiga pessoal de Miguel Relvas. Além destes dois membros, o conselho regulador é composto por Arons de Carvalho, Maria Roseira Gonçalves e Rui Gomes.

Só me pergunto é porque perdem tempo a fazer estes relatórios, reuniões e votações se já todos sabem o resultado mesmo antes de se iniciar o processo. É claro que o Relvas é um anjinho.

Proposta mal cheirosa


O economista Miguel Cadilhe sugeriu hoje a criação de um novo imposto este ano em cerca de 4,0 por cento da riqueza do país e pago por todos os portugueses de uma só vez.
O ex-ministro das Finanças,Miguel Cadilhe, que se dirigia ao Governo e ao parlamento num seminário sobre um ano de programa de assistência financeira a Portugal a decorrer no senado da Assembleia da República, sugeriu hoje a criação de um novo imposto de 4,0 por cento sobre a riqueza líquida em 'one shot' [de uma só vez]», classificando-o como um «tributo de solidariedade» dos portugueses.

Como não gosto de ser mal educado e o que me apetecia era mandar este gajo à merda escolhi este boneco para não ter de o dizer por escrito. É que daquela cabecinha só sai mesmo bosta e da mais mal cheirosa. Certamente que para ele contribuir com 4% de tudo aquilo que ganha não lhe causaria grandes problemas, não o faria perder a casa nem fazer a sua família passar fome, mas para quem já vive com a corda no pescoço seria apertar ainda mais o nó. Que se lixe a boa educação, afinal sempre o vou mandar à merda. Vá à merda Sr. Cadilhe

terça-feira, junho 19, 2012

O Rei Silva


O Presidente da República promulgou hoje as alterações ao Código do Trabalho.  No comunicado onde anuncia a decisão, salienta que “na análise realizada não foram identificados indícios claros de inconstitucionalidade que justificassem a intervenção do Tribunal Constitucional ”, acrescentando que “nestes termos, no juízo que formulou sobre a legislação em apreço o Presidente da República teve presente os compromissos assumidos por Portugal junto das instituições internacionais, a necessidade de preservar o consenso alcançado em sede de concertação social e a reduzida oposição que o presente diploma suscitou junto dos partidos com representação parlamentar”. Foi aprovado no Parlamento “com os votos favoráveis dos deputados do PSD e do CDS e com a abstenção do PS, tendo votado contra apenas 15% dos deputados”.

Deste personagem não se esperava outra outra atitude pelo que não se deve estranhar que  a Constituição tenha sido uma vez mais atirada para o lixo. Não foram identificados "indícios claros", o acordo com a Troika que  passa por cima de tudo, a aldrabice da concertação social e os votos do PSD/CDS são suficientes ao Sr. Silva para não cumprir com o juramento que fez de fazer cumprir a Constituição. (Tudo em nome do emprego como se o facilitar os despedimentos nesta altura alguma vez vá criar novos postos de trabalho). Nada de novo  vindo de quem vem.

Um Seguro Humpty dumpty


“O PS tem de fazer uma opção e não pode continuar em cima do muro", afirmou Jerónimo de Sousa, após o PCP ter apresentado na Assembleia da República uma moção de censura ao Governo.

Qual é a coisa qual é ela que se cai ao chão fica amarela?

segunda-feira, junho 18, 2012

Uma corridinha em N.Y.



Pedro Mota Soares foi este domingo em Central Park em Nova Iorque correr, para«ajudar a promover a imagem do nosso país». O ministro percorreu os 8 quilómetros da corrida em 40 minutos e ainda subiu ao palco para entregar os prémios aos vencedores. Organizada pelo colectivo Portuguese Circle e possibilitada por patrocínios do Turismo de Portugal e algumas empresas, terminou com uma mostra de produtos, desde os pastéis de nata à bica e ao atum, ao som da tuna do Instituto Superior Técnico e da fadista luso-americana Nathalie Pires.

Antes tínhamos o Sócrates a fazer jogguings na Praça Vermelha ou na de Tiananmen sempre que saía de Portugal, agora temos o Ministro do Audi que vai a Nova Iorque. Nada tenho a opor que se apoiem as iniciativas dos emigrantes portugueses por esse mundo fora, mas faz-me alguma confusão que se continue a ver os nossos governantes a gastar dinheiro em viagens como neste caso ou quando o António Costa foi a Miami só para dar a partida da Corrida de Barcos que estacionou em Lisboa. Podem dizer que são trocos e que valem pela promoção do país, mas para quem vive com duzentos ou trezentos euros por mês é uma pequena fortuna.

O Filme da Semana


domingo, junho 17, 2012

Os namoros de costume


O Governo quer chegar ao próximo Conselho Europeu "com uma posição conjunta sobre os instrumentos que Portugal deve usar para enfrentar a crise", pelo que vai fazer "uma aproximação" ao PS.  O líder do PS, António José Seguro já garantiu a "disponibilidade total" para tentar chegar a um acordo com o Governo.

Fazem-se as malfeitorias,  aquilo a que chamam de "reformas estruturais", acabando com direitos laborais, direitos sociais, privatizando tudo, da electricidade às águas e depois, quando estão mais aflitos, vendem a ideia da inevitabilidade, depois dos acordos, (entre falsas zangas de namorados), da concertação e dos largos consensos. Disto tudo o que acaba sempre por acontecer é mais austeridade para muitos e mais riqueza para alguns com as injustiças sociais a agravarem-se e a fome a bater à porta de muitas casas (quando ainda há casa). Infelizmente, se há muito PS e PSD são duas faces da mesma moeda agora cada vez mais são as faces da vergonha de uma politica que esquece os povos em nome dos mercados e da ganancia de alguns.
A busca de alternativas há muito que deixou de ser uma necessidade e se tornou uma urgência que não pode ser adiada. Uma alternativa nova, que não seja uma reciclagem deste modelo falido mas que repense conceitos e objectivos, que não aceite direitos "inalienáveis" quando se trate do grande capital e a inevitabilidade para todos os outros. Uma alternativa que não fique estagnada no poder vigente que a controla com as suas leis feitas à medida para o servir. Uma alternativa em que as politicas sirvam as pessoas e não uma classe dirigente de vendidos e dos seus lacaios. Isto é possível se houver a vontade e sobretudo a determinação de construir essa nova sociedade, esquecendo os egoísmos, as invejas e os medos.

Eleições na Grécia


Esta Europa que temos está em pânico porque hoje é dia de eleições na Grécia e se tudo pode ficar na mesma se a Nova Democracia vencer, também tudo pode ter de mudar se o Sirisa conseguir uma maioria e formar governo. Não sei se isso será a solução, mas uma coisa é certa será uma pedrada no charco em que está transformada esta politica europeia e algo terá de mudar. Há que dizer à Merkle e aos sabujos como o Passos Coelho que lhe andam a lamber os "tomates" que condenar os povos à pobreza e miséria, que acabar com direitos laborais e sociais não é uma alternativa. Daqui a 24 horas já saberemos e poderemos ver que futuro terá a Europa e o capitalismo mercantilista e selvagem que a governa.

sábado, junho 16, 2012

God save the ... banks


As autoridades britânicas anunciaram um conjunto de medidas de emergência para fazer frente à crise da dívida europeia, disponibilizando uma cifra de 100 mil milhões de libras (123,5 mil milhões de euros). O ponto principal deste pacote é um financiamento de 80 mil milhões de libras (cerca de 98,7 mil milhões de euros) do banco central aos bancos comerciais, para as próximas semanas e a um preço reduzido. Paralelamente, o pacote compreende uma injecção de cerca de 5000 milhões de libras por mês nos bancos do centro financeiro de Londres para aumentar a liquidez.

Todos falam da crise das dividas soberanas (os malvados povos do sul que só querem sol e praia e gastam acima das suas possibilidades), mas o que assistimos actualmente é a uma crise dos bancos, (que dos banqueiros não consta que passem por dificuldades), com os estados a endividarem-se desesperadamente para os capitalizar. Os bancos, os principais responsáveis pela crise de 2009 mas que não os impediu de continuarem a especular, (e surpreendentemente a passar nos testes feitos pelo BCE), chegam finalmente ao momento em que mostram estar descapitalizados e a forçar os governos a injectar muitos milhares de milhões. Quem vai pagar em sacrifícios e austeridade tudo isto? Nós.

O Rei Portas e o patético Álvaro


«O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje a assinatura de oito contratos fiscais com empresas que resultarão num investimento de 157 milhões de euros na economia portuguesa e contribuirão para criar 352 postos de trabalho.
O Estado português vai conceder incentivos fiscais no valor de 10% deste investimento, cerca de 15 milhões de euros.
Pobre Álvaro, o Miguel Relvas tirou-lhe o "Impulse Jovem" sendo ele a anunciar o programa e agora vem o quase invisível Paulo Portas, (só aparece para dar boas noticias e desaparece quando as coisas estão a correr mal) anunciar investimentos na economia. Se é grave a falta de respeito que todo este governo mostra por ele, mais grave ainda é a falta de respeito que ele mostra por si próprio ao não bater com a porta e voltar para o Canadá. Demita-se.

sexta-feira, junho 15, 2012

O poder do tudo saber


Durante dias não se falou de outra coisa que das fugas de informação das nossas secretas para empresas privadas, das pastas com informação sobre a vida cidadãos, da proximidade do Miguel Relvas com o Jorge Silva Carvalho, das falsidades que foi afirmando e mudando de cada vez que era apanhado numa sem esquecer as ameaças sobre a jornalista do público se publicasse uma noticia que mostrava uma dessas contradições. Falou-se tanto, prometeram-se inquéritos rápidos e o tempo passa e tudo parece ter entrado no esquecimento. 
É que isto de se ter informação sobre os cidadãos é uma prática já há muito utilizada e que garante um poder enorme sobre a sociedade. Houve uma altura em que eram os padres das aldeias que, sabendo tudo o que se passava através das confissões, as controlavam, hoje é quem tem acesso aos serviços secretos que possui o poder de silenciar o que não quer que seja divulgado, "queimar" um inimigo ou conseguir um favor ou um negócio. A informação sempre foi poder e cada vez mais parece sê-lo mais.

E viva la Espanhã


Quando se olha para as condições do empréstimo a Portugal e Espanha e se considera que não faz sentido que uns tenham de pagar tanto e fazer tantos sacrifícios quando os outros têm condições muito mais vantajosas, o que se pede não é que também os espanhóis tenham de passar por aquilo que estamos a passar os portugueses, mas que também por cá as condições sejam iguais para permitir que o país não caia numa recessão profunda com todas as consequências a isso associadas.Porra, também somos gente.

quinta-feira, junho 14, 2012

Mentir aos serviço do poder


«O pacote de apoio europeu de até 100 mil milhões de euros à banca espanhola terá que ser devolvido num prazo de 15 anos com cinco anos de carência e um juro de 3%o, noticiou hoje o jornal El Mundo.
O diário avançou algumas das condições do pacote financeiro, acordado no sábado passado numa reunião do Eurogrupo, mas cujos contornos estão ainda a ser finalizados em negociações entre Espanha e os parceiros europeus.
Se estas condições forem confirmadas, o programa de apoio não terá efeito no défice do Governo nos próximos anos - no qual cairiam os juros - e, como tal, não afetará os objetivos do Executivo.
 
Afinal parece que na reunião do Eurogrupo, contrariamente ao que afirmou o Vitor Gaspar, sempre se decidiram as linhas mestras do empréstimo de 100 mil milhões à banca espanhola.  Uma vez mais faltaram à verdade para assim não verem as medidas de austeridade a Portugal suavizadas e podendo continuar a justificar as medidas de austeridade, os cortes nos salários, nos direitos laborais e sociais e desbaratar as empresas públicas, impondo o capitalismo liberal e selvagem em nome da nova ordem mundial, pouco se importando se isso condena este país à pobreza e à miséria.

O morto-vivo político


quarta-feira, junho 13, 2012

Realidades e ilusões


É a velha história do copo meio cheio ou meio vazio ou neste caso do país a reorganizar-se ou a definhar. Certo é que a vida da grande maioria da população está cada vez mais precária e miserável.
A tarefa de um governo devia ser criar as condições para que os cidadãos possam ter a melhor vida possível e não servir os mercados e o grande capital. Mas este liberalismo desenfreado parece acreditar, (ou pelo menos tenta fazer-nos acreditar a nós) que o melhor caminho é defender o capital para que ele crie riqueza que depois seja distribuída por todos. Esquecem que essa riqueza é feita à custa da pobreza de milhões e nunca foi ou será distribuída porque será sempre utilizada para criar mais riqueza e satisfazer a ganancia dos mais poderosos.

Dia de Santo António


Oh safado Santo António
Da Lisboa tão degradada
Tua cidade é o sinónimo
De casa desocupada

São Lázaro foi ocupada
com trabalho e dedicação
a casa a ser arranjada
Um exemplo e uma lição

Com muito trabalho solidário
De uma casa destruída
criaram um espaço comunitário
uma casa renascida

Mas um filho-da-puta
não podia admitir
que de uma casa devoluta
um exemplo pudesse florir

Esta Helena é uma Roseta
que no Rossio apelava à luta
Mas afinal tudo era treta
desocupou-a à bruta

A policia foi chamada
Para a porta emparedar
Está morta e fechada
sem ninguém a lá mora

terça-feira, junho 12, 2012

A gula bancária


Os bancos portugueses nunca pediram tanto dinheiro emprestado ao Banco Central Europeu como no mês passado com o financiamento junto do BCE a atingir já os 58,7 mil milhões de euros, mais 3,3 mil milhões de euros que no mês anterior.

Não entendo mesmo nada de finanças, mas faz-me confusão que a solução para um país cujo problema é a divida externa  seja uma ajuda de 78 mil milhões, continue a ir aos mercados pedir mais milhares de milhões emprestados e os seus bancos, que acabaram de ser capitalizados com mais 6 mil milhões, aumentem constantemente  a sua divida. Mais grave ainda quando se sabe que o crédito mal parado não pára de crescer a grande velocidade e todo este dinheiro que entra na banca acaba para não ser utilizado em empréstimos às empresas e ao desenvolvimento da economia e do emprego.
Como é possível resolver os problemas do país se o endividamento aumenta, os juros a pagar aumentam e a economia em recessão encolhe?

Cinderela e o sapainho da austeridade


A União Europeia fez um empréstimo a Portugal de 12 mil milhões a juros superiores a 5%. A mesma UE empresta 100 mil milhões a Espanha sem exigir contrapartidas no plano da política económica e em vez de se tratar de um empréstimo ao Estado é uma linha de crédito a juros de 3%. «O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou neste domingo que Portugal não vai pedir uma renegociação das condições do empréstimo financeiro concedido pelas instituições internacionais. "Não vejo razão para pedir uma renegociação das condições", disse .

Como se não bastasse que estejamos todos a pagar com os nossos impostos, sacrifícios e crescimento da pobreza, a má gestão e gula dos nossos banqueiros dinheiro para os financiarmos a juros usurários, vemos agora a Espanha a receber 100 mil milhões a um juro muito mais baixo e o Passos Coelho a dizer que não vê razões para exigirmos que nos tratem da mesma maneira. Parece que o sapatinho da austeridade que nos calçaram não serve no pé dos espanhóis. Imagino que esteja à espera de se aproveitar dos protestos da Irlanda e assim não ter de questionar a Frau Merkel. A cobardia destas posições aceitando tudo sem se importar com aquilo a que sujeita o país e a vida de todos nós e ficando à espera de se aproveitar daquilo que os outros consigam renegociar já é marca deste governo e vergonha para todos nós.

segunda-feira, junho 11, 2012

O Democrata Rui Rio


«O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, defendeu hoje que as autarquias muito endividadas deveriam ser geridas por uma comissão administrativa e não ter eleições. "Quando uma câmara está excessivamente endividada, quem vier depois a ganhar eleições não tem margem para tomar qualquer decisão política. As câmaras endividadas não deviam ter eleições, mas sim uma comissão administrativa para a gestão corrente, até estarem equilibradas", defendeu.»

Será que o Rui Rio também pensa o mesmo em relação aos países endividados? Será que como a Manuela Ferreira Leite defende a suspensão da Democracia por seis meses, ou preferirá seis anos ou seis décadas? Quem escolhe qual a dita "comissão administrativa"? Ele?
Estes democratas de merda quando se encontram no poder não pensam em mais nada que em mantê-lo a todo o custo não olhando a meios. O que realmente os lixa é que quando abrem a boca e se esquecem de mentir, dizem aquilo que realmente pensam. Esta é a gente que nos governa, que se diz muito séria e muito competente, mas na realidade para eles que consideram-se os donos disto tudo e o "povo" não passa de um empecilho para as suas ambições de poder.

P.I.G.S. Tarefa concluida



sábado, junho 09, 2012

Rajoy o Joker do momento


Quanto irá custar aos espanhóis o jogar desta carta

Espanha "colhida" pela Troika


A agência norte-americana  de notação financeira Fitch decidiu cortar o ‘rating' da dívida espanhola em três níveis. Espanha passa assim de ‘A' (nível máximo) para ‘BBB', apenas dois níveis acima da classificação considerada ‘lixo'. "Os custos orçamentais da reestruturação e recapitalização do sector bancário espanhol é agora estimado pela Ficth em cerca de 60 mil milhões de euros", o que corresponde a 6% do produto interno bruto (PIB) espanhol, nota a agência em comunicado. No mesmo documento a Fitch admite que este valor possa ascender a "100 mil milhões de euros (9% do PIB) num cenário mais severo".

Há dois anos, pressionada pelos mercados, foi a Grécia, um ano depois Portugal e agora passado mais uma ano chegou a vez da Espanha que não deve aguentar muito mais tempo sem ter de pedir ajuda financeira e assim cair nas malhas da Troika. A história repete-se, as soluções são as mesmas assim como as consequências; austeridade, ataque ao estado social e aos direitos para que os principais responsáveis pelo descalabro, a banca, seja de novo financiada. 

sexta-feira, junho 08, 2012

Um génio da treta


O que chamavam de Génio da Economia e que foram buscar a uma Universidade de segunda ao Canadá não passava de uma obra de ficção como a realidade rapidamente mostrou. Das bandeirinhas de Portugal aos pasteis de nata foi-se desfazendo a imagem do Super-Ministro até que o governo se sentiu obrigado a distribuir as suas competências primeiro por outros Ministérios e depois tentar dar-lhe algum protagonismo mediático para não ter de fazer uma rápida remodelação ministerial. Quando as coisas pareciam que lhe corriam melhor um peixe maior, o Miguel Relvas, necessitou de protagonismo mediático e lá se converteu o Álvaro de novo em fumaça. Mesmo sendo medidas sobre o emprego e a economia, o Programa do Impulso Jovem foi entregue ao Relvas. Depois de ser desrespeitado por quase todos os ministros este "géniozinho" foi mais uma vez tratado como lixo, mas sem um verdadeira coluna vertebral continua a aceita-lo sem de demitir. Patético.

Meter a casa em ordem


Na celebração de um ano de governo, num brinde à vitória do PSD, Passos Coelho afirmou que “Vamos meter a casa na ordem”.

Será que quando acabar ainda vai haver casa? E havendo casa ainda haverá gente para lá viver?

quinta-feira, junho 07, 2012

Impulso Jovem


O conselho de ministros aprovou, esta quarta-feira, o programa "Impulso Jovem" que possui um fundo superior a 344 milhões de euros e que cobre um universo de 90 mil jovens.
Será que com este programa vamos finalmente ver diminuir a taxa de desemprego? Será que as empresas contratarão mais só por poderem poupar 175 euros na TSU ou se souberem que há na sociedade dinheiro para lhes comprar os produtos?

PS: Não seria normal que fosse o Ministro da Economia, o Álvaro, a apresentar este programa? Será que já o devolveram à Universidade do Canadá ou é para tentarem limpar a imagem do Miguel Relvas que o andam a exibir? Será que pensam que assim a sua popularidade sobe e nos esquecemos das trapalhadas promiscuas com as Secretas e as ameaças aos jornalistas?

O Abismo


O Passos Coelho veio dizer-nos que "os portugueses já não estão perante o abismo”. A mim, olhando para os números e para as previsões da execução orçamental, da recessão, do desemprego, da pobreza, dos juros e da dívida num país estagnado e numa Europa a desmoronar-se, custa-me entender esta versão da realidade, mas para os que já caíram no desemprego, os jovens que não encontram um primeiro emprego, para quem já perdeu a casa, já vendeu os anéis, não tem dinheiro para comprar os medicamentos que necessita, vê os filhos com fome e vive no desespero há muito que foram empurrados para darem o passo em frente. Para eles o abismo já se transformou em queda vertiginosa e sem esperança.

quarta-feira, junho 06, 2012

Governa e deixa morrer


Segundo Leal da Costa, secretário de Estado adjunto e da Saúde, será necessário reduzir a cobertura até agora assegurada e deixar de pagar os tais actos de “eficácia duvidosa”. Adiantou, como exemplo “extremo”, as terapias que prolongam por pouco tempo a vida de alguns doentes de cancro. “Essa questão não se pode pôr em termos de prolongar uma semana ou um mês. A questão que se tem de colocar de forma muito clara em cima da mesa – e esse é um exemplo bom, apesar de ser um exemplo extremo - é se, por exemplo, todos os medicamentos que são autorizados para tratar cancro devem ser todos eles utilizados no Serviço Nacional de Saúde. Porventura, não.

Lembro-me de há uns tempos a Manuela Ferreira Leite ter questionado se valeria a pena gastar dinheiro a pagar cirurgias a pessoas com idades mais avançadas e propor que quem necessitasse de hemodiálise e tivesses mais de 70 anos a devia pagar do seu bolso. Agora é a vez deste Secretário de Estado que coloca a mesma dúvida para o tratamento de doentes com cancro. Para esta gente, quem não é rico, ultrapassa a idade activa e chega à reforma torna-se um fardo e a morte parece ser uma boa solução. A pergunta que faço é se não deveremos deixar morrer esses doentes ou deixar viver esta gente para quem o dinheiro vale mais que a vida.

Estes mereciam

Um ano de governo e o que gostava mesmo de ver era essa gente na fila do desemprego para ganharem um ordenado mínimo ou trabalharem para uma empresa de trabalho temporário. Não merecem mais que isso.

PS: Estes hipócritas ainda vão comemorar um ano de governo.
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