Rumsfeld compara Hugo Chavez a Adolf Hitler
O secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, comparou esta quinta-feira o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao ditador nazi Adolf Hitler. O comentário foi feito na sequência da ordem de expulsão de Caracas do adido naval da embaixada dos Estados Unidos, John Correa.
Chavez ordenou a expulsão de Correa sob acusação de espionagem.o presidente da Veneziela afirmou que que retirará «toda a missão militar» norte-americana «se continuarem» com a suposta espionagem.
«Decidimos expulsar do país um adido militar da embaixada dos Estados Unidos por espionagem O senhor capitão de Fragata da Marinha John Correa deve sair do país imediatamente», afirmou Chavez durante uma mensagem à nação pelo sétimo aniversário do seu Governo.
O presidente venezuelano reiterou que o seu Governo tem «provas de espionagem», envolvendo também pelo menos uma vintena de oficiais subalternos da Armada venezuelana que estão já sob a alçada do Tribunal Militar. (Diário Digital 02-02-2006 20:51:12)
A América Latina está aos poucos a converter-se em mais um calcanhar de Aquiles para os Norte-americanos. Habituados a infiltrar-se onde bem lhes apetece e a exercer todo o tipo de actos de espionagem sem entraves, como se fossem donos do mundo, os EUA não suportam um não às suas formas subterrâneas de exercer o seu domínio, quanto mais um não assim convertido em sentença de expulsão imediata do país e ainda para mais espalhada pelos telejornais de todo o mundo . Tem acontecido um pouco por todo o lado os EUA colocarem os seus agentes a minar os países, principalmente aqueles em que se pressentem ventos de mudança. Aconteceu em Portugal logo depois do 25 de Abril (com o embaixador Carlucci, soa até a Máfia, não é?) e provavelmente ainda continua a acontecer, às vezes até contando com a ajuda de alguns patrícios, alguns deles "reconhecidos" comentadores que sabe-se lá a troco de quê insistem em defender as políticas sujas de Bushs e Companhias Ldas (Nuno Rogeiro, Luís Delgado, etc.).
É uma pena que cá na velha Europa não haja vozes que se levantem e que reajam a esse império dito democrático e cristão mas em que o terrorismo é exercido pelo próprio Estado. E mesmo quando alguém reage às suas prisões e à passagem dos seus aviões por território europeu, vem a saber-se que foi de acordo com os Estados desses países e todos acabam por aceitar as desculpas esfarrapadas da Condolezza Rice, como se uma bruxa perigosa como essa, comprometida com um Estado terrorista até ao pescoço, fosse digna de qualquer crédito. É um facto que a Europa ainda presta vassalagem aos EUA e isto só pode ser por razões que a Economia conhece ou, dito de uma forma mais terra-a-terra, porque todos mamam da mesma burra.´A meu ver é até obsceno para todos nós que nos procuramos manter informados, que os EUA tenham hoje em dia tanto descaramento, tanta falta de decoro que já nem de espionagem se pode falar porque toda a gente sabe. Os EUA são como o Alberto João Jardim, perderam a vergonha, debocharam e nós aqui na Europa aparamos-lhes todos os golpes. Nós, na vanguarda da pouca vergonha, com as nossas políticas de direita (Governo de Durão Barroso, Cimeira da Terceira), e sem um Presidente da República que se tivesse firmemente oposto a esse conluio entre Bush e Blair, fomos os primeiros a dar a cara e a pactuar com a guerra suja do Iraque.
Só que a América Latina já sofreu na pele a prepotência dos EUA, aprenderam a lição da história e hoje em dia não estão para mais golpes. Atitudes como a que Hugo Chávez hoje tomou são o mais precioso sinal de esperança para que um mundo melhor venha a ser brevemente possível.
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