Vai realizar-se na próxima sexta-feira o Festival de Música Madeira Paradise, agendado há sete meses, incluído na programação da MTV e com o apoio do Governo Regional e Câmara Municipal da Ponta do Sol.
Entretanto, estão a ser distribuídos panfletos a convocar os madeirenses “de qualquer credo ou religião” a manifestarem-se no local uma hora antes do início do concerto. Essas convocatórias apelam a sentimentos religiosos em prol do “respeito à palavra de Deus e aos Mandamentos da mesma” e referindo ainda a necessidade de “mostrar” que “quando os madeirenses querem a fé é mais forte que todos os divertimentos”.
No seio deste movimento encontra-se a Igreja Católica, que na voz do Bispo do Funchal D. Teodoro de Faria comparou o Festival a “um acto terrorista” e aos lucros do negócio como “dinheiro de Judas” por se tratar do dia em que se celebra o enterro do Senhor. Pede ainda o panfleto que, o povo da Ponta do Sol, demonstre a sua indignação como o fez no passado, referindo-se aos acontecimentos que ai ocorridos na década de 70 em que, por motivos politico-religiosos, se chegou ao ponte de serem utilizadas armas. Os ânimos estão de tal forma exaltados que a existência de uma escarpa nas imediações do recinto faz temer o pior.
Enquanto tudo isto acontece, Alberto João Jardim goza umas férias na Ilha de Porto Santo.
Depois do atrás descrito que conclusões se podem tirar. Afinal o fundamentalismo não possui um só rosto, o de Maomé, mas também a Igreja Católica afina pelo mesmo diapasão. Somos, todos nós obrigados a chorar na sexta-feira pelo facto de há 2000 anos o filho de uma Maria e de um José ter sido morto por causar distúrbios na ordem pública vigente na altura. Não contesto a justiça das suas posições nem as razões dos seus argumentos, nem tão pouco aprovo a forma como foi morto, mas isso não dá o direito, a quem resolveu chamar-lhe filho de Deus, de me vir proibir a diversão em nome desses acontecimentos. A Igreja Católica e o Sr. Bispo do Funchal têm de entender que nem todos professamos da sua fé e o que é chamado de Sexta-feira Santa, para nós não passa de mais uma sexta-feira como qualquer outra.
Será que os fundamentalismos nunca vão chegar ao fim?
Entretanto, estão a ser distribuídos panfletos a convocar os madeirenses “de qualquer credo ou religião” a manifestarem-se no local uma hora antes do início do concerto. Essas convocatórias apelam a sentimentos religiosos em prol do “respeito à palavra de Deus e aos Mandamentos da mesma” e referindo ainda a necessidade de “mostrar” que “quando os madeirenses querem a fé é mais forte que todos os divertimentos”.
No seio deste movimento encontra-se a Igreja Católica, que na voz do Bispo do Funchal D. Teodoro de Faria comparou o Festival a “um acto terrorista” e aos lucros do negócio como “dinheiro de Judas” por se tratar do dia em que se celebra o enterro do Senhor. Pede ainda o panfleto que, o povo da Ponta do Sol, demonstre a sua indignação como o fez no passado, referindo-se aos acontecimentos que ai ocorridos na década de 70 em que, por motivos politico-religiosos, se chegou ao ponte de serem utilizadas armas. Os ânimos estão de tal forma exaltados que a existência de uma escarpa nas imediações do recinto faz temer o pior.
Enquanto tudo isto acontece, Alberto João Jardim goza umas férias na Ilha de Porto Santo.
Depois do atrás descrito que conclusões se podem tirar. Afinal o fundamentalismo não possui um só rosto, o de Maomé, mas também a Igreja Católica afina pelo mesmo diapasão. Somos, todos nós obrigados a chorar na sexta-feira pelo facto de há 2000 anos o filho de uma Maria e de um José ter sido morto por causar distúrbios na ordem pública vigente na altura. Não contesto a justiça das suas posições nem as razões dos seus argumentos, nem tão pouco aprovo a forma como foi morto, mas isso não dá o direito, a quem resolveu chamar-lhe filho de Deus, de me vir proibir a diversão em nome desses acontecimentos. A Igreja Católica e o Sr. Bispo do Funchal têm de entender que nem todos professamos da sua fé e o que é chamado de Sexta-feira Santa, para nós não passa de mais uma sexta-feira como qualquer outra.
Será que os fundamentalismos nunca vão chegar ao fim?
Será que não se aprende nada com os erros do passado?
Será tudo isto assim tão necessário?
Contribuição para o Echelon: JSOTF, Hollyhock
"comparou o Festival a “um acto terrorista” e aos lucros do negócio como “dinheiro de Judas"
ResponderEliminarKaos, no que toca à religião os ânimos exaltam-se sempre em proporções desmedidas e irracionais. Pode-se até dizer que o facto de se acreditar em Buda, Jesus ou Maomé é irracional. Estou a bater na palavra "irracional" porque é a palavra que melhor descreve o estado de espirito em que determinadas pessoas ficam quando presumem que estão a ser ofendidas propositadamente.
Não conseguem raciocinar como o fariam noutra situação, limitam-se a serem guiadas pela sua irracionalidade. E sabes que mais? Vai ser sempre assim no que toca à religião. Ele agem de forma irracional porque de certo modo, têm os olhos tapados pela fé. E fazem comentários ridículos como o que retirei do teu texto e abriu este meu comentário.
Fica bem
p.s. Quanto ao Jardim. Não me surpreendeu.
Não te informes, não, sobre por que é que foi condenado o Frederico em vez do Teodoro :-)
ResponderEliminarE há o Jaime Ramos e o Guilherme Cunha, ou lá como é que ele se chama, outro dos babosos do Arquipélago.
Condicionar actividades culturais e recreativas às exigências das crenças católicas constitui um acto de fanatismo religioso.
ResponderEliminarO bispo do Funchal vai ainda mais longe classificando de terrorismo um concerto. O bispo não é só sectário mas professa um obscurantismo fundamentalista e inquisitório em que a simples diferença de festejo de um feriado é excluida e classificada como criminosa.
O episódio é uma manifestação "acting out" da prática evangelizadora da igreja católica, que na essência, e, ao contrário do que propala, não é tão diferente de outras intolerâncias religiosas.
VERTIGO
Caro Vertigo:
ResponderEliminarÉ com grande satisfação que constato que tenho lido os seua comentários. Gostaria no entanto de lhe perguntar uma coisa. O Vertigo possui algum Blog ? Em caso afirmativo gostva de poder visita-lo.
Mais uma vez obrigado