Os Estados-Unidos, na sua luta contra o terrorismo bombardearam três casas numa Aldeia do Paquistão. Este ataque foi realizado depois de terem recebido a informação que, Ayman al-Zawahiri considerado o número dois da al-Qaeda ai se encontrava. Ao que parece o objectivo falhou já que Ayman al-Zawahiri tinha abandonado o local algum tempo antes.
Até aqui é mais uma notícia banal daquelas que ouvimos distraidamente num telejornal enquanto jantamos. Mesmo a morte de 18 pessoas nos parece normal. Ainda ontem ouvimos uma em que tinham morrido 35 e antes de ontem já não sei se eram 29 ou 39. Mas isso agora não interessa.
Quando se permite que a nossa vidinha nos deixe assim indiferentes às coisas é porque as coisas não andam bem. Não me parece que estas notícias possam ser regras e não raras excepções. As coisas estão realmente mal e o mais incrível disto tudo é que aceitemos docilmente as coisas como são e não façamos absolutamente nada para as mudar. Nem tentamos, não nos parece valer a pena. Claro que de vez em quando lá dizemos entre duas garfadas “ Olha-me bem para aquela desgraça. Estás a ver, olha ali um gajo sem cabeça” ou “Cabrões dos americanos ou Filhos da puta dos árabes”. Há mesmo dias em que nos alegramos com a nossa sorte de termos nascido aqui e não lá. “Eu não estou lá muito bem, mas aqueles estão mesmo fodidos. Fixe!”. Ah! E temos ainda aquela solidariedadezinha que, de vez em quando, nos faz depositar uns euros numa qualquer conta anunciada na televisão. Afinal nem tudo é negativo, não é?
Mas voltando lá atrás. Naquele ataque morreram 18 pessoas e entre elas várias mulheres e crianças. Não me parece que tenham feito nada de mal nem que fossem uma ameaça de o vir a fazer. Simplesmente tiveram azar, estavam ali quando os americanos resolveram atacar para matar um terrorista e assim evitar mais mortes. Nem quero sequer colocar a bandeira tão ocidental do direito a um julgamento justo para todos e por isso questionar qual o direito de ir matar seja lá quem for onde quer que seja. É uma questão de conceitos e consciências. Há também a questão do direito internacional e de saber com que legitimidade se faz um bombardeamento num país soberano e independente. Não quero discutir isso agora. O que me “chateia mais” é a morte daquelas 18 pessoas, homens, mulheres e crianças. Quem foi o responsável pela sua condenação à morte? Quem foi que se fez de juiz, de Deus, ou seja lá do que for, para tomar tal decisão? Aqueles que planeiam e lançam este tipo de ataques, cegos, impiedosos, cobardes e injustos fazem-no impunemente. E nós somos também culpados e só o aceitamos assim tão calmamente porque também nos consideramos impunes. Afinal nem quero é pensar nisto, porra. Que chatice pá.
Até aqui é mais uma notícia banal daquelas que ouvimos distraidamente num telejornal enquanto jantamos. Mesmo a morte de 18 pessoas nos parece normal. Ainda ontem ouvimos uma em que tinham morrido 35 e antes de ontem já não sei se eram 29 ou 39. Mas isso agora não interessa.
Quando se permite que a nossa vidinha nos deixe assim indiferentes às coisas é porque as coisas não andam bem. Não me parece que estas notícias possam ser regras e não raras excepções. As coisas estão realmente mal e o mais incrível disto tudo é que aceitemos docilmente as coisas como são e não façamos absolutamente nada para as mudar. Nem tentamos, não nos parece valer a pena. Claro que de vez em quando lá dizemos entre duas garfadas “ Olha-me bem para aquela desgraça. Estás a ver, olha ali um gajo sem cabeça” ou “Cabrões dos americanos ou Filhos da puta dos árabes”. Há mesmo dias em que nos alegramos com a nossa sorte de termos nascido aqui e não lá. “Eu não estou lá muito bem, mas aqueles estão mesmo fodidos. Fixe!”. Ah! E temos ainda aquela solidariedadezinha que, de vez em quando, nos faz depositar uns euros numa qualquer conta anunciada na televisão. Afinal nem tudo é negativo, não é?
Mas voltando lá atrás. Naquele ataque morreram 18 pessoas e entre elas várias mulheres e crianças. Não me parece que tenham feito nada de mal nem que fossem uma ameaça de o vir a fazer. Simplesmente tiveram azar, estavam ali quando os americanos resolveram atacar para matar um terrorista e assim evitar mais mortes. Nem quero sequer colocar a bandeira tão ocidental do direito a um julgamento justo para todos e por isso questionar qual o direito de ir matar seja lá quem for onde quer que seja. É uma questão de conceitos e consciências. Há também a questão do direito internacional e de saber com que legitimidade se faz um bombardeamento num país soberano e independente. Não quero discutir isso agora. O que me “chateia mais” é a morte daquelas 18 pessoas, homens, mulheres e crianças. Quem foi o responsável pela sua condenação à morte? Quem foi que se fez de juiz, de Deus, ou seja lá do que for, para tomar tal decisão? Aqueles que planeiam e lançam este tipo de ataques, cegos, impiedosos, cobardes e injustos fazem-no impunemente. E nós somos também culpados e só o aceitamos assim tão calmamente porque também nos consideramos impunes. Afinal nem quero é pensar nisto, porra. Que chatice pá.
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