terça-feira, fevereiro 26, 2008

A paixão da educação

Afinal sempre é loira

Não vi, nem ouvi com atenção a Ministra a debitar as velhas máximas os sucessos do seu reinado na educação, nem as suas justificações falaciosas sobre o ensino, gestão escolar ou sobre a avaliação dos “professorzecos”, (forma como trata os dignos profissionais a quem confiamos os nossos filhos, quando fala com os deputados do seu partido). Não há paciência. Mesmo assim ainda fui ouvindo uma ou outra afirmação, sons difusos de um amanhã hipotecado nas mãos desta ministra. Não posso por isso reproduzir o diálogo na precisão, mas em resposta a uma professora, por sinal loira mas nem por isso menos inteligente, que afirmava a necessidade de qualificações para se ser professor e de, para Ministro da Educação poder ir qualquer um, mesmo que não tivesse qualquer prática educativa. A resposta da Ministra foi elucidativa, “Não me diga que também tem de ser loira?” Se estivesse na sala de aulas esta era daquelas vezes em que levantava a mão porque sabia a resposta. Não é necessário ser loira, mas é necessário ser inteligente, honesto e consciente para entender que, o que está a fazer à educação deste país é um mal que infelizmente terá repercussões demasiado duradoiras e que vão hipotecar a esperança desta e das próximas gerações durante muitos e muitos anos. Essa é a minha convicção, não como professor que não sou, mas como pai preocupado com o futuro dos meus filhos.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

11 comentários:

  1. Eu sou pai com 2 filhos no Liceu Pedro Nunes, vindos doensino privado, e penso exactamente o contrário!!!

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  2. Apoio calimero. Kaos como muitos outros não sabem o que dizem. Falam por falar. Confessam aliás que nem ouviram como deve ser porque nâo têm paciência. Lêem títulos e a partir daí desenvolvem os "raciocínios" e os ataques. Não estudam as questões. Juízos "levezinhos" estes. Falta muita honestidade, conehcimentos e imparcialidade nos comentadores.

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  3. Calimero:
    Tem todo o direito a ter a sua opinião que eu respeito. Pensamos diferente embora acredite que ambos desejemos o melhor para os nossos filhos. E$spero sinceramente que tu tenhas razão porque eu estou muito péssimista em relação ao futuro dos nossos jovens

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  4. anonimo:
    Embora não concorde com o Calimero aceito a sua posição e respeito-a. Quanto aquilo que o anonimo diz já não posso dizer o mesmo. Não leio só titulos de jornais e se digo que não tenho paciência é porque tudo aquilo que vimos na TV é fofo de vista e o velho arraial de quem convence quem. Como tenho dois filhos há muito que estudo os problemas da educação, tanto na sua vertente teórica como na prática do dia a dia da escola dos meus filhos. Estou ligado ao movimento associativo de pais e de defesa da Escola Publica, pelo que debato estes assuntos com muita gente. Li muita da legislação existente e já a discuti com muita gente. Não posso por isso aceitar a critica que me fazes por mão ser verdade. Pode faltar muita coisa, agora honestidade é que não. Pode haver muito blog onde a tua critica fosse correcta, acredita que aqui não.

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  5. É lá, andam por aqui Socretinos e só-cretinos… realmente é uma cretinice, que após 3 anos deste pesadelo governativo, ainda alguém venha defender aquela…aquela…aquela, bem, aquele Aborto!
    Só os acéfalos, só mesmo alguém com pouquíssima massa critica, com uma visão obtusa da realidade pode concordar com o que quer que seja deste governo.
    Não é necessário ser do PS, PSD, PCP, PP ou BE, basta que pensem um pouco, que reflictam, que percebam o que os rodeia, e onde se imergem!
    Que país atrasado, de gente seguidista e ignorante.

    Sim INGNORANTES!!!

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  6. Esta política educativa vai destruir os últimos resquícios da qualidade do ensino. Num futuro próximo, vamos ter muita gente analfabeta, sem quaisquer qualificações, mas encartada. Dar-se-á a desvalorização total dos diplomas e do que eles significavam: o Conhecimento! Este, realmente, é muito perigoso para os demagogos, embusteiros e tiranos.

    As medidas que estão a ser levadas a cabo por esta equipa ministerial promovem, de um modo geral, os piores professores – os que, por algum motivo, são indiferentes ao desenvolvimento do país e apenas tentam salvaguardar os seus interesses mesquinhos e pessoais – são os que se colam aos presidentes dos Conselhos Executivos que, sendo maus professores, permaneceram anos a fio nestas funções.

    Estes presidentes, por sua vez, querem mostrar “trabalho” e promovem o folclore, forçando os “colegas” a baixar o nível de exigência e de rigor para poderem mostrar, ao ME, resultados de muito “sucesso” nas “suas” escolas (os seus feudos!). São estes que defendem o novo modelo de gestão, única forma de poderem escolher livremente os coordenadores que dizem ámen às suas decisões tomadas unilateralmente e cujas capacidades não lhes façam qualquer sombra.

    A nova política educativa assenta no seguinte slogan: “Escola inclusiva”! Isto significa que se deve fazer tudo e mais alguma coisa para que nenhum aluno abandone a escola e que todos obtenham “sucesso”.

    Está bom de ver que perante alunos com pouca inteligência, desinteressados e/ou mal-educados, o nível de exigência e o clima dentro da sala de aula devem ser adequados a tais criaturas, logo, reina a mediocridade e a desordem (o caos!).

    Quem sai a perder? Os mais capazes, aqueles que vêem cerceado o desenvolvimento cabal das suas potencialidades!

    Assim, temos uma Educação para medíocres que serão, por sua vez, pais da mediocridade: está instalado o círculo vicioso da burrice em Portugal.

    E, como dizia a ministra no “Prós e Contras”, vai continuar a “trabalhar”, mesmo que não obtenha quaisquer resultados… Só pode ser uma pessoa fria como o gelo, por isso, sente necessidade de “trabalhar” para aquecer! Mas o pior, segundo creio, é que o “trabalho” dela vai arremessar este país para as profundezas do Atlântico…

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  7. Assisti, com redobrada atenção, ao diálogo de surdos montado pela seráfica Fátima C. Ferreira, também ela, como gosta de referir, professora [em part time] numa qualquer instituição do ensino superior. Adiante. O que ontem se passou no Prós e Contrinhas mostrou, de forma arrepiante, a deriva a que este governo sujeita a educação. A ministra foi igual a si própria: autista, arrogante, impreparada; incapaz de reconhecer, perante tanta evidência, tanto desconforto e tanta desilusão, que era preciso parar. Não para baixar os braços mas, por uma vez, para dialogar e reconhecer que nenhuma reforma se pode fazer contra o principal elemento estruturante das escolas: os professores. Ninguém de boa fé e dotado de bom senso deixará de reconhecer que a imagem dos professores tem sido sujeita, pelo ME/PM, a um trato de polé, sem paralelo em qualquer sociedade moderna e democrática. Dizer socretinamente que os professores – não eram avaliados – é não só uma mentira (que por força da repetição jamais será verdade!), mas também peça da campanha de propaganda contra o ensino público e os seus professores. Conheço professores que não progrediram na carreira, porque não cumpriram os pressupostos do anterior regime de avaliação; conheço professores que não foram avaliados de "muito bom", porque tal menção nunca foi regulamentada pelo ME. Portanto, ao invés do acintosamente propalado, no anterior processo de avaliação, os professores, não valendo o mesmo, estavam condicionados por uma legislação que não lhes permitia o reconhecimento do mérito.

    O que este (des)governo, na figura da sua equipa ministerial, fez ao ensino e à educação não tem paralelo, nem parâmetros que suportem uma qualquer avaliação e está por determinar a extensão dos malefícios de tão nefasta, quanto arbitrária prática. Ao contrário do que sustentam os inquilinos da cinco de Outubro, as escolas são hoje lugares de raro bem-estar, locais de crispação, laboratórios de experimentação acentuada do conflito, centros contabilísticos onde se fazem contas de-quantos-anos-te-faltam-para-a-reforma? aspectos contrários ao necessário clima que a tarefa de ensinar exige e precisa.
    O congelamento da carreira; a suprema arbitrariedade – que está longe de ser um mero caso caricatural – e que configura o ignóbil concurso para titulares (com boa parte dos melhores fora do t´tulo), transformando uma carreira horizontal (todos são professores) numa artificial e injusta carreira vertical. A alteração do horário de trabalho (lectivo e não-lectivo) sem considerar o conteúdo funcional da docência; o lançamento das OPTE – que finalmente a tutela chama de aulas de substituição, tidas como componente não-lectiva, mas que efectivamente podem ser tudo, até aulas; um processo de avaliação fortemente burocratizado e punitivo (as quotas!) e complexo que acresce desmedidamente o trabalho dos avaliadores – que o não são –, a não ser empiricamente; a possibilidade de entregar a gestão a um qualquer comissário político, que poderá nomear todos os elementos da gestão intermédia, por confiança pessoal, é um elemento mais, destinado a transformar as escolas – a tempo inteiro para os estudantes – lugares inabitáveis para os docentes. Estão aqui, em síntese, razões mais do que suficientes para continuar a empolgar Alegre, Benavente, Carrilho e quejandos contra o estado a que isto chegou. Chegou?
    Desculpem o excesso.
    jcosta

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  8. Concordando com o essencial do comentário anterior, só depois de ter conversado com várias pessoas (de situações sociais diferentes e diferentes profissões das "interessadas" na matéria do não-debate ) me atrevo a deixar três notas:
    1.O pseudo debate teve o consentimento do socretino mor e do seu aparelho político e de imagem.
    Aproximam-se momentos complicados para a sobrevivência da socretina corte, as sondagens andam ao contrário da chuva, que não cai(salvo, momentaneamente, em quantidades desnecessárias e lugares desadequados, mas a culpa é das câmaras municipais!); a SIC esbanjou recursos e tempos de antena em favores de venda do socretino produto; a imprensa lá vai ao corrente do subsídio, que o importante é que, por lá, também chova; os comentadores de carteira "oficial", em comunhão de ideias e bens" com a socretina corte (hoje com esta, ontem com aqueloutra, amanhã cá estaremos), lá vão debitando os suas lérias, mas de ocupação permanente,
    não de "musa em férias", e já ninguém os ouve, ou lê!
    2.O programa que a RTP mantém, há vários anos, que dá pelo nome de "Prós e Contras",sempre tem servido para lavar as responsabilidades que governos e ministros têm tido nas suas práticas,perante a "opinião pública", especialmente em momentos de crise;o serviço público de televisão, sob o pretexto de criar fóruns de debate sobre as questões prementes dos portugueses, mais não faz do que montar uma encenação onde, de acordo com as determinações e necessidades dos governos e dos ministros (Quem paga é quem manda!)depois de terem escrito o guião, caracterizado os personagens,obrigam a RTP a convidar uns quantos figurantes para aqueles momentos de publicidade.Enganosa.
    A dra Fátima tem sido o rosto visível desta encenação.Medíocre como é, de tudo entende:pontes, TGVs, aeroportos, hospitais, SNS, corrupção, educação, etc,etc,etc...
    Até hoje, qualquer que fosse a cor política do governo e ministros, sempre teve a mesma atitude perante os deuses do poder que por ali representaram os seus papeis:submissa, lambe-botas, "protectora", elogiadora...
    É para isso que é paga.Depois, bem, depois...Tem toda uma equipa de realização que, ao ouvido, discretamente, lhe dás as "dicas" para interromper, colocar perguntas, desviar conversas, para baralhar os intervenientes, para endeusar os ministros e os prós.(Diga lá que não é assim, dra Fátima!)
    Desta vez, até revolucionária chamou à ministra.Errou.A face visível da ministra, no mínimo, na pasta que lhe foi entregue, é a de "incêndiária".Mas conseguiu . como detergente que é (Resta saber se, lá na carreira dela, de jornalista, na RTP, a sua progressão é horizontal ou vertical!)vender o produto que (sempre lhe encomendaram...)lhe foi encomendado:
    3.A ministra é "uma mulher de armas"!
    Não dobra.Enfrentou todos os "terroristas" que, com palmas e risos, ali presentes,a "atacaram", só com a ajuda da "Fátima", de lábios rubros, olhar enérgico,arrasador, de quem enfrentou todas as guerras,sem ser brutalmente mal educada, sem trazer à batalha a sua "artilharia pesada" (Valter, o Lemos e Jorge, o Pedreira, e as e os directores regionais - coitado do catedrático do MInho,o Formosinho, que tantas páginas de reflexão deixou nos manuais de interpretação das múltiplas leis do estado sobre ensino...e que tanto vendeu, por este país fora...( Também só se reformará aos setenta e cinco?)
    É isto que a "vox populis", não directamente envolvida na matéria, hoje, nas conversas, vai dizendo.
    A socretina corte pensou, decidiu e colocou a máquina de lavar em funcionamento.E vendeu o produto que queria:a ministra é uma mulher de armas!Só os professores (e não todos!) é que não estão com ela.Só esses é que não estão com o governo.

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  9. Pdia falar aqui do meu desencanto de Professora de Língua Portuguesa pelo 35º ano que adoro estar na sala de aula com os alunos, porque sentir aquelas cabecinhas a fervilhar / ou a aguçar-lhes a curiosidade e criar laços com eles é algo de inigualável. Mas depois destes três anos estou a ficar desalentada, ninguém sabe as regras, as regras chegam a desoras e estou cansada de preencher papéis, e de gastar horas a arquivar tudo... com sabor amargo. Mas isto já eu disse no blogue do Paulo Guinote e em www.terrasmuialtas.blogspot e devidamente identificada. E já decidi: não tarda vou embora ... da Escola. Acho que ainda poderia ter alguma "utilidade" mas assim o gosto, além da dignidade perdeu-se ... Tenho é pena de não poder ir ao jantar do dia 29/2 ( têm que pensar vir até às Beiras um dia...) e, por não ir , atribuí um prémio simbólico a este blogue que leio regularmente... um prémio sem obrigações... a recolher em www.queconversa.blogspot.com
    Grande abraço.

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  10. Oh, ca saco,
    valha-me deus
    das ministras!

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  11. Eu vi o programa quase todo. A sinistra esteve igual a si própria. Mal educada, arrogante e com pose de quem é dona suprema de toda a verdade.As dezenas de argumentos válidos expostos, fossem sobre a avaliação, fossem sobre os alunos, fossem sobre a transformação da sociedade em que hoje vivemos, não fizeram pestanejar a sinistra que lá continuou a debitar o seu discurso cego e surdo.
    A televisão intimida, e esse facto prejudicou algumas intervenções de pessoas que estavm um puco nervosas, e mais ficaram com a "ajuda" da Fátinha. Mas deu para ver que a sinistra parece não fazer a mínima ideia do mal que está a fazer ao País, e vai ter repercussões nas próximas décadas.

    P.S. há no entanto uma coisa que eu gostava de ver esclarecida por parte dos professores. A sinistra disse que a avaliação dos professores deve ser feita pelos seus pares. Isto para mim é mais que lógico. Mas não ouvi nenhum professor pronunciar-se sobre isso.

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